Prólogo
Katherine on
Vida de médica não é fácil, sempre muitos pacientes atender, principalmente quem trabalha com crianças, trabalhar o dia todo num hospital, chegar cedo da manhã e sair no começo da noite, me deixa cansada e não sobra tempo para mais nada. Somente quem é médico sabe que essa profissão é cansativa e corrida, não temos tempo para diversão. Namorar? Impossível. também nem quero, para que? Para tirar toda a minha liberdade de ir e vir, dividir as minhas coisas e mexer nas minhas coisas? Aaaaah nem pensar, sou uma pessoa muito individualista e se tem alguma coisa fora do lugar, fico furiosa uma vontade de pular no pescoço de quem se atreve a mexer no que é meu.
Fora isso, amo crianças, não é a toa que sou pediatra, tenho duas sobrinhas a Emily que é a mais nova e muito apegada a mim, sou tipo a tia coruja e a Victoria a mais velha. Minha irmã Nathalie sempre vem aqui em meu apartamento com elas nos fim de semana a noite porque durante o dia não tenho tempo e estou no hospital e minhas sobrinhas na escola, então sobra sábado e domingo a noite mesmo.
Vivo sozinha em meu apartamento, minha irmã e meu cunhado moram em outro lugar, afastada do meu prédio. Queria que Nathalie morasse aqui no mesmo prédio do que eu mas ela não curte morar em apartamento.
Sou feliz com minha profissão, porque amo o que faço, não existe coisa melhor na vida do que fazer o que gostamos não é mesmo?
Minha irmã vive falando que tenho que sair para me distrair, namorar, essas coisas, mas não dá, se eu não tivesse me formado em pediatria quem sabe até poderia sim, mas de momento não tem como, em primeiro lugar está meu trabalho, minha profissão e tenho que me sustentar já que não sou casada(graças a Deus) e sou independente, tenho que me sustentar a mim mesma. Eu prefiro assim, ser dona de mim mesma.
Emily: tiiiiiaaa que saudades estava.
Kathe: oi meu amorzinho
(Pego Emily no colo beijando seu rosto)
Nat: ela estava com muitas saudades suas. Mana temos que combinar em sairmos algum dia e levar as meninas, quem sabe um domingo.
Kathe: mana sabe que não tenho tempo, minha vida no hospital é bastante corrida.
Nat: aaah Katherine tira um tempo para você mesma, não faz bem para sua alma só trabalhar, precisa ter um tempo para o lazer também.
Kathe: vamos ver, se sobrar um tempinho em minha vida, a gente sai juntas e com as meninas.
Katherine não tinha tempo para ela mesma mas a vida irá lhe mostrar que todos devemos dar um tempo para nos divertir e ao lazer.
Katherine nem imagina que uma tragédia mudaria sua vida para sempre e a faria repensar em como leva sua vida.
Katherine Off
John on
Como é difícil esquecer um grande amor. Está com alguém quando de repente essa pessoa não está mais com você, não é nada fácil não, somente o tempo para curar um coração ferido e a dor de alguém que perdeu um grande amor e agora sente um vazio dentro de si incontrolável.
Sai de minha cidade Natal onde vivia com Ashley para tentar viver uma nova vida, não queria viver mais numa cidade onde só me trazia recordações de tristeza e dor. Fui a capital em busca de uma nova moradia, um apartamento simples para alugar e um novo emprego para meu sustento. Não queria amar novamente, Ashley foi meu primeiro e único, acho que não conseguiria amar uma outra mulher. Cheguei a capital e primeiro dia, me hospedei num hotel até encontrar um apartamento para alugar. Engraçado que logo na primeira hora que estava procurando um apartamento, um panfleto de um pequeno apartamento para alugar voo a meus pés, de ante mão, achei que era uma propaganda qualquer, mas algo me fez pegar aquele panfleto do chão e ver de que se tratava.
Era um apartamento para alugar, estava com um bom preço, então fui imediatamente para lá. Ao chegar, uma moça muito bonita estava lá como representante do aluguel do apartamento, conversei com ela e acertei tudo. Pagamento seria no segundo dia útil de cada mês e podia ir para lá no dia seguinte. Foi o que aconteceu. O apartamento já estava imobiliado. Parece que a antiga moradora desse apartamento morreu em um acidente de carro e os familiares decidiram alugar com os móveis dentro. Como não sou bobo aceitei. Fiquei com o apartamento, morando e desfrutando do conforto. Era um apartamento grande e bem cuidado. Mas tinha momentos que parecia alguém ali, do meu lado no sofá, no quarto enquanto estou deitado até no banho, enquanto estou tomando banho, tinha a nítida sensação que alguém me observava. Será que o apartamento era mal assombrado? Será que tinha espíritos? Pensei... mas logo descartei pois nunca acreditei nessas coisas de espírito, se morre acabou e deu. Era um silêncio total, colocava uma música para diminuir esse silêncio, peguei uma cervejinha gelada...ooh coisa boa, não tem coisa melhor do que uma bela cerveja geladinha. Me sentei no sofá, liguei a TV para assistir um filme tomando minha cerveja. Quando fui colocar a latinha em cima da mesinha da sala, escuto uma voz, não sei de onde saiu, porque o apartamento estava todo fechado e não tinha como ninguém entrar.
- não faça isso!
John: aaaahhh.. quem disse isso.
- eu! Quem é você e o que faz em meu apartamento?
Olhei e vi uma bela mulher de cabelos loiros olhando para mim. Me assustei porque a mulher apareceu do nada ali na sala falando tudo aquilo.
John: eu que pergunto quem é você? Saia daqui saiaaa.
- eu não, quem tem que sair é você e não eu.
John: eu moro aqui moça.
- o que? Você só pode estar brincando não é? Eu moro aqui a anos. Esse apartamento é meu.
Ao dizer isso, olhei assustado e logo vi que aquela mulher na minha frente não era real e sim um espírito. Me virei de costas a ela, fui até a janela e quando me virei de volta a mulher já não estava mais. Não podia acreditar no que via, será que estava sonhando acordado? Estou ficando louco? Tive uma alucinação? Pensei logo: preciso chamar um padre para benzer logo o apartamento e esse espírito ir embora e me deixar em paz, já que o apartamento não era mais dela, já que não pertencia mais aquele mundo. Fui ao banheiro, lavei o rosto com água fria. Sequei o rosto e voltei para a sala. Peguei a latinha de cerveja olhei para os lados e coloquei de volta em cima da mesinha e nada aconteceu.
Estava intrigado, o que foi aquilo? Porque essa mulher apareceu para mim? O que ela queria?
Passou alguns dias e novamente ela apareceu, dessa vez foi enquanto tomava banho. Estava tranquilo debaixo do chuveiro, desligo o chuveiro e abro a cortina para pegar a toalha, a mulher novamente estava ali. Ela soltou um grito, acho que foi por me ver pelado. Também gritei porque não esperava em ver ela de repente.
- aaaaaaaahhhhh..
John: aaaaaah você está louca, o que faz aqui.
(Peguei a toalha e amarrei na cintura)
- você senta no meu sofá, coloca a lata de cerveja na minha mesa, aliás nem era para ter essa coisa no meu apartamento.
John: seu apartamento? Você está louca na verdade, sai daqui, esse mundo não te pertence mais, xô. Sai daqui espírito.
- você só pode estar louco ou melhor bêbado.
John: não estou louco nem bêbado estou lúcido. Você que não é real. Ay o que estou fazendo falando com uma morta.
- como é que é? Não estou morta.
John: claro que está. Você aparece e desaparece do nada.
- não, estou aqui faz tempo, você que aparece do nada.
John: você que apareceu.
Me afastei abri a porta e sai do banheiro.
A mulher atravessou a parede e foi até mim.
- saia da minha casa agora.
John: você atravessou a parede.
- não atravessei nada.
Não falei mais nada, corri para o quarto e tranquei a porta. Já entendi o que aconteceu. A antiga moradora morreu e não aceita que morreu, não encontrou a luz e acha que está viva. Amanhã mesmo vou procurar um médium para me ajudar. Me vesti rapidamente e sai do quarto, olhei e a mulher já não estava mais.
.......................
Conversei com o médium e fizemos uma seção espiritual, a mulher apareceu.
- trouxe mais um intruso dentro da minha casa.
Médium: não sou intruso, quero te ajudar moça, precisa aceitar, você já não pertence a esse mundo, tem que ir para a luz.
- o que? Aceitar o que? Não vou para a luz nenhuma. Não estou morta, não estou morta, não estou morta.
John: está sim moça.
- não, meu nome é Katherine sou pediatra do hospital, chego em casa e me deparo com esse homem no meu banheiro, na minha sala, vou chamar a polícia.
Primeira vez que escuto ela dizer seu nome e sua profissão. Ela foi pegar o telefone mas não conseguiu. Olhou-me assustada e logo desapareceu. Acho que se convenceu de que estava morta. Eu espero né? É uma pena que esteja morta porque era uma mulher muito linda.
......................
John: você de novo?
Kathe: preciso que venha comigo.
John: para onde?
Kathe: não faça perguntas, venha por favor.
Katherine disse para ir com ela e acabei indo, em meu carro é claro já que ela não era real.
Fomos até o hospital, várias pessoas me olhavam mas não viam Katherine. Entramos no quarto e me deparei com algo que me deixou de boca aberta.
Kathe: pode me ajudar?
.........................
Ela precisava da minha ajuda, mas não podia ajudar sozinho. Então fui até a casa da irmã da Katherine. Ela não sabia quem eu era.
John: olá sou amigo da Katherine.
Nat: oi não conhecia você, Katherine nunca me falou de você.
John: sou amigo recente dela. Queria te falar sobre ela.
Nat: sobre o que quer falar da minha irmã?
John: sua irmã precisa de ajuda. Temos que salvar a vida dela.
Nat: minha irmã não tem mais volta, amanhã vão desligar os aparelhos.
John: o queeeee? Não podem fazer isso.
.....................
Uma nova médica ia desligar os aparelhos que mantia Katherine em coma mas viva tentei impedir.
Laydi: vou desligar os aparelhos sim, não há mais nada o que fazer, a família dela já assinou a autorização, será melhor para ela e evitar seu sofrimento.
Kathe: John não deixa ela fazer isso, quero viver, tenho muito o que viver e te amo John, te prometo que podemos viver uma história de amor.
John: também te amo Katherine.
Laydi:o que disse?
(Ela não entendeu nada)
John: Katherine está aqui e está pedindo para não desligar os aparelhos, por favor, eu vejo ela.
Laydi: bêbado.
Ela não acredita em mim, ninguém acredita, essa médica saiu e foi em direção a uti com o objetivo em desligar os aparelhos e depois Katherine estará morta para sempre e nada se poderá fazer.
Kathe: John foi ótimo te conhecer, te levarei para sempre em meu coração.
(Ela começou a desaparecer)
John: Katherine naaaaaooo.
Corri até a sala de uti para tentar impedir que desligasse os aparelhos mas não me deixaram entrar.
John off
Katherine on
Saindo do hospital e de repente tudo escurece e acordei como se nada tivesse acontecido. E ainda com alguém que nem conheço em meu apartamento não é fácil. O que aquele homem fazia em meu apartamento? Era um homem muito lindo, tinha um corpo que meu Deus, de tirar o fôlego. Mas não me sentia a vontade em minha própria casa na presença daquele homem lá, sentia falta da minha irmã e minhas sobrinhas que pararam de me visitar. Precisava de respostas para muitas perguntas que não saiam da minha cabeça mas esse homem, me ajudou a desvendar esses mistérios que e a ver a vida de uma nova maneira.
Katherine off
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