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Capítulo 11

Ergueu-se e foi sentar-se no quintal, a fim de que o vento secasse seu cabelo. Acomodou-se numa cadeira e contemplou as estrelas. Suspirou. Diante de si tinha mais um fim de semana vazio e solitário. Fez uma lista de coisas que a esperavam no sábado: ginástica, compras no supermercado, faxina na casa... No fundo, tudo aquilo não tinha a menor graça. De repente desejava que Dante encontrasse alguma desculpa e telefonasse no fim de semana, o que não aconteceu.

A segunda-feira amanheceu cinza e quando Charlotte chegou ao consultório caiu um temporal. Ela saiu correndo pelo estacionamento, tentando em vão não se molhar. Kira, a secretária, já se encontrava a postos.

— Alguém telefonou? — Perguntou, um tanto ansiosa.

— Sim, o Dr. Blosson. Ele voltou de viagem este fim de semana e queria notícias de Anne. O Sr. Mayweather também telefonou, para saber quais são os horários da menina durante esta semana.

Charlotte consultou a agenda. O próximo paciente só chegaria em uma hora.

— Entrarei em contato com o Dr. Blosson. Você comunicou os horários de Anne ao Sr. Maywesther?

— Sim. Ele deve trazê-la hoje e quinta-feira, às três.

Charlotte telefonou para Lenny e combinou um encontro no café, que estava apinhado de gente. O Dr. Blosson já ocupava uma mesa e acenou para ela.

— Como vai? Muito trabalho? — perguntou, sorridente.

— Nem tanto.

— E Anne, como está?

— Bem! Atendi-a na casa do tio dela a semana passada, pois ele tinha viajado. Foi muito proveitoso.

Charlotte descreveu o quarto da menina e alguns traços de sua personalidade que lhe haviam chamado a atenção.

— Ainda bem que Dante concordou com o tratamento. — Comentou Lenny. — Ele e eu jogamos golfe ontem. Estranhei um pouco quando ele me telefonou, até descobrir o motivo. Ele queria falar a seu respeito.

— Como assim?

— Dante mostrou-se um tanto cauteloso. Perguntou o que eu sabia de você e eu disse que é uma das psicólogas mais intuitivas e competentes que conheço. Acho que não era exatamente isso que ele gostaria de ouvir... Charlotte, não lhe revelei nada a respeito de sua vida pessoal e nem me competia fazer semelhante coisa. Se me permite uma observação, Dante está mais interessado em sua pessoa do que na psicóloga.

— Ele deu a entender algo nesse sentido?

— De fato, ele insinuou qualquer coisa, mas creio que sei lidar muito bem com a situação. Mesmo sendo amigos de ambos, e digo 'AMBOS". Por que prezo a amizade dos dois e não quero ver nenhum dos meus amigos infelizes, mas...

— Mas, o que? Indagou curiosa.

— Quero lhe dar um aviso, Charlotte. Conheço Dante desde criança, e ele já era um garoto teimoso e determinado antes mesmo da maioria dos garotos de nossa idade saberem o que queriam ser. É um homem fora do comum, acostumado a conseguir tudo o que quer. Dante não desiste facilmente das coisas, mesmo que isso o possa destruir no processo. Jamais fracassou. Há muito tempo aconteceu algo que ele não teve condições de controlar. Desde então tornou-se ainda mais forte, mais prático.

— Você conheceu os pais de Anne?

— Sim. Os pais de Dante eram muito amigos nossos. Fomos ao casamento de Sloan e logo em seguida ele e Izzie se mudaram para Flórida. Dante ainda estava no Vietnã, quando tudo ocorreu. Achamos que o mesmo havia morrido em combate. Estamos apenas esperando o regate de seus restos mortais, quando veio a notícia bombástica. Ele estava vivo e sendo enviado de volta pra casa. — Lenny parecia perdido em seus pensamentos. — Muitas vezes cheguei a imaginar se Dante entenderia ...

— Entenderia o quê?

