Capítulo Cinco: Presente e Passado
Não consigo esconder a surpresa e a confusão na minha expressão. Um enfeite de cabelo enterrado com uma pessoa morta há mais de dez anos? Que porra isso estaria fazendo naquele galpão?
— Tem certeza disso? — pergunto. — Eu o encontrei há algumas horas atrás no lugar que Pavlov disse que encontraria o tal Octo.
A vampira me lança um olhar de surpresa e volta a mirar o enfeite por longos segundos, o analisando. Ela meneia a cabeça em afirmação e olha para mim novamente.
— Absoluta. Eu jamais me enganaria com relação a isso. — Lisie olha para o enfeite mais uma vez, como se para ter certeza. — Mas você diz que o encontrou no galpão... Como isso é possível?
— Não faço a mínima ideia. — confesso.
Esse caso está ficando mais bizarro do que considero o "habitual". Como um enfeite enterrado há uma década poderia estar naquele galpão? Lisie diz que o enterrou com uma amiga, mas o que aconteceu com ela? Há uma relação entre ela e o assassino? Se sim, qual?
— O que aconteceu com essa amiga sua? Quem era ela? — pergunto.
A vampira parece engolir em seco e se senta no sofá.
— Ela... Era humana. Apesar da minha insistência para transformá-la, ela preferia permanecer dessa forma. Mesmo sendo jovem na época, nós sabíamos que um dia o tempo cobraria o seu preço, sabíamos que um dia ela morreria. Mas ela não ligava para isso, então decidi respeitar a sua opinião sobre o assunto. — a vampira solta os cabelos do coque, fazendo-os cair suavemente sobre os seus ombros. — Até que eu entrei em uma disputa de poder com outra vampira e, para me atingir, ela matou a minha amiga. — a sua expressão se torna dura. — E eu a matei em retaliação.
Algo nessa história não está se encaixando. Se todos estão mortos, com exceção da própria Lisie, quem está puxando as cordas desse teatro? A amiga assassinada realmente continua... Morta? Ou ela se tornou um fantasma e está fazendo tudo isso por vingança? Que relação ela teria com um vampiro? Isso ainda não está esclarecido.
Existe apenas uma forma de saber o que está acontecendo.
— Essa sua amiga, onde ela foi enterrada? — pergunto, me sentando ao lado da vampira.
Ela me lança um olhar descrente.
— Você pretende desenterrá-la? — apenas confirmo com a cabeça. — Não, não posso permitir que violem o túmulo dela.
Coloco minhas mãos no rosto dela, obrigando-a a olhar para mim.
— Lisie, essa é a única forma, o único jeito de sabermos porque esse enfeite estava lá. Se a desenterrarmos e o corpo ainda estiver lá, mas não a alma, então saberemos que ela passou para o outro lado e isso foi uma armação para você. Mas se a alma estiver junto ao corpo... Bem...
Não sou capaz de terminar a minha fala. Não é fácil convencer um espírito rancoroso a abandonar o objeto de sua vingança e partir para onde ele deveria estar. E se esse espírito consegue manipular matéria, isso significa que ele está em um estado muito avançado de ódio, o que torna a situação muito perigosa. Podem haver mais mortes.
Mas é a única coisa que faz sentido na minha cabeça. Não existe uma explicação melhor para os fatos, não existe outra saída. Preciso saber o por que desse enfeite ter sido deixado lá e quem o deixou.
A vampira parece compreender isso, pois meneia a cabeça em afirmação e se levanta. A sua expressão é um misto de tristeza e confusão.
— Ela foi enterrada em um cemitério há cerca de uma hora daqui. — afirmo com a cabeça e me levanto, pegando o celular para avisar Ax sobre essa pista. — Eu vou com você. — ela determina.
Lhe lanço um olhar de surpresa.
— Nada disso! — rebato. — É muito perigoso, não sabemos o que encontraremos lá.
Lisie semicerra os olhos e para perto de mim, me fitando com determinação, embora mal consiga chegar à altura do meu pescoço. Inclino a cabeça em direção a ela, já que sou bem mais alto, e o ato parece deixá-la irritada, pois ela me lança um olhar afiado. Como se eu tivesse culpa por ter 1,93 m de altura...
— Preciso te lembrar de que sou mais rápida, mais forte e mais velha do que você? — ela pergunta, a irritação evidente na sua voz.
Cruzo os braços sobre o peito.
— E eu preciso te lembrar de que sou treinado para situações como essa? — não me intimido com a sua fala. — O tempo dos samurais já passou, Lisie. Hoje em dia um tiro é o suficiente para matar alguém.
— Sou mais resistente a balas do que você. — a sua expressão continua impassível. — Eu vou, Nikolay, queira você ou não.
Solto um suspiro irritado e peço paciência a quem quer que possa me ouvir. Mas que droga de vampira teimosa!
— Certo, você quer ir? Então tudo bem. Mas não prometo que serei capaz de te proteger. — tento fazê-la desistir da ideia.
— Não preciso da sua proteção, humano. — ela fala, a voz decorada com o seu melhor tom de superioridade.
Me limito a menear a cabeça em negativa e revirar os olhos.
— Vamos, não temos tempo a perder. Preciso encontrar o meu parceiro antes de irmos, vampira.
Me viro, caminhando em direção à porta, quando sinto o meu pulso ser puxado por uma mão delicada. Olho para trás e Lisie parece me medir de cima a baixo.
— Você não pode ir assim, não servirá de nada machucado e o sangue pode avisar qualquer vampiro nos arredores acerca da nossa presença.
Olho para o meu peito e percebo que o sangue manchou um pouco a minha camisa. Merda, terei que pedir ao Ax para trazer uma reserva para mim.
— Sinto muito, não posso mudar o fato de que aquele imbecil me deu um soco. — resmungo.
— Não, não pode. Mas eu posso te ajudar. — lhe lanço um olhar desconfiado. — Posso te curar com o meu sangue.
Semicerro os olhos, ainda desconfiado com a proposta. Se Darion surtou com o fato de que eu a deixei me morder, quem sabe o que ele será capaz de fazer, se descobrir que tomei o sangue dela. Nem sequer sei as consequência de ter sangue de vampiro correndo pelo meu corpo.
Embora, somente de ver o quão rápidos foram os ataques daquele tal Daniel, posso dizer que existem lá as suas vantagens.
De qualquer forma, estou sem opções. Sinto o meu rosto começar a inchar e sei que isso se tornará um incômodo de merda daqui uma hora. Talvez eu nem sequer seja capaz de enxergar direito para atirar, se for necessário.
— Se você está preocupado, saiba que isso não te transformará em um vampiro. — Lisie tenta me tranquilizar.
Não, não é com isso que me preocupo. Sinceramente falando, acho que eu até levaria jeito para essa coisa de ser vampiro. Quem sabe como as coisas seriam, se a situação estivesse invertida, com Lisie pedindo a minha ajuda e eu sendo um vampiro secular disposto a ajudá-la.
De uma coisa tenho certeza: eu cobraria um preço muito parecido com o que ela cobrou de mim. E talvez tentasse persuadi-la a me dar mais do que apenas o seu sangue. Muito mais.
— Certo, aceito ser curado com o seu sangue. — lhe lanço um olhar sério. — Mas isso deve ficar apenas entre nós, ninguém deverá saber.
A vampira abre um sorriso malicioso, expondo as presas, e os seus olhos brilham rubros. Automaticamente o meu corpo se arrepia e sinto a tensão tomar cada músculo meu. Tenho que resistir à necessidade gritante de trazê-la para mim, a fim de saber qual o gosto dos seus lábios.
— Minha boca é um túmulo. — ela murmura maliciosamente.
Me esforço para continuar com a expressão impassível, apesar dos arrepios e do calor se alastrando pelo meu corpo. Um túmulo? Não, está mais para a minha perdição.
