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𝟏𝟏. Uma Longa Viagem

𝟏𝟏. Uma Longa Viagem
Nova York, Casa de Margot ── Dia

EM UMA RUA POUCO movimentada de Nova York, onde as casas eram coladas umas às outras, todas em tijolos vermelhos e em cores de cimento queimado, uma em particular se destacava, em cores vívidas de amarelo e com suas janelas e porta de entrada pintadas de azul berrante.

As casas ao redor, assim como seus moradores, ainda pareciam acordar.

Um velho homem andava bocejando em direção à uma pequena banca de jornais, ele logo sacou as chaves de um de seus bolsos e então abriu sua velha banca de jornais, aquilo pareceu ser o que o restante dos comerciantes estavam esperando para que pudessem dar início aos seus próprios negócios naquela manhã.

A porta de uma padaria logo à esquina se abre e lá de dentro o cheiro de pães fresquinhos pode ser sentido a quilômetros dali, logo clientes entram pela porta da frente, atrás de seus pães frescos para o café da manhã.

Homens engravatados andam com seus jornais debaixo do braço de um lado ao outro, cada um indo em direção de seu próprio emprego e, não muito longe dali, na casa em tons de amarelo, janelas e porta azuis, uma mulher de cabelo bem ornado em um penteado complexo e extravagante sai pela porta da frente com uma caneca do que parece ser um café que acaba de ser feito, a fumaça do café recém feito cumprimenta o ar nova iorquino antes que a mulher se abaixe para pegar o jornal jogado na soleira de sua porta e, então, dê seu primeiro gole em seu café fervente.

Assim que entra novamente na casa de tons amarelos, a mulher arruma a placa que diz "Fechado", mas agora indica "Aberto" na porta azul berrante, que, logo acima da mesma, em uma placa dourada e escrito em letras garrafais, porém elegantes, indica "Murray's Atelier".

Aquele era o ateliê de Margaret Robbin Murray, mas também era sua casa. As coisas ali se misturavam, logo na entrada havia um balcão para atender a seus clientes assim que ali adentrassem, atrás do balcão havia um arco de tamanho mediano que, se olhado atentamente, poderia ser visto uma pequena saleta com máquinas de costura, tecidos de infinitas cores e bustos de manequins que pareciam auxiliar na costura e confecção.

Ao redor haviam muitas pinturas coloridas espalhadas pelas paredes de tom amarelado, um grande tapete vermelho enfeitava a entrada, cobrindo o piso de madeira claro. Haviam vários apetrechos de costura espalhados pelo local, como manequins com poses e roupas excêntricas, uma pequena máquina de costura antiga, porém muito elegante em uma cor única de dourado e, que apesar de estar ali, parecia mais fazer parte da decoração do que ser usada para o trabalho manual de fato.

Margot lia o jornal do dia, enquanto parecia se deleitar em seu café recém feito.

"ROMBO NA BOLSA DE VALORES"

Foi o que Margot leu e aquilo a fez arquear as sobrancelhas, aquela era uma notícia e tanto para se começar o dia.

Ela então deixou o café de lado, em cima do balcão logo ao lado e, sacando sua varinha de dentro do bolso de sua saia vermelha, ela a apontou para o jornal que, de repente, deixou de mostrar as notícias do mundo Não-Maj, para mostrar as notícias do mundo Bruxo.

Margot então voltou a guardar sua varinha e pegou novamente sua caneca de café ainda quente.

"POSSÍVEL FUGA DE GRINDELWALD"

Aquilo fez Margot cuspir seu café, surpresa dançava em seu rosto e olhos esbugalhados.

A porta de repente se abre e um homem em vestimentas típicas nova-iorquinas entra, carregando uma maleta preta em uma das mãos e na outra, um guarda-chuva.

— Bom dia — ele deseja e, então, repara no jornal que Margot está lendo e também nos sapatos vermelhos dela completamente molhados pelo café que a mesma havia cuspido. — Ou nem tão bom assim — ele murmurou enquanto fechava a porta e se dirigia até o outro lado do balcão. — Você já viu o que falam sobre a possível fuga de Grindelwald e como o ministério está mantendo isso em silêncio?

