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Capítulo Três: A Vampira e o Idiota

— Aquela vampira tinha razão, Nik. As marcas no seu pescoço não batem com as das vítimas, são menores. — a mulher determina.

Verônica é uma das especialistas forenses dos laboratórios. Estou neste momento sentado sobre uma cadeira, com o pescoço exposto para ela, exibindo a minha "vergonha" por me deixar ser mordido por uma vampira.

Oh sim, estou extremamente envergonhado pela minha atitude. Com certeza.

— Ótimo, talvez isso sirva de defesa para evitar que Darion me demita.

Ela tira uma última foto das marcas e solta uma risada. Volto a abotoar a camisa social azul, cobrindo novamente as marcas com a gola da peça. Não que eu me importe com elas, mas não quero o pessoal da polícia humana me perguntando sobre.

A desculpa de que saí com uma garota com gostos peculiares não seria muito convincente. Ainda que não seja lá uma mentira.

— Darion jamais iria te demitir, você é um dos melhores. Vou fazer a documentação para comparar e a envio para ele o mais rápido que conseguir. Isso com certeza vai aliviar para o seu lado. — Verônica me oferece o punho da mão fechado e eu aceito o cumprimento. — Consiga aquelas bebidas de graça para nós, Nik.

Saio da sala das evidências e pego o elevador até o andar dos escritórios. Ao chegar no andar, percebo a correria pelo lugar e deduzo que ela se deve por uma parte da equipe estar atarefada com um novo caso, algo sobre corpos encontrados com marcas estranhas e sem órgãos. Continuo andando até a sala de Darion.

Chego até a sala do meu chefe e bato na porta, entro logo em seguida. O vejo sentado casualmente, olhando para fotos de cenas de um crime. Darion é um homem de estatura média, mais baixo do que eu, sua pele é moreno acastanhada, seu rosto é sério, com uma barba espessa e bem desenhada; seus cabelos são castanhos escuros lisos, grandes e sempre penteados para trás, com as laterais raspadas, formando uma espécie de pseudo-moicano; seus olhos são castanhos escuros como a noite, adornados por um par de óculos de aro redondo preto simples.

Sentados em frente à mesa, estão Axel e Candice, uma mulher da mesma altura de Darion; pele cor de ébano brilhoso, contrastando com o black loiro iluminado, o rosto oval e olhos castanhos mais claros que os de Darion. Ela me lança um sorriso malicioso quando percebe a minha presença.

— Delyon, seu safado! Usando o caso para se agarrar com uma vampira e ainda deixá-la beber o seu sangue. — ela solta uma risada alta, olhando para Darion logo em seguida. — Como você acreditou nesse papo de que ele fez isso para conseguir provas? — meu chefe tira os óculos e esfrega os olhos de forma cansada.

Aposto que se Candice não trabalhasse tão bem, ele já a teria mandado para qualquer outro setor. Ela tem esse hábito de falar tudo o que lhe vier à mente e é muito direta nas suas colocações, o que costuma deixar o nosso chefe um tanto constrangido.

Solto uma risada.

— Sou um homem que aproveita as oportunidades quando elas aparecem.

Darion me lança um olhar de repreensão e dou de ombros.

— Verônica disse que as marcas de presas não batem, então a Srta. Yamazaki realmente não é a assassina que procuramos.

Sento sobre a mesa do meu chefe e dobro uma perna sobre a outra. Ignoro o olhar de irritação dele com a minha ação, afinal, Darion é um homem extremamente metódico e é sempre um prazer para mim testar a sua paciência. Dizem que testes como esse aumentam a sua evolução espiritual, então me considero um enviado de Deus para ajudar as pessoas nesse quesito.

Não que eu acredite em toda essa merda.

— Ela conseguiu as informações que disse estar buscando? — Axel pergunta.

Meneio a cabeça em negativa.

— Até agora não entrou em contato comigo para falar sobre.

— Como ela conseguiria mais informações do que nós? — pelo seu tom de voz, Candice está desconfiada e um tanto incomodada.

Ela pode parecer muito despreocupada e até mesmo pouco profissional à primeira vista, mas a sua mente é algo brilhante e tenho certeza de que ela está irritada por estarmos de mãos atadas e ainda dependendo de uma vampira para progredir no caso.

— Porque nós estamos limitados pelo aspecto legal das coisas, mas duvido que uma vampira se importaria com a burocracia humana para conseguir informações. — Darion responde.

Meneio a cabeça em afirmação, concordando com ele. Vampiros e burocracia são duas palavras que nunca serão usadas na mesma frase. Eles têm as suas próprias regras e leis e não dão a mínima para o que consideramos certo ou errado.