A vampira morde o próprio lábio inferior com as presas e o sangue começa a verter suavemente do corte. Antes que eu possa perguntar o que diabos ela está fazendo, o meu corpo é puxado pelo colarinho da camisa de forma que eu me incline e sinto lábios sobre os meus.
Os lábios dela.
Reprimo um gemido de prazer que tenta subir pela minha garganta, mas não consigo evitar entrelaçar os meus braços na cintura dela. A vampira coloca uma mão sobre os meus cabelos, acariciando-os, enquanto a outra está sobre o meu peito, ainda segurando o colarinho da camisa.
Subo uma mão pelas suas costas, a necessidade crescendo ainda mais dentro de mim quando ela solta uma espécie de suspiro em resposta. Nossas línguas se tocam e sinto o gosto de sangue, mas não me importo com isso. Me importo apenas com o fato de que os seus lábios e seu corpo estão contra mim, me puxando para o abismo da luxúria.
O seu gosto é igual ao que eu imaginei e, ainda assim, algo totalmente diferente. Melhor.
Pecado. Puro e inebriante pecado.
Nunca me importei de ser um pecador, de qualquer forma.
Minha mão passeia pelas costas dela, sobre o tecido do seu vestido preto com desenhos de dragões vermelhos, apertado nos locais certos do seu corpo. Subo até a sua nuca e agarro os seus cabelos, enquanto minha outra mão desce da cintura para a sua bunda, agarrando-a com mais força do que pretendia, puxando-a ainda mais contra mim e fazendo a vampira soltar um suave gemido com o movimento.
Não consigo resistir.
Nos guio pelo escritório, tomando cuidado para não bater em nada, até sentir o corpo de Lisie contra o meu com mais força. Tateio ao nosso redor e percebo que a mesa do escritório está às costas dela, então, em um movimento rápido, a puxo pela cintura, fazendo-a sentar sobre o móvel. A vampira entrelaça as pernas ao redor da minha cintura, puxando os meus cabelos com mais força em sua direção. Respondo à ação aprofundando mais o nosso beijo, ainda sentindo o gosto de sangue na minha boca.
Sangue esse que desce pela minha garganta como vinho doce.
Não sei se a dor no meu rosto começa a ceder pelo sangue me curando, ou apenas pelo fato de que o meu corpo está totalmente concentrado na tarefa de tomar os lábios de Lisie com mais força. Mais, preciso de mais dela.
Preciso do seu corpo sob o meu, se contorcendo de prazer e murmurando o meu nome. Preciso dela se alimentando do meu sangue, preciso ser a sua fonte de vida, mesmo que ela possa ser a causadora da minha morte. Preciso tocar cada parte do seu corpo, preciso ter as suas mãos sobre mim.
Preciso dela.
Lisie parece ser capaz de sentir a necessidade queimando dentro de mim, pois ela utiliza as pernas para me puxar para mais junto de si, enquanto as suas unhas arranham os meus ombros e costas por cima do paletó, me fazendo querer arrancá-lo. Junto com o restante das nossas roupas.
Deslizo minhas mãos pelas suas pernas, subindo até as suas coxas, agora mais expostas pelo vestido ter subido com o movimento de colocá-la sobre a mesa. Minha pele, em contato com a sua, faz o formigamento no meu corpo aumentar e a única coisa que sou capaz de sentir, de registrar, é o quão macia é a sua pele e o quão pecaminosa é a sua boca contra a minha.
Tento tomar o controle do momento, mas Lisie luta comigo por ele, fazendo as nossas línguas não somente se entrelaçarem, mas lutarem eroticamente entre si. A vampira toma o meu lábio inferior entre as presas, me fazendo estremecer, e eu agarro a sua nuca em resposta, fazendo-a inclinar a cabeça um pouco para trás. Voltamos a nos beijar vorazmente, enquanto continuo empenhado na tarefa de explorar o seu corpo. Fico cada vez mais tentado em colocar as mãos por dentro desse maldito vestido e arrancá-lo do seu corpo.
