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𝟎𝟕. Choranaptyxicos

𝟎𝟕. Choranaptyxicos
Terraço com Pombal ── Crepúsculo.

O GRUPO ESTAVA AGORA num terraço de um prédio e, no meio dele havia um galpão de madeira, um pombal, onde Tina, Queenie e Jacob estavam, enquanto isso, Newt sobe em um ressalto e examina a imensa cidade abaixo, com Pickett em seu ombro.

Margot se aproxima e, quando está prestes a subir e ficar ao lado de Newt, o mesmo estende a mão em direção da mesma, ajudando-a a subir ali.

Ela sorri agradecida.

— Tina me disse que Graves anda insistindo por aí que os tumultos são causados por um animal — ela disse, fazendo uma careta enquanto também encarava a cidade. — Precisamos achar todas as suas criaturas, para que ele não possa usá-las como bode expiatório.

Newt se virou e encarou o rosto contorcido de Margot, ela parecia alarmada com algo.

— O que foi?

— Não. Nada, é só que… — ela respondeu, suspirando frustrada. — Eu não esperava por aquilo.

Newt concorda com a cabeça, a entendendo.

— Só falta mais uma — ele diz. — Dougal, meu Seminviso.

— Dougal? — Margot pergunta, dando uma leve risada. — É um belo nome.

— Sim — ele concordou, sorridente. — Mas… tem um pequeno probleminha…

Margot se virou ainda sorridente e ergueu uma sobrancelha em direção a Newt.

Probleminha? Eu diria que temos um problemão aqui. Ele não é invisível? Como vamos encontrá-lo?

— Sim… na maior parte do tempo ele é — Newt respondeu, frustrado. — Não faço ideia de por onde começar…

Margot coloca uma mão no queixo e com a outra, gira seu guarda-chuva logo ao lado, pensando.

Como se pega uma coisa que é invisível?, ela pensava consigo mesma.

Por onde sequer, começar a procurar?

— Ah! — Margot exclamou, batendo de repente uma mão na outra e assustando Newt ao seu lado, o que a fez dar uma leve risada. — Gnarlak!

— Como disse? — Newt pergunta, sem entender.

Eles sorriem um para o outro com cumplicidade — havia aquela nova vibração entre os dois, tão tensa que até mesmo podia ser vista de longe.

Newt parecia mais desajeitado que o normal, mas mesmo assim se sentia incapaz de retirar os olhos de Margot e seu sorriso.

Margot se aproxima de Newt e sussurra para ele, num tom de conspiração:

— Gnarlak… ele era informante de muitos Aurores! Inclusive meu… — ela revelou. — Ele negociava criaturas mágicas ilegalmente…

— Por acaso ele não estaria interessado em seguir pegadas de animais?

Margot sorriu animada e se virou, chamando por Tina, que correu até os dois, confusa.

— Lembra-se de Gnarlak? — ela perguntou para a outra bruxa. — Nosso informante?

Tina olhou animada para Margot.

— Sim! Gnarlak! — ela comemorou. — Ele é nosso caminho certo até às criaturas de Newt.

Margot concorda com a cabeça e olha animada para Newt.

— Ele tem interesse em qualquer coisa que possa vender.

Tina e Margot conduzem o grupo por uma viela insalubre e tomada de lixeiras, engradados e objetos descartados, elas localizam uma escada que dá em um apartamento de porão e gesticulam para todos eles descerem.

A escada parece levar a um beco sem saída, porém, um cartaz de uma bela mulher de vestido de noite e sorriso tímido, olhando-se num espelho, cobre o final da passagem.

Margot e Tina ficam de frente para a passagem, elas viram-se uma para a outra e, juntas, erguem suas varinhas, transformando suas roupas do dia-a-dia em deslumbrantes vestidos de festa.

Margot olha para Newt, que está com um pequeno sorriso em seu novo traje.

Ela estava deslumbrante vestida em um vestido amarelo estilo flapper, decorado com várias do que pareciam ser penas com pequenas pedrarias brilhantes.

