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0.5 | O AMARGO DA QUEDA.


CADA MALDITA parte do meu corpo dói. Eu sei o que é estar no Inferno, mas já faz algum tempo que não preciso passar por lá. Aparentemente Crowley decidiu que antes de me matar vai me oferecer uma experiência completa para relembrar os melhores momentos de lá de baixo.

Travei meu maxilar, me recusando a emitir qualquer som de dor que fosse alimentar o prazer doentio dos meus torturadores. Respirei profundamente pelo nariz.

- Não se fazem mesmo mais demônios como antes... cara, você deveria ter vergonha... do seu trabalho patético.

O demônio torturador grunhiu insatisfeito.

- Se é assim tão ruim, então porque você parece um lixo? - Perguntou com um sorriso.

— Esse é o nome do seu vídeo de sexo? - Zombei. - Tenho certeza de que as garotas devem te dizer isso o tempo tod...

O soco veio antes que eu pudesse terminar de falar. 

- Filho da... - Outro soco me calou, impedindo que eu xingasse novamente. Cuspi o sangue coagulado em minha boca, me esforçando para me manter minha mente no lugar.

Tenho que dar o fora daqui antes que esse babaca canse de se divertir ou Crowley decida acabar logo comigo sem perder muito tempo. Respirei fundo, engolindo as palavras que dançavam na minha lingua. Decidi reservar a energia que ainda me sobrou para bolar um plano de fuga então fiquei em silencio. 

— O quê? - Ele riu de mim, agarrando um tufo dos meus cabelos e puxando minha cabeça para trás e forçando-me a olhar pra ele. - Nenhuma piadinha para mim agora?

Não respondi. Minha respiração estava tremula e eu imaginei que qualquer coisa que tentasse falar soaria patético demais para me fazer parecer ameaçadora, então apenas devolvi seu olhar com frieza.

— O que foi, uhn? - Ele sorriu mais largamente. - Acha que pode me por medo com essa cara toda quebrada?

Aproximei meu rosto do dele, ainda segurando a expressão impassível, mesmo que minha vontade fosse que arrancar o nariz dele com os dentes.

— Quer ouvir uma piadinha, Don? Então que tal essa... – Ele abriu um pouco mais os olhos, parecendo surpreso com minha mudança tão brusca de comportamento. – Dois demônios entram no esgoto. Qual deles tem o nariz quebrado?

Don franziu as sobrancelhas, a expressão desprezível de deboche ainda dominava seu rosto.

— Do que você está... sua vadia do caralho!

Me afastei sentindo a dor na testa. Don cambaleou para trás sobrindo o nariz com as mãos. Ele deve se recuperar rápido o que significa que eu não teria muito tempo para escapar. Comecei a considerar minhas opções, que na verdade não eram muitas e isso só me faz perceber o quão ferrada eu estava.

Minha cadeira é de ferro e está sondada no chão, sem chance de quebrá-la. As algemas são mais fáceis de romper, parecem meio medíocres. Se tudo ganhar eu ainda posso cortar meus braços e conseguir outra casca depois.

Quando estava quase dando início ao plano, Crowley entrou pela porta.

— Veja só – Ele apontou para mim. – Como foi o baile, Carrie?

— Muito engraçado – Falei.

— O que aconteceu com você? – Ele perguntou se virando na direção de Don.

— A vadia quebrou meu nariz.

— Como infernos ela faz isso com as mãos amarradas atrás das costas? – Crowley questionou, mas antes que seu capanga dissesse qualquer coisa, ele deu de ombros como se não desse a mínima e apontou para mim com um indicador curto. – Não tô nem ai. Solte ela, estamos mudando de lugar.

— Por quê? – Don questionou. Ele só precisou de um olhar do Rei do Inferno para limpar a garganta e se desculpar, correndo até mim para me soltar.

— Você não costuma gastar energia sem razão – Falei enquanto era manipulada para ficar de pé, meus braços ainda presos nas costas. – Por que ainda não estou morta?

Crowley aproximou-se de mim. Havia brilho em seus olhos, mas não era do tipo bom.

— Todos os demônios pertencem a mim, querida – Ele apontou em direção ao meu rosto. – Sua pobre alma condenada me pertence. Eu decido quando e como você vai morrer e não é da sua conta. Só sugiro que você aproveite a vista enquanto ainda pode.

Dito isso, fui arrastada para fora do cativeiro, empurrada pelos túneis do que era muito obviamente dutos de esgoto. Minha boca continuou fechada, mas meu cérebro continuou com o trabalho da rota de fuga. As dores estavam diminuindo, a parte boa de ser um demônio é que nos curamos razoavelmente rápido. Água Benta e sal costumam deixar o processo mais lento, mas ainda assim rápido o bastante para mim.

