11 - O momento que o tempo parar
(Prepara o s2 ai ok. ^_^)
Não tinha jeito.
O casal adonou da cabana menor e a única forma de se livrar disso seria fazendo uma cena. Marinette não queria fazer isso, mas estava ao ponto de explodir.
― Desculpa por isso. ― Ele diz ao entrar na cabana ajeitando algumas coisas. ― Você ficou bem desconfortável. Eu imaginei... mas ele ficou me enchendo o saco e... Unf. Desculpa. Sou muito permissivo mesmo.
― Ta tudo bem. ― Diz em um sopro só, se segurando para não gritar. ― É só... por as mochilas assim. ― Diz ao por sua mochila no meio entre os dois sacos de dormir. ― Pronto.
― Faz sentido... tipo... eles quererem ficar juntinhos né? ― Diz sem graça ao lembrar como o amigo estava nervoso há alguns meses quando Alya perguntou sobre terem a primeira vez.
O moreno estava quase surtando com medo de fazer algo errado ou pagar mico e encheu as orelhas do louro que era bem mais seguro com isso. E agora Adrien ria internamente com a ironia que se encontrava.
― Já volto. Vou no banheiro e... por uns desses trecos que pega mosquito. ― Adrien diz ao pegar um dos aparelhos que Marinette havia trazido saindo da cabana. ― {Tudo bem. Ela vai saber que eu to embromando pra voltar, mas a conta faz sentido por que ir ate o resort e voltar demora um pouco.} Mostrar as garras. ― E assim ele respira fundo e retorna. ― {Hora da verdade.} Princesa?
― C-chat? O que esta fazendo aqui? {Meu deus! O que ouve? Ok ele quer sondar algo? Fingir... ai calma Marinette não age estranho com ele agora.}
― Não posso dizer. Assunto de herói. {Bom migué} ― Responde ao entrar na cabana ficando de cócoras ao encará-la. ― Mas eu te pergunto a mesma coisa. O que faz dividindo a cabana com ele? Você pode voltar ao resort. Por que escolheu ficar? Por que não esquece esse cara?
― Eu... {Meu deus. O que eu respondo? Digo que o esqueci? Anda... o que você responderia ao Chat se não soubesse quem ele é? Mas agora você sabe!} Eu to tentando eu juro. M-mas... ele um... Eu não sei. Não consigo. Esse amor parece ate uma droga e eu to viciada nela. Mesmo que só sirva para sofrer, já que ele não me vê assim.
― {Então ela... não se decepcionou? Ela deve estar tão confusa em como agir... como eu estou.} ― Pensa todo feliz com o que ouvia. ― Unf. Ta certo. Como amigo... vou te ajudar com esse cara. Ok? Mas já disse o que penso. Não acho ele bom pra você. ― Diz ao se sentar e olhar para fora com se checasse se o Adrien não voltava. ― E você pode me dar umas dicas com a My lade? {Vamos ver o que ela responde agora.}
― O que? Digo... claro! {Ele quer namorar as duas? Que safado!} Vocêee já disse que tentou de tudo e ela já sabe o que você sente. Vou pensar no que pode ser que te ajude. Mas... que dica você tem pra mim?
― Diz o que sente pra ele. A verdade toda. Seja direta de uma vez como eu. ― Sorri e ele gela de vez demorando um pouco para conseguir voltar a raciocinar e o responder.
― Eu... não consigo. {Filho da puta. O que ele quer?}
― Como você quer ficar com alguém se nem consegue... isso? ― Pergunta serio a encarando e essa só quer fugir de seu olhar. ― Vai ficar esperando ele tomar partido? Como, se ele nem sabe o que você sente? Como seria isso? Ele não teria de ser um tarado pra avançar em você sem nem ter idéia do que você quer?
― É que ele ate já me deu um fora. {Ok. Chega! Que jogo é esse que esta fazendo comigo gatinho?}
― Você mesma me falou que ele ta passando por muita coisa. Deve ta com a cabeça toda confusa.
― {É isso? Você ta confuso sobre o que sente e quer?} E não seria ruim eu me jogar pra cima dele justo agora? ― Ela questiona seria e ele se silencia pensativo. Sim ele estava mesmo muito confuso com tudo isso.
― Por isso eu acho que... vocês deviam conversar abertamente.
― E se isso acabar com a nossa amizade?
― Marinete. Já não existe mais amizade. Você não vê ele como amigo e isso só vai te machucar. {Esta na hora de acabar com isso de uma vez por todas. Chega dessa dança cruel. Vai ou racha.}
― Eu... entendo. Faz sentido. {O que ele quer? Ele... quer ficar com nós duas? Ou ele quer dar uma chance pra mim e esquecer a Larybugg? Parece insistir mais em mim do que na ajuda. Se bem que ele sempre pensa mais em ajudar do que ser ajudado.} Bem. Sobre a Larybugg. Por que não faz o mesmo? Da um ultimato direto.
