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Angola

Depois de 25 anos, o orfanato Santa Catarina, agora dirigido por Francisca, era o mais próspero da cidade. Devido ao doador milionário e misterioso, ninguém sabia de onde vinha o dinheiro. Toda última sexta-feira do mês, o dinheiro era encontrado na catedral, às vezes até no confessionário, acompanhado apenas por uma mariposa dourada feita de papel laminado, perfeitamente recortada.

Cansadas de tentar descobrir a origem, as irmãs começaram a usar o dinheiro para melhorar as condições do orfanato, que aos poucos padecia. Com ele, criaram numerosos projetos beneficentes e, apesar de não saberem de onde vinha tamanha quantia milionária, as irmãs oravam e agradeciam ao misterioso benfeitor.

— Dessa vez foram quatro milhões e quinhentos, um número ainda maior que o do mês passado — contou Francisca, agora quase idosa, com Weza presa no seu braço enquanto ouvia a mulher falar sobre o benfeitor.

— A senhora já se perguntou de onde ele tira tamanha quantia todo mês? — inquiriu a menina, curiosa pela resposta da irmã.

— Todos os dias. Às vezes penso nas piores opções. Mas se assim for, que Deus tenha misericórdia de sua alma, pois tem nos salvado com tais doações. Que o Senhor o perdoe.

Weza sorriu. Sabia que Francisca tinha a melhor das intenções, assim como o doador misterioso. Porém, não tinha certeza se Deus perdoaria um pecado por uma boa ação. Apesar de ter sido criada no orfanato de Santa Catarina, onde se encontrava agora, tinha a mente aberta e acreditava que o mundo não era preto no branco, como fora ensinada a ver pelas irmãs. Sabia também que pessoas boas faziam coisas más às vezes, mas isso não as tornava ruins.

Perdida em seus pensamentos, a visitante olhava nostalgicamente para as paredes do orfanato. Embora bem cuidadas, evidenciavam seus anos de existência.

O jardim colorido, com numerosas rosas, crianças e agora adolescentes, brincavam e se reuniam pelo pátio. O lugar tinha mais alma do que se lembrava.

Embora tivesse sofrido algumas reformas, a essência dele foi preservada. Os dois enormes e recentes mini-prédios, construídos para separar os rapazes das meninas, em lados opostos, deixavam um vasto pátio no meio deles, lembrando-a de que os tempos não eram os mesmos, embora ainda se lembrasse de sua infância como se fosse hoje.

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Flashback

Vou te pegar! — Teodor, o garoto insurrecto que sempre a importunava, voltava a atacar, correndo atrás da menina de longas tranças crespas. Carregava na mão direita uma barata, inseto que lhe causava um medo absurdo.

— Não, Teodor! Para, não faz isso. Ah... MADRE! — choramingava o nome do amigo e da madre num pedido de ajuda, correndo em volta dos bancos de concreto presentes no pátio.

— Vem cá, ela vai comer teu pé — ameaçou o menino, às risadas cada vez mais altas.

— SOCORRO... MADRE! ALEX! — choramingou desesperada, sem saber para onde ir. Jurou que era o fim da sua vida quando olhou para o sorriso endemoniado no rosto de Teodor.

Correu sem olhar para trás, esbarrando no corpo à sua frente que a envolveu e virou de forma protetora.

— Teodor, para já com isso! — repreendeu o garoto moreno, com cachos castanhos e lindos olhos pretos que agora estavam sérios.

— Não se mete, Alex. Estamos só a brincar — revidou Teodor.

— Ela não parece estar a divertir-se, reparou?

— Ela está sim, você só está com inveja — rebateu o menino, agora enfurecido.

— Weza, acha isso divertido? — perguntou Alex, cético, com a testa franzida.

— Não, Teodor, eu disse-te que odiava baratas — recordou a menina, ainda escondida nas costas do amigo.

— Ouviu? Agora deixa-a em paz — avisou calmamente. Porém, Teodor, por ser um menino de pavio curto, saltou para cima de Alex, deixando a menina desesperada para os separar. Tentou puxá-los pelos braços, sem sucesso. Então, ao perceber que sua força não seria capaz de os separar, correu para dentro em busca de ajuda.

Por sorte, a irmã Cátia apareceu com seu habitual humor, vestida com o hábito e terço em volta da mão direita.

— Alex, para agora! — ordenou, e os meninos largaram-se ao som da voz autoritária da irmã. — Você não aprende mesmo. Anda agora para dentro, vou lhe ensinar uma lição para ver se aprende.

— Mas... — Weza tentou explicar que o amigo apenas a defendia de Teodor que a importunava.

— Se não quiser acompanhar seus amiguinhos, é melhor permanecer quieta — cortou-a antes mesmo de concluir sua tentativa de defender Alex.

Pronta a intervir outra vez, Alex segurou-lhe a mão, sorriu e olhou para os pequenos olhos da amiga. "Vamos ficar bem, volto logo", disse, e seguiu a irmã sem tirar o sorriso do rosto. Depois daquele dia, ficou oito dias sem ver o amigo, talvez até fosse mais se a irmã Francisca não interferisse.

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— Diz-me, Madre, como está a irmã Cátia? — observou de soslaio a expressão da irmã mudar.

— Cátia está na mesma, com fortes dores noturnas. Ontem mesmo suplicava para que Deus a levasse. A coitada não se aguentava.

— O que os médicos disseram?

— Que não têm muito o que fazer. Receitaram-lhe fortes analgésicos para a dor, que a fazem dormir o dia todo. No entanto, as noites são mais difíceis — explicou a madre, com o tom melancólico. — As novas irmãs têm ajudado a cuidar dela — concluiu.

— A senhora precisa de alguma coisa? — Embora não sentisse o mesmo amor pela irmã Cátia como sentia por Francisca, Weza lamentava e sentia muito pela irmã que adoecera ainda mais nos últimos três anos.

— Não, querida. Temos tudo que precisamos aqui!

— Tá, não hesita em ligar se precisar de alguma coisa. Estarei ausente nesse final de semana — a garota vasculhou por instantes a bolsa e retirou o que por segundos procurava, um cartão dourado e preto. — Liga para este número se precisar. Está bem? — entregou para a irmã Francisca, que acenou positivo com o olhar amoroso sobre a menina.

— Vai viajar outra vez?

— Sim, deixei assuntos inacabados — tranquilizou. — Não demoro desta vez — sorriu. Aproximou-se de Francisca e abraçou-a, logo após beijar sua testa.

Caminhou em direção ao Lamborghini vermelho do outro lado do orfanato. A garota, de saltos vermelhos, calça jeans preta e casaco de couro da mesma cor, fechado até o começo da gola, caminhava com elegância, segurança e determinação até o carro. Passava pelo recinto onde algumas garotinhas e adolescentes a idolatravam, almejando ser uma versão da Weza quando fossem grandes.

Deu uma piscadela sutil para a garotinha de olhos curiosos, que sorriu apaixonada pelo que julgou ser a perfeição em pessoa.

Todas a adoravam, principalmente as histórias que contava toda vez que as visitava em reunião. As garotinhas do Santa Catarina a julgavam uma heroína, pois todos acreditavam que Weza era a mulher mais forte que existia. Enfrentava tempestades no Alasca, escalava altas montanhas e mergulhava em alto mar. Até já tivera convivido com ursos e golfinhos, sem esquecer que fundara o projeto ecológico de conservação do mar na ilha de Luanda. Aos olhos dos pequenos, Weza era incrível, uma inspiração para quando fossem grandes.

Posicionou-se no assento e ligou o rádio da máquina vermelha que amava. Era o seu preferido dentre as vastas opções de carros da sua garagem. Fez o carro ranger na partida, com o som característico do mesmo invadindo o lugar.

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O famoso ladrão dourado, assim chamado por sua peculiar assinatura com esculturas douradas nos locais do assalto, volta a atacar! Nessa quarta-feira, 13, o famoso ladrão de joias e peças de artes artesanais teve como alvo a relíquia inglesa, uma peça de rubis e diamantes do famoso bilionário Thomás Green, avaliada em 6 milhões de dólares.

Segundo Gabriela Sanchez, a diretora de artes do centro cultural da cidade, a peça encontrava-se em Angola para uma exposição de pedras que ocorreria na cidade alta de Luanda, na noite de sábado.

O Serviço de Investigação Criminal deixa em aberto qualquer referência a colaboração com o FBI ou Interpol. O que é agora tratado como um crime internacional, as investigações continuam com previsão de aliança com...

Farta de ouvir o mesmo assunto pela milésima vez no último ano, trocou a sintonia da rádio do carro por alguma canção pop de Jessie J

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