Assim saímos dos dutos e subimos de volta para a rua, eu estava contando até 5 mentalmente para me preparar antes de agir, foi quando a última coisa que pensei que aconteceria simplesmente aconteceu:

— Alce - Crowley suspirou melodramático. - O que é que você quer? Já tem seu irmão, não está satisfeito?

Sam não falou nada, mas fez um leve sinal com a cabeça em minha direção. 

— Ela? - O Rei do Inferno riu com descrença. - Quem eu preciso matar ou com quem eu tenho que transar para os malditos Winchester pararem de se meter nos meus negócios?!

— Boa pergunta, Crowley - Era a voz dele vinda da parte de trás do beco. Eu teria me virado imediatamente para checar que não estava maluca, no entanto a mão do capanga de Crowley nos meus cabelos era firme demais para que eu pudesse me mexer. - Que tal se você parasse de fazer merda?

Crowley virou-se lentamente na direção de Dean. Eu ainda estava incapacitada de me mexer, então só podia continuar olhando para frente, para Sam Winchester, na verdade. Ele estava parado bloqueando a saída e com uma arma brilhante demais nas mãos. Seus olhos estavam em mim e eu tenho a leve impressão de que ele está me avaliando completamente. Seus olhos desconfiados não perdem um único movimento meu, como se ele precisasse de muito pouco para acabar com a minha raça. Eu não duvido disso nem um pouco.

Eu estava me sentindo acuada. Exatamente como um rato que está entre uma armadilha mortal e dois gatos raivosos. Dean está obviamente curado e de volta a ativa, ou seja, ele está mais do que pronto para detonar demônios e qualquer outra coisa não humana. O olhar de Sam sugere que ambos estão com muita raiva. Ele está furioso por eu esconder seu irmão dele e Dean deve estar puto por eu usá-lo e espioná-lo para Crowley. É como se meus maiores medos tivessem se concretizado bem na minha frente.

— A garota, Crowley. Solte ela.

Outra vez a voz de Dean me tirou da bolha. Ele estava mandando que me soltassem? Por que ele iria querer algo assim? A menos que ele esteja querendo ele mesmo me matar, não vejo nenhuma outra razão.

Garota? – Crowley repetiu com sarcasmo banhando o tom de voz. – com licença? Ela é um demônio, Esquilo. Meu demônio, a propósito, caso tenha se esquecido quando voltou a ser o chato de galocha que você era antes de eu ter te transformado naquela estrela do rock.

Comecei a me sentir cada vez mais acuada, como se fosse apenas uma questão de tempo até que qualquer um deles decidisse que não queria mais esperar. Com um movimento brusco e talvez muito estúpido, acertei uma cabeçada com a parte de trás da minha cabeça contra o rosto de Don. Ele grunhiu, mais de surpresa do que por qualquer outro motivo. Aproveitei sua posição curvada e desferi uma joelhada contra suas costelas.

Tendo me livrado do aperto dele, recuei alguns passos para longe do trio que ainda estava de pé. Olhei ofegante para Dean que parecia exatamente o mesmo de que me lembro. Ele me olhou de volta, seus olhos agora sem nenhum resquício de preto, me examinaram de cima a baixo.

— Você a torturou? – Ele perguntou para Crowley, mas seus olhos estavam em mim.

— Você é do sindicato por acaso? – Crowley zombou.

Percebi uma movimentação proxima a mim e enquanto eu estava distraída por Dean, seu irmão se aproximou o suficiente para pousar uma mão em meu ombro.

— Não vamos machucar você – Ele disse calmamente, mas sua expressão me parecia tensa e desconfiada. – Desde que você não tente alguma coisa.

Alí estava, a ameaça velada me fazendo recuar. Don fez menção de se aproximar de mim, mas Sam parou na minha frente, balançando sua arma em direção ao demônio e o fazendo se afastar. Observei a cena com um sentimento de surpresa. Ele estava me protegendo?

— Isso não tem mais nada a ver com você, Winchester – Crowley rosnou. – O que tivemos foi lindo, mas acabou e...

Minha atenção voltou para os dois. Aproveitei que não havia olhar nenhum sobre mim e consegui me contorcer até passar os braços pelas pernas e estar com eles novamente na frente, mesmo que ainda presos, já é muito melhor do que estar com eles nas costas.

— Você nunca cala a boca?! – Dean o interrompeu com um revirar de olhos. Ele atirou sem que nenhum de nós estivéssemos esperando e eu saltei para trás quando Crowley soltou um som indignado.

— Um truque tão sujo! Digno dos Winchester – Crowley gritou indignado olhando para o furo de bala recém feito em seu terno italiano caro. Não percebi o que estava acontecendo até notar que Crowley não conseguia se mexer.

