C E N D E N T E S
Era necessário a evolução.
Ambas as espécies estavam em grande conflito enquanto Gπkox "brincava de casinha" — Assim diria seu amigo H∆dåk. Os confrontos começaram quando a primeira estação de inverno na região foi sentida por todos, e o segundo comandante da colônia estava a frente de tudo, os humanos estavam cada vez mais decididos a acabar com a opressão que viviam com aqueles "bichos inteligentes".
Grupos cada vez maiores surgiam de frente com os portões, os ∆tæs não poderiam simplesmente destrui-los, eles fazem parte da natureza do planeta, nunca se sabe o caos que possa provocar quando se quebra uma cadeia alimentar e isso H∆dåk entendia muito bem.
Haviam histórias sobre isso, o início do caos em ∆tåę se deu a extinção de uma espécie rara do planeta. Eram considerados como rastejantes, o corpo daquelas criaturas não média mais do que dois palmos de comprimento, antenas ficavam no topo de suas cabeças e eles traziam uma doença se fossem tocados, era a sua natureza, a forma de sobrevivência seria o veneno que escorria por toda a sua pele molenga. Mas os ∆tæs não tiveram prudência, primeiro foi o animal instinto por ser caçado e eliminado toda vez que fosse encontrado.
Os poucos que sobreviveram já não conseguiram dar conta de produzir as enzimas necessárias para o solo, nisso as plantas entre outros animais começaram a sumir também, definharem como um nada, murcharem, passando a não existir isso juntamente com boa parte das fêmeas viventes do próprio povo e foi nessa época que H∆dåk e alguns cientistas preverem o final do planeta como também agora previa o fim de uma raça importante.
Eles enfrentavam dois problemas grandes, um deles era os confrontos cada vez mais violentos, já o outro seria com a única fêmea da colmeia que se recusava a procriar. De uma maneira estranha toda a sua ninhada veio a desaparecer e isso causou uma grande fúria em todo o povo, eles entendiam sobre a necessidade de ter fêmeas em suas ninhadas, a pressão era grande para cima de Jånæ.
Sua vida foi roubada por conta de um pensamento egoísta, por medo do que poderia acontecer futuramente, o líder K∆xäj simplesmente tomou a frente de tudo sem pensar nas consequências e agora é Jånæ quem está pagando, tendo que ser usada por todos os machos enquanto seu verdadeiro amor estava ocupado com uma missão quase incerta.
Gπkox caminhou com a humana nos braços quando os primeiros flocos de neve começaram a cair. Ela era realmante muito frágil a tempos assim, faltavam dois dias até o seu destino e estariam seguros.
— Achim! — O sinal de que sua saúde estava debilitada lhe deixou preocupado. Do que lhe adianta uma humana doente, precisaria procriar com ela saudável.
Hammy estava sim com a temperatura elevada, o nariz escorrendo e se agarrava mais naquele corpo forte, ela pensou que ele seria diferente dos outros, isso por aguentar caminhar sem precisar de uma pausa ou suprir suas necessidades.
Ela está certa.
Gπkox não precisaria parar para comer ou aliviar suas necessidades biológicas, seu armazenamento interno aguentaria por mais um mês se precisasse. Então seus passos cessaram, a humana se agarrou mais nele sentindo novas presenças, as narinas dele inflou e soltou um pouco do ar de seus pulmões.
Eram predadores. Os maiores que já cruzou o seu caminho, talvez tendo o parentesco próximo dos primeiros viventes — dinossauros. Gπkox colocou a humana em suas costas e ela lhe agarrou com firmeza, quem visse diria ser até um filhote de primata em suas costas.
Os animais eram grandes, um deles tinha a couraça forte que relembrava a sua outra forma física, ele poderia facilmente usar o seu tamanho e peso contra Gπkox, o outro animal tem um membro flexível em frente ao rosto e grandes marfins que nasciam no começo de sua boca e se curvava par frente com pontas afiadas.
Esse era mais ameaçador, seu corpo tem bastante pelos que dificultaria a penetração, mas eles não estavam lidando com um simples humano.
Gπkox é letal como qualquer outro predador, o sensato para eles seria abrir o caminho e não entre em confronto, mas Gπkox decidiu não fugir, pelo menos teria comida para alguns dias, seria o suficiente para que a humana entre no cio e gere o seu filhote.
E Hammy não estava tão longe disso. Bem a baixo de seu umbigo se instalava uma dor que ela nunca teria sentido, o que lhe ajudava a suavizar esse incômodo eram as quantidades de peles que envolviam seus corpos os protegendo do frio.
Gπkox se preparou para o possível confronto, suas garras saltaram para fora dos dedos se tornando retráteis, seria melhor assim para uma boa defesas futuramente. O maior e peludo soltou um som gutural, diferente que assustou a humana,já o outro arrastou a pata dianteira para trás abaixando a cabeça em direção deles e então Gπkox saltou no primeiro que avançou.
