C A P I T U L O 1
꧁•⊹ ٭R E L A T I V I D A D E ٭⊹•꧂
e consequência
O tempo era de grande frio, Huggnk estava a beira da sacada de seu quarto, olhava o céu e observava a distância entre as estrelas, as luas Cäπ∆ņtæ e H¥£πä brilhavam no céu, ele estava pensativo quando curvou o corpo para frente, quase que sentando no chão, a abertura da grande porta formava um triângulo e em todas as instalações da colônia continham simbolos que representavam o poder de cada membro.
Huggnk usava o símbolo ∆, tanto em sua instalação quanto em acessórios que utilizava, para ele era de grande orgulho carregar aquilo que fazia parte de si mesmo, daquilo que o tornava o que é.
Ele solou o ar pelas narinas quando percebeu um brilho no céu, quase apagado, mas estava lá. O brilho de uma estrela distante que em seu curso natural, caia cortando o espaço daquela noite.
— Huggnk? — A voz de Kåπęg anuncia à aproximação de sua Š!kw∆, ele se vira para ela e sorri ao notar a barriga grande da fêmea.
Ela sentou ao seu lado e acariciou a barriga, os filhotes dessa ninhada seriam o futuro de T∆æ, eles acreditavam nisso enquanto olhavam o céu juntos.
Mas tem um porém, se eles conseguissem ultrapassar a idade de filhote, assim seriam as próximas gerações a comandarem. Esse era o medo de Fπäek, ela sentia todos os movimentos em seu ventre, cada filhote com suas características, mas um deles ela nunca sentiu se quer um chute.
Era o único macho da ninhada e Kåπęg sabia que esse seria o mais fraco. Quando um dos filhotes ou mais deles nascerem fracos, as fêmeas os comem, isso ajuda a manter seu corpo com mais energia para manter os filhotes sobreviventesais fortes.
Mais ao longe dali, um grupo de T∆æs machos vasculharam os territórios em busca de alimentos, suas fêmeas precisavam de energias o suficiente para poderem ter suas crias, estava perto disso acontecer, por isso elas precisavam que eles tivessem sucesso na caçada.
O mais forte deles cheirava as pequenas fissuras do chão gelado, procuravam por uma criatura um tanto necessária para o solo, elas faziam buracos para depositar seus ovos, tinham antenas no lugar dos olhos e saíam apenas a noite, sua carne era 90% gordurosa o que oferecia muitos nutrientes que eles precisariam.
Os outros machos em conjunto, procuravam ao redor rastros desse animal da classe de invertebrados, a comida já estava escassa nessa época e o planeta já sofria as consequências da extinção de alguns animais. ¥łąæ era robusto e conseguiu farejar um kutänğ há seis metros abaixo de suas patas, logo ele usou de suas garras para abrir mais a terra em meio ao gelo, suas narinas esfolegava conforme a força de seus braços para retirar pedras do caminho, então a traseira do bicho foi descoberto.
¥łąæ pulou para trás evitando ser ferroado, os espinhos estavam na cor vermelho vivo o que significava a presença do veneno. Pouco a pouco seu corpo foi saindo do estreito buraco e todos os machos ficaram de prontidão, as garras totalmente para fora, o olhar fixo para a criatura que começava a aparecer a cabeça, seu comprimento total era de oito metros e as antenas tinham dois metros e meio que permitiam uma boa ecolocalização, ele era capaz de rastrear um indivíduo há quinhentos mil metros de distância.
W∆xt aproximava cheirando o animal, kutänğ virou a cabeça pegando diretamente na curvatura do joelho do T∆æ que estava distraído, o grito do macho causou alvoroço em todos da colônia, ficaram alertas pelo aviso de perigo e as fêmeas perderam o sono.
E na mesma noite £π∆g despertou, ele é da casa dominante do símbolo £, portanto o líder da colônia, ou seja, sua Š!kw∆ seria como a rainha mãe de todos ali, e ela estava prestes a dar vida à uma ninhada de dez filhotes.
Jåą era forte comparada as outras fêmeas, e a cada quinze meses um evento era criado para definir em qual corporação um T∆æ iria pertencer, essa era a regra, ou melhor dizendo, costume entre a raça. Então Jåą é a mais forte entre todas e esse posto só seria obtido por outra T∆æ caso ela perdesse, mas também tem um porém, as fêmeas precisam acasalar, precisam criar filhotes, era o que elas achavam necessário para o bem da colônia.
