John on.

Foi há 1 ano que Ashley partiu, mas em meu coração é como se tivesse sido ontem. As feridas de sua perda ainda me ardem muito, como se estivessem em carne viva. Não parece haver um remédio, um antídoto que me consiga consolar verdadeiramente. Nem o tempo, que afirmam curar tudo, tem servido para eu conseguir seguir em frente.
Ainda há uma revolta silenciosa em mim. Um sentimento de injustiça de quem foi profundamente lesado, de quem foi roubado sem ter oportunidade de se defender. A morte é o maior de nossos inimigos e nunca podemos prever sua chegada. Por onde ela passa, as flores murcham, o céu escurece e a esperança se corrói.
Só restam em mim lindas memórias de  Ashley. E se no mundo real não te posso encontrar mais, é nessas recordações que continuamos nos revendo e matando saudades. Por tudo o que significa para mim, você me faz falta, hoje e sempre. Jamais a  esquecerei.

Cheguei a capital, para uma nova vida, uma nova moradia e um novo emprego. Não conhecia nada na cidade, tudo que queria era uma casa simples e confortável par a poder  morar até que Deus determine até que dia poderia viver. Andava pelas ruas da capital, com uma mala em meu ombro e de repente, um panfleto voa sob mais pés, aquilo foi como um passe de mágica, do nada, surgiu aquele papel sob meus pés. Não sabia o que era, me abaixei,  peguei aquele papel  e vi que se tratava de um anúncio  de aluguel  de um apartamento. Tudo o que precisava. Coloquei aquele panfleto  no bolso e parti para o local indicado no papel. Tinha que falar com um responsável pelo aluguel do apartamento então foi o que eu fiz.
Após meia hora, cheguei ao local, era uma imobiliária, conversei com a pessoa responsável  pelo aluguel,  mostrei meus documentos,  acertei que faria o pagamento sempre no quinto dia útil de cada mês. Os donos do apartamento não sei quem são,pois eles deixaram  que a imobiliária resolvesse tudo. Então depois de tudo resolvido, peguei as chaves do apartamento  e me fui até  minha nova moradia. Ficava a uma meia hora de distância.  Chegando, abri a porta e entrei,para minha surpresa estava tudo mobiliado, tudo organizado  e limpo. Não foi preciso fazer nada, larguei minha mala no chão e fui olhar apartamento. Era perfeito. Estava realizado com esse apartamento, quem sabe chamava umas gatinhas para me fazer companhia. Rsrsrsrs brincadeira...  Não não eu não quero me envolver com ninguém, a morte da Ashley ainda estava muito recente,  seria como estivesse traindo a memória dela.

Peguei a mala e fui até o quarto, coloquei a mala em cima da cama, arrumei as roupas dentro do armário. Tive muita sorte, jamais poderia pensar que alugaria  um apartamento mobiliado  e todo organizado. De repente, senti uma sensação estranha, como se estivesse alguém ali comigo, naquele quarto, porém  não tinha ninguém. Meu celular tocou,  atendi e era um amigo.

Richard: oi John📲

John: Richard que bom falar com você, acabei de chegar na cidade, e aluguei um apartamento.  Já imobiliado.📲

Richard: que maravilha cara, muito bom, olha o que acha em tomarmos uma cervejinha, conhecer novas gatas, te apresento algumas. 📲

John: tô muito cansado cara, mas que tal vir aqui no meu novo apartamento,  você trás umas cervejas, bebemos e conversamos.📲

Richard: claro, em 40 minutos chego aí, qual endereço?
(Pega um papel e uma caneta)

John fala o endereço ao amigo.

John: então estou te esperando📲

Richard: daqui a pouco estou chegando📲

Desliguei o telefone entrei no banheiro e fui tomar banho.

John off.

Katherine on.

Acordei  e vi uma luz branca, caminhei por um caminho sem fim, logo depois me sentei em uma pedra, fechei os olhos  e quando acordei novamente estava em minha cama. Será que tive um sonho? Me sentia leve como pena,  parecia que ia voar.

Katherine off.