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0.8 |IMPETUOSO.

- ISSO VAI doer - Sam avisou quando posicionou a agulha contra minha pele e a empurrou, afundando na minha carne.

- Isso não parece tão ruim - Ergui os olhos para ele, foi quando ele apertou a seringa até o final e eu senti o sangue entrar espesso, quente e como soda cáustica pura no meu corpo.

Eu gritei alto o bastante para minha voz ecoar nas paredes de concreto da masmorra pelo que pareceu uma eternidade. Apertei os punhos e tentei arrancá-los das amarras que me prendiam naquela cadeira estúpida, mas era inútil.

- Eu avisei, desculpe - Ouvi a voz de Sam murmurar enquanto ele se afastava de volta para a mesa do outro lado do cômodo.

Minha visão estava turva, mas pode observar enquanto fazia uma rápida higienização na agulha e a guardava novamente.

- A próxima dose será em algum tempo, a dor deve melhorar.

- Quanto tempo? - Perguntei, minha voz soando grossa.

Ele apertou os lábios e franziu a testa. Sua expressão sugeria que ele lamentava isso.

- Sinto muito - Ele murmurou de novo e então deu as costas para mim, voltando a mexer nos instrumentos da mesa como se tudo aquilo fosse muito interessante.

Dean não estava por perto. Ele saiu há algum tempo e ainda não voltou. Sam parecia desconfortável e descontente em estar ali, mas eu não posso culpá-lo.

- Você não lamenta - Falei depois de alguns instantes em silêncio tentando recobrar minhas energias. - Eu sei que só está aqui por ele.

- Ótimo, assim não preciso fingir que quero fazer isso - Ele me lança um olhar ressentido por cima do ombro.

- Preferia me matar - Falei, não era uma pergunta.

- Seria muito mais fácil - Concordou.

Senti o suor escorrendo desde a raiz dos meus cabelos e pingando por todo meu rosto. Joguei a cabeça para trás, respirando fundo para tentar me livrar da onda de calor incomoda. Era como ter metal derretido nas veias.

- Isso funciona mesmo? - Perguntei um tempo depois.

- Funcionou para Dean.

Eu revidei os olhos.

- Quero dizer com um demônio de verdade - Falei. - Vocês já curaram algum?

Sam se virou e encostou o corpo na mesa de metal. Ele cruzou os braços e balançou a cabeça.

- Bem, não completamente...

- Que merda isso quer dizer?

- Nunca curamos um demônio antes.

- Porra, então eu sou tipo a cobaia de vocês?

- Não exatamente, Crowley foi nossa cobaia - Ele ergueu as mãos. - Teria sido Abaddon, mas ela escapou.

- Tentou curar o Rei do Inferno? - Fiz uma expressão de descrença. Sam confirmou com a cabeça e eu estava sem palavras. - Não sei se são corajosos demais ou só muito idiotas.

- Quase funcionou, tá bem? - Sam soou aborrecido. - Além disso, não era só o lance da cura como é com você, tinha outras coisas envolvidas.

- Que tipo de coisas? - Perguntei curiosa.

Sam soltou um som de descaso e ensaiou me dar as costas novamente.

- Ei, qual é? Eu vou ficar um bom tempo aqui, pode pelo menos me distrair da dor terrível que você mesmo causou?

Sam voltou para a posição em que estava e me lançou um olhar estranho. Era diferente da forma como ele tem me olhado desde o momento em que nos conhecemos. Arrisco dizer que é como se ele estiver me olhando e pela primeira vez realmente estivesse me vendo.

- Dean quer muito isso - Ele mudou de assunto, mas parecia fazer sentido para ele. - Eu não sei o motivo real, mas ele quer.

- Quando descobrir você pode me dizer também.

- O que rolou entre vocês? - Ele perguntou. - Digo... como era essa dinâmica?

- Bom, a gente transava bastante, depois íamos para uns bares de estrada para encher a cara e no final do dia transavamos de novo em literalmente qualquer lugar que estivesse disponí...

- Certo, certo... espera - Ele me interrompeu com os lábios retorcidos e uma expressão de nojo. - Não essa dinâmica.

- Oh, entendi - Digo. - Claro, você não quer saber sobre seu irmão fodendo uma demônio num posto de gasolina.

- Não, e se eu pudesse queimaria meu cérebro só para esquecer isso que você acabou de dizer.