O sangue precisa ser renovado, ninhadas precisam alcançar a sobrevivência e Huggnk sabia disso quando ajudou sua fêmea a deitar no ninho de peles, as dores e dilatações estavam iniciando quando Kåπęg ajeitou o corpo sobre os panos. De seu canal já saía fluidos verdes, sinal da chagada do primeiro filhote, a respiração regular era necessária e importante enquanto o filhote fazia todo o trabalho de se empurrar para fora.
A natureza de um T∆æ é a independência, portanto, os filhotes precisam nascer por si mesmos assim facilitando para a mãe no momento do parto. A amamentação também recebe pouco tempo de cuidados, isso até o filhote estar em um tamanho apropriado para procurar sua própria caça, geralmente isso acontece após o terceiro ciclo da lua.
O primeiro bebê nasceu, era uma fêmea saudável, seus braços alongados eram fortes e as garras estavam a mostra enquanto fazia movimentos no ar com as mãos, Kåπęg abocanha o cordão preso ao filhote e então corta o ligamento comendo, se alimentando daquilo que não seria mais necessário para ele.
Huggnk tirou o filhote do ninho e colocou em outro mais apropriado enquanto Kåπęg se preparava para a chegada do outro. Essa ninhada consistia em nove fêmeas e apenas um macho ao qual estava prestes de falescer antes do nascimento.
Um a um Kåπęg conseguiu colocar para fora de seu ventre restando apenas o macho, o único que estava fraco para se empurrar até a saída, então a fêmea se esforçou fazendo com que ele descesse e assim Huggnk pegou o último filhote nas mãos.
Ele era o mais franzino da ninhada, o defeituoso de acordo com o desprezo de seu pai, o filhote cujo a mãe deveria comer e garantir as forças dos demais filhos, mas Kåπęg não o comeu. Ela sentiu algo quando olhou para aquele filhote pequeno em meio as suas pernas, uma diferença sutil entre os outros que acabou de parir — as garras eram maiores do que o costume entre os recém nascidos da raça, os olhos mais claros que prendeu o olhar de sua progenitora.
— π∆w∆k. — A voz rouca de Kåπęg pronunciou as sílabas enquanto Huggnk fazia se tudo para que sua fêmea não tivesse apreço pelo filhote que não poderia ter um futuro.
Os costumes eram comer o filhote mais fraco e dar os nomes aos outros que nasceram, isso porque os frascos dependem da força da mãe na hora de vir ao mundo, ele se torna um ser dependente e mal visto dentro da colônia.
Ela deveria comê-lo e não dar um nome digno de um governante. Huggnk estava furioso quanto a isso, decidiu ele mesmo fazer o que a fêmea não teve coragem e então atacou, ela por sua vez, estava cega pelo laço do filhote e então o defendeu do próprio companheiro.
Sua mandíbula fechou ao redor do pescoço de Huggnk, pressionando até ouvir o estalo.
Uma fêmea defende sua cria não importa de quem seja, é assim que funciona. Kåπęg abriu a boca deixando o corpo cair no chão, ela não sente mais a ligação que tinha com ele e isso era angustiante para si, seus filhotes precisariam de cuidados e ela fez o que não poderia ter feito, mas agora o arrependimento já era tarde e os filhotes dependiam de Kåπęg, porém ela não conseguia abandonar aquele filhote que mal respirava.
Com cuidado, levou ele até os seios e lhe ofereceu uma chance. π∆w∆k estava sendo presenteado por algo que não fazia parte dos costumes, ele era frágil e sua mãe decidiu cuidar.
Suas irmãs também cresceram junto dele e com o passar dos dias, eles já estavam ficando cada vez mais independentes.
Jåą também dava a luz aos seus filhotes quando os machos voltavam vitoriosos da caçada, apenas um deles foi ferido e não iria fazer falta para a colônia, então deixaram ele no gelo para morrer. A caça era para a líder, seus companheiros tinham essa missão enquanto os filhotes um a um saiam de seu ventre. Jåą os aguardava escovando seus filhotes recém nascidos com banhos de língua, retirando qualquer resíduo esverdeado de seus corpos, os grunhidos baixos indicavam a insatisfação deles ao quererem dormir e a mãe estar fazendo tal limpeza.
Os machos trouxeram o bicho abatido e depositaram em sua frente, ela parou com os movimentos e analisou a caça. Para alívio dos filhotes, Jåą foi em direção ao animal que redfilegava cansado, com uma de suas garras abriu um corte horizontal fazendo os órgãos caírem no chão.
A melhor parte desse animal era o coração, assim como uma líder ela ficou com a peça, se alimentando enquanto os machos esperavam pacientes.
Os machos T∆æs sabem que as fêmeas são importantes, por isso o devido respeito a elas e também a existência dos costumes. É necessário comer filhotes fracos como uma seleção de bons geneses, Jåą faria isso caso um deles nascessem defeituoso, porque ela sabia que ele não teria qualquer função na colônia.
