O n z e
Rita Pov
Nunca pensei que o Miguel fosse tão inseguro. Ele não era assim, talvez seja o medo de não ter a certeza se o perdoei mesmo. Mas eu fi-lo. Eu já o perdoei, só preciso de voltar a confiar nele, para quem sabe, as coisas voltem ao que eram. Para voltar a haver um "nós".
Ontem foi o Miguel que fez algo por mim, hoje serei eu.
Com o tempo o Miguel tem me mostrado que mesmo estando presa a esta cadeira de rodas há muita coisa que posso fazer, que ainda posso ser independente.
Peguei no meu telemóvel e marquei o número do meu restaurante preferido em Londres, Nando's. Eu sei que o Miguel vai adorar, pois ele adora frango, por isso é o sítio perfeito para irmos almoçar.
Depois de fazer a reserva, mando uma mensagem ao Miguel para se arranjar e vir aqui a casa. O moreno ficou confuso, mas respondeu que em vinte minutos estava aqui.
Miguel sempre foi muito pontual e vinte minutos depois já estava a tocar à campainha. Rapha abriu a porta ao Miguel.
— Olá!— disse beijando a minha bochecha.
— Olá!— digo repetindo o seu gesto.— Bom, vamos andando? Rapha, até logo!
— Até logo!— dá-me um beijo na testa.
— Onde vamos?— pergunta o Miguel.
— Já vais ver! Agora, ajuda-me a ir até ao carro.
(…)
— Eu não acredito! Eu sempre quis experimentar este restaurante... contigo.— sorri.
Vim o caminho inteiro a dar as instruções ao Miguel e via na sua cara que ele estava longe de perceber para onde íamos e o que íamos fazer.
Depois de almoçarmos, propus dar um passeio pelo parque que havia ali perto.
Sempre adorei vir até aqui. Este parque é parecido com o que há perto de minha casa e do Miguel em Portugal, onde eu e o Miguel temos muitas memórias. Foi lá o nosso primeiro beijo, onde o Miguel me pediu em namoro, onde tivemos a nossa primeira vez, onde construímos a nossa casa da árvore.
Talvez seja por isso que eu adoro este sítio, faz-me sentir em casa.
Mas, talvez, este sítio, seja onde devemos começar a fazer novas memórias.
Eu ontem li uma reportagem sobre uma jovem que estava na mesma situação que eu e afastou a sua melhor amiga por isso. Uma semana depois, a melhor amiga teve um acidente e faleceu. Hoje, a jovem arrepende-se de a ter afastado em vez de ter aproveitado todos os momentos com ela.
A vida é demasiado curta.
— Miguel?
— Sim?— ele olha para mim. O facto de estarmos sentados num banco facilita o que estou prestes a fazer.
Agarro no seu rosto e aproximo-o do meu colando os nossos lábios. Ao início, ele hesita, mas logo corresponde ao beijo. Que saudades dos seus lábios nos meus!
Gostava que este momento nunca acabasse. Mas como tudo o que é bom acaba depressa, tivemos de nos separar pela falta de oxigénio.
— Por favor, Miguel, prova-me que posso confiar em ti.— peço.
— Eu vou fazê-lo!
Olá!
Espero que tenham gostado deste capítulo! Se sim, votem e comentem.
Em princípio irei publicar um capítulo (Ou dois, ainda não sei) especiais de Natal! Por isso, estejam atentos, ahah!
FELIZ NATAL!!!! Espero que tenham muitas prendinhas, mas acima de tudo que passem esta quadra com as pessoas que mais amam! 🎅🎄🎁
Muitos beijinhos!!!😘😘
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