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ii. tormented memories

𝓐tualmente, Meridian.

𝓐urora Dauphin.

O peso da caixa parecia um segredo nas minhas mãos, um enigma que pulsava com o ritmo acelerado do meu coração. Cada segundo que passava eu me aproximava de uma lembrança que eu não sabia se estava pronta para enfrentar. A escuridão da noite parecia estender seus dedos frios para dentro de mim, ecoando a incerteza que me dominava.

Puxei o ar com força sentindo o aroma familiar me envolver, uma mescla reconfortante de café, sabonete e os perfumes do meu irmão. Deixei a caixa que continha os patins no sofá, permitindo que ela descansasse ali por um momento, enquanto segurava o bilhete delicadamente entre meus dedos trêmulos. Me levantei do sofá e com um passo hesitante, segui em direção ao corredor que conduzia à cozinha.

No entanto, antes que meus pés pudessem atravessar completamente o corredor, uma voz familiar, como uma canção bem conhecida, atravessou o espaço.

──── Encontrou o que deixaram para você? O que era? ── Meu coração pareceu saltar de encontro às minhas costelas. Virei-me para a origem da voz e deparei-me com, Liam, parado no último degrau da escada.

Seu olhar, profundo como a noite, me atravessava, revelando uma mistura de curiosidade e preocupação. O cabelo escuro, rebeldemente despenteado.

Meus dedos se apertaram em torno do bilhete, amassando-o um pouco mais.

──── Eu... sim, encontrei, são alguns livros que pedi para Harley me emprestar. ── Minha voz saiu mais trêmula do que eu gostaria, mas era difícil conter a agitação que me percorria, aproveitei a oportunidade e guardei o bilhete bo bolso da minha calça.

──── A caixa estava na calçada em frente à casa, achei estranho, mas trouxe para dentro. ── A curva lenta dos lábios de Liam formou um sorriso reconfortante, como se ele pudesse decifrar os pensamentos que passavam pela minha mente. Com passos tranquilos, ele se aproximou e se sentou no sofá, me aproximei e sentei do seu lado, os olhos dele fixos em mim.

A preocupação pintou suas feições quando ele percebeu a turbulência nos meus olhos. Sua mão pousou suavemente no meu ombro, uma oferta de apoio silencioso.

──── Você parece nervosa, Rory. Alguma coisa aconteceu? ── Liam franziu a testa levemente, não enganado pelo meu disfarce de merda.

──── Não, só estou um pouco cansada, eu acho. ── Minhas palavras saem antes que eu pudesse formulá-las em uma resposta coerente.

Mais tarde, naquela mesma noite, depois de uma conversa reconfortante com Liam, peguei a caixa, subi as escadas, alcancei meu quarto e deixei a caixa em cima da minha escrivaninha. A lua derramava uma luz suave pela janela entreaberta. Uma brisa delicada invadiu o espaço, carregando consigo a frescura do inverno. Fechei a janela com um toque suave.

Caminhei até o banheiro, onde o chuveiro quente foi uma terapia para meus músculos tensos. A água acalmava meu corpo enquanto meus pensamentos voavam para longe, como se estivessem sendo liberados das correntes do passado.

Após alguns minutos viajando em pensamentos no chuveiro, me sequei e me envolvi em um roupão macio.

Deitada na cama, meus olhos encontraram o teto, e uma sensação de tranquilidade permeou meu ser. No entanto, a paz foi quebrada quando percebi algo estranho.

A janela, que eu tinha fechado minutos atrás, estava misteriosamente aberta novamente, permitindo a entrada de uma fresta de ar frio.

Franzi o cenho confusa e me aproximei. Minha respiração prendeu quando notei um detalhe que me fez estremecer. Um rastro de uma sola de sapato sujo de terra marcava o parapeito, como se alguém tivesse estado ali. Um calafrio desceu pela minha espinha quando olhei para fora, mas não vi nada além da escuridão da noite.

Engolindo o medo, fechei a janela e a tranquei, sentindo-me observada mesmo quando estava sozinha. Deitei-me na cama e me aconcheguei sob os cobertores, mas a inquietude ainda se agarrava a mim, como uma sombra persistente.

Enquanto me permitia cair no sono, tive sonhos com gelo brilhante, risadas efêmeras e a sensação do vento gelado beijando meu rosto enquanto deslizava graciosamente por um lago congelado. Era como se o passado e o futuro estivessem enrolados, dançando em uma sincronia única.

Alguma coisa estava começando, ou vontando, e enquanto eu me afundava nas profundezas do sono, uma intuição silenciosa me dizia que eu estava prestes a descobrir coisas que eu não queria.

Na manhã seguinte, acordei com um aperto no peito, como se as sombras da noite anterior ainda estivessem sobre mim. A ansiedade persistia, como um lembrete constante no fundo da minha mente. Olhei para o teto, desejando que pudesse mandar todos essas preocupações para a merda.

Uma batida suave na porta me tirou dos meus pensamentos e olhei para ela, vendo Liam entrar. Seus olhos eram um espelho das minhas próprias inquietações enquanto ele se aproximava da cama. ──── Como você está se sentindo hoje?

──── Não muito bem, para ser honesta. Parece que minha cabeça está correndo uma maratona sem fim. ── Me sentei na cama, suspirando pesadamente.

Ele assentiu me olhando com pena, e eu odiava quando me olhavam assim. ──── Talvez fosse melhor você faltar à aula hoje. Você precisa de um tempo para você.

──── Eu adoraria isso Liam, mas tenho um teste importante hoje. Não posso faltar. ── Balancei a cabeça, agradecendo por sua preocupação, mas hesitando.

──── Tudo bem, mas prometa que vai se cuidar. E se a situação ficar insustentável, me ligue, certo? ── Ele parecia dividido, mas acabou cedendo.

Um sorriso fraco brotou nos meus lábios, grata por ter alguém tão atencioso ao meu lado. Nós nos arrumamos e deixamos a casa juntos, o silêncio entre nós carregado com preocupações compartilhadas.

Enquanto entrávamos no campus da faculdade, tentei enterrar as lembranças e focar nas aulas. No entanto, minhas lembranças teimosamente se misturavam com o presente, colorindo meus pensamentos com flashes do lago congelado, do riso das crianças no ringue de patinação e da liberdade que sentia deslizando pela superfície gelada.

As horas arrastaram-se como se o tempo também sentisse o peso emocional que eu carregava. Lutei para acompanhar as aulas e me concentrar no próximo teste. As palavras pareciam confusas, as questões um borrão e o medo uma sombra constante.

Finalmente, a folha de teste foi entregue a mim. Olhei para ela, as palavras dançando diante dos meus olhos. Meu coração disparou e o pânico ameaçou me envolver. Olhei ao redor e o olhar encorajador de Ryan me fez relaxar um pouco.

Respirei fundo e comecei a responder às perguntas, apesar da luta interna que se desenrolava. Minhas mãos tremiam enquanto tentava focar, relendo cada frase várias vezes para garantir que não estava perdendo detalhes cruciais.

Quando finalmente entreguei o teste, uma sensação de exaustão, tanto emocional quanto mental, me atingiu. Saí da sala de aula e encontrei Liam.

──── Você fez o melhor que pôde, Rory. Agora é hora de cuidar de si mesma e dormir um pouco, se precisar eu fico com o seu turno no café hoje. ── Com sua mão gentilmente apoiada no meu ombro, Liam falou em um tom de voz calmo, mas preocupado.

Odiava isso, odiava ter que preocupar as pessoas, principalmente meu irmão.

Assenti. Embora o dia tivesse sido uma batalha, que eu claramente perdi, com Liam ao meu lado e a determinação de enfrentar minhas emoções de frente, um fio de esperança se insinuou através da escuridão.

À medida que as aulas chegava ao fim, estava pronta para enfrentar o que viesse pela frente. Eu sabia que nada seria fácil, principalmente agora que eles estão atrás de mim, mas eu estava pronta para abraçar o desafio, passo a passo.

Após um longo dia, finalmente decidi passar um tempo na lanchonete aqui perto, antes de ir trabalhar. A atmosfera tranquila e os aromas reconfortantes eram exatamente o que eu precisava para desacelerar e aproveitar um momento de calma. Enquanto me sentava à mesa, envolvi minhas mãos em volta do copo gelado de refrigerante, deixando a sensação gelada me envolver enquanto as preocupações do dia se dissipavam gradualmente.

Enquanto mexia suavemente a meu talher no pedaço de torta de amora, meus olhos se levantaram e, para minha surpresa, avistei Ryan entrando na cafeteria. Seu sorriso caloroso era como um raio de sol em um dia nublado, e eu sabia que a conversa que estava por vir seria revigorante.

Ele se aproximou da minha mesa, puxando uma cadeira com aquele jeito casual e amigável que lhe era característico. ──── Ei, Rory, como foi o dia? ── Ele pergunta, com genuíno interesse.

──── Foi um daqueles dias em que eu só quero me trancar no meu quatro e assistir qualquer filme de terror ruim. ── Retribuí o sorriso e dei de ombros.

──── Nunca vi alguém gostar tanto de ver aqueles filmes, eles são péssimos, Aurora! ── Ele disse com uma expressão divertida e eu joguei um guardanapo nele enquanto ria.

──── É exatamente por esse motivo que eu chamo de filmes de terror ruins.

Nossa conversa fluiu como um rio tranquilo, nos levando por diversos tópicos. Discutimos sobre a temporada de hóquei e sobre como o treinador esta sobrecarregando os jogadores, já que a maioria vai se formar no fim do semestre, inclusive ele e o meu irmão. A conexão era genuína, e cada palavra trocada parecia ser um lembrete de que ele era um bom amigo, mesmo que fale mal dos meus filmes favoritos.

O tempo passou rápido, mas logo o relógio nos lembrou que era hora de eu começar meu turno de trabalho na cafeteria ali perto. Ryan se ofereceu para me acompanhar até lá, já que ele estava indo para o apartamento dele e era pelo mesmo caminho.

Caminhamos juntos pelas ruas movimentadas, e nossa conversa continuou a fluir naturalmente. Era reconfortante ter alguém com quem eu pudesse compartilhar não apenas as coisas do dia a dia, mas também os pensamentos mais profundos que por vezes me atormentavam.

──── Obrigada por me fazer companhia até aqui, Ryan. ── Eu digo quando chegamos à cafeteria onde eu trabalhava, e nos despedimos com um sorriso.

Ele piscou brincalhão. ──── Sempre um prazer, Rory. Boa sorte no trabalho e, caso precise de filmes realmente bons para assistir, lembre-se de que estou aqui.

Agradeci com um sorriso, fingindo que me ofendi com o comentário. Ao entrar na cafeteria e começar a servir os clientes, senti um novo senso de normalidade e equilíbrio. A presença de Ryan havia trazido uma perspectiva mais leve para o meu dia, dissipando as sombras que ameaçavam meu bom humor.

Enquanto me concentrava em cada tarefa, percebi que as memórias do passado não tinham mais o mesmo poder sobre mim. Ryan tinha uma habilidade única de me ancorar no presente, lembrando-me que a amizade e uma ferramenta poderosa para enfrentar os altos e baixos da vida.

Antes de sair da cafeteria, meu coração deu um salto quando senti a vibração sutil do meu celular, anunciando uma mensagem entrante. A tela iluminou com o nome "Liam" e sua mensagem borbulhava com uma empolgação quase palpável. Ele estava me convidando para uma festa mais tarde naquela noite, prometendo risadas e diversão. No entanto, apesar da energia contagiante de suas palavras, eu sabia que meu ânimo estava longe de ser o adequado para uma noitada animada.

Com os dedos pairando sobre o teclado, eu cuidadosamente digitava minha resposta. Tentei transmitir o cansaço que eu estava sentindo, o desejo silencioso de uma noite tranquila em casa. Eu me expliquei da melhor forma possível e deixei o celular de lado, uma sensação de desânimo me acompanhando enquanto eu me despedia dos colegas e saía da cafeteria.

O alívio que inundou meu peito quando entrei em meu refúgio acolhedor foi palpável. A atmosfera familiar do meu espaço trouxe uma calmaria momentânea, e eu deixei escapar um suspiro de alívio. Despindo-me das camadas externas do meu dia, eu me permiti afundar no sofá, abraçando o silêncio suave e a solidão reconfortante que rondava o ambiente.

Contudo, a medida que os minutos passavam, uma sensação de inquietude começou a rastejar por minha pele. Uma correnteza de incertezas e lembranças passadas envolveu-me, forçando-me a subir as escadas até meu quarto. Ao empurrar a porta entreaberta, fui saudada pela brisa noturna que sussurrava através da janela entreaberta.

Meu olhar fixou-se no lado de fora da janela e eu me aproximei parando na frente dela, e o motor de um carro ligando preencheu o ar. Meus olhos se estreitaram enquanto focavam no veículo parado em frente à minha casa. Não era apenas um carro, era a personificação daquela lembrança incômoda que eu havia desesperadamente tentado enterrar - o carro dele.

Minhas mãos formigaram, meu coração saltou em uma dança descompassada e uma mistura quente de medo e raiva fluiu através de mim. O carro estava imóvel, os quatro dentro me encarando como se fossem fantasmas de um passado que eu desejava esquecer. Suas expressões cobertas pelas máscaras, mas os olhos carregados de escárnio, reacenderam a chama de indignação em mim, como se estivessem zombando da minha vulnerabilidade.

Meus pés estavam enraizados no chão, incapazes de se moverem, enquanto eu encarava aqueles rostos familiares. O silêncio, então, foi rompido por uma risada e um gesto provocativo que pareciam cortar o ar, reacendendo o sentimento de impotência que eu havia lutado tanto para superar.

Mas algo em mim mudou naquele instante. Um fio invisível de força emergiu das profundezas quando ele me olhou, substituindo a paralisia pelo domínio das minhas emoções. Com um gesto rápido, fechei a janela com firmeza, como se estivesse cortando a ligação com aquele passado sombrio. Minhas mãos tremiam, sim, mas o poder deles sobre mim, esse poder que eles tinham uma vez possuído, ainda estava ali, mas não com a mesma intensidade.

Como eles tinham a coragem de vir aqui? Aquela merda de presente já não havia sido o suficiente?

Dei um passo para trás, sem tirar os olhos do carro, respirei fundo, absorvendo a onda de determinação que irradiava de dentro de mim. Era a hora de encarar de frente o que eu havia evitado por tanto tempo. Era hora de extinguir as sombras persistentes daqueles momentos traumáticos, porque agora, finalmente, eu estava pronta para confrontar esses demônios de uma vez por todas.

Um instante carregado de tensão parecia pairar no ar, como se todo o peso do que havia ocorrido se agarrasse a cada partícula ao nosso redor. O carro ia embora lentamente, um movimento que crescia como uma ferida se distanciando da cena de devastação que eu inadvertidamente havia desencadeado. Cada centímetro que ele se afastava parecia esticar o elástico invisível que nos ligava àquele momento de caos.

E então, ele colocou a cabeça pela janela do carro, e agora não havia máscara ocultando aquele rosto que eu conhecia tão bem, com suas linhas de preocupação e traços de determinação. Um sorriso se abriu no rosto de Damon, não um sorriso vitorioso, mas um sorriso que continha uma promessa, um compromisso mudo expresso em curvas delicadas.

Aquele sorriso, uma promessa sem palavras, era como um eco das memórias que tínhamos compartilhado, das batalhas travadas juntos e das cicatrizes emocionais que carregávamos lado a lado. Era uma promessa que ultrapassava o rastro de fumaça e escombros, transcendendo o caos do momento e os erros que eu cometera. Era uma promessa de que ele voltaria, e que eu não iria conseguir fugir dessa vez.

E naquele breve momento, enquanto o carro acelerava gradualmente e a distância entre nós aumentava, senti a tensão começar a ceder, como se a força que havia nos mantido presos àquele momento desse espaço para a esperança. O sorriso dele permanecia, uma luz tênue que continuava a brilhar mesmo quando o veículo dobrava a esquina e desaparecia da vista.

Assim, o momento se desfez, o silêncio se instalou e a promessa flutuou no ar, imperturbável pelo tumulto que deixara para trás. Era como se o próprio universo tivesse pausado para testemunhar esse momento, sussurrando ao vento que o futuro ainda estava emaranhado com os fios do nosso destino, aguardando o momento em que nos encontraríamos novamente.

E deuses, eu não estava pronta para isso, não estou pronta para ter eles de volta na minha vida.

⛸️ ᝰ 01﹕❛ A partir daqui os capítulos vão demorar um pouco mais para sair, sei que disse isso no último capítulo, mas vim avisar novamente, já que os capítulos de flashback e os da visão do Damon são um pouco mais complexos de escrever, na minha opinião.

⛸️ ㅤ Espero que tenham gostado! ❜

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