Capítulo 1: Katherine
Katherine on
Estava um dia chuvoso, adorava esses dias, ouvir o barulho da chuva lá fora aquilo me relaxada e deixava tudo mais romântico embora não tenha um namorado e não é por falta de oportunidade sempre aparece um querendo sair comigo, mas acontece que não tenho tempo para sair com ninguém, os pacientes aqui hospital ocupam todo meu tempo e não tenho tempo para mim mesma. Nathalie minha irmã fala que preciso me distrair e me divertir, mas para ela é fácil falar porque não sabe o que é trabalhar o dia inteiro no hospital cuidando de pacientes de todo tipo, fazendo cirurgias todo o dia e chegar em casa cansada e não tem cabeça nem sono aguente em sair por aí. Muitos vão falar: Katherine não se diverte. Claro que me divirto sim, tenho horas de lazer que são com minhas adoráveis sobrinhas Victoria e Emily que é a caçulinha, muito apegada a mim, elas vão todo fim de semana em minha casa, são únicos dias que consigo ver minhas pequenas porque durante a semana estão na escola e eu no hospital. Minha irmã casou bem cedo, ela diz que é feliz mas o marido da Nathalie não consigo sentir confiança nele, existe algo nele que não me agrada, sinto que ele engana minha irmã porém não tenho nenhuma prova de que ele seja infiel, mas não fico pensando nisso, acredito que cedo ou tarde a verdade sempre aparece. Ou quem sabe esteja enganada, mas provavelmente não, porque é difícil eu me enganar com algumas pessoas onde desconfiam que não sejam honestas, tenho um sexto sentido muito forte.
Uma vez tive um namorado, tinha meus 15 anos, acreditava estar apaixonada, acreditava me casar aos 30 anos com ele, mas não aconteceu, ele se formou em Engenharia civil e foi embora nunca mais o vi. Hoje, estou com 32 anos, solteira e feliz com minha profissão que escolhi que é pediatra. Amo crianças e me sinto tão bem quando estou com minhas pacientes pequenas.
Ja estava na hora de ir embora para casa, depois de um dia todo de trabalho, saio de minha sala e encontro com um amigo e colega de trabalho, que é apaixonado por mim e vive querendo sair comigo.
Richard: oi Kathe já está saindo?
Kathe: sim, hoje não sou eu de plantão. Hoje é sexta feira vou para casa descansar, finalmente.
Richard: quer uma carona,Kathe?
Kathe: não obrigada, estou em meu carro.😉
Richard: Kathe será que aceita sair amanhã, podemos almoçar e depois nos encontrar com alguns amigos para conversar, nos distrair um pouco.
Kathe: não, amanhã minhas sobrinhas vão me ver e preciso ficar um tempo com elas.
Richard: e domingo?
Kathe: domingo durmo até meio dia, depois almoço com minha irmã e as meninas, depois já volto ao hospital.
Richard: Kathe quando vai tirar um tempo para você se divertir e se distrair? Só pensa em trabalho e isso não é legal.
Kathe: Richard eu me distraio e divirto sim, com minhas sobrinhas nos fins de semana que é o que me sobra de tempo e depois tenho que cuidar de tudo por aqui porque sou a médica que todos confiam e precisam de mim.
Richard: eu sei Kathe, porque não tira umas férias?
Kathe: vou pensar, mas até agora não penso em tirar férias não. Gosto do que faço. Agora preciso ir Richard, até mais.
Richard: uma pena uma mulher tão bonita como você, se dedica somente ao hospital e a duas crianças.
Kathe: é o que gosto e me faz feliz.
Richard: será mesmo que isso te faz feliz?
Kathe: claro que sim, agora fui.
Laydi: Dr Katherine já está indo?
Kathe: já sim dr Laydi, quer uma carona?
Laydi: não precisa, colega, meu namorado vai vir me buscar. O carro dele vai estacionar aqui em frente. Até segunda.
Kathe: domingo estou de volta então até domingo.
Laydi: até.
Laydi, colega e amiga de trabalho, ela é médica geral, uma ótima médica e amiga. Ela queria que saísse com Richard e de vez enquanto me apresenta a um novo rapaz, claro que não passa de amizade todos os que ela me apresenta.
Fico intrigada com uma coisa: Laydi nunca apresentou namorado dela, sei que namora faz uns 2 anos e nunca vimos ele, apenas que vem de carro buscar ela mas nunca sai do carro, não vemos seu rosto. Será que é muito tímido? Não sei, quem sabe, espero que algum dia, sabemos o misterioso namorado da doutora Laydi.
Me despeço de Richard com um beijo no rosto e sai do hospital, entro em meu carro e dirijo até meu condomínio. Vivo sozinha num apartamento, eu organizo toda casa, não tenho empregadas, na verdade odeio que mexam em minhas coisas, pois nunca deixam como quero então prefiro eu mesma organizar tudo. Ainda chovia muito, liguei os parabrisas do carro, quase não se enxergava de tanta chuva.
O caminho era um pouco longo até onde moro, liguei o rádio do carro, coloquei um CD de músicas racheiras e comecei a ouvir. Não sei porque, mas essas músicas, me faziam chorar, sentia que algo me faltava ao ouvir aquele tipo de música. Dirigia atenta ao trânsito, era uma boa motorista, dizem que mulher não é boa na direção mas eu sou uma exceção. Sou ótima, muito melhor que muito homem por aí que dirige, não estou me esnobando não, mas sou ótima.
Paro no sinal por alguns minutos, ouvindo a música, pensando nas coisas que tenho para fazer em casa, o sinal reabre e sigo em frente dirigindo atenta. Pelo menos eu sempre sigo sempre atenta nesse trânsito que estava bastante agitado devido a chuva.
De repente, algo surgiu em minha frente, senti um impacto e tudo se escureceu.
Será que morri?
Viver intensamente cada momento é a melhor coisa que existe, mesmo que esse momento seja difícil e repleto de afazeres. É fundamental aproveitar a vida em todos instantes. Não podemos fechar os olhos e a mente para a "morte". Mas o que é morte mesmo? Qual conceito tem dela? Será que quando se morre tudo se acaba?
É preciso encontrar força e ter a capacidade de aceitar as terríveis leis da vida. Morrer não é o fim e sim pode ser renascimento de algo.
Katherine off.
Continua??
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