Margot mais uma vez deixou seu café de lado, o devolvendo para o balcão logo ao lado e então, apontou para uma parte em específico de uma coluna do jornal em suas mãos, demonstrando que havia acabado de ler sobre aquilo.

— Seria uma loucura se isso for verdadeiro — ela respondeu.

— Acha que é uma notícia tendenciosa?

— Espero que seja — ela respondeu dobrando o jornal e o colocando ao lado de seu café.

— Seria uma loucura — o homem volta a falar, retirando a caneca de Margot dali, assim como o jornal também. — As pessoas entrariam em pânico, assim como também se revoltariam contra o Ministério, tendo em vista que os mesmo não foram capazes de o manter prisioneiro por muito tempo.

Margot concorda com aquilo com um aceno de cabeça, enquanto rói suas unhas pintadas em vermelho.

Não fazia mais de um ano que os acontecimentos com Grindelwald haviam ocorrido.

Ele deveria estar sob custódia, debaixo dos olhos atentos do Ministério e da presidente Picquery.

— Seria realmente revoltante se cometessem um erro grave como esse — Margot disse e então ela e George se olharam em silêncio por um pequeno tempo.

— Eles não são malucos — George respondeu, batendo no balcão e querendo realmente acreditar naquilo.

Margot concordou com ele, ela preferia acreditar que Grindelwald ainda permanecia preso, muito bem preso.
— Vou limpar os sapatos — ela avisou antes de dar as costas e começar a subir as escadas, indo direto para o segundo andar da casa.

— Pode deixar que eu cuido aqui.

Margot concordou, ela sabia que não havia um alguém melhor do que George para ajudá-la a cuidar de seu ateliê.

Os dois eram melhores amigos, amigos desde a escola. Margot sempre havia sido uma aluna excluída por conta de seus gostos excêntricos, não eram muitos que viam com bons olhos suas vestimentas ou até mesmo seu jeito de agir e, muitas vezes, muitos até mesmo se afastaram da mesma por conta de sua descendência Não-Maj. Seus pais eram não-bruxos, assim como seus avós e bisavós, mas, quando chegava em sua tataravó por parte de mãe, bom, era ali que Margot havia descoberto ter herdado sua magia.

Muitos não gostavam de Margot e muito menos de saber que a família dela tinha tanto envolvimento com os Não-Maj.

Foi assim que ambos se conheceram, Margot sendo deixada de lado por sua excentricidade e descendência e George, sendo deixado de lado por conta de seus parceiros amorosos.

Muitos não aceitavam e olhavam com maus olhos George e seus namorados.

George costumava trabalhar como colunista em um jornal, escrevia sobre quadribol, no qual era muito bom, tendo sido artilheiro nos tempos da escola. Porém, escrever sobre quadribol não era tão emocionante quanto estar em campo, na real emoção.

Ele sempre teve o sonho de jogar profissionalmente, porém, as coisas na vida adulta nunca são tão simples quanto parecem e, infelizmente, ser um jogador profissional de quadribol acabou sendo um dos sonhos adolescentes de George que, assim como sua adolescência, ficaram para trás.

George havia passado anos escrevendo para aquela triste e sem graça coluna de jornal, porém, há um ano atrás, sua amiga Margot acabou ganhando muito dinheiro e reconhecimento.

Margot tinha agora sua própria marca de roupas, para bruxos e não-bruxos e, elas acabaram fazendo um sucesso considerável, foram tão bem faladas que Margot não conseguia mais lidar com tudo sozinha e, atrás de alguém de confiança para ficar ao seu lado e também ajudá-la, lá estava George, muito feliz em deixar de lado e para trá sua coluna sobre quadribol e ajudar sua melhor amiga com questões de finança e também ajudando a cuidar de seu pequeno ateliê.