— Eu não devia ter dito isso, Charlotte. — Afirmou Lenny, muito sem jeito. — Assim como não falei de você a Dante, também não deveria ter tocado na vida pessoal dele. Direi apenas que ele passou três anos tentando sobreviver ao inferno que foi o Vietnã. Quando ele voltou para casa, sua vida tornou-se um purgatório. É um homem difícil, sobretudo no que se refere ao seu relacionamento com as mulheres. Apenas uma pessoa parece que consegue derrubar aquele muro de proteção que Dante levantou em torno de si. Essa pessoa é Anne e agora você. Por anos o meu amigo evitou ter contato com qualquer mulher, então...

— Devo encarar suas palavras como um aviso?

— Não, é apenas uma preocupação. Dante não costuma falar a respeito das mulheres que participaram de sua vida. Pois elas foram insignificantes para ele, ou nunca se perguntou por que o mesmo nunca pensou em se casar ou mesmo formar uma família como o irmão fez?...

— Não se preocupe, Lenny. Deixei muito claro para ele que sou a psicóloga de Anne e que não me interesso nem um pouco em ter um relacionamento mais pessoal. — Charlotte consultou o relógio. — Bem, preciso ir andando... Obrigada pelo conselho!

Enquanto saíam do café, Lenny convidou-a para jantar.

— Emily está com saudades de você. Faz tempo que não aparece!

— Não se incomoda se deixarmos para outra ocasião, Lenny? Tenho muito o que fazer esta semana. Preciso pintar duas salas lá em casa.

Despediram-se e Charlotte saiu correndo para o consultório. Seu bom humor dissipou-se rapidamente quando pensou em Dante Mayweather. Por que ele se achava no direito de fazer perguntas a respeito dela? Que ousadia, tentar usar Lenny para conseguir informações!

Preocupou-se durante alguns momentos, pensando em como agir em relação a Dante. Suas reflexões foram interrompidas por Nanda Carly, que telefonou pouco antes do almoço, pelo visto necessitada de conversar com alguém. Combinaram encontrar-se após o trabalho e, durante o resto do dia, o atendimento aos pacientes ocupou inteiramente Charlotte.

A sessão com Anne foi muito bem até a menina mostrar algumas fotos dos pais.

Charlotte se interessou e Anne falou sobre as férias do último verão.

— Que fotos interessantes! Anne, quero conversar com você sobre um assunto. Sei o quanto gosta de tudo o que está em seu quarto, mas não acharia melhor guardar uma parte do que se encontra lá? De vez em quando certos objetos, que fazem lembrar os bons tempos, podem fazer mal a uma pessoa, sem que ela perceba. Está entendendo o que quero dizer? — Anne fez que sim. — Sei o quanto você queria bem a seus pais e o quanto sente falta deles. Aquilo que você tem em seu quarto a faz lembrar o tempo todo desse fato. Não acha que seria melhor escolher o que existe de mais especial e pôr o resto de lado?

— Não sei...

— Promete pensar no assunto?

— Sim, mas será que é preciso?

— Só se você achar que chegou a hora. Por que não voltamos a conversar sobre isso na quinta-feira?

Assim que a menina se retirou, Dante apareceu.

— Como foi a sessão hoje?

— Ótima. Dentro em breve saberei até que ponto Anne confia em mim.

— Deve confiar, sim, e muito! — Afirmou Dante com um sorriso.

— É mais fácil convencê-la do que ao tio dela.

— O que quer dizer com isso?

— Não gostei nem um pouco de você ter procurado o Dr. Blosson para fazer perguntas a meu respeito. Se tem dúvidas sobre minha capacidade profissional, dirija-se a mim. Não lhe dou o direito de indagar sobre minha vida pessoal.

— Só queria saber por que você levantou um muro em torno de si mesma. Achei què talvez exista uma razão para isso.

— Talvez eu queira me proteger de homens como você. Mesmo que exista uma razão, ela não lhe diz respeito.