Um sorriso malicioso se formou em meus lábios. Todos no submundo sabíamos do lance que Sam Winchester teve com Ruby. A propósito, eu conheci a vadia. Ela era obsessiva e devota ao plano de tirar Lúcifer da jaula. É claro que muitos de nós eramos, o cara é tipo o rosto da campanha, mas Ruby era quase patética de tão obcecada.

O mesmo cara que levou um chá dela dizer na minha cara que não me aprova como transa casual do irmão é uma das doces ironias da vida.

Pela boa vizinhança, preferi não tocar no assunto.

- Você já deve saber que meu trabalho era manter seu irmão longe de confusão - Falei depois de algum tempo em silêncio. - Dean e Crowley tiveram a lua de mel mais patético da história, até que o Rei percebeu que a Marca não descansa.

- O que você quer dizer com isso?
Agora ele parecia mesmo interessado na minha história.

- Ah, eu tenho certeza de que você já sabe - Me inclinei na direção dele. - Dean deve ter contado.

- A marca o fazia querer matar, é, ele mencionou.

- Então - Inclinei a cabeça. - Crowley fez uma limpeza primeiro. Desafetos e possíveis inimigos em potencial, todos eles foram colocados de alguma forma no caminho de Dean. Ele se tornou a arma mais mortal que Crowley já teve. Mas demônios não são como bonecas em uma linha de produção, então se àquilo continuasse logo não teria mais nada e nem ninguém para o Rei comandar. Dean continuava cada vez mais agressivo e violento, matando qualquer um que passasse por ele e ficou desleixado. Uma trilha de corpos leva a problemas, e pior... levava você até ele.

- E você entrou na história.

- Isso - Confirmei. - Eu deveria me certificar de que Dean não causasse estrago. Tirar ele da sua rota e garantir que o bonitinho não causasse demais.

- E por que você aceitou isso? Até onde você sabe, Dean poderia acabar com você.

- Não sei se você entende muito das coisas, fofinho, mas dizer "não" ao Rei do Inferno não costuma ser uma opção.

Sam fez uma careta com a forma como eu o chamei.

- Certo, isso faz sentido - Ele deslizou as mãos pelos cabelos. - Eu só não... entendo como chegamos aqui.

- Eu também não sei - Respondi com honestidade. - Sabe, eu... eu me envolvi com ele sexualmente porque no começo foi a única maneira que encontrei de tirá-lo de confusão sem que eu fosse morta no lugar. Mas com o tempo se tornou mais do que só um trabalho. Eu queria protegê-lo.

Eu ergui os olhos e o encontrei me observando com um olhar questionador.

- Você pode não acreditar em mim, mas é verdade - Eu suspirei. - é claro que eu também queria você longe dele. Eu estava apavorada.

- Apavorada?

- Dean e Sam Winchester, os irmãos mais famosos do Inferno - Eu sorri de maneira sombria. - Já mandaram mais monstros para baixo da terra do que qualquer outro caçador. Eu tinha certeza de que Dean me odiaria pelo que fizemos. Pensei que no segundo em que se tornasse humano outra vez, ele fosse me caçar e acabar comigo por tê-lo usado ou sei lá. Eu estava com medo.

Sam me deu as costas novamente, mas agora ele realmente parecia estar ocupado com algo. Ele começou a preparar uma nova dose.

- Talvez eu... possa estar começando a entender as razões dele querer você curada - Sam falou se aproximando de mim com passos lentos. Ele posicionou a agulha no meu pescoço e afundou até o final. - Mas ainda não gosto de você.

Ele apertou, o sangue entrando mais uma vez como a dor de queimar por mil anos no fogo do inferno. Eu gritei tão alto que meus pulmões pareciam em chamas também. Meu corpo amoleceu na cadeira e de repente meus olhos estavam pesados demais para se manterem abertos.

QUANDO recobrei a consciência, a primeira coisa que chegou até mim foram os sons. Vozes, mais especificamente. No começo eu não conseguia entender absolutamente nada, eram apenas murmúrios. Então conseguiu distinguir a voz de Dean e então Sam. Não abri os olhos por enquanto, me concentrando e entender o teor da conversa.

- Provavelmente estamos matando dela - Sam disse ao fundo. Sua voz soando distante, mesmo que estivéssemos todos no mesmo cubículo.

- Você não pode ter certeza disso.

- Olha para ela, Dean - Sam suspirou alto. - Você sempre soube que não era garantido.

- Eu sobrevivi.

- É diferente! - Sam baixou ainda mais o tom de voz. - A marca não deixa você morrer. Já ela... nada pode impedir. Isso é como veneno no corpo dela.

