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32 Bebe a bordo

(OK. Eu realmente terminei a obra com 35 caps, mas ficou muito corrido os caps e senti que faltou mostrar algumas coisas melhor então mais uma vez alonguei pondo uns caps entre para completar.)

Os dias foram passando e o casal ia tentando se acostumar em viver juntos.

O primeiro dia foi uma bagunça coisa que não havia melhorado muito.

Ambos ainda ficavam extremamente constrangidos em dormir na mesma cama, não fazendo nada a não ser deitar para o lado e tentar fingir que tudo estava bem.

Marinette morria do coração ao o ver despertar descabelado assim como quando o via se pentear e se arrumar para o trabalho; saindo todo perfumado. Tinha micro infartos quando este se punha a frente nos treinos de combate da equipe ficando todo suado e morria de fofura quando ele tentava aprender qualquer coisa relacionada aos afazeres de casa.

Já ele tentava com todas as suas forças espantar os maus pensamentos que voltavam a sua mente hora ou outra, se focando em se manter controlado próximo a ela e não ceder a suas vontades luxuriosas quando esta saia do banho toda cheirosa e se deitava a seu lado, ou quando essa inocentemente se abaixava na cozinha empolgada com as coisas que assava no forno.

― Mas fala serio. Você vive chamando ela de docinho. Vocês têm um lance não? ― Nino e Alya apenar de viver na casa principal viviam a surgir na casa dos fundos; era uma boa forma de manter o casal mais confortável ate se acostumarem em conviver juntos.

― Nossa relação não tem essas coisas de humanos. Não precisamos disso. É um instinto reprodutor de vocês. ― Responde serio, captando bem a maldade no olhar dos noivos. ― Mas admito que com a troca a curiosidade humana me dominou.

― Falando serio. O que aconteceria se vocês... sabe? ― Alya pergunta curiosa entrando na cozinha e ajudando a amiga com o almoço isso por que nos fins de semana os quatro sempre comiam juntos deixando o restante da equipe se virar, já que o grupo parecia preferir pedir comida toda santa vez.

― Da ultima vez que ficamos juntos não existia proteção. ― A pequena kwami diz meiga coisa que trás curiosidade e estranheza a sua fala. ― Então o que nasceu foram seres de extremo poder de criar e destruir tudo o que tocam.

― Jura. Que maneiro! ― Nino diz todo empolgado. ― E onde estão? Aprisionados ou coisa assim? Um dia vamos ter de os deter.

― Não seja bobo. Estou falando da raça humana. ― Ela diz em meio a um riso fofo.

Tal afirmação trouxe uma epifania a todos.

A criação da raça humana era vinda dos seres da destruição e da criação?

Isso bem que era verdade. Não existia mesmo uma criatura capaz de criar tanto quanto o homem, assim como tinha de destruir.

― Interessante. Vocês são mesmo antigos. ― Adrien diz pensando que isso com toda certeza teria sido antes de se dividirem para uma forma humana; e com isso imaginava como deveriam ser suas formas reais.

Mas logo o telefone dele toca acabando com toda a conversa.

Se tratava de Felix ao o dar "a noticia".

O louro gela ao atender, já que seu irmão não deixara ele nem mesmo dizer "alo".

― Adrien. O que ouve cara. Não faz essa cara. ― Marinette diz extremamente preocupada e ele desliga.

― Nasceu. ― Fala em um fio de voz. ― A criança finalmente nasceu.

― Não é muito cedo? ― Alya questiona sem a mínima noção de tempo tentado fazer as contas. ― Esta um mês adiantado não?

― Isso importa? É um bebe mágico. ― Nino diz se descabelando.

Ele havia feito de tudo para tentar resolver seus pensamentos, mas não tinha tido êxito.

― Vamos ate lá. ― Alya impõe e os demais apenas acenam que sim. ― Vou pedir ajuda a Pegazus. ― Diz ao se virar saindo e os demais apenas se entreolham mudos.

Ninguém estava pronto para tal chegada.

Ninguém sabia o que fazer.

Só que o mundo não esperaria por eles, e logo estavam em frente à casa de Felix onde Chloe estava morando a um certo tempo.

Eles batem na porta sendo atendidos pelo próprio que não diz nada e apenas os guiam ate a parteira que estava a conversar com a mãe do rapaz.

Ao ver a mulher que sempre fora idêntica a sua mãe agora sabendo ser sua verdadeira mãe Adrien da uma travada.

― É menino ou menina. ― Alya parecia ser a única capaz de perguntar qualquer coisa.

― É uma linda garotinha. ― A parteira diz se virando para os guiar ate outro cômodo. ― Venham a conhecer. A mãe ainda não lhe deu um nome. ― O comentário final parecia entristecido e mesmo sem saber o por que já imaginavam o motivo.

Chloe simplesmente não queria ter apego a uma criança que não seria sua, que era de um pai que não a amava e ainda era o marco de algo terrível em sua vida.

Tal pensamento os vez criar um amargor no estomago.

A criança cresceria sendo ignorada pela própria mãe? Como supririam tamanha falta?

Mas ao chegar ao cômodo mesmo tentando evitar Nino foi o primeiro a pregar o olhos na doce e meiga criança:

Enrolada em um manto rosa a menina parecia ter se descoberto toda, revelando um macacão branco neutro, sua pele era morena sem nenhuma miscigenação possuindo os lábios e nariz semelhantes ao do pai, entretanto os dourados cabelos eram totalmente idênticos aos da mãe, lisos e louros sem miscigenação alguma com os cachos do pai.

Definitivamente linda e perfeita a criança gruninha sonzinhos meigos de quem tenta se espreguiçar. Mesmo que o motivo de sua existência fosse algo corrompido, ela era a imagem da pureza e inocência.