Ali ele pelo menos verdadeiramente se divertia e, também ganhava bem mais.

Enquanto Margot limpava seus sapatos com o auxílio de sua varinha no andar de cima da casa — bem distante do andar debaixo, afinal, seu ateliê não era apenas para bruxos — ela então escuta no andar debaixo o som da porta se abrindo e passos de mais de uma pessoa — talvez duas — soarem no andar debaixo, seguidos da voz alegre de George, que cumprimenta os mais novos clientes.

— Bom dia — George cumprimenta alegremente o casal que acaba de adentrar o ateliê. — Como posso ajudá-los?

— Hmm... bom dia — uma mulher alta, de cabelos curtos e loiros fala. Ela olha ao redor como se estivesse em dúvida. — Não sei se estou no lugar certo — ela diz e solta uma pequena risada, sendo acompanhada pelo homem que está a acompanhando logo ao lado.

O homem ri junto com ela, completamente abobado enquanto abraça a cintura da mulher.

Aquele parecia ser um casal bem apaixonado, George pensou consigo mesmo.

— Se está atrás do ateliê de Margaret Robbin, então está no local correto — ele informou.

A mulher suspirou e, antes que pudesse dizer algo a mais, Margot desce os dois primeiros degraus de sua escada, olhando para seus mais novos "clientes" com bastante surpresa.

— Queenie? — ela pergunta surpresa, vendo a mulher na entrada de seu ateliê. — E Jacob — ela fala ainda mais surpresa, vendo Jacob logo ao lado de Queenie, que dá a Margot um sorriso como quem diz "Eu posso explicar".

— Margot! — Jacob grita de felicidade, abrindo os braços como quem está prestes a dar um abraço e, então, vai em direção de Margot escada acima, porém, tropeça e cai no segundo degrau que tenta subir.

— Por Deliverance Dane! — ela exclama, descendo os degraus rapidamente e então ajudando Jacob a se erguer. — Você está bem?

— Ótimo! Estou ótimo! — Jacob responde de imediato assim que se põe de pé novamente. — Venha cá, minha amiga! — e então ele dá um grande abraço de urso em Margot, que arregala os olhos, não esperando por aquilo.

Quando ela se recupera de seu susto e está prestes a retribuir o abraço, Jacob então a solta de supetão, tão repentinamente quanto seu abraço.

— Quanta saudade — ele diz alegremente, rindo sem parar, tão feliz que parecia até mesmo estranho.

Margot sorri de lado e então olha para o andar debaixo, onde Queenie ainda se encontrava, ela olha para a loira que dá risada junto de Jacob, mas a mesma apenas lhe responde com um dar de ombros, como se aquilo fosse uma coisa bastante natural.

— Vocês não querem subir? — Margot sugeriu, apontando escada acima. — Eu tenho um delicioso bolo de cereja — ela disse e Jacob bateu uma mão na outra, como se estivesse empolgado para experimentar o tal bolo. — E nós também podemos conversar melhor.

— Ótimo! — Jacob respondeu animado, mais uma vez abraçando Margot e então, passando por ela, subindo as escadas.

Margot olhou para Queenie, que concordou com a cabeça e, então, também se colocou a subir as escadas.

Assim que ambas as visitas já estavam no andar de cima, Margot olhou para George com um pedido de desculpas nos olhos, mas ele apenas espantou esse olhar de Margot com um tapa despreocupado no ar.

— Vai lá, eu cuido daqui — ele disse e, assim que isso foi dito, uma mulher passou pela porta do ateliê, dessa vez, sendo mesmo uma cliente e então, sendo atendida por George.

Vendo que tudo ficaria mais do que bem nas mãos de George, Margot subiu as escadas e seguiu Queenie e Jacob para o segundo andar de sua casa/ateliê.

Com Margot, Queenie e Jacob sentados à mesa, as coisas ao redor se movimentavam por conta própria, diferentemente do andar inferior, que parece apenas a sala de um ateliê comum. Um bule flutuou até a mesa onde os três estavam sentados e, então, os serviu com um chá de aroma adocicado.