O sangue escorreu sobre os pelos do animal, as garras pegaram na extremidade do pescoço e subiram para o outro lado, com o impacto do corpo do animal pode ser sentido o tremor do chão, o segundo animal era mais determinado e avançou passos.
Gπkox ficou parado olhando para ele, sustentando aquele olhar e então as garras sujas de sangue foram um sinal de derrota, o animal soltou uma rajada de ar se mostrando descontente em ter que recuar, mas aos poucos deu as costas para eles.
Hammy não queria ver, se agarrou ao corpo dele enquanto andavam até o outro animal, suas pernas tremiam quando Gπkox colocou ela no chão, os pés afundaram na neve e então ela olhou para o homem e reconheceu as garras em seus dedos.
Eram grandes e desproporcionais para ser de um humano, afiados e letais o suficiente que conseguiu derrubar um mamífero cem vezes maior que o corpo dela e então seu corpo reagiu ao medo.
Hammy deu passos para trás vendo Gπkox cortar a pele do animal e separar uma quantidade da carne, a pele serviria para carregar o alimento, ela viu quando ele colocou alguns órgãos sobre a pele que retirou do lugar, e o barulho de suas garras fazendo o trabalho no animal era assustador para ela.
E se quisesse fugir?
Não conseguiria. Fisicamente ela era frágil comparada aos machos de sua espécie, imagina a ele? Ela não conseguiria. Então decidiu ficar e fechou os olhos para não ver ele vindo em sua direção, seus dedos já estavam dormentes quando Gπkox lhe ofereceu a mão.
Carregaria parte da caça e a humana junto, certamente Hammy subestimou a força daquele homem atraente e por mais alguns quilômetros ele carregou o que conseguiria até encontrar a entrada da gruta que serviria como abrigo.
Deixou a humana no chão quando adentraram o local escuro, ela tremia conforme o vento batia e entrava na caverna, seus olhos percorreram o local escuro e se sentiu ameaçada.
— Ogum Juck. — Seus lábios pronunciaram para que ela ouvisse. Ele deixou a caça perto de Hammy e saiu para fora, ela sabia o que ele iria fazer — Buscar gravetos para a fogueira.
E ficou ali esperando pelo incerto.
Mas algumas milhas ao norte o confronto se seguia, os mortos se acumularam diante do portão da fortaleza da colônia ∆tæ, tanto humanos quanto ∆tåęs estavam sendo mortos, mas eles não contavam com a força dos homens, a motivação que os levavam diretamente para dentro da fortaleza, se surpreenderam ainda mais quando animais grandes estavam sendo montados por eles.
Enormes e com marfins retorcidos saindo de suas bocas, fortes ao ponto de conseguirem esmagar um ∆tæ ou vários deles em seus caminhos. K∆xäj se manteve firme, suas únicas armas mais letais ficaram no planeta, destruídos, apenas a tecnologia os acompanharam e os recursos do planeta não eram os mesmos.
Os Homideos tinham lanças feitas com madeira e pontas afiadas de pedra, estavam ganhando o confronto, portanto os ∆tæs ainda tinham a vantagem, seus corpos eram adaptáveis a qualquer coisa.
E o confronto só ficou mais sangrento. ∆tæs começaram a dobrar de tamanho, ficando mais ágeis e então a guerra estava cada vez mais letal para os homens, Hung via a morte diante de seus olhos, um grande grunhido fez os homens recuarem.
Estavam aceitando a derrota e para a arrogância e imponência de K∆xäj, eles se curvaram em respeito.
— Wæx. — Respondeu convencido da vitória.
Hung aguardou o momento certo e lançou no ar a sua lança, o objeto cortou o vento girando em grande velocidade, os Hominídeos se preparavam para a defesa enquanto todos os ∆åęs ficaram em alerta.
Jånæ segurou o peito com força, a dor dilacerante lhe fez urrar, em seguida cravando as unhas sobre os lençóis enquanto seus ossos eram separados, mais um filhote estava prestes a nascer.
As garras lhe cravaram o interior causando fissuras em seu ventre, as paredes de seu órgão sangravam conforme o filhote abria passagem, o sangue azulado escorria pelas pernas da ∆tæ em uma agonia dilacerante, Jånæ segurou na cabeça do recém nascido o puxando de lá e se preparou para abocanha-lo quando notou a falta dos genitais masculinos.
Era a primeira fêmea da ninhada.
Mas de nada adiantaria em uma guerra, todos os machos estavam em busca de proteger a sua única fêmea e agora todos estavam espantados com o que uma espécie subdesenvolvida seria capaz de fazer.
K∆xäj, o líder de todos os ∆tæs, segurava a madeira que ultrapassou suas costas acertando o meio de seu peito, o sangue negro escorreu de seu ferimento e todos ficaram em silêncio enquanto seu corpo caía no chão, junto aos demais corpos.
Apartir daí, homens eram bárbaros. Já não mais Hominídeos inofensivos, mas capazes de serem traiçoeiros ao ponto de não poderem dar as costas. Capazes de escolherem o que desejarem e os ∆tæs estavam sendo forçados a fugirem, um dos machos liberou um grande urro e todos os ∆tæs recuaram para a fortaleza.
Sem um líder, eles teriam que usar de outra estratégia. A defesa seria melhor e necessária, pela primeira vez na história os ∆tæs foram forçados a recuar. E pela primeira vez, a única fêmea da colônia veio morrer após o parto.
As esperanças estavam agora em um recém nascido.
Gπkox caminhava por entre as árvores buscando galhos secos, uma tarefa quase que impossível com tanta neve presa ao chão. Ele não poderia se afastar muito da caverna, então procurou pela região montanhosa.
Seu peito doeu como aviso da morte do Líder, todos sentiriam com a ligação que tem. Um líder é ligado a todos da sua raça, assim facilitaria de todos os ∆tåęs sentirem sua presença, temerem e respeitarem a sua posição, mas também serviria para avisos de perigo.
Ele não tinha mais tempo para perder, buscou por uma árvore seca, sem folhagens e com o tronco oco onde havia visto pela primeira vez perto da caverna, ela estava parcialmente coberta por neve e isso seria ruim na hora de tentar colocar fogo. Mas Gπkox retirou alguns galhos colocando em seus ombros, desceu das montanhas e se dirigiu para a caverna.
A fêmea que escolheu estava encolhida nas mantas, seus pés afundavam na neve enquanto adentrava o local. Isso alertou a Humana para o perigo e então com um pulo preciso se pos a se esconder atrás de uma rocha.
O barulho da madeira sobre o chão de terra lhe confortou o coração acelerado e então aos poucos ergueu a cabeça para olhar Gπkox de costas, os músculos rijos os cabelos caindo em seus ombros conforme se mexia para quebrar a madeira e a forma com que ele posicionava cada uma delas, isso era familiar para Hammy.
Ele não precisava mais esconder sua forma original, mas para que a humana pudesse confiar nele, se manteve como humano, pegou uma pedra ao seu lado e com a garra provocou faíscas que depois cresceu como pequenas chamas amarelas. Sua sombra se projetava pela caverna, grande como ele e Hammy ficou ali admirando a beleza daquele corpo.
Mais forte do que os machos de seu bando, mais alto e mais masculino. As fêmeas ficariam em disputa caso Gπkox aparecesse por lá, resultaria em um confronto grande entre eles, principalmente os machos. A briga por território onde se encontra fêmeas aptas para acasalar seria muito violenta, em seu próprio bando teria mais ou menos cinco delas sedentas por um macho como ele.
Hammy mordeu os lábios gemendo, suas mãos foram para o ventre, a dor estava ficando insuportável, ela retornou para o lugar onde estava antes, desejando se aquecer aproximou da fogueira levando com ela as peles que usava.
Precisava do calor.
Gπkox notou sua presença, mas ficou ali olhando as chamas consumirem a madeira. O cheiro dela estava ficando mais forte, um cheiro que lhe pareceu muito atrativo e então ele se aproximou dela, puxando seu corpo para o dele e assim poderia sentir se estava febril.
O calor do corpo da humana estava ficando normal e Gπkox ficou satisfeito com o resultado, antes de sair da caverna colocou suas peles no corpo da humana para a proteger do frio, assim poderia ajudar com sua saúde.
Ela exitou ao toque do macho, os olhos dilatados pelo medo de suas garras lhe cortar a pele como fez com o animal, mas ali não havia sinal algum delas. Então Hammy deixou ser tocada, primeiro a maçã de seu rosto foi acariciado, em seguida ela sentiu uma pressão em seu corpo fazendo com que deitasse no chão por cima das peles.
E o corpo musculoso estava em cima do dela. Gπkox se aproximou prendendo os braços dela acima de sua cabeça, os cabelos rebeldes estavam espalhados enquanto Hammy evitava de olhar nos olhos do macho, a respiração forte trazia a ele uma atração inexplicável, os seios durinhos empinados em seu rosto e Gπkox passou a língua no local para sentir a textura de sua pele, o cheiro dos hormônios que lhe dava a certeza da proximidade do tempo de acasalar.
Então sua língua percorreu para o ventre e Hammy ficou tensa com os exames. Os dedos do macho estavam em seu interior, mas ela não sabia como entender como aquelas sensações lhe consumia o corpo. Ele alongou os ossos dos dedos, tentando descobrir a profundidade, se ela seria capaz de gerar o bebê e segurar até o nascimento. E então ele notou que ela seria perfeita para o acasalamento. Alcançou o final da cavidade, as paredes uterinas e descobriu que o órgão que Hammy tem seria ideal para a proteção do filhote.
— Hum! — Resmungou, Gπkox analisou a expressão de dor em seu rosto e retirou os dedos de dentro da humana, sujos de sangue.
— Thik agaz! — Ela estava pronta, bastava acasalar, mas Gπkox quer ter a certeza de que sua semente ficaria segura dentro dela, então aguardaria o momento certo para poder lhe tomar para si.
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