— E se ela nos der informações, o que faremos com elas? Podemos confiar? — Axel pergunta novamente.

— Isso se nos der alguma informação útil. — Candice aponta.

A sala cai em um incômodo silêncio. Solto um bocejo. Cara, preciso urgentemente de uma boa e longa noite de sono. Ou talvez de uma transfusão.

— Vamos proceder com cuidado, levaremos as informações como base, mas não acreditaremos cegamente no que essa vampira possa nos dizer. Vampiros não são dignos de confiança. — meu chefe determina. Ele volta a olhar seriamente para mim. — E não faça novamente o que você fez, Nikolay. Não sabemos o que a mordida de um vampiro pode fazer a um humano. Aquela mulher poderia ter te matado.

Eu apenas confirmo, sem deixar transparecer que, se a necessidade assim determinar, darei o meu sangue novamente à Lisie. Não pela sensação da mordida, não sou tão imbecil a ponto de colocar a minha vida em risco apenas por prazer momentâneo, e sim pelo fato de que precisamos finalizar esse caso. E rápido.

Depois dele, pretendo pedir boas e longas férias. Estou malditamente precisando disso e meu corpo está cada vez mais sobrecarregado com o estresse do trabalho e de lidar com as consequências de certos atos.

Preciso desse descanso, antes que a minha alma se parta ao meio.

Aqui estou, de volta à Aoi Chi, quase uma semana depois de ter sido mordido pela vampira. Os furos no meu pescoço já estão cicatrizados e quase sumindo, mas ainda consigo sentir a sensação da boca dela sobre a minha pele. Me pergunto se isso é uma espécie de efeito adverso da mordida, ou apenas coisa da minha cabeça. Talvez eu medite sobre isso quando estiver em casa, na companhia de uma boa dose de whisky.

A boate ainda não abriu, pois o céu está escurecendo e a clientela provavelmente ainda está acordando, então o local está vazio.

Lisie me ligou há uma meia hora atrás, dizendo que tem uma pista sobre o provável assassino, mas que precisa que eu compareça pessoalmente, pois não confia em me dar a informação pelo telefone. Estou dividido entre achar que ela estava falando sério, ou ser apenas uma jogada da sua parte.

Sou parado na frente da boate pelo mesmo segurança de olhos azuis de antes. Apenas pelo fato dele estar do lado de fora, enquanto o sol ainda se põe, tenho certeza de que ele é um humano. Como se a sua aura já não me dissesse isso.

— Lisie me chamou até aqui. — justifico impacientemente.

Ele arqueia uma sobrancelha e me olha de cima a baixo.

— Não permito que você entre armado. — ele fala friamente.

Olho de soslaio para a minha cintura, onde a pistola descansa inocentemente. Agora que não estou mais desempenhando um papel pré-definido, posso andar armado como o policial que sou. Ainda que eu não ande de farda e colete à prova de balas e sim de calça social preta, camisa branca e terno também preto. Digamos que roupas formais façam mais o meu estilo, principalmente com esse trabalho. Darion vive repetindo "discrição, discrição e discrição", embora eu não goste muito dessa palavra.

— Você acha mesmo que eu seria capaz de fazer mal à uma vampira de dois séculos de idade, armado apenas com uma pistola comum?

O segurança me lança um olhar enojado.

— Estou pouco me fodendo. Você terá que passar por mim, se quiser entrar armado aqui.

O tom de descaso na voz desse cara faz o meu sangue ferver. Com quem ele pensa que está falando?

Dou dois passos na sua direção e paramos cara a cara. Ele é alguns centímetros mais baixo do que eu, mas não se intimida com a diferença entre nós. Pelo contrário, seus olhos azuis continuam me mirando e posso jurar que os vejo escurecer, em um tom mais profundo de azul. Como o fundo do oceano.

— Não tenho problema nenhum com isso. — falo entredentes.

Nos encaramos por sabe-se lá quanto tempo, prontos para socar a cara um do outro e rolar nesse chão como dois gatos de rua, se assim for necessário. Mas antes que possamos fazer uma digna cena de luta, que deixaria Rocky Balboa orgulhoso, o comunicador na sua orelha emite um apito.

Ele me lança um último olhar sanguinário, antes de se afastar e começa a murmurar no comunicador

Segundos depois, ele se aproxima e diz, muito a contragosto, que posso passar. Não consigo evitar abrir um sorriso convencido e ele se limita a apenas me lançar um olhar semicerrado, como se desejasse que um raio caísse sobre a minha cabeça neste momento. Isso faz o meu sorriso aumentar.

