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xii. mother

Quatro anos atrás, Thunder Bay.

𝓐urora Dauphin.

O último sinal do dia ecoou pelo corredor da escola, marcando o tão aguardado término das aulas. A sensação de liberdade que acompanhava o final do expediente escolar era revigorante, e eu, aos poucos, começava a me soltar do nervosismo que me acompanhava desde o momento em que pisei novamente em Thunder Bay. A presença de alguns rostos conhecidos tornava as coisas mais fáceis, ainda que a ansiedade de estar em um lugar novo continuasse correndo pelas minhas veias.

Enquanto fechava meu armário, sorri para a garota ao meu lado. Seus olhos encontraram os meus por um breve momento, e um sorriso envergonhado apareceu em seu rosto quando ela ajustou os óculos, guardando seus cadernos no armário. A troca de sorrisos foi um alívio momentâneo, uma conexão breve e descontraída em meio ao tumulto de emoções.

Caminhei em direção ao estacionamento, onde o carro do meu irmão, Liam, estava estacionado. Ao me aproximar, deparei-me com uma cena inusitada: Liam estava no meio de uma animada conversa com dois caras, Will Grayson e Damon Torrance. Will exibia seu sorriso travesso, enquanto Damon mantinha um olhar enigmático, fixado em algo em seu pulso. Ambos pareciam confiantes, uma presença que eu lembrava bem dos velhos tempos.

A visão de meu irmão com Damon trouxe à tona memórias de dias ensolarados, patinação no gelo e risadas compartilhadas. Lembrei-me da aura enigmática de Damon, seu olhar penetrante que parecia capaz de desvendar segredos. Uma onda de nostalgia e curiosidade me envolveu, mas também percebi que algo havia mudado em Damon.

──── Ei, Aurora! ── Will me cumprimentou, seu sorriso travesso iluminando seu rosto. ──── Parece que o destino continua nos juntando. ── Vi Liam revirar os olhos diante da brincadeira de Will.

──── Olá, Will. ── Cumprimentei, tentando parecer tranquila apesar da agitação em meu peito. ──── E aí, Damon?

Damon assentiu com um aceno de cabeça, seu olhar fixo em mim como se tentasse decifrar algo. Sua voz profunda cortou o ar quando finalmente falou:

──── Oi, querida. ── Uma onda de arrepios percorreu minha espinha enquanto ele continuava. ──── É uma pena que não tenhamos tantas aulas juntos, senti sua falta.

Senti as bochechas corarem levemente com o comentário, e um sorriso apareceu nos lábios de Damon.

──── É uma pena. ── Respondi, tentando manter a leveza na conversa. ──── Como vocês dois estão?

Will deu um risinho, provocando Damon antes que ele pudesse responder. ──── Ah, você sabe, causando o caos por aí. ──── Will deu um passo à frente, me olhando de cima a baixo. ──── Por falar nisso, posso ter seu número, Aurora? Quem sabe eu não te chamo para uma aventura qualquer dia desses.

Seus olhos brilharam com diversão, mas eu percebi que havia algo mais lá. Ele estava provocando Damon, testando os limites, e eu não pude deixar de sorrir com a audácia dele.

──── Eu não sei, Will. Você acha que pode lidar com uma garota como eu? ── Brinquei, jogando de volta a provocação.

Will riu, seu sorriso se alargando. ──── Eu aceito o desafio, Aurora. E, quem sabe, talvez eu consiga te surpreender.

Antes que eu pudesse responder, a voz de Liam se juntou à conversa. ──── Vocês três aprontando alguma coisa? ── Ele perguntou, olhando entre Damon, Will e eu.

──── Apenas criando novas memórias, essa besteira que os professores enfiam na nossa cabeça. ── Will respondeu, com um brilho provocador nos olhos.

──── Aurora, você está pronta para ir para casa? ── Liam perguntou, indicando o carro com a cabeça.

──── Sim, estou pronta. ── Respondi, sentindo alívio por deixar a tensão do estacionamento para trás. ──── Vamos, Liam. Tchau, meninos.

Entramos no carro, e podíamos sentir os olhares de Damon e Will enquanto nos afastávamos do estacionamento. A tensão no ar era palpável, como se algo estivesse prestes a acontecer.

No caminho para casa, o silêncio se instalou entre nós. A preocupação pairava, especialmente considerando a situação de nossa mãe. Desde que nosso pai nos abandonara, deixando nossa mãe financeiramente instável, ela começara a recorrer ao álcool com mais frequência. Voltar para a casa que um dia foi nosso lar trouxe consigo a preocupação de confrontar não apenas o presente, mas também os fantasmas do passado.

