D o i s
Miguel Pov
Dois anos... Como é que já passou tanto tempo? Como é que eu fui tão covarde? Como é que eu fui capaz de deixar a mulher da minha vida na altura em que ela mais precisava de mim?
Todos os dias acordo e adormeço arrependido daquela estúpida e egoísta decisão que tomei.
Parece que nada é o mesmo desde que ela se foi embora, estou cada vez mais sozinho. A única pessoa que me resta é a minha irmã Marta. Depois de termos sido abandonados ficamos mais unidos, mas agora parece que aos poucos nos estamos a afastar, e talvez a culpa seja minha. Desde que deixei a Rita que a afastei de mim. Porquê? Porque ela me dava na cabeça e lá no fundo eu sabia que ela tinha razão.
— Em que tanto pensas?— pergunta a Marta.
— Estou a pensar nos últimos dois anos da minha vida... Sinto que te afastei e tu não tens culpa do que eu fiz. Desculpa.
— Desculpas aceites, maninho, mas com uma condição.— ela sorri. Até tenho medo do que vem dali.
— Que condição?
— Vai atrás dela, luta por ela. Eu sei que tu nunca a esqueceste e duvido que ela o tenha conseguido fazer. Foram três anos das vossas vidas e eu sei que tanto tu como ela ainda se amam. Eu via isso na forma como olhavam um para outro, com apenas um olhar vocês conseguiam comunicar, era incrível a vossa relação. Tu sabes que eu sempre vos invejei por isso. Não desistas, Miguel! Luta... Luta por ela!
— Achas que ainda vou a tempo, Marta? Eu abandonei-a depois de ela ter tido aquele maldito acidente e ter ficado numa cadeira de rodas. Eu abandonei-a, Marta. E, além do mais, ela disse-me uma vez que nunca perdoaria alguém que a abandonasse...— ela nunca me vai perdoar, nunca!
— Só se esse alguém nunca mais o procurar, tu sabes de quem é que ela estava a falar. Os pais dela nunca a procuraram depois de a terem abandonado, mas tu não és igual a eles. Nem a eles, nem aos nossos pais...— ela murmura baixo a última parte. O assunto dos nossos pais, ainda é algo difícil para ela.— Vai atrás dela, Miguel. Prova-lhe que estás arrependido e que a queres de volta. Não vai ser fácil, mas pode ser que com o tempo, consigas o seu perdão. Porque uma coisa eu tenho a certeza: ainda há amor de ambas as partes.— e dito isto deixa-me sozinho na sala, deixando a refletir sobre as suas palavras.
Talvez a Marta tenha razão. Eu devia lutar por ela, mostrar-lhe que ainda a amo e que a quero ao meu lado novamente.
Tenho tantas saudades dos nossos momentos.
Flashback On
— Anda comigo, Miguel. Quero mostrar-te uma coisa.— a Rita puxa-me para dentro da academia, onde ela tem aulas de dança.— Podes sentar-te aí!
Ela sai do meu campo de visão, uma música é ouvida e a minha princesa volta a aparecer à minha frente e começa a dançar.
Ela é melhor bailarina do mundo e não digo isto por a Rita ser minha namorada, é mesmo verdade. Nota-se que ela adora dançar, em cada movimento ela mostra a paixão que tem por aquilo. A música acaba e eu levanto-me e aproximo-me dela, colocando as minhas mãos na sua cintura, puxando-a para mim e de seguida junto os nossos lábios.
— És a melhor bailarina do mundo!— ela cora e eu sorrio com o efeito que tenho nela. Já namoramos há um ano e ela continua a reagir assim, sempre que a elogio.
— Pára Miguel!— ela esconde a cabeça no meu peito.
Agarro no seu queixo, elevando a sua cabeça e volto a juntar os nossos lábios... E uma coisa leva a outra e acabamos por nos entregar um ao outro ali mesmo.
Flashback Off
Ainda hoje me lembro desse momento, a nossa primeira vez. Foi tudo tão intenso, com tanto amor, foi simplesmente maravilhoso.
A Rita sempre me fez sentir as tais borboletas na barriga, sei que, passe o tempo que passar, eu vou sempre amá-la, o meu coração vai sempre pertencer-lhe.
A minha irmã tem razão, eu tenho de lutar por ela.
Ainda hoje vou para Londres, vou reconquistar a mulher da minha vida.
Olá!
Espero que tenham gostado deste capítulo! Se sim, votem e comentem, por favor! Eu quero muito saber o que estão a achar da fic!
Beijinhos e até ao próximo capítulo! 😘
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