Sou obrigado a separar os nossos lábios quando a falta de ar começa a me atingir, mas me ocupo em explorar o seu pescoço, sentindo a minha língua vibrar com o gosto doce da sua pele. Lisie me puxa para mais perto de si, me incentivando a continuar. Puxo os seus cabelos para longe do seu pescoço, expondo mais a sua pele para mim.
Me permito apreciar o seu rosto por alguns segundos, vendo as suas presas estendidas e os olhos rubros como o sangue que ela me deu. Incrível como o seu rosto ainda mantém a delicadeza usual, que contrasta de forma hipnótica com o seu "lado vampira".
Perfeita. Não existe outra palavra para descrevê-la.
E tenho certeza de que ela seria ainda mais perfeita com a minha boca em cada pedaço do seu corpo. Tenho certeza que ela seria perfeita murmurando o meu nome, me pedindo mais e mais.
Sou capaz de pagar com todo o sangue do meu corpo, se assim for necessário, apenas para ouvir e ver isso.
Vamos, Nikolay, você tem um trabalho para fazer. Tento reprimir a necessidade de levar isso até o fim, de descobrir como seria a sensação do meu corpo sobre o dela.
Puta que pariu, que péssimo momento para ter o meu tesão por ela levado ao limite!
Puxo longas respirações, tentando me acalmar. Tentando me dissuadir das ideias que tomam cada vez mais a minha mente.
Maldito inferno, ainda tenho um caso para resolver.
Tomado pela noção dessa realidade, começo a me afastar suavemente da vampira. Percebo que a dor no meu rosto simplesmente se foi, me fazendo usar isso como argumento para cumprir o meu trabalho e não continuar o que estava fazendo.
Fecho os olhos com força por alguns segundos, clamando por autocontrole. Quando os abro novamente, tenho a certeza de que sou alguém que leva as próprias responsabilidades muito a sério, ou a forma como Lisie me olha seria o suficiente para me fazer jogar tudo pelos ares.
— Precisamos ir. — murmuro, percebendo como a minha voz está ainda mais rouca do que o habitual. O seu olhar malicioso continua sobre mim. — Não me olhe assim, Lisie.
— Por que? — a vampira me desafia.
Semicerro os olhos e me inclino sobre ela, meus lábios a centímetros da sua orelha.
— Porque faz com que eu queira ainda mais te deitar sobre essa mesa e te fazer gemer tão alto, que todos dentro dessa porra de boate poderiam escutar.
Ela me lança um sorriso maldoso.
— Vocês humanos falam demais. — o seu tom é falsamente inocente.
Colo mais uma vez os nossos lábios, sentindo a vampira me puxar mais para perto. Mas, em um movimento rápido, separo novamente os nossos corpos, fazendo-a soltar um ruído de exasperação.
— E você está louca para saber o que mais eu consigo fazer com a boca. — murmuro em resposta, abrindo um sorriso malicioso.
Sem aviso, a vampira fecha os lábios sobre o meu pescoço, as suas presas roçam a pele, me fazendo estremecer em resposta e soltar um gemido rouco. É incrível que, mesmo que ela não me morda, a simples menção da sua boca sobre o meu pescoço seja o suficiente para me excitar a níveis que, até então, eu considerava nem existirem.
— Algo me diz que não sou a única aqui a querer a boca de alguém sobre o próprio corpo. — ele sussurra sensualmente contra o meu ouvido, me fazendo arrepiar.
Lhe lanço um olhar malicioso e abro um sorriso de lado, vendo como os seus olhos lampejam ao olharem para mim. Meu corpo está tão tenso, que é provável que eu precise de um alívio mais tarde.
Cara, odeio admitir isso, mas ela com certeza é uma adversária à altura. O que me faz querê-la ainda mais.
Merda, estou realmente fodido.