Kåπęg olhava seus filhotes crescendo, mas sua preocupação estava voltada para π∆w∆k. O filhote que tinha dificuldades em se manter nas quatro patas como suas irmãs conseguiam perfeitamente, elas já comiam o pouco que a mãe conseguia caçar, isto porque o pai já não poderia mais contrbuir.
Ela nas noites olhava para o céu como Huggnk fazia e se lembrava quando ele relatava a ela o que poderia acontecer com a colônia. A cada vez mais sem comida direito as fêmeas davam luz a filhotes machos e isso era preocupante para todos.
Jåą também passou a ter menos filhotes o que era sinal de fraqueza. Se uma fêmea tem poucos filhotes ou se começam a nascerem doentes, ela passa a ter problemas com outras fêmeas da colônia, ela pode perder o posto.
Com o estômago cheio ela retorna para o ninho junto de seus filhos e fica observando cada um de seus companheiros comerem, disputarem por um pedaço do animal que agora se encontra morto.
£π∆g estava entre eles, o macho cujo físico era incomparável. Mais forte e ágil que os outros, mas ele não era o pai de todos os filhotes, e sim de apenas um, Tπ∆g∆.
Esse filhote era o primeiro a se amamentar, cravando as unhas na pele grossa de sua mãe, grunhindo sons de uma criatura faminta, ele sempre conseguia disputar com suas três irmãs ¥£πåh, Xh¥πą Tåąr ( Nydra Shyra e Tåąr ).
Os genitores das filhotes eram (Ţ∆eåh) Joeah, (K∆n!x) Konix e (∆ß∆πæ) Uboreah. Os três mais fortes após £π∆g, eles também são potentes e a ninhada tende a ter mais chances de sobrevivência, porquê quanto mais os cuidados melhor para a colônia.
A crise já estava instalada, antes havia muitos filhotes para pouca comida, os T∆æs estavam entrando em extinção e só existia uma única maneira de salvar a todos. Agora, os filhotes nasciam fracos e em poucas quantidades, a maioria eram machos, se nasciam três fêmeas e um macho poderia ser considerado como uma dádiva, ou quando a fêmea não abandonasse uma ninhada inteira por não dar conta por causa da fome.
As fêmeas pararam de criar, boa parte delas se instalavam nas grandes montanhas ao norte para evitar o cilo de reprodução, os machos estavam desorientados das ações de suas companheiras. Elas estavam frustradas, causavam muitas brigas e consequentemente mortes desnecessárias, após alguns anos, nasciam cada vez menos fêmeas, o estresse nos adultos estava piorando.
O maior erro de uma nação é a exploração dos recursos primários sem se concientizar do futuro, o maior erro de um líder é não se atentar aos sinais de perigo que aparecem na população.
£π∆g todas as noites vigiava a colônia por fora, aquela inquietação de machos rivalizando o próprio território e as fêmeas que se afujentavam ou que acabavam se matando em brigas.
Ele estava preocupado com o caos instalado em sua colônia, os filhotes estavam em um território perigoso agora e sua melhor solução foi separar todos, trazer as fêmeas acompanhadas de seus filhos para uma instalação maior e os machos apenas ficavam do lado de fora para a proteção dos demais.
Assim foi feito. Kåπęg com seus nove filhotes e as demais fêmeas tiveram acesso a uma nova caverna na montanha (Gπän£æ Π∆chä) Grande Rocha. Lá cada uma teria um espaço para cuidar dos filhotes até a idade de seis siclos de lua, após isso, eles iriam para outra câmara na montanha onde teriam que conviver sozinhos até a idade adulta.
O problema maior se residia na falta de comida, os machos adultos estavam cada vez mais agressivos quanto ao sumiço dos Kutänğ's, quanto mais houvesse caças, havia mais disputas e mortes, os meses foram passando e os filhotes cresciam enquanto as fêmeas enfraquecerem por conta da fome, elas já não estavam nas condições boas para a reprodução e as que estavam saudáveis se recusavam passar por isso.
Com o tempo, as fêmeas foram morrendo, os filhotes passaram a nascer apenas machos e a colônia já estava completamente em grande perigo de extinção, mas o pior estava por vir.
As luas sempre tinham um padrão. Cäπ∆ņtæ sempre que estava perto de se colidir com H¥£πä causava pulsos magnéticos em T∆æ, abrindo as rachaduras do planeta ao ponto de começar a engolir algumas das instalações da colônia, e já não era mais possível ter alguma boa convivência com a crise de fome e de reprodução, os T∆æs estavam em busca de um novo planeta para sobreviverem.
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