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Capítulo 5 - Conhecendo o sobrenatural - Parte 2

ANTES:

Era estranho para ela, Issei era uma pessoa incrivelmente honesta sobre seus pensamentos, gostos e desejos. Não ver ele os mencionar era meio estranho.

Mas pelo menos ela conseguiu o que queria. Agora era apenas esperar o dia de amanhã e resolver seja lá o que estiver passando junto de suas colegas e irmãs.

E claro, torcer que o futuro não seja afetado por um passado modificado.

AGORA:

Issei estava olhando para a janela de sua sala de aula enquanto pensava no seu futuro encontro com Rias e seu time de demônios. Se bem que agora que ele parava para pensar, era algo enlouquecedor.

A garota mais popular de seu colégio tinha se revelado um demônio e que, pelo visto, vários seres do ocultismo e sobrenatural existiam. Praticamente o seu conceito de normalidade foi jogado do lixo, ou talvez tenha sido expandido? Se ela queria conversar com ele sobre alguma espécie de poder ou potencial que ele tinha escondido, então ela provavelmente queria algo dele? Ele duvidava que conseguiria fazer alguma coisa que uma garota demônio precisaria.

Falando em demônios, ele pensou na equipe dela que era constituída pelos membros do seu clube. Ele primeiramente se lembrou do seu Kohