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Podre de Rica

(ilustração - Liz)


- Liz, eu só vou se você for.

Já haviam se passado três anos desde o incidente. No dia seguinte completariam exatos três anos.

A data não ficara mais fácil para a garota com o decorrer do tempo. Ela se lembra de fugir de casa por uma semana, passando todos os dias na casa de Gabrieli sem querer encarar os pais por mais um segundo sequer.

Nunca falaram sobre na frente dela. Nunca. Nem para perdoá-la. Eles pagaram uma terapeuta com quem ela fala desde então. Liz toma medicamento controlado diariamente, mas sempre que seu aniversário se aproxima, tudo volta à tona como uma avalanche.

Gabrieli está sentada na cama da amiga, folheando uma revista de fofocas, a própria mala roxa jogada em um canto do quarto enquanto Liz se pergunta se fará a sua ou não.

- Por que não iria? Não nascemos grudadas. - Ela senta-se ao lado de Gabrieli na cama. A amiga mudara o penteado de um cabelo raspado para uma cabeleira de dreads magnífica. Liz, por outro lado, cortou os cabelos ruivos na altura dos ombros, deixando as ondas armarem e caírem por eles desde as raízes.

Gabrieli revira os olhos e fecha a revista. Ela limpa a garganta e se puxa para mais perto da ruiva.

- Amiga, eu sei o quanto esse dia é difícil. Pare de esconder de mim. É exatamente por isso que eu vou te arrastar. Um final de semana, dois dias na casa de campo da namorada do Mateus e a gente passa seu aniversário juntas.

- Está mesmo confortável em passar o fim de semana na casa da namorada do seu ex?

- Têm razão, Liz, eu tenho doze aninhos e eu nunca superei o Mateus. Você está certa! Eu guardo remorso há dois anos e não sei se vou conseguir superar. - Ela encena, com todo o sarcasmo que consegue expressar.

Liz ri e se levanta da cama, mas Gabrieli a puxa de volta.

- Ela têm uma puta casona em uma ilha, Liz. Uma ilha! Ah, qual é. Eles chamaram a gente. Erik vai com a mina dele, a Samantha vai... Ah, espera aí. É por causa do Erik?

Dessa vez, é Liz quem revira os olhos.

- Claro que não, pelo amor de Deus, Gabi.

- Então vamos! A gente nunca mais se reuniu, fala sério. Eu não vejo a Sam faz o quê, uns dois meses? O Erik, nem se fala. A namorada dele parece legal. Anda, faça as malas. Sam está vindo.

Liz respira fundo. Sabe que Gabrieli não desiste fácil. Nunca.

Não admitiria em voz alta, mas talvez a amiga esteja certa. O que ganhará ficando em casa com os pais em seu aniversário? Apenas lembranças tóxicas.

- Tudo bem.

- Tudo bem? - Gabrieli sorri, feliz com sua persuasão. - Ok, e o Mateus vai levar uns amigos, pelo que eu entendi. Leva uma roupa bonita, uma maquiagem, talvez a gente dê sorte.

- Vai pegar os amigos do seu ex?

- É, ué. Ele é que não vou pegar.

Liz ri e empurra a cama para se levantar.

- Vou me esforçar. - Ela brinca e começa a tirar as peças de roupa do armário. - Que horas ela passa?

- Em quinze minutos. - Gabrieli dá um sorriso amarelo ao ver a reação da amiga. - Melhor se apressar.

O carro de Sam buzina vinte minutos depois. Liz nunca precisara arrumar as malas tão rapidamente. Tem certeza de que vai sentir falta de muita coisa esquecida.

Durante todo o trajeto, Gabrieli vai na frente com Sam, conversando animadamente sobre a faculdade, a vida amorosa, e expectativas para o fim de semana. Mas Liz se absteve da conversa.

Com a cabeça apoiada na janela, observa as nuvens carregadas passarem por elas, as aves voando baixo acima de suas cabeças, parecendo acompanhar o carro.

Já estão longe de casa. As ruas residenciais transformam-se gradativamente em uma estrada que corta a vegetação do vale até o litoral.

- E você, Liz?

A ruiva volta de seus devaneios ao ouvir seu nome ser chamado por Sam.

Samantha está mudada. Ela ficou mais musculosa, mais esbelta. Os cabelos loiros parecem ter clareado naturalmente, se for possível. Os olhos cinzentos continuam cativantes.

- Hein?

Sam ri e olha a amiga pelo retrovisor.

- Ansiosa? - Com um sorriso delineado por um batom cor de café, repete a pergunta. - Amanhã é seu aniversário! Posso fazer um bolo, o que acha?

Liz sorri. Sentiu falta de Sam. Depois do ocorrido há três anos, acabaram ficando próximas.

- Só se for de cenoura. Com cobertura de chocolate.