Margot estava brilhante e bonita feito um Pássaro-trovão, aquilo fez Newt a encarar encantado.

Tina se aproxima do cartaz e lentamente levanta a mão e, ao fazer isso, os olhos da bela mulher no cartaz começam a acompanhar cada um dos movimentos dela, ao que, ela bate na porta quatro vezes, lentamente.

Logo, Queenie se adianta em se trocar também com o auxílio da magia, ficando deslumbrante em um vestido estilo melindrosa, que fez Jacob a olhar admirado.

Newt, sentindo a necessidade de trocar de roupa, apressadamente coloca, por magia, uma pequena gravata-borboleta.

Jacob acompanha cada um dos gestos do seu companheiro e o olha com inveja, ele também gostaria de poder se arrumar.

A portinhola abre-se por entre o cartaz da mulher elegante, fazendo os olhos pintados dela revelarem o olhar de um segurança desconfiado.

Os três seguem para dentro e, logo quando entram, são agraciados pelo som da voz de uma graciosa duende, que canta uma bela música em um palco cheio de duendes músicos.

"O PORCO CEGO", indicava uma placa de madeira próxima ao bar do local.

Newt, Margot e Tina vão atrás de uma mesa para sentarem-se, enquanto Jacob e Queenie vão direto em direção ao bar.

Os três observam o ambiente ao redor: há bruxos e bruxas encapuzados e com muitas cicatrizes, todos apostando artefatos mágicos no que parece ser um jogo rúnico.

— Nós já prendemos metade das pessoas que estão aqui — Tina diz, olhando à sua volta e batendo com seu ombro no de Margot ao seu lado, chamando a atenção da mesma.

Margot pisca algumas vezes, deixando de observar ao redor e olhando para Tina.

— Sim… — ela murmurou — … e todos sempre acabam voltando, não é?

Newt pigarreou, chamando a atenção de ambas as bruxas.

— Vocês vão me mandar cuidar da minha própria vida… mas eu vi algo naquela poção da morte lá no MACUSA — ele começou a dizer. — Eu vi você… — diz olhando para Tina — abraçando aquele menino da Segunda Salem e… — ele se vira e olha para Margot — você também estava lá.

Margot suspirou e logo em seguida deu uma pequena risada, ela havia se lembrado desse fatídico dia mais cedo também…

— O nome dele é Credence — Margot revelou. — A mãe bate nele e também nas outras crianças que adotou…

— Mas parece que ela o detesta mais do que os outros — Tina murmurou.

— E foi ela a Não-Maj que você atacou? — Newt pergunta, agora entendendo.

— Foi assim que perdi meu cargo — Tina informa. — Eu a ataquei no meio de uma reunião dos seguidores malucos que ela tem… — ela para, tomando um longo e profundo suspiro. — Todos eles tiveram de ser obliviados. Foi um grande escândalo.

Margot concordou logo ao lado e percebeu os olhos de Newt sobre ela.

— O que? — ela pergunta com um pequeno sorriso.

— Foi isso o que a fez ser suspensa de seu cargo como Auror? — ele pergunta, curioso.

Margot se arruma, desconfortavelmente em seu lugar.

— Oh, não… — ela murmurou. — Quer dizer, eu estava lá, mas não foi por isso… eu estava apenas acompanhando Tina, não a ajudei a atacar aquela Não-Maj… — Newt olhou confuso para ela. — … o que eu fiz foi um pouquinho… pior…

Mas antes que Margot conseguisse contar sobre a atitude que a havia feito perder seu cargo como Auror, todos os três percebem Queenie do outro lado do ambiente, sinalizando.

É ele — ela mexe os lábios para que eles entendam.

De repente, Gnarlak surge das profundezas do bar, fumando um charuto e vestido com elegância. Para um duende, ele tem um comportamento dissimulado e sereno, ele aparentava ser um chefão do crime.

Gnarlak para em frente aos três na mesa e se senta na cabeceira da mesma, com um ar de confiança em seu semblante tranquilo.

Um elfo doméstico deixa apressadamente uma bebida na frente de Gnarlak e logo em seguida se retira, deixando os três sozinhos na mesa.

— E então… — Gnarlak murmura com uma voz baixa e grave. — Você é o sujeito da maleta cheia de monstros, hein? — pergunta diretamente a Newt, com uma sobrancelha erguida em um óbvio sinal de interesse.

— As notícias voam mesmo — Newt responde, surpreso pelo duende já saber sobre ele. — Eu esperava que o senhor me dissesse se viu algo por aí. Rastros… esse tipo de coisa.

Gnarlak bebê tranquilamente seu drinque e então outro elfo doméstico aparece, dessa vez trazendo um documento para o duende assinar.

— Sua cabeça vale muito, senhor Scamander — ele diz enquanto assina o documento. — Por que eu o ajudaria em vez de entregá-lo?

Newt remexe seus dedos sob a mesa, nervoso.

— Devo entender que terei de fazer valer a pena para o senhor?

O elfo doméstico se afasta correndo com os documentos agora assinados por Gnarlak.

— Humm… pensemos nisso como um acordo — Gnarlak murmura, parecendo animado agora.

Newt pega dois galeões do bolso de seu casaco e os desliza pela mesa na direção de Gnarlak, que mal se dá o trabalho de olhar.

— Sei… — ele volta a murmurar, não parecendo impressionado. — O MACUSA está oferecendo mais do que isso.

Uma pausa silenciosa e então, Newt saca um belo instrumento de metal e o coloca sobre a mesa.

— Lunascópio? Tenho cinco desses — o duende diz, entediado.

Newt procura mais profundamente no bolso de seu casaco e então, retira um reluzente ovo congelado e cor de rubi.

— Um ovo congelado de Cinzal! — Newt exclama, apontando para o ovo que ele havia posto sobre a mesa.

Gnarlak olha para o ovo, parecendo finalmente interessado.

— Você finalmente entendeu do que estou falando… — o duende falou animado, mas de repente, ele para em sua frase, olhando diretamente para o casaco de Newt. — … espere aí um minuto… isto aí é um Tronquilho, não é? — ele pergunta admirado.

Newt, protetor, cobre o bolso onde Pickett estava com a mão, o escondendo.

— Não — ele responde rápido, rápido demais.

— Não me venha com essa, é um Tronquilho… — Gnarlak diz, se inclinando na mesa e ainda olhando com interesse para o bolso de Newt. — Eles arrombam fechaduras, não é verdade?

Newt nega com a cabeça.

— Está fora de cogitação!

— Bem, boa sorte então para sair dessa com vida, senhor Scamander, com todo o MACUSA nas suas costas — Gnarlak diz, parecendo irritado por não ter o que quer.

O duende se levanta e começa a se afastar, mas Newt, engolindo secamente, rapidamente o chama de volta:

— Tudo bem — ele diz alto, com um tom agoniado em sua voz.

Gnarlak volta e seu rosto agora está com um sorriso de satisfação, quase cruel.

Margot olha espantada para Newt que estava prestes a tirar Pickett de seu bolso e entregar nas mãos do duende, ela estende a mão e segura o braço de Newt, fazendo-o olhar para ela.

— Não faça isso… — ela murmura baixinho, com o cenho franzido.

— … está tudo bem — Newt volta a dizer e tira Pickett de seu bolso, que sai choramingando.

Newt entrega lentamente Pickett para Gnarlak e, o pequeno Tronquilho estende os bracinhos desesperado, implorando a Newt para que o pegue de volta.

— Ah, sim… — Gnarlak murmura satisfeito, com agora o Tronquilho em suas mãos. — Algo invisível esteve criando confusão pelos arredores da Quinta Avenida — ele diz com uma sobrancelha arqueada. — Talvez vocês devessem dar uma olhada na loja de departamentos Macy's. Pode ajudar no que procura.

Newt franze as sobrancelhas.

— Dougal… — ele murmura para si mesmo. — Tudo bem, mais uma coisa. Existe um tal de senhor Graves que trabalha no MACUSA… eu fiquei imaginando o que você saberia do passado dele.