Lisie foi muito útil no momento em que precisamos quebrar as correntes que fecham os portões do cemitério. Foi uma vantagem que nos ajudou a economizar tempo e entrar mais sorrateiramente no local. Consegui avisar Darion sobre a situação apenas quando estávamos estacionando em frente ao cemitério e ele ainda levará um tempo para mobilizar a equipe. Tempo esse que não temos, então decidi prosseguir com apenas nós três.
Se as coisas derem errado... Bem, não terei para onde fugir. Terei que enfrentar as consequências dos meus atos, como sempre fiz.
A vampira vai na frente, guiando a mim e Axel. Ela está totalmente séria enquanto passa pelos túmulos sem nem sequer olhá-los. Posso sentir a tensão emanando do seu corpo como uma pesada nuvem cinzenta, me indicando que é difícil para ela andar por esse local novamente.
Apenas pela sua reação com a história do enfeite de cabelo, posso deduzir que a pessoa, a sua amiga que foi assassinada, era alguém muito importante para ela. Admiro o quão forte ela está sendo, mesmo que a situação com certeza esteja lhe inundando de memórias ruins.
— É aqui. — ela murmura quase inaudivelmente.
Lisie para em frente a um túmulo e, pelo desgaste visível na lápide simples de concreto, acredito na palavra dela, de que a pessoa enterrada aqui já se foi há muito tempo. Olho mais atentamente para a lápide, lendo o que está escrito nela:
Eleanore Mwangi
1979 - 2011
A mais bela das flores colhidas para o campo celestial
Vejo a forma como a vampira ao meu lado cerra os punhos, me indicando o esforço que ela faz para continuar impassível. Coloco a mão sobre o ombro dela, recebendo apenas um olhar castanho frio em resposta. Ela meneia a cabeça em afirmação, o rosto duro como uma pedra, e eu imito o movimento.
Odeio fazê-la ter essas lembranças ruins, mas é uma situação necessária. Uma situação quase de desespero, eu diria, mas sei que ela é forte o suficiente para isso. Ainda que o meu coração pareça apertado dentro do peito e eu esteja irritado por expô-la a essa situação de merda.
Olho para Axel, que joga a mochila às suas costas no chão, tirando três pás de dentro dela. Meu parceiro entrega uma para mim, mas hesita no momento de entregar a outra a Lisie. A vampira lhe lança um olhar firme e estende o braço, pegando a pá restante.
Axel se benze e Lisie parece murmurar algo em japonês, antes de enfiarem as pás na grama e começarem a cavar. Não me dou ao trabalho de pedir perdão a Deus pelo que estou prestes a fazer. Já fiz coisas piores do que desenterrar um cadáver e Ele com certeza está pouco se fodendo para mim e para o que eu faço ou não.
Que bela coincidência, também estou pouco me fodendo para Ele.
Começamos o trabalho árduo de retirar a terra do túmulo. Um tempo incontável se estende e a noite avança ao nosso redor, a madrugada traz um vento frio e arrepiante. Meus braços doem, o suor escorre pela minha testa e incontáveis quilos de terra são retirados do túmulo, quando a pá de Ax bate com um baque surdo contra a madeira. Finalmente alcançamos o caixão.
Com muito esforço, conseguimos puxá-lo para a superfície. Olho para Lisie, que ainda mantém um olhar determinado, e depois para o meu parceiro, já com a pistola em mãos para eventuais acasos.
Uma bala não faria nada a um fantasma, mas serve para atrasar um vampiro, se for o caso. Precisamos estar preparados para tudo.
Coloco uma mão sobre a pistola na minha cintura, enquanto uso a outra para abrir a tampa do caixão, que range de forma medonha quando o puxo. Solto um xingamento quando a luz escassa ao nosso redor, vinda dos postes de iluminação perto do portão do cemitério, iluminam o caixão.
A porra de um caixão vazio.
Eaí, minha gente? Esperavam por essa?
Segurem os seus coraçõezinhos, o próximo capítulo vai ser só choro e ranger de dentes 👀
Não se esqueçam de votar e até o próximo <3.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro