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Reações

Não sabem há quanto tempo estão ali. Liz nem ousara olhar no relógio em seu punho.

As duas tremem. Conseguem sentir o corpo uma da outra dentro do closet escuro. Não há como olhar o que acontece do lado de fora, naquele quarto aleatoriamente escolhido.

Ambas checam os celulares. Sem um mísero sinal.

Podem ter se passado horas, talvez minutos, quando escutam uma movimentação distante.

Liz e Sam automaticamente prendem a respiração.

Os ruídos se aproximam.

O som da porta se abrindo é lento, intensificando o terror do ambiente. Liz leva uma mão à boca, abafando qualquer som que possa vir a fazer. Sente a mão de Sam encontrar a sua e a aperta com força.

Não enxerga a amiga, mas sente seu calor e sua presença.

Escutam os passos do outro lado do closet. Alguém anda devagar e calculadamente, fazendo a madeira estalar sob seus pés.

Não sabem por quanto tempo a tortura perdura até ouvirem os sons gradativamente se afastarem.

Liz finalmente tira a mão da frente da boca e respira aliviada.

Cedo demais.

Seu celular toca. O sinal retorna no pior momento possível.

A porta do closet se escancara e antes mesmo que Sam grite, uma bala é despejada em seu abdômen pelo homem mascarado.

Os gritos de Liz são desesperadores. Agora, com a janela aberta, a luz da lua ilumina perfeitamente a figura que vira na floresta apontando a arma em sua direção. A arma a deixa ainda mais perversa.

- Não, por favor! - Liz implora por sua vida, sentindo o sangue de Sam escorrer até ela. Usando da parede do móvel atrás de si, escorrega até sentar-se. Uma das mãos está levantada, implorando por piedade.

Para sua surpresa, o maníaco apenas ri.

- Anda, levanta. Pra parede. - Diz, apontando a arma dela para a parede ao lado do closet.

Ela obedece sem pestanejar, abraçando qualquer possível chance de sobreviver àquela noite.

A voz que sai por baixo da máscara não é masculina. Mesmo abafada, Liz reconhece como uma voz feminina. O pior, que faz seu estômago dar voltas - soa familiar. Ela olha para o desenho do crânio desfigurado como se isso fosse fazê-la desvendar o rosto por trás de tudo.

Não é necessário.

Com a mão livre, o indivíduo tira a máscara, mostrando uma face suja de sangue. O pescoço com um profundo corte. Alice sorri para ela.

Alice ri como se fosse insana. Liz tem certeza, naquele instante, que ela é.

- A sua reação foi impagável, eu queria ter gravado isso. - Ela exclama e Liz encosta as costas contra a parede, como se pudesse ultrapassá-la e fugir daquele clima caótico.

Não entende o que acaba de acontecer. Olha para Sam, caída no chão, as mãos tapando o abdômen ensanguentado. Sua reação é a mesma que a dela.

- Você nem ao menos lembra de mim, não é, Liz? - A mão segurando a arma não fraqueja.

Liz balança a cabeça, incrédula.

- Vou te contar uma historinha, está pronta?

"Faz exatos três anos essa noite, eu tenho certeza que você não esqueceu.

Eu morava na casa da frente, Liz, como pode ter sido tão estúpida de nem ao menos saber quem eu era? Achei que tivesse que arrumar alguma desculpa esfarrapada caso Mateus nos apresentasse antes do planejado, mas acho que você só é estúpida mesmo.

Enfim, era sábado à noite. Estava quente, eu lembro bem porque não conseguia dormir. Não sei se pelo calor ou pelo fato da música insuportável que vinha da sua casa.

Meu irmãozinho acordou, o Dante. É, eu não menti sobre o nome dele.

Ele tinha cinco anos na época. Eu fui olhar nas câmeras de segurança do dia seguinte. Dan saiu de pijama pela rua assim que viu o seu irmãozinho jogado na calçada, chorando, perguntando pela irmã inconsequente.

Dan quis trazer o amiguinho pra casa, mas ele não estava legal, não é, Liz? Ele estava desnorteado, enjoado. Uma criança...

Queria dar uma volta. Não sei de onde aquela criaturinha tirou tanta coragem de madrugada, mas ele queria dar uma volta. Foi pelos lados mais isolados daquela cidadezinha de merda e ele arrastou o Dan. Arrastou meu irmãozinho.

Eu acordei essa hora, já prestes a chamar a polícia por causa da música alta, quando eu vi os dois pela janela, sumindo pela rua.

Eu fui atrás, eu nem ao menos falei pro meu pai. Saí correndo atrás do Dan, mas os moleques foram muito rápidos. Eu vi o que aconteceu, Liz. Você quer saber o que aconteceu?

Eu vi o Henrique desmaiar enquanto brincava do lado do córrego. Ele caiu. Era uma criança, Liz, como você pôde? E sabe o que o Dan fez? Ele pulou atrás...

Eu perdi o meu irmãozinho aquele dia, Liz, por sua causa! Eu sei que drogou seu irmão e ele morreu por sua causa. O coração puro de Dan o fez achar que conseguiria ir atrás, mas o córrego levou as duas crianças. Eu nem consegui ajudar.

Eu segui por entre a floresta até achar os corpos dos meninos. Foi uma cena e tanto, não vou mentir.

Eu peguei o Dan no colo e trouxe ele pra casa. Enterrei no quintal de casa, meu pai nem ouviu nada. Até hoje acha um mistério o que aconteceu com Dan. Apaguei as câmeras de segurança, não antes de ver os cinco que saíram de madrugada no carro do Mateus pra achar o irmão da irresponsável, e acho que desde então eu planejo esse dia. Saiu melhor do que eu esperava".


"Foi tão fácil, Liz. O Mateus foi tão ingênuo... O passe perfeito pra eu me aproximar de você. Eu não queria que ele morresse, mas aconteceu. Era um cara legal.

Ele nunca conheceu meus pais. Disse que estava esperando a hora certa pra apresentar.

Esse lugar não é meu, querida. É dos dois cadáveres no porão do casarão, agora devem ser só cinzas. Foi fácil me aproximar deles como estagiária da empresa do proprietário e foi fácil vir aqui. Esse fim de semana estava reservado pra nós, sabia? Sinta-se honrada, foi realmente um aniversário inesquecível, assim como você queria.

Eu comentei que fiz algumas aulas de teatro, Liz? É, aprendi maquiagem também. Um pouco de sangue falso e atuação, e vocês caíram facinho. Foi bem fácil mexer no photoshop pra montar uma família falsa e imprimir a foto que coloquei no porta-retrato. Inclusive, deve estar se perguntando quem me matou na floresta".

Gabrieli e Erik adentram o quarto, amordaçados e empurrados por outra figura com a mesma máscara. Ela os coloca de joelhos, lado a lado, o rosto estampado com pânico.

O homem tira a máscara.

Caio.

- Ele também mandou bem, não foi? - Alice beija Caio, que sorri vitorioso. - E, por acaso, algumas microcâmeras na floresta ajudaram no trabalho.

- Vocês são doentes! - Liz grita em meio às lágrimas.

Não se conforma como aquela noite trágica de anos atrás acabara os trazendo ali.

- Alice, por favor, foi um acidente... - Liz está prestes a se ajoelhar, implorando por sua vida e a de seus amigos.

- Cale a boca, meu nome não é Alice. - A loira se coloca atrás dos dois amigos de Liz, ajoelhados e indefesos a sua frente. - Antes dessa noite acabar, eu tenho mais uma surpresinha. Você e algum deles sai inteiro hoje. Até a bonitinha ali, se aguentar sobreviver. Aqui, as chaves da lancha.

Alice joga as chaves aos pés de Liz.

Sam ainda está viva, sentindo o sangue escorrer por entre seus dedos.

- Você só tem que escolher quem, querida, ou eu mato os quatro. Você por último.

Liz não entende aonde aquilo vai dar. Como deixariam que algum deles vivesse depois de terem se desmascarado em frente a eles?

- Planejamos essa fuga há muito tempo, Liz. Vamos desaparecer como poeira depois dessa noite. Vão nos procurar pela morte dos proprietários e achar os cadáveres dos outros. Agora, se vão encontrar os de vocês, depende de você. - Caio complementa. Liz têm certeza de que esse não é seu nome.

- Escolha. - Alice aponta a arma para a cabeça de Gabrieli, revezando com a de Erik, os dois no mais completo temor.

Liz ajoelha-se no chão. Estão ali por causa dela.

Mateus perdera a vida por causa dela. Assim como Dani. E ela precisa decidir qual dos dois parados à sua frente se juntará a eles.

- Querida, eu vou te dar um minuto. Menos que um, Liz. É o suficiente. - Alice olha no relógio. - Como foi que disse? "Ações têm reações", certo? Arque com elas.

- Não posso, por favor... - Liz está literalmente implorando de joelhos, se humilhando para os que apontam a arma para a cabeça de seus amigos.

- Menos de um minuto e eu puxo o gatilho. Nela primeiro. - Gabrieli sente o cano gelado da arma encostar em sua nuca. Suas lágrimas de desespero falam mais que qualquer súplica.

Alice engatilha a arma em suas mãos, como se já o tivesse feito milhares de vezes.

Liz olha de Gabrieli para Erik. Ainda pode salvar um deles.

- Quem morre? - É a última vez que Alice pergunta.

Ela abre a boca para falar, mas não encontra uma palavra sequer.

Não é preciso.

Do batente da porta, alguém despeja três tiros nas costas de Caio, que tomba sobre Alice antes mesmo que ela possa reagir.

Enquanto a loira olha para trás e vê Mateus apontar a arma de caça que encontrara nos aposentos principais para sua cabeça, Liz reage. Já em pé, despeja o chute mais forte que suas pernas trêmulas permitem, acertando em cheio a boca da loira, que solta a arma. Liz a alcança.

Com Caio morrendo sobre ela, Alice está indefesa no chão, olhando para os dois que apontam as armas para seu rosto, em uma reviravolta que ela claramente não esperava.

- Espera, amor, sou eu! - Alice tenta se levantar, mas Mateus não recua um passo sequer. Lágrimas brotam de seus olhos furiosos e decepcionados, enganados.

- Eu não sei quem você é, sua vadia, mas não é minha Alice.

E ele tem razão. Puxa o gatilho.

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