Gnarlak encara Newt e Margot também o encara, surpresa com aquilo.

— Faz perguntas demais, senhor Scamander. Isso pode significar sua morte — o duende alerta.

E então, de repente, barulho de coisas caindo e arrebentando-se no chão chamam a atenção de todos.

— O MACUSA ESTÁ VINDO! — um elfo doméstico grita desesperado e depois desaparata.

Outros no bar começam a fazer o mesmo, às pressas.

— Você nos denunciou! — Tina levanta-se raivosa.

Gnarlak os encara e então começa a rir.

— Seu duende trapaceiro! — Margot exclama indignada, enquanto se levanta também.

Os cartazes de procurado nas paredes do pequeno local mudam rapidamente, saindo de "GELLERT GRINDELWALD: PROCURADO POR ASSASSINAR NÃO-MAJ NA EUROPA", e sendo atualizados para fotos  que mostravam os rostos de Newt, Margot e Tina.

Aurores então começam a aparatar no bar clandestino.

Jacob se aproxima por trás e então, dá um murro em cheio na cara de Gnarlak, jogando-o para trás e fazendo Queenie ficar encantada com a bravura do mesmo.

Margot bate palmas pela atitude.

— … ele lembra meu capataz! — Jacob diz, cambaleante.

Por todo o bar, vários fregueses são presos pelos Aurores e Newt se arrasta pelo chão à procura de Pickett. A sua volta, as pessoas estão correndo, fugindo das mãos dos Aurores, tentando escapar do bar.

Newt enfim encontra o pequeno Tronquilho numa perna de mesa, ele apanha-o e corre de volta para o seu grupo.

Estava tudo uma grande zona.

Jacob pega um shot de água de riso e o bebe num gole só, rindo estrondosamente logo em seguida, enquanto isso, Newt aparece e segura o cotovelo de Jacob e o ombro de Margot que estava logo ao lado, desaparatando para longe dali.

O grupo todo reaparece no exterior da loja de departamentos Macy's, assim como o duende havia dito.

As vitrines do local eram repletas de manequins vestidos com glamour.

Margot se aproxima das vitrines e, de repente, ela observa uma bolsa de mão que, aparentemente por vontade própria, desliza de um braço de um manequim, depois indo para longe.

Ela sinaliza com os braços para que seus companheiros se aproximem e então, todos olham fixamente enquanto a bolsa paira em pleno ar, flutuando por dentro da loja.

Com um feitiço de sua varinha, Newt abre a porta da loja de departamentos e então todos se colocam para dentro.

A loja parecia já decorada para o Natal, com corredores cheios de jóias, sapatos, chapéus e perfumes caros.

O lugar estava fora do horário de expediente, com todas as luzes apagadas e sem barulho nenhum ao redor.

A bolsa flutuante faz seu caminho pelo corredor central, acompanhada de leves grunhidos.

Newt e seus companheiros rapidamente atravessam a loja na ponta dos pés, indo se esconder atrás de um enorme mostruário de Natal.

Eles encaram a bolsa flutuante.

— Então — Newt fala, aos sussurros — , os Seminvisos são fundamentalmente pacíficos, mas podem dar uma mordida desagradável quando provocados.

O Seminviso então aparece — uma criatura de pêlos prateados, parecida com um orangotango, com uma cara curiosa e achatada — com sua bolsa de mão, subindo pelos mostruários, tentando alcançar uma caixa de doces.

Newt se vira para Jacob e Queenie.

— Vocês dois, vão por ali — ele aponta para o outro lado, ainda sussurrando. — E procurem ao máximo não ser previsíveis.

Jacob e Queenie trocam olhares confusos, mas logo Jacob bate uma continência em direção a Newt, antes de partir para a ação juntamente de Queenie logo ao lado.

De repente, um pequeno rugido pôde ser ouvido ao longe.

O Seminviso encara o teto ao ouvir o barulho e, depois recolhe os doces mais rapidamente, enfiando todos na bolsa.