- Minha especialidade. - Sam sorri para o retrovisor. Ela olha para o GPS. Ele indica que estão há cinquenta e dois minutos do destino. Será uma viagem rápida.

O barulho do carro passando sobre pedregulhos acorda Liz. Ela vê o céu começar a escurecer e olha para o relógio de pulso - 18h18. Embaixo do relógio, sua minúscula tatuagem de borboleta some.

Ela olha ao redor. Sam estaciona à beira de um píer, onde estão outros dois carros. Uma picape vermelha - que as três identificam como a de Erik - e um agile cinza escuro.

Saem do carro ao mesmo tempo. A brisa gelada do outono lhes diz que será difícil colocar os pés em uma piscina, como Gabrieli esperava ansiosamente.

Estacionada no píer, uma lancha balança em sincronia com as marolas do mar de ressaca. Assim que as portas do carro batem, Mateus aparece de dentro dela com um sorriso jovial no rosto.

- Atrasadas! - Ele grita para as três.

- Menos de vinte minutos! - Sam responde, já rumando em direção ao barco, pisando calculadamente nas tábuas desgastadas do píer. - Isso aí é seu?

Liz ri de canto olhando Gabrieli puxar sua mala com dificuldade. Apesar de estar bancando a madura, está claramente desconfortável em ver o ex.

- É da Alice. - Mateus pula da borda da lancha até a segurança da madeira do píer, como se já o tivesse feito milhares de vezes. - Eu só roubei pra buscar vocês.

Ele recebe as três com um abraço apertado.

Mateus também está diferente. Liz não se lembra de última vez que o viu, mas também parece mais forte, bronzeado. Os olhos ligeiramente puxados sempre foram da cor de mel? Seu cabelo está comprido o suficiente para prendê-lo em um rabo de cavalo no meio da cabeça.

- Droga. - Gabrieli murmura baixo o suficiente para Liz assim que ele se afasta. - Ele podia pelo menos ter engordado.

Liz solta uma gargalhada muda e joga a cabeça para trás. Os quatro adentram a pequena - e luxuosa - lancha, acomodando-se. Sam se senta ao lado de Mateus e o observa conduzir o veículo sobre o mar. Gabrieli se deita no espaldar excessivamente confortável que o centro da lancha dispõe e Liz se apoia no beiral da mesma, olhando para o horizonte.

A família de Alice deve ser podre de rica, a ruiva pensa. Ao longe, uma ilha se desenha na paisagem. Pequena e particular. Talvez o fim de semana seja melhor do que ela esperava, afinal.

Mateus atraca a lancha em um pequeno píer ao lado das rochas. Os quatro saem, carregados de malas, e pisam desconfortavelmente com os tênis na areia molhada.

Liz olha em volta. À frente deles, uma trilha mostra o caminho. Ao lado, outra parece levar à um tipo de hotel que se mistura à vegetação do morro ao lado. Sua curiosidade se atiça.

- Essa ilha é da Alice? - Gabrieli pergunta, enquanto tenta segurar a mala pesada para não colocá-la na areia.

- Da família. Eles alugam na temporada. - Mateus responde.

- Tem mais alguém aqui?

- Não, esse fim de semana é só nossa. - Ele sorri e abre o caminho para a trilha. As três o seguem. A trilha é feita de pedregulhos. As malas enroscam quando puxadas sobre eles.

Mateus pega a mala de Gabrieli em uma mão e a de Samantha na outra. Oferece-se para levar a de Liz, mas ela agradece. Está leve.

- Fiz de última hora. - Ela informa, dando de ombros com um sorriso amarelo.

- Sua cara. - Ele diz, seguindo em frente.

As trilhas se bifurcam como um labirinto, mas placas indicando a sede dispõe-se por todos os lados e são por elas que se guiam.

Quando finalmente a trilha acaba, os quatro sobem um terreno irregular de terra até chegar em degraus de madeira de um casarão gigante. Na beira da escada, uma garota loira os espera. É baixa, mas mais alta que as três. Como Sam costuma dizer, têm tudo no lugar certo. Como Gabrieli diria, é gostosa, para a infelicidade dela. Os olhos castanhos de Alice piscam ao ver Mateus se aproximar. Seu cabelo liso prende-se em um rabo baixo. Em uma das mãos, segura uma xícara de chocolate quente. O clima começa a pedir por um.

Mateus sobe as escadas como uma flecha e se abaixa para depositar um beijo nos lábios da namorada. Ele adentra a casa com a bagagem das garotas e desaparece dentro dela.

Alice é o cúmulo da simpatia. É impossível não gostar dela. Liz chega a pensar se não está sendo falsa, mas quem liga? Alice a recebe com um abraço de quem a conhece há anos e faz o mesmo com as outras duas, se apresentando.

Indica a casa para que entrem e tranca a porta atrás delas, anunciando com um voz doce:

- Agora podemos começar isso aqui.

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