Jacob não pensou duas vezes antes de agarrar sua xícara e tomar um gole, ainda observando ao redor; havia uma vassoura que se movia sozinha enquanto limpava um dos cantos da casa, uma máquina de costura parecia terminar a confecção de um vestido longo e rosado de gala, ao lado da máquina algumas roupas e tecidos se dobravam e se arrumam sozinhos, todos indo para seus devidos lugares, em uma cômoda bonita e de cor azul.

— Espero que não se importe com nossa visita repentina, Margot — Queenie disse de repente, enquanto Jacob ainda observava tudo ao redor.

— Não, não — Margot murmurou, enquanto isso o bolo de cereja que ela havia falo sobre mais cedo se corta sozinho em pedaços iguais, sendo servido em cada prato posto a mesa. — Não me importo com a visita de vocês. Na verdade fico muito alegre em vê-los.

— Obrigado.

— Obrigada, querida.

Queenie e Jacob respondem ao mesmo tempo, porém, Jacob agradecia a espátula que flutuava magicamente até ele e deixava uma fatia de bolo em seu prato, enquanto isso, Queenie agradecia a Margot.

— Obrigada por nos receber — Queenie voltou a dizer. — Eu sabia que você me ouviria.

— Hmm... sei — Margot respondeu desconfiada, enquanto observava de canto de olho Jacob se lambuzar com seu pedaço de bolo. — Mas preciso fazer algumas perguntas...

— Claro. Você quer saber por que Jacob não parece nem um pouco Obliviado — Queenie disse antes que Margot conseguisse completar sua frase, obviamente lendo a mente de sua amiga.

Margot não se sentiu nem um pouco feliz com Queenie lendo sua mente, aquilo nunca era algo que a fazia se sentir confortável, porém, antes que conseguisse abrir a boca para reclamar, Jacob se pôs a falar:

— Eu sei! Eu sei! — ele exclamou uma e então duas vezes, com a boca ainda cheia de bolo de cereja. — Não funcionou, minha amiga!

— Mas... — Margot estava prestes a dizer como ela se lembrava de o ver ser Obliviado e que, havia sim funcionado — infelizmente —, porém, Jacob mais uma vez se pôs a falar:

— Quer dizer, Newt mesmo havia explicado — ele disse, deixando agora seu pedaço de bolo de lado. — A poção só apaga as lembranças ruins e eu não tinha nenhuma. Quer dizer, não me entenda mal, tive algumas bem esquisitas. Mas este anjo aqui... — falou apontando para Queenie logo ao lado, que limpava com um guardanapo à boca suja de bolo de cereja de Jacob. — ...este anjo bem aqui, ela me contou todas as partes ruins e aqui estamos nós. Não é?

Queenie concordou alegremente e deixou um beijo na testa de Jacob.

— Isso é maravilhoso, Jacob! — Margot respondeu, também alegre. — Verdadeiramente maravilhoso! Estou tão feliz por te ver aqui.

Jacob e Queenie sorriem juntos, felizes da vida.

Margot observa Jacob voltar a comer seu bolo, voltando a se lambuzar.

Algo parecia muito errado ali.

Jacob agia alegremente, alegremente até demais, como se estivesse bêbado ou então em um mundo completamente diferente daquele ali.

Queenie deixa Jacob de lado e então olha para Margot, parecendo pouco à vontade, ela volta a se sentar.

Margot sabe que ela está lendo seus pensamentos.

— E quanto a Tina? — Margot pergunta, tentando deslocar a atenção de Queenie para longe de seus pensamentos.

Ela sabia que Tina estava em Paris. Sabia que ela estava lá a trabalho, pois as duas mantinham contato, sempre trocando cartas.

Queenie provavelmente sabia daquilo também, mas parecia estar tentando evitar algo ali.

— Tina e eu não estamos nos falando — ela revelou.

— Por quê? — Margot pergunta verdadeiramente interessada e confusa com aquela revelação.