― Já tentei isso não rola com ela. Outra idéia? {Qual o jogo dela?}
― Ela já sabe quem você é certo. Isso não mudou nada?
― Acho que sim... ela pareceu decepcionada com isso. Sabe. Por baixo do manto eu não sou o maior exemplo de cara másculo e heróico.
― Isso é um pensamento bem antiquado em.
― Acha mesmo?
― Com toda certeza. Ela deve ter... tido um choque por que nem imaginava quem você era e... deve ter te reconhecido. Acha que tem como ela te reconhecer?
― Certeza.
― Então foi isso. ― Pontua forçando um sorriso.
― Certo. Acho que ele esta voltando. {Daqui não sai mais anda.} ― Diz ao ir sair da barraca notando o sorriso forçado da amiga. ― Vê se faz algo em. É sua maior chance. Força ai. E na próxima vez você pensa algo pra me ajudar. Ok? Fui.
E assim ele sai a deixando inconformada.
Ele estaria pensando em ficar com as duas pessoas ou quer a usar para esquecer a Larybugg? O que Adrien tinha em mente?
Bem ele mesmo tinha a dito que não era digno dela, entre outras coisas. E ela sempre imaginou que Chat Noir fosse mais safado, malando e cafajeste pelo seu "jeitinho".
Ela estava surtando. Mas de uma forma diferente.
Tentava os comparar em sua mente, mas nada encaixava, não podiam ser as mesmas pessoas. Adrien era um doce, um garoto meigo e gentil e Chat... ele era um amorzinho do jeito dele, mas não podia dizer que era um anjo como o modelo parecia ser. Ele era sim confiável e responsável. Um aliado leal mas...
Queria apenas gritar.
― Esta tudo bem Marinette? {Acho que peguei pesado com a "sondagem". Droga! Não faço nada certo!} ― Ele pontua com um tom preocupado ao voltar a entrar na cabana e ela não sabe como agir.
Queria brigar com ele, mas assim que vê seu rosto volta a corar.
― Olha... eu... se quiser eu volto para o resort. ― Ele diz ao coçar a nuca sem graça. ― Acabamos dormindo juntos ontem e... Bem... obrigado por não me deixar sozinho. Você deve ter um sexto sentido muito bom. ― Sorri meio sem graça, mas seu tom esboça tristeza; e com isso ela parece se acalmar.
― {É isso. Ele não esta com uma cabeça boa e... Não sabe o que quer? Esta confuso? Entre mim e ela? É isso?}
― {Zuei tudo. Olha a cara que ela ta. Unf! Ok... ou ela desistiu de mim de vez por me achar um galinha... Aff. Por que fui pedir ajuda? Não fiz as contas? Queria que ela me dissesse o que gostaria que eu fizesse para a conquistar e nem me toquei que ela pensa que eu acho que são duas garotas, e eu estaria dando bola pra ambas! Burro! Burro! Imbeciu, idiota, tapado!}
― T-ta tudo bem. Eu... entendo eles quererem ficar juntinhos. ― Sorri tentando quebrar o clima estranho entre eles.
― Melhor... Dormir então. ― Diz nervoso ao apagar a luz e se deitar. Como se usasse o saco de dormir para se esconder dela como uma criança se esconde do bicho papão.
― {Ele ta fugindo? Mudou de idéia?} ― Pensa confusa imaginando que ele poderia ser tímido de alguma forma. ― B-boa noite. ― Diz ao se deitar. ― {Ok. Ele ta sim muito confuso. Ate mudou de idéia do nada... Droga! O que eu faço? O que é o certo? Seria abuso me aproximar justo agora que ele esta "assim"?}
Mas lógico que nenhum consegue dormir.
Seus corações batiam acelerados na garganta.
Marinette tentava se manter focada, ele estava passando por problemas e não era hora para isso; por que ele estava vulnerável e confuso. Enquanto Adrien tentava espantar os pensamentos ruins de sua mente e se focar nas coisas boas.
Sim... tinha descoberto uma coisa terrível, mas também tinha descoberto uma boa. Não? Por que focar na ruim? Tentava aproveitar as boas para não se entregar aos pensamentos ruins, mas isso parecia impossível. Assim que o nervoso passou pois ele não durava para sempre Adrien voltou a mente a locais sombrios.
Lembrou que não poderia ficar para sempre ali com seus amigos. Que isso era um teste e que seu pai iria o internar em uma clinica e o medicar.
Se imaginou ainda mais preso.
Que essa alegria que sentia ali era uma despedida de sua pouca liberdade.
― Adrien. ― A voz doce dela o chama e ele se via a olhando confuso.
― O que foi? ― Pergunta se sentando e essa põe a mão carinhosamente sobre a ferida que esse havia acabado de fazer atrás de sua orelha, mostrando o sangue fresco.