— Isso não foi o Seminviso… — Margot murmura. — O que foi isso? — ela pergunta para Newt.

— Não, não foi — ele concorda, ainda encarando o Seminviso. — Mas pode ser o motivo para o Seminviso estar aqui.

Margot arregala os olhos em confusão.

Newt se coloca a andar até o Seminviso, sendo logo visto pelo mesmo e, Margot e Tina vão logo atrás.

O Seminviso olha com estranheza para Newt e depois, simplesmente começa a subir as escadas laterais da loja.

Os três voltam a seguir o Seminviso, agora escada acima.

O sótão da loja de departamentos era escuro, havia do chão até o teto prateleiras repletas de caixas com aparelhos de jantar, xícaras e utensílios de cozinha.

O Seminviso anda pelo sótão, parecendo concentrado em sua tarefa.

— Sua visão opera com base no que é provável, assim ele pode prever o futuro imediato mais provável — Newt diz para Margot e Tina, enquanto anda de mansinho atrás do Seminviso.

— Por que ele tem uma bolsa de doces? — Margot pergunta curiosa, encarando o Seminviso logo à frente.

— Ele está de babá — Newt simplesmente responde, ainda muito concentrado no Seminviso mais à frente.

— O que você disse? — Tina pergunta, sem entender.

— Isto é culpa minha — ele murmura calmo e aos sussurros. — Achei que estivesse com todos eles… mas devo ter contado errado.

Os três vêem quando Jacob e Queenie entram em silêncio pelo sótão.

Newt então avança calmamente e se ajoelha ao lado do Seminviso, que abre espaço para ele, mostrando seus doces. Com cuidado, Newt baixa a maleta.

Margot e Tina o seguem e, quando a luz da lua do lado de fora bate em uma pequena janela que há no sótão onde todos eles estão, ambas então conseguem enxergar agora com nitidez uma grande criatura escondida nas vigas.

— Ele está de babá disso? — Tina pergunta, olhando para cima apavorada.

— Ele é babá de um Occami? — Margot pergunta, enquanto observa o Seminviso oferecer um doce de dentro da bolsa para o enorme animal.

O Occami é um animal que agora estava enorme, tomando metade do espaço do sótão da loja de departamentos, muito parecido com uma cobra e de cor azul, ele estava enroscado várias vezes em si mesmo de modo a preencher todo o espaço que havia por ali.

— Os Occamis são choranaptyxicos — Newt informou as duas. — Então eles aumentam de tamanho, até preencher o espaço disponível…

O Occami olha para Newt e estica a cabeça em direção a ele, ao qual, Newt logo estende sua mão e o acarinha com delicadeza.

— A mamãe está aqui — ele diz baixo, como que para acalmar o animal.

Tina e Margot encaravam a enorme e incrível criatura, numa mistura de espanto e encanto.

Subitamente, um tilintar se fez ouvido no sótão, um barulho pequeno e rápido, mas que fez o Occami se erguer, soltando um guincho que assustou a todos.

— Calma! — Newt diz, tentando acalmar a criatura. — Calma, ei!

E então, de repente, tudo vira uma enorme confusão.

O Seminviso corre para longe, se jogando nas costas de Jacob, que cambaleia para trás.

O Occami, agitado, se balança para baixo, pegando Newt em suas costas enquanto se debate violentamente pelo sótão, fazendo prateleiras e todas as mais diversas coisas voarem para todos os lados.

— TUDO BEM — Newt grita ainda nas costas do animal, tentando chamar a atenção de seus companheiros, que corriam pelo sótão, tentando escapar da fúria do enorme Occami. — Precisamos de um inseto, qualquer inseto… e um bule de chá!

Margot cai ao chão, sendo derrubada pela enorme cauda do animal, que se debate por todo o sótão.

Ela nem ao menos questiona a ordem de Newt, logo, ela se rasteja por ali, tentando alcançar algum inseto no chão, que agora estava repleto deles por conta do enorme animal se debatendo e derrubando tudo que via pela frente.

As asas do Occami batem no teto alto, destruindo ainda mais o prédio.