― Emma. ― Marinette diz ao ir ate a pequena e pegar em seus braços. ― O nome dela será Emma. ― Sorri para Alya que entende o que tal nome significava para a amiga.

Sim ela precisava do carinho que esse nome trazia.

― Vem Nino. Pega a sua filha. ― Alya diz tentando dar algum tipo de apoio, mas as palavras tiveram o efeito oposto do que ela queria, e esse se encostou na parede como se a garota fosse radioativa.

― Não. Ainda... Não consigo. ― As palavras soaram doloridas e ele cobriu o rosto com as mãos envergonhado pelo significado que a aquela criança trazia a ele.

O pior era que ninguém tinha o que dizer ou fazer naquele momento.

Adrien apenas olha para as duas como quem se explica e deixa o cômodo. Ele estava extremamente preocupado com o estado psicológico de sua amiga de infância.

― Não tem de fazer nada sozinho. ― Marinette diz ao o seguir tentando dar apoio com o timbre mais gentil que podia, mas ele a olha como se pedisse para se afastar.

Seus olhos sempre expressivos, a diziam que não a queria lá julgando mal sua melhor amiga em um momento tão sensível para a garota. E esta então permanece onde esta, e se junta a Nino tentando o acalmar e pensar no que dizer ao moreno.

― Posso entrar? ― Ele diz abrindo a porta lentamente, vendo a amiga deitada entre os cobertores como se quisesse ser absorvida por eles e ir para um mundo diferente. ― Como esta se sentindo fisicamente? ― Ele se senta a seu lado na cama, mas ela não parece se importar. ― Esta com dor? ― Pergunta preocupado. Não entendia muito sobre partos alem do conhecimento padrão. ― Ela... é uma garotinha linda. Chegou a ver?

― Não. ― Essa é a única resposta que ele tem em meio aos cobertores. E mesmo abafado se podia perceber que esta estava chorando.

Uma coisa ele se orgulhava de ter conseguido aprender com o amigo neste tempo juntos. Como demonstrar carinho.

E desta forma arrancou os cobertores e a abraçou.

Essa tomou um susto pelo ato não estando acostumada, mas logo se entregou a essa demonstração pura de afetividade não sabendo reagir; ficando apenas a chorar em seus braços.

― O que eu faço? ― Pergunta em meio a seu pranto.

Essa pergunta era muito mais; não referia apenas à sua filha e sim a toda sua vida.

Como poderia voltar para casa e encarar todos? O que faria com sua vida a partir deste ponto? Duvidas que ela já tinha e tentava com todas as suas forças ignorar, mas agora era impossível. Teria de encarar a realidade que criou para si.

Não era mais uma simples patricinha arrogante que os infernizava na escola. Já era de maior, não estava mais na escola; e tinha abusado de um de seus colegas e gerado uma filha dele e essa criança seria para sempre a imagem de seu pecado estampado.

Não conseguia olhar o próprio corpo durante todos estes meses, se odiando mais a cada dia que passava; então agora não podia nem imaginar olhar a própria filha ou dar-lhe um nome.

― Faz igual a mim. ― Responde honesto. ― Tira um tempo para você mesma. ― Completa ao enxugar-lhe as lagrimas. ― Viaja um pouco. Põe a cabeça no lugar, esquece um pouco de tudo isso.

― Como eu poderia? ― Quase grita, mas o choro a impede. ― Essa garota vai me assombrar pro resto da minha vida. E eu ainda vou ser obrigada a sorrir quando olho pra ela?

Seu questionamento era honesto.

Não podia simplesmente ignorar a criança e fingir que não existia. Mesmo que o amigo há ajude um dia à menina iria ter de saber toda a verdade e ela teria de a encarar frente a frente.

― Ela vai me odiar... como todos me odeiam. ― Murmura entre um choro sentido.

― Eu não te odeio. ― Responde ao acarinhar seus cabelos, vendo que estes já quase haviam voltado a seu tamanho de costume, mesmo estando visivelmente maltratados.

Ele entendia bem a dor dela.

O medo de ser odiada pela própria filha; saber de todo o desprezo que era dedicado a ela. Não era fácil, mas definitivamente a amiga não era inocente e estava colhendo o que plantou.

Tomou um tempo dando dicas de mudança de vida a amiga, enquanto a pequena kwami listrada observava.

Pollen ainda não estava completamente curada do contagio humano, mas assim que recuperou a racionalidade se sentiu extremamente culpada por tudo que fez. Mesmo que tivesse sido contaminada por algo fora de seu controle, foi ela quem controlou os humanos para se divertir; o que faz da humana que devia proteger uma porcentagem de vitima, já que foi ela quem mais pagou por tudo.

Pediu e implorou a Marinette que pudesse voltar e cuidar da amiga e por conta disso estava ali, mas não havia sido permitida a devolver o pente; ate por que agora a loira parecia temer o poder da pequenina como se fosse o pior mal do mundo.

Mas ela ainda nutria esperanças de conseguir resolver tudo.

Ficara curiosa se a troca feita pelos kwamis principais não poderia se estender a ela agora que tinha uma ligação maior com sua parceira e foi perguntar a dupla que respondeu um ligeiro não. Diferente da dupla que eram uma extensão Pollen e Chloe não passavam de parceiras.

Mas a idéia ficou na mente da kwami que tentaria dar um jeito.

Imaginava que permanecer um tempo trocada, sanaria todas as suas curiosidades com os humanos e daria um tempo para que a parceira pudesse respirar tranquila.

(Ok primeiro alongamento. Precisei mostrar melhor o estado mental da Chloe que acabei cortando completamente da obra. Então o cap seguinte era junto deste.)

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Tags: #miraculos