Ao ver o sangue sua vontade era sair dali. Mas respirou fundo e nada fez.
Tentou espantar a imagem das convidativas facas da casa de Nino de sua mente. A idéia de se livrar de uma vez dessa dor; mas estava difícil. Cada vez mais difícil.
E ela ao perceber que sua mente ia a lugares que não podia alcançar se senta a seu lado e o puxa deitando sua cabeça em seu peito o abraçando como a uma criança. Queria o salvar de tudo. Mas o que podia fazer ali?
― Adrien... por favor... o que eu faço? ― Murmura ao o apertar no abraço. Mas ele parecia preso em um feitiço terrível e não conseguir sair dele.
Era melhor quando ele tinha chorado. Assim era... Uma agonia pior.
― Desculpa. Eu... to bem. ― Diz ao se afastar dela abruptamente a empurrando com certa força e a fazendo cair para traz. ― Eu to bem. Não se preocupe. Eu to bem. ― Diz ao balançar a cabeça sem nem notar o que havia feito.
Ela apenas se ajeita novamente e passa a mão em seus cabelos.
― Me diz. O que sente? ― Pergunta ao olhar em seus olhos.
E preso por esse olhar tão doce e recheado de ternura com um tom tão preocupado e meigo ele não pode negar.
Balança a cabeça como se negasse para tentar tirar a mão dela de si e aperta os olhos afim de sair de seu encanto.
― Adrien. Por favor. Confie em mim. ― Implora com um tom de choro. Doía nela o ver sofrer de tal forma. ― Chega! ― Diz ao se levantar, o obrigando a o olhar pelo tom elevado. ― {Não agüento mais isso!} Tikk transformar! ― Impõe ao forçar a pequena a se revelar. ― Agora você confia em mim gatinho?
― {Ela se revelou... pra me acalmar?} ― Mas ele não consegue dizer nada. Apenas fica a olhando espantado.
― Cansei dessas regras. Cansei disso tudo! ― Seu tom se eleva e ela volta a cair de joelhos ao lacrimejar. ― Eu... só quero poder te ajudar. Por favor...
― Me... desculpa. Eu... Sabia. Eu... te segui ontem. ― Confessa e ela trava surpresa. ― Eu sei que foi errado mas... Unf! Não tem desculpa eu sinto muito!
― Então agora a pouco...
Não tinha o que ela dizer, sua mente dava lups.
― Eu sabia... quem você era. Mas... Chat sempre foi muito amigo da Marinette eu... não sabia que você era você quando. Falei aquilo tudo... eu juro.
― Eu sei disso. ― Ela diz ao por a mão suavemente em seu rosto o fazendo parar de se agitar. ― Mas por que falou mal de você... pra mim? Por que falou mal do Adrien para a Marinette?
― Por que? Olha pra mim! ― Ele eleva a voz logo abaixando a cabeça assim como seu tom. ― Eu não te mereço não sou homem suficiente pra você como Larrybagg e menos ainda como Marinette.
Essas palavras doeram nela.
― Por... por favor... ― Sua voz sai em meio as lagrimas. ― Por favor não diz uma coisa dessas de você mesmo.
― Como não dizer? ― Murmura ao abaixar o olhar apoiando as mãos no colchonete olhando para Plagg que pousa entre seus braços. ― Você... me pediu pra dizer o que eu sinto. É isso o que eu sinto. Eu não sou nada, não sou ninguém, não posso nem ser considerado uma pessoa. Sou um boneco. Um boneco que é tirado quando precisam e guardado na caixinha de novo para não estragar ou sujar.
― Como pode pensar isso de você mesmo? ― Diz ao tentar o fazer levantar o rosto e a olhar, mas ele vira o rosto. ― Você é uma pessoa muito amada. Um cara legal e todos a sua volta te adoram. É responsável, sensato, e muitas outras qualidades.
― Quer mesmo saber como me sinto? ― Murmura baixo ainda de cabeça baixa. ― Sinto que estou completamente amarrado. Me sinto sufocando. Gritando a plenos pulmões, mas mudo. ― Diz ao pegar Plagg nas mãos e tirar seu anel o entregando e ela segura o anel evitando que este conseguisse terminar de tirar. ― Eu sinto... muita... mas muita vontade de morrer. De acabar com tudo. De pular de algum lugar ou só cortar a minha garganta. Só quero que tudo isso acabe. Não importa se vai ser feio ou se vai doer. Mas... se eu fizer isso as pessoas vão ficar tristes e isso me amarra. Não consigo nem morrer em paz.
Essas palavras foram realmente muito pesadas.
Tanto que ela se sente ser esmagada por elas. Não conseguia respirar muito menos o responder e acalentar como planejava.
Como podia aparar alguém que se sentia assim? O que poderia fazer por ele?
(Cortando pra n ficar longo. Bjs! Não me odeie pfv juro q o final é feliz igual a outra obra.)
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