- Ela não vai morrer - Dean soou teimoso.

- Você quem sabe - O mais novo soou absolutamente frustrado. - Só não diga que não avisei.

O som de um celular tocando preencher o ambiente. Ouvi Sam dizer "alô" e deixar a masmorra com uma batida da porta de metal. Quando ele se foi, argui a cabeça, tombando ela para trás no encosto da cadeira. Meus olhos se abriram lentamente e quando entraram em foco, localizei Dean parado em frente a pequena mesa de metal, preparando uma seringa.

- Você parece sexy - Comentei. Sua cabeça se virou rapidamente em minha direção.

- E você parece horrível - Disse.

- Aínda posso acabar com a sua raça, vadia - Falei, oferecendo um sorriso exausto para ele. Dean começou a se aproximar de mim.

- Esse é o nome do seu vídeo de sexo - Falou quando parou na minha frente, segurando a seringa.

Meus olhos encararam o objeto nas mãos dele sem que eu conseguisse disfarçar, meu corpo inteiro ficou tenso e eu me lembrei da conversa que acabei de escutar entre ele e o irmão. Dean percebeu que algo estava errado e quando voltou a falar, seu tom era tranquilizador:

- Ei, relaxa - Começou. - Está tudo bem. Eu sei que ainda dói, mas vai passar.

Eu não me lembrava quantas daquelas eles já haviam injetado, mas pareciam centenas e ainda assim eu não me sentia nada diferente.

- Ainda sou um demônio, Dean - Falei, meu tom de voz aínda fraco. - Não está funcionando.

- Você não tem como saber - Ele afastou meu cabelo com delicadeza, deixando meu pescoço exposto. - O tratamento aínda não chegou ao final.

- Eu ouvi o que seu irmão disse - Engoli em seco. Os olhos verdes dele de fixaram nos meus. - Estou morrendo.

- Não está, isso faz parte do processo.

- Dean - Eu chamei deu nome da maneira mais firme que consegui. - Não.

Ele sustentou meu olhar, Dean não moveu um músculo, mantendo a seringa ali, a agulha cutucando minha pele.

- Aquilo que você falou sobre me tornar humana novamente - Recomeço. - Sobre me fazer sentir outra vez, você lembra?

- Onde você quer chegar com isso?

- Eu já sinto, Dean - Minha voz tremeu. - Desde que conheci você.

O homem pareceu congelar no lugar. Seus olhos analisando todo o meu rosto, como de estivesse buscando por algo que nem mesmo ele sabia exatamente o que poderia ser.

- Você nunca diria algo assim - Ele afirmou. - O sangue está fazendo efeito.

- Talvez eu esteja mais molenga - Concordei com uma risada fraca. - Também não me imagino sendo tão brega, mas ainda é verdade. Tudo era verdade. A merda toda era real para mim.

- Não tem como - Ele parecia genuinamente confuso. - Você é um...

- Demônio, eu sei - Completei quando ele ficou em silêncio. - E eu sei que somos ruins. Já fiz coisas horríveis e não me arrependo de nenhuma delas. A maioria foi para me manter viva, mas uma boa parcela foi só por diversão. Isso não vai mudar, eu não posso mudar.

- Você pode!

- Eu não quero!

Retribuí o olhar dele, esperando que ele entendesse. Então eu vi. Vi exatamente o que ele estava escondendo embaixo de tantas camadas. Por baixo do discurso de salvar pessoas, de segundas chances, tudo isso era só uma desculpa para ele não admitir a verdade mais terrível, pelo menos para ele.

As palavras deixaram meus lábios como um sopro, tão frágil quanto eu me sentia agora:

- Você se apaixonou por um monstro.

Dean arregalou os olhos. Ele soltou a seringa e se afastou de mim instantaneamente.

- O quê? Não, isso não - Ele desviou o olhar e colocou as mãos nos quadris.

Tombei a cabeça para trás, as luzes ficaram fortes demais, eu não conseguia mais vê-lo com exatidão. Agora ele era apenas sombras.

- Tudo bem, Big boy - Falei. - Eu meio que gosto de você também.

Mais uma vez meus olhos estavam pesados demais para ficarem abertos. Eu não consegui vê-lo se aproximando, apenas senti quando as pontas ásperas e quentes dos dedos dele tocaram minha bochecha. Também não consegui ouvir o que ele disse, eu já estava mergulhada em escuridão.

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