— O que vocês fizeram com ele? – Perguntei para Sam.

— Armadilha do Diabo talhada na bala – Ele respondeu sem olhar para mim, ainda mantendo os olhos firmes no irmão e no Rei do inferno.

Notei uma movimentação estranha perto da gente e pelo canto dos olhos vi Don se aproximando lentamente de Sam, se aproveitando do momento de distração. Eu poderia sair de fininho e deixar eles se virarem. Eu poderia sumir no mapa e nenhum deles não me encontraria em um milhão de anos. Seria tão fácil, seria tão... droga, por que eu não consigo fazer isso?

Preso no cós da calça de Sam havia uma faca. Quando Don preparou seu golpe direcionando-o para Sam, percebi que deveria agir rápido. Me lancei na direção dele e puxei a faca de sua cintura ao mesmo tempo que Don também tinha avançado contra ele. Girei meu corpo na direção do capanga de Crowley no momento exato, sem dar tempo para que ele conseguisse desviar.  A faca afundou no abdômen dele e inicialmente só achei que serviría para impedir seu ataque, mas eu não contava que ele fosse brilhar como se estivesse tomando um choque e caisse no chão.

Nós quatro estávamos encarando o corpo inerte no chão. Ele estava morto.

— Isso... eu acabei de... – Eu comecei, olhando para a faca em minhas mãos.

— É, isso é uma faca que pode matar demônios – Sam explicou enquanto tirava rapidamente a lâmina das minhas mãos.

Todos perceberam quando meus olhos se fixaram no Rei do Inferno. O próprio respondeu:

— Nem tente, querida. O espeto de churrasco não funciona em mim.

Ergui uma perna e passei por cima do corpo no chão, caminhando em direção ao demônio paralisado.

— Isso é uma pena, porque eu adoraria espetar você com ela muitas e muitas vezes – Falei, parando na frente dele. – Matar você seria um dos maiores prazeres que eu poderia oferecer a minha alma corrompida.

— Raven – Dean me chamou, mas eu não queria olhar para ele. Não queria olhar e ver seus olhos humanos. Ele tornou a chamar meu nome: – Vamos sair daqui.

Eu ainda encarava Crowley. O rei não parecia nada abalado. Pelo que parece, os confrontos com os Winchester são algo rotineiro.

— Você sabe que vai ser a próxima, não sabe? – Crowley questionou olhando nos meus olhos. – Um demônio, uma praga. Você não passa disso para eles dois. Eles eliminam dezenas de nós todas as semanas.

— Você não é muito melhor – Falei. – Também iria me matar.

— Nisso você tem toda a razão – Ele sorriu.

Senti algo no meu ombro e virei a cabeça rapidamente para encontrar àquele par perturbador de olhos verdes me encarando.

— Vamos – Foi a única coisa que ele disse.

— E ele? – Perguntei indicando o demônio com o queixo.

— Vamos deixá-lo no cantinho do pensamento por um tempo – Dean sorriu e por um segundo vi um rastro daquele sorriso de quando ele dizia algo maldoso. – Ele se vira.

— Eu odeio vocês – Crowley bufou.

— Boa sorte – Dean zombou.

Começamos a nos afastar. Eu nem me dei conta de que estava caminhando no início, tão afundada naquele torpor. Foi só quando entrei no banco de trás do Impala que a ficha começou a cair.

Eu havia sido resgatada pelos irmãos Winchester. Uma demônio, sendo salva pelos dois caçadores mais famosos do mapa.

— Por que vocês fizeram isso? – Perguntei incrédula. O silêncio no carro era perturbador. Posso sentir o clima merda que estava instalado lá dentro. Sam não parecia nada feliz e Dean mal olhava para o irmão enquanto dirigia. – Por que me salvaram dele?

Percebi os olhos de Dean cravados em mim através do retrovisor, retribuí seu olhar.

— Eu estava em dívida com você – Respondeu.

— Dívida? – Repeti com sarcasmo.

— Não gosto de ter contas em aberto, especialmente com demônios – Ele desviou o olhar.

— Então é isso? Vai só... me soltar em algum lugar? – Perguntei. Ergui as mãos mostrando as algemas. – Porque não sei se notou, mas estou meio enrolada por aqui.

— Essa foi só a primeira parte – Sam quem respondeu dessa vez. – Temos planos para você.

Virei a cabeça rapidamente na direção dele.

— Por que eu sinto que talvez fosse melhor estar com Crowley agora? – Perguntei. Sam riu sem humor nenhum no tom, mas quando falou sua voz era mais suave do que eu estava esperando:

— Ah, não mesmo. Confie em nós.

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