Margot rola no chão, fugindo de um dos escombros que caíram e tenta com tudo o que pôde, alcançar uma das baratas ao chão, porém, as pequeninas eram rápidas demais em suas pequenas e ágeis pernas.

No meio do caminho, ainda desviando de entulhos e tentando pegar baratas, Margot viu um pequeno bule de chá jogado ao chão, ela o agarrou como se sua vida dependesse daquilo e depois se colocou de pé novamente.

— Eu tenho o bule! — ela exclamou alto e alegremente, mas seu sorriso logo foi embora quando viu que aquilo havia chamado a atenção do Occami para ela.

O Occami empina a cabeça, olhando atentamente para Margot do outro lado da sala, enquanto contorce sua cauda, prendendo e esmagando Jacob e o Seminviso que estavam presos pela enorme cauda do animal contra uma das vigas do sótão.

Todos param em seus lugares, ninguém se mexe, completamente imóveis.

Jacob parecia nem ao menos respirar quando percebeu a intensidade no olhar do enorme Occami para a barata em sua mão, agora, Margot já não era mais seu alvo.

Newt surge de trás da cabeça do Occami e sussurra na direção de Jacob:

— Barata no bule…

Jacob engole em seco, tentando não olhar nos olhos da enorme criatura que o esmagava contra uma viga.

Shh… — Jacob solta, em uma falha tentativa de acalmar o Occami.

Jacob se vira lentamente e encara Margot, arregalando os olhos, avisando-a silenciosamente de suas próximas ações.

Margot concorda devagar com a cabeça e, então, Jacob joga a barata no ar, o mais alto que consegue, em direção a Margot, que corre em seus saltos vermelhos, saindo de onde estava e sacando sua varinha, jogando a outra parte do guarda-chuva por aí, sem se importar com aquilo no momento.

Ela para e aponta a varinha em direção a barata, que vem voando em direção a ela, assim como o Occami, logo atrás, desesperado para alcançar o inseto.

A barata cai dentro do bule e então Margot fecha os olhos e segura a respiração, vendo o enorme animal vindo diretamente para cima dela.

Ela instintivamente leva os braços à cabeça, assim como o bule e, de olhos fechados, a mesma não vê, mas o Occami se retrai, encolhendo-se rapidamente e mergulhando com perfeição dentro do bule de chá.

Newt avança às pressas e bate a tampa no bule de chá, o fechando.

Margot sente uma mão passar delicadamente em um dos braços dela e, quando a mesma volta a abrir os olhos, ela se depara com Newt.

Ele sorri e solta um forte suspiro de alívio.

— Choranaptyxicos. Eles também encolhem para caber no espaço — ele explica e Margot se ergue, ficando de frente para ele e dando uma pequena risada. — Merlin! Olhe só para o seu guarda-chuva! — ele exclama de repente e então, Margot olha para baixo.

O restante do guarda-chuva azul e que se encaixava com a varinha agora nas mãos de Margot, estava completamente destruído no chão.

Retorcido em vários lugares diferentes.

— Oh… — ela murmurou, encarando o objeto.

— Eu sinto muito por isso, Margot — Newt pede, com uma expressão dolorosa em seu rosto.

— Está tudo bem… — ela diz, tentando o acalmar.

— Mas foi você que o fez… e era uma peça lindíssima…

Margot sorriu verdadeiramente.

Newt era encantador.

— Newt… — ela chamou mais uma vez, continuando a segurar o bule em uma de suas mãos e levando a outra até o ombro de Newt, deixando um carinho ali. — … está tudo bem.

E realmente estava tudo bem, Newt podia ver isso no sorriso de conforto que Margot mostrava a ele.

Margot era encantadora.

Eles então de repente, escutam alguém coçar a garganta ao lado deles e, virando totalmente sem graça, os dois observam Tina se aproximar.

— Diga a verdade… — ela começa a dizer, olhando para Newt. — Isso foi tudo que saiu da sua maleta?

— Foi tudo… e é a verdade — ele afirmou imediatamente.

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