Sigo pela boate, que está totalmente escura. Apenas uma luz amarelada, sobre a pista de dança, me permite enxergar o local. Paro a minha caminhada quando percebo alguém sentado sobre uma cadeira, no meio da pista. Não consigo ver o seu rosto, pois a pessoa está com a cabeça tombada totalmente para frente, mas percebo se tratar de um homem e... Mas que porra? Ele está preso à cadeira?

Sangue, sangue mancha as suas roupas.

Percebo Lisie sentada na beirada da pista de dança. Ela fala apressadamente em japonês no telefone com alguém e, pelo seu tom, está dando ordens. A vampira dessa vez veste um kimono vermelho de mangas até a metade dos antebraços, estampado com flores cor salmão; uma saia preta até os tornozelos, enfeitada com um longa fita vermelha na cintura, e sapatos brancos baixos. O seu cabelo está metade preso por uma fita preta e a outra metade solta cai livremente pelos seus ombros. Sem maquiagem, mas ainda assim arrebatadoramente linda.

Ela termina a sua ligação com algo que posso jurar soar como uma ameaça, e foca a sua atenção em mim. A vampira sorri quando me aproximo mais, parando perto dela.

— Admito que essas roupas ficam melhores em você. — ela fala, arqueando uma sobrancelha e parecendo me analisar.

Me esforço para parar a queimação que sobe pelo meu corpo, como se o seu olhar fosse o responsável pela sensação. Me xingo mentalmente por ter certeza disso.

Arqueio uma sobrancelha, cruzo os braços e lhe dou o meu melhor sorriso sugestivo. Logo em seguida olho para o homem na pista de dança, ainda jogado desajeitadamente sobre a cadeira.

— Sua companhia para essa noite? — meneio a cabeça em direção a ele.

— Oh não, esse é apenas o meu informante essa noite. — Lisie se levanta e caminha suavemente em direção ao homem. A presença dela parece despertá-lo e ele se agita na cadeira, olhando para os lados freneticamente. — Não é mesmo, Pavlov?

O homem engole em seco e apenas meneia a cabeça em afirmação. A vampira passa a mão suavemente pela testa dele, como se acariciasse um gato. Embora a carícia não me pareça nem um pouco afetuosa.

— Agora seja um bom informante e conte ao Sr. Delyon o que você me contou.

Chego mais perto do homem e percebo que as suas mãos estão amarradas para trás com grossas correntes presas ao chão. As correntes emitem um leve chiado, me indicando que devem ser de algum material nocivo para os vampiros. Prata.

Ele alterna entre olhar para mim e para ela, engolindo em seco e parecendo hesitante.

— Vamos, Pavlov. Não me obrigue a chamar Daniel novamente para te deixar mais falante. — Lisie fala no ouvido dele. — Ele pode não ser vampiro como nós, mas o meu sangue no corpo dele faz um ótimo trabalho.

A expressão do homem se converte em puro terror e guardo uma maldição para mim. Talvez, se eu tivesse lutado contra esse tal Daniel, teria levado a pior, já que ele tem sangue de vampiro correndo pelo corpo.

Ainda assim, seria uma briga das boas. Eu poderia cair, mas levaria aquele folgado de merda comigo.

— Há duas semanas atrás, um sujeito estranho me contatou, dizendo que me pagaria uma boa grana para dizer aos outros que andei me alimentando de humanos na área que pertence à Srta. Yamazaki. — o homem começa a falar, a voz baixa e falha. — Ele me pagou uma parte e fiz como instruído. Não pensei no que isso poderia causar, eu precisava desse dinheiro e apenas segui o que foi pedido.

Arqueio uma sobrancelha. Idiota, se a sua aura já não me dissesse que ele é um vampiro jovem, apenas essa frase digna de um babaca já teria me dito isso. Incrível como as pessoas estão dispostas a se foder por algo tão baixo quanto dinheiro.

Disse o idiota que deu o próprio sangue à uma vampira por informações. Em minha defesa, afirmo que as circunstâncias me fizeram tomar aquela atitude desesperada.

— E você realmente fez isso? Se alimentou dos humanos? — pergunto.

Os seus olhos se arregalam.

— Nunca! Jamais teria coragem de fazer isso na àrea da Srta. Yamazaki. — Pavlov se defende. — Fui um estúpido, mas não achei que as coisas iam chegar a esse nível, pensei que era apenas alguém tentando pregar uma peça nela e não que humanos realmente foram mortos.