──── Você acha que ela está bem? ── Perguntei a Liam, meu olhar buscando o dele.

Ele suspirou, seus olhos refletindo cansaço. ──── Eu não sei, Aurora. Eu realmente espero que sim... não quero que aquilo aconteça de novo. ── Ele disse em um suspiro, e eu concordei com a cabeça, brincando nervosamente com meus dedos.

Ao entrarmos na garagem, uma sensação de apreensão tomou conta de mim. O som de vidro quebrando ecoou pela casa, e eu sabia que minha mãe estava em meio a um de seus acessos de raiva. Eu e Liam trocamos olhares preocupados antes de entrarmos correndo.

A cena na sala de estar era um reflexo doloroso do passado. Minha mãe, os olhos marejados de lágrimas, despejava sua raiva em objetos que se despedaçavam no chão. O cheiro forte de álcool impregnava o ambiente.

──── Mãe, pare com isso! ── Meu irmão exclamou, parando na frente dela tentando a parar, o pânico crescendo na voz dele.

──── É culpa sua! ── Ela gritou, lágrimas rolando por seu rosto.

O caos se desencadeou rapidamente. Antes que eu pudesse atravessar a sala para chegar até eles, o som de um tapa ressoou pelo ar, cortando o silêncio tenso.

E, de repente, a atmosfera estava carregada com uma tensão ainda maior. Minha mãe havia dado um tapa no rosto de Liam. O arrependimento, a raiva, e a tristeza formavam um turbilhão de emoções dentro de mim, enquanto eu testemunhava novamente o ciclo destrutivo que ameaçava engolir nossa família.

Após o tumulto na sala de estar, a casa mergulhou em um silêncio pesado. Minha mãe, exaurida pela explosão de raiva, se retirara para algum lugar, entregue ao torpor do sono. Liam e eu nos encontrávamos na cozinha, cada um lidando com a situação à sua maneira.

Eu estava diante do fogão, tentando concentrar meus pensamentos na tarefa de preparar o jantar. As lembranças do que aconteceu a alguns minutos ainda reverberavam em minha mente, mas eu sabia que precisava manter a cabeça erguida, pelo menos por enquanto.

──── Precisa de ajuda aí, Aurora? ── Liam perguntou, pegando uma vassoura do canto da cozinha.

──── Não, está tudo bem. Eu cuido disso. ── Respondi, tentando sorrir, mas sabia que minha expressão denunciava a tensão que sentia.

Liam assentiu e foi até a sala, onde os estilhaços de vidro atraíam sua atenção. Enquanto ele começava a varrer, eu me concentrei em cortar os legumes para o jantar. O som da vassoura varrendo os cacos de vidro era quase hipnotizante, um eco triste da nossa realidade.

Durante o preparo do jantar, uma sensação incômoda pairava no ar, como se estivéssemos todos nos equilibrando à beira de um abismo. O som suave da televisão tentava preencher o vazio, mas as vezes contrastavam com a tensão que persistia.

──── Como está o corte? ── Perguntei, cortando a cebola com cuidado para evitar que as lágrimas escorressem.

Liam suspirou, apontando para o pequeno corte em seus lábios. ──── Nada demais. Já estou acostumado com isso. ── Ele forçou um sorriso, mas seus olhos revelavam a tristeza que ele tentava esconder.

──── Não deveria ter acontecido. ── Murmurei, sentindo um peso em meu peito.

──── Não é sua culpa, Aurora. Nem um pouco. ── Ele parou de varrer por um momento, se apoiando na vassoura e olhando para mim. ──── Você não pode controlar as ações dela.

Terminei de cortar os legumes e comecei a preparar o restante da refeição, não conseguia olhar para ele sem sentir vontade de chorar por horas. O cheiro reconfortante da comida preenchia a cozinha, mas o clima pesado persistia.

──── Eu sei, mas é difícil não se sentir responsável. ── Confessei, olhando para a panela no fogão.

──── Não podemos mudar o que aconteceu, mas podemos cuidar um do outro, como sempre fizemos Rory.  ── Liam colocou a vassoura de volta no canto e se aproximou, colocando uma mão em cima da minha que estava descansando sobre o balcão.

Me sentia mal por fazer ele me consolar, sendo que ele que levou o tapa.

Assenti, agradecendo por ter meu irmão ao meu lado. Ele sempre fora meu porto seguro, mesmo nos momentos mais difíceis. Juntos, tentamos manter a normalidade em meio ao caos que era nossa vida.

Enquanto terminava o jantar, Liam terminava de limpar a bagunça na sala, colocando os porta retratos de volta na prateleira. O silêncio na casa era interrompido apenas pelo crepitar dos alimentos na panela e pelos pequenos ruídos dos utensílios de limpeza.

Nossa mãe estava dormindo, provavelmente mergulhada em um sono profundo após o acesso de raiva. Era um momento de trégua, mas todos sabíamos que isso era apenas uma pausa temporária em um ciclo destrutivo.

Finalmente, a refeição estava pronta. Coloquei os pratos na mesa, e Liam se juntou a mim. Enquanto comíamos ele fez questão de não deixar o silêncio reinar por mais um segundo, tentávamos encontrar consolo na normalidade de uma refeição em família, mesmo que a normalidade estivesse longe de ser o que nos vivíamos.

Depois de um longo banho, que serviu como uma tentativa de me desligar dos acontecimentos tumultuados de algumas horas atrás, saí do banheiro me sentindo mais leve. A casa estava calma, exceto pelo sutil ronco da nossa mãe vindo do quarto dela. Liam já havia se recolhido ao seu quarto, e eu me dirigi ao meu.

O quarto estava à meia-luz, apenas a luminosidade da lua se infiltrando pelas cortinas. A cama parecia um refúgio tentador, um lugar para esquecer os problemas do mundo. Me deitei, abraçando o travesseiro como se pudesse encontrar conforto ali.

Enquanto eu me aconchegava, meu celular vibrou na mesa de cabeceira. Lancei um olhar desinteressado para o aparelho, não esperando nada de extraordinário a essa hora da noite, mas algo dentro de mim deu um salto quando vi a notificação de uma mensagem de um número desconhecido.

Curiosa, peguei o celular e abri a mensagem. As palavras na tela me pegaram de surpresa.

"ainda gosta de patinação no gelo?"

Um sorriso involuntário se formou em meus lábios. Não prexisava pensar muito para saber quem era. Nem vou perguntar como ele conseguiu meu número, já que não passei ao Will.

"você é persistente, não é?"

Respondi, digitando a mensagem enquanto a expectativa se acumulava dentro de mim, e a resposta não demorou.

"Algumas coisas nunca mudam"

A simplicidade da frase fez meu coração acelerar. As lembranças dos dias em que fugimos da casa dele para montar bonecos de neve juntos, rindo e competindo para ver quem fazia o maior, inundaram minha mente.

"estou surpresa que lembrou da nossa
conversa"

Brinquei, sentindo a tensão do dia começar a se dissipar.

"alguns momentos são difíceis de esquecer,
principalmente os que envolvem uma garotinha
com um casaco rosa correndo com neve pelo
cabelo"

A resposta veio, e eu sabia exatamente do que ele estava falando, senti minhas bochechas corarem mesmo estando no escuro.

"então, o que você quer?"

Assim que mandei a mensagem ouvi Liam andando pelo quarto dele, desde que fomos embora de Thunder Bay a anos atrás ele não consegue dormir direito.

"reviver algumas dessas memórias? Talvez patinarmos juntos novamente. O que acha?"

Meu coração pulou uma batida. Aquilo era inesperado, mas uma faísca de empolgação queimava dentro de mim. Eu não podia negar que a ideia de patinar novamente com Damon tinha um apelo irresistível.

"talvez. Mas só se você conseguir
acompanhar."


"Você vai se surpreender, Aurora.
Sempre fui bom em acompanhá-la."

Um riso escapou de mim, e eu não pude evitar a sensação de que, apesar de todos as merdas que a vida estava jogando em cima de mim, uma paleta de cores vibrantes começava a se formar nas sombras.

Deixei o celular de lado, perdida em pensamentos enquanto encarava o teto. A noite ainda estava cheia de incertezas, mas, naquele momento, a possibilidade de reencontrar Damon e reviver momentos especiais iluminava o horizonte sombrio.

⛸️ ᝰ 01﹕❛ Já posso matar a mãe deles? Odeio escrever as cenas com essa mulher.

⛸️ ㅤ Mil desculpas não ter postado o capítulo semana passada, mas como avisei no meu mural, tenho uma prova de vestibular dia 19 e eu estou me desdobrando pra estudar e escrever.

⛸️ ㅤ Espero que tenham gostado! ❜

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