— Mas quem disse que você precisa de proteção?

Dante aproximou-se. Charlotte se levantou, mas ele segurou-lhe o braço.

— Toda vez que chego perto você foge, Charlotte. Isto já está se tornando um hábito.

— Já que não consigo convencê-lo a me deixar em paz, é a única opção.

— Não é a única opção, porém a mais fácil.

Dante puxou-a para si, sem tirar os olhos dela. Charlotte decidiu enfrentá-lo; não demonstrou o menor receio e o desafiou abertamente. Depois, livrou-se dele e deu-lhe as costas, mas Dante obrigou-a a encará-lo.

Ele se inclinou e beijou-a passando o braço em torno de sua cintura. Começou a acariciar-lhe o rosto. Ela mal conseguia se mexer. Enterrou as unhas nas palmas das mãos, procurando se dominar. Não queria de modo algum sucumbir àquela onda de sensualidade que a proximidade do corpo de Dante despertava nela.

Ele tocou em seus seios, beijou seus lábios macios, acariciou seu ventre e seus quadris. Charlotte sentiu que perdia rapidamente o controle. Logo ele também já não se controlava mais.

Charlotte só percebeu que a sua blusa estava sendo puxada para fora da saia quando o calor da mão de Dante em contato com sua pele a fez estremecer.

— Dante, isto é unia loucura! — Ela murmurou. — Acho que não devemos...

— Você não está correndo nenhum perigo. Charlotte... Diga-me o que sente neste momento... Pois quem está se arriscando aqui novamente sou eu!

— Não posso!

Os lábios dele estavam tão próximos aos seus e, no entanto, ela teve a impressão de que se passou uma eternidade, até eles se tocarem. Finalmente ela abriu os lábios e suas línguas se encontraram. O cheiro agradável da loção de barbear a tornava ainda mais consciente da presença de Dante. Enterrou os dedos nos cabelos dele, dando provas evidentes de quanto o desejava.

Todo o corpo de Charlotte exigia amor e reagia ao menor movimento de Dante. Ainda assim existia algo de vulnerável nela. Outro homem teria se aproveitado daquele momento, mas Dante controlou-se. Queria que existisse um perfeito entendimento entre eles antes de iniciar um caso que poderia terminar tão rapidamente quanto se havia iniciado, se ele se precipitasse.

Dante apoiou-se na beira da mesa de Charlotte a abraçando com carinho e ela aninhou-se em seu corpo se permitindo receber tamanho afago.

— Você por acaso tem idéia do que está fazendo comigo? O efeito que causa é mim, é algo inexplicável! — Ele murmurou.

— Até certo ponto... — Disse ela. Suas pernas tremiam. Ainda bem que Dante a segurava com força, caso contrário cairia.

— O que você sugere que a gente faça, Charlotte? — Ela sacudiu a cabeça, sem saber o que dizer. — Você não está falando sério, quando diz que não podemos nos envolver um com o outro. Eu te desejo, talvez mais do que a qualquer outra mulher que conheci em toda a minha existência. E não estou afim de abrir mão desse sentimento. Já perdi muita coisa que considerava importante para mim e jurei que jamais tal coisa voltaria a acontecer comigo.

— A próxima coisa que você vai dizer é que isso que está acontecendo entre nós se chama amor...

— Não preciso mentir, Charlotte. A atração que existe entre nós não pode ser explicada. — Sorrindo e com um gesto displicente ele ajeitou o nó da gravata. — Além disso, não costumo usar truques desse tipo. Apaixonei-me certa vez ou, pelo menos, acreditei nisso. Do jeito como as coisas terminaram, nem sei se poderia chamar aquilo de amor. Agora começo a duvidar se isso existe entre nós. Ainda não tenho certeza do que sinto, mas pode ter certeza quando eu descobrir, você será a primeira a ficar sabendo. Por enquanto eu diria que estou sobre "Efeito Charlotte".

— O que você quer de mim, além do óbvio?

— Por que não procura ser honesta com você e comigo? Esqueça as desculpas e os velhos clichês. Se tivéssemos a chance de nos conhecermos melhor, o resto viria naturalmente. Só que você não quer me dar uma chance, não é mesmo? Gostaria de conhecer o sujeito que a magoou tanto, a ponto de você se recusar a aceitar outro homem por aquilo que ele é. Não há dúvida de que ele conseguiu deixá-la na maior confusão.

— Não é verdade. Sua atitude é típica! Se uma mulher não quer ter nada com um homem, ele imediatamente afirma que foi outro homem o responsável por isso.

— E não foi exatamente o que aconteceu?

— De modo algum. Vamos imaginar, só por hipótese, que eu me envolva com você. Como é que fica a situação de Anne? Como eu poderia ser objetiva, se ela me contasse algo a seu respeito? Talvez isso o desagradasse profundamente e teríamos ainda assim de discutir o assunto. Acha que isso daria certo, se nos envolvêssemos? E como Anne poderia confiar em mim, sabendo que eu durmo com o tio dela?

— Quer dizer então que, se não estivesse tratando de Anne, você não se sentiria assim?

— A menina entra nisso tudo até certo ponto, Dante. O resto tem a ver com motivos muito pessoais.

— Anne não passa de uma desculpa, Charlotte, que eu, aliás, entendo muito bem. O que não entendo são os motivos pessoais que nos impedem de nos conhecermos melhor. Não se trata apenas de uma reação física, Charlotte. Não sei exatamente o que sinto em relação a você, mas quero descobrir, como lhe disse anteriormente. Você se satisfaz em deixar as coisas no ponto em que se encontram, sem a menor solução? Ou seria diferente, se não fosse a terapeuta de minha sobrinha?

— Não sei, Dante.

Charlotte estava sendo honesta. Durante dois anos conseguira evitar uma situação que agora vivia com Dante. Ninguém, porém, a atraíra tanto quanto ele e não encontrara ninguém tão persistente quanto aquele homem. Ele simplesmente fazia questão de ignorar sua resistência, destruía todas as suas objeções e provocava as paixões que permaneciam adormecidas dentro dela durante muito tempo. Como resultado disso tudo, Charlotte sentia-se um tanto desequilibrada.

— Você não quer aceitar uma solução provisória? — Propôs Dante.

— Como assim?

— Concordo que seu relacionamento com Anne pode ser prejudicado até certo ponto, mas, quando ela conseguir lidar com o que está acontecendo, a situação se modificará. Até lá, não vejo por que não podemos jantar de vez em quando, desde que não exista uma ameaça de envolvimento entre nós dois. O que me diz?

— Não seria bem mais simples aceitar a situação como ela se apresenta?

— Para mim, não.

— Quer dizer que você sugere apenas uma amizade entre nós, não é mesmo, Dante?

— Preferia, é claro, muito mais, mas, no momento, concordo que seja assim... Não me diga que isso a deixa chateada.

— A amizade é o que pode acontecer de melhor para nós dois. — Observou Charlotte rápido demais..

— Não concordo inteiramente... — Disse Dante, bem-humorado. — Desde os sete anos de idade, é a primeira vez que me torno amigo de uma mulher...

Nesse exato momento Anne abriu a porta.

— Podemos ir, tio Dante?

— Sim, Anne. A Dra. Charlotte e eu já terminamos nossa conversa. Então fica acertado: quinta-feira às três horas.

Assim que eles se retiraram, Charlotte foi até a janela e contemplou a paisagem. Seus pensamentos, por mais que ela evitasse, giravam em torno de Dante. De repente lembrou-se de seu encontro com Nanda. Estava atrasada! Pegou a bolsa e saiu correndo do consultório. Mais tarde voltaria a refletir sobre o diálogo que tivera com Dante. Duvidava muito que ele aceitasse uma amizade, sem maiores envolvimentos. O tempo diria se ela estava ou não com a razão.

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