Olho para Lisie, que ainda exibe uma expressão angelical. Se eu não fosse um psíquico, creio que ela poderia enganar até mesmo a mim com o seu comportamento tão tranquilo e despreocupado.

Mas o tigre ao seu redor se agita como uma fera enjaulada, prestes a arrancar a cabeça de alguém.

— Podemos acreditar no que ele está dizendo? — pergunto a ela.

A vampira dá de ombros e volta a olhar para o homem, que estremece sob a mira desses olhos castanhos penetrantes.

— Você mentiria para mim, Pavlov?

— Jamais, minha senhora. — ele responde prontamente.

Ela volta a olhar para mim e sorri docemente, colocando as mãos atrás das costas e parecendo satisfeita com a resposta dele.

— Quem é esse homem com quem você fez o acordo? — pergunto novamente.

— Não sei, ele se apresentou apenas como Octo e... — o homem parece travar. — Eu... Eu não consigo lembrar do rosto dele. Por Deus, simplesmente não consigo me lembrar de como ele era, juro.

A expressão de terror mortal no rosto do homem é tão convincente, que até mesmo uma parte de mim realmente acredita nisso. Olho para Lisie e ela continua a fitar o homem com um olhar afiado, antes de direcioná-lo a mim.

— Acha que ele realmente esqueceu?

A vampira dá de ombros novamente.

— Existem seres capazes de fazer coisas assim, mexer com a mente de outros. Não um outro vampiro, mas talvez um... Bruxo.

Lhe lanço um olhar questionador, mas a sua expressão continua impassível. Que relação um bruxo teria com um vampiro? Os dois poderiam estar trabalhando juntos? Por que?

— O que mais esse homem te disse? — pergunto a Pavlov.

— Ele... Ele iria me pagar a outra metade do dinheiro hoje. — ele engole em seco. — Iríamos nos encontrar em um galpão abandonado para acertar o valor. O que aconteceria depois eu não sei.

Imbecil. Ele estaria, na melhor das hipótese, morto de verdade. Na pior das hipóteses? Talvez tão fodido quanto está agora. Duvido que Lisie deixará essa audácia dele sair barata.

— Que horas isso?

— Às 22:00 horas.

Certo, me sobram algumas horas para arquitetar um plano junto à equipe. Um plano muito audacioso e perigoso. Ou seja: o meu tipo de plano.

— Me dê o endereço desse galpão.

O homem recita o endereço mecanicamente, como um boneco defeituoso.

Olho para Lisie, que continua com a mesma expressão. Algo a desagradou, ou apenas a situação por si só já é o suficiente para fazer o seu comportamento mudar. Ela não exibe mais aquela expressão angelical costumeira e sim uma máscara de seriedade e impassibilidade. A vampira secular dentro de si finalmente dá as caras.

Meu corpo se arrepia em resposta, mas luto para me concentrar no meu trabalho.

— Vou até esse lugar, talvez encontre algo de relevante.

A vampira me lança um olhar enigmático e inclina a cabeça para o lado, me analisando.

— Fiz a minha parte, como prometido. Não tenho interesse em seguir as pistas dadas por um tolo fraco, então faça o que bem entender com as informações que lhe dei. Para mim, isso não importa.

— Avisarei, caso encontre algo.

Lisie me lança um olhar afiado e meneia a cabeça em afirmação, olhando para o tal Pavlov logo em seguida. Ela abre um sorriso para ele, que mais uma vez começa a se agitar sobre a cadeira.

O tipo de sorriso que um predador dá à sua caça, segundos antes de rasgá-la em pedaços.

Mas o tempo corre contra mim, me impedindo de ficar para ver o que vai acontecer a seguir. Murmuro um agradecimento à vampira, que apenas me lança um olhar significativo antes de voltar a sua atenção ao homem na cadeira.

Caminho rapidamente para a saída, com um plano começando a se formar na minha mente. Preciso ser rápido, se vou fazer o que pretendo.

A última coisa que escuto é Lisie falar baixinho um "Daniel virá cuidar de você" para Pavlov.

Cara, tenho a minha parcela de coragem, mas não gostaria de estar na pele desse fodido.

Essa capítulo foi maravilhoso de escrever, principalmente pela lei do retorno que aconteceu com o Pavlov KKKKKKK

Nikolay e Daniel não se dão bem, independente da realidade em que estiverem, né minha gente? Mas ainda tem muita coisa pra acontecer, então fiquem atentos 👀

Não se esqueçam de votar e até o próximo <3.

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