— Ah, bom, sabe, ela descobriu que eu e Jacob estávamos nos encontrando e não gostou, por causa da "lei" — ela diz, fazendo aspas com os dedos. — Você sabe, não é permitido namorar Não-Majs, não é permitido se casar com eles. Blá-blá-blá — continuou chateada. — Bom, de todo modo, e quanto a você e Newt?

Aquela pergunta repentina fez Margot dar um pequeno pulo em sua cadeira, ela então desviou o olhar do de Queenie e começou a encarar o pedaço de bolo de cereja em seu prato, de repente parecendo bastante interessada nele.

— Bom, você lê a Enfeitiçada, não é? — ela perguntou e Queenie pareceu um tanto quanto confusa. — Espere um pouco. Aqui — Margot disse enquanto sacava sua varinha e, então, uma revista surgia e parava na frente de Queenie.

Enfeitiçada era uma revista sobre celebridades, Queenie estava surpresa que Margot lia revistas como aquela, mas, sem questionar, ela pegou a revista e começou a ler sua manchete.

ENFEITIÇADA: SEGREDOS DE CELEBRIDADES E DICAS DE FEITIÇOS DAS ESTRELAS.

Era o que dizia na capa, porém, mais abaixo, Queenie descobriu sobre o que Margot estava falando.

Abaixo das enormes letras garrafais, havia uma foto de um Newt idealizado e um Pelúcio logo ao lado com um sorriso radiante e improvável.

DOMADOR NEWT SCAMANDER IRÁ SE CASAR!

Queenie abre a revista no número certo onde a tal matéria está escrita e então, ela vê uma foto onde Newt e uma mulher de nome Leta Lestrange, estão sentados lado a lado no lançamento do livro dele, a mulher toca os ombros de Newt com familiaridade, como se fizesse aquilo todos os dias.

"Newt Scamander com a noiva, Leta Lestrange; o irmão, Teseu, e uma desconhecida.", era o que dizia logo abaixo da fotografia.

— Ah! Ah, nossa... — Queenie murmurou enquanto olhava da revista para Margot, sem saber exatamente o que dizer. — Eu sinto muito, Margot.

Margot apenas deu de ombros e então, como mais uma movimentar de sua varinha, a tal revista voou para longe dali.

Ela estava prestes a dizer algo sobre aquilo que havia lido na revista, mas então, Jacob chama atenção das duas, comendo feito um desleixado e então confundindo o saleiro com um copo d'água, quase o bebendo, mas Queenie é mais rápida, tirando o saleiro da mão de Jacob e o substituindo pelo copo de água, tentando disfarçar o que havia acabado de acontecer.

Ela sorri sem graça para Margot.

— Mas enfim... — ela diz entre uma risada sem graça e outra, atenta em Jacob dessa vez. — Estamos muito felizes por estar aqui, Margot. Está é uma... bom, é uma visita especial — ela diz e Margot franzi as sobrancelhas para aquilo. — Veja só... — Queenie continua, parecendo nervosa. — Jacob e eu vamos nos casar! — ela revela de uma vez, comemorando com um gritinho e erguendo as mãos no ar.

Jacob vê isso e tenta fazer o mesmo, porém, acaba derramando toda a água que estava no copo em si mesmo.

Margot olha espantada para aquilo

Queenie repara nisso e então mostra a aliança de noivado em seu dedo, tentando chamar a atenção de Margot para si.

— Vou me casar com Jacob! — Jacob grita feliz, com o rosto completamente molhado da água que ele jogou em si mesmo, o que faz Margot nem ao menos olhar na direção de Queenie e sua brilhante aliança.

Agora, certa do que está acontecendo, Margot olha abismada na direção de Queenie.

— Você o encantou, não foi? — ela pergunta, enquanto se levanta de sua cadeira.

Queenie então se coloca em frente a Jacob, protetoramente.

— O que? Eu não fiz isso! — Queenie grita em resposta, mas sua voz falha, entregando em sua mentira.

— Queenie! Você o trouxe aqui contra a vontade dele — Margot diz o óbvio, apontando na direção de Jacob.

— Ai, mas que acusação ultrajante! — ela diz irritada, saindo da frente de Jacob e então apontando para o mesmo. — Olhe para ele! Só está feliz. Ele está muito feliz!

Jacob ri de toda a situação, enquanto tenta por tudo alcançar novamente o pedaço de bolo em cima da mesa.

— Então você não vai se importar se eu...

Queenie dá um salto quando vê Margot sacar sua varinha e apontar na direção de Jacob.

— Não, por favor! — Queenie pede, os olhos dela implorando na direção de Margot. — Por favor, Margot! Vim até aqui porque pensei que me entenderia.

Margot abaixa sua mão e suspira, ela entende que Queenie gostava muito de Jacob, mas aquilo estava longe de ser certo.

— Queenie, você não tem nada a temer se ele querer de fato se casar — ela disse, olhando com pesar na direção de Queenie. — Vamos desfazer o encantamento e então ele próprio pode nos dizer, não é? — ela perguntou e Queenie a olhou com dúvidas. — Ele também gosta muito de você, Queenie.

Queenie pareceu querer negar por um segundo, mas então, ela se afastou de Jacob e concordou levemente com a cabeça na direção de Margot, concordando com ela.

Margot volta a erguer sua varinha e apontar na direção de Jacob, que, antes, parecia concentrado em voltar ao seu bolo de cereja, porém, agora, vendo que a atenção das duas estava em si, ele resolveu deixar o seu bolo para depois.

— O que vochê tem aí, ein? — Jacob pergunta para Margot, com uma voz diferente e atropelada, como se estivesse completamente bêbado. — Vai fajer o quê, hmm? Vai fajer o quê com icho?

Margot estava prestes a dizer a palavra, porém, de repente, sua varinha voou para longe de sua mão, ela olha para o lado e lá está Queenie, com sua propria varinha apontada para ela.

— Me desculpe! — ela diz e então, agarra Jacob pelo pulso e sai correndo com ele dali.

— Queenie, espere! Queenie! — Margot tenta os alcançar, mas antes que a mesma consiga chegar até os dois, ambos desaparatam para bem longe dali.

Margot fica um tempo parada no meio de sua própria sala de jantar, ainda tentando organizar em sua cabeça tudo o que havia acontecido ali.

— Mas o que foi isso? — George de repente pergunta, subindo as escadas correndo.

Margot dá às costas ao mesmo e então, pega sua varinha jogada ao chão não muito distante dali.

— George, será que você pode cuidar do ateliê para mim por alguns dias?

George olha surpreso na direção de Margot, sem entender aquela súbita pergunta.

— Mas é claro. Claro que posso — ele responde de antemão. — Mas por que? Para onde você vai assim tão de repente?

Margot tinha que ir atrás de Queenie e de Jacob, mas principalmente atrás de Queenie, ela não parecia estar em seu juízo perfeito.

Ela coloca um dedo sobre a boca e se põe a pensar; bom, ela poderia ir até Paris, afinal, Tina estava lá e o mais lógico seria Queenie ir atrás da irmã, mas então, ela estava com um Jacob enfeitiçado em seu encalço e mais cedo ela também havia dito que ela e Tina não estavam mais se falando por conta disso.

E se ela já havia ido até ali atrás dela, bom, seria correto dizer que sua próxima parada seria em...

— Londres. Estou indo para Londres — ela respondeu enquanto ia em direção ao seu quarto, ela tinha que arrumar suas malas.

— Londres? — George pergunta sem ainda entender.

— Sim, é uma longa história.

George concordou com a cabeça, ele não duvidava que fosse mesmo.

— Bom, vai ser uma longa viagem — ele disse para ela, que concordou, ainda de costas. — Espero que volte logo e que tudo dê certo.

— Eu também — ela respondeu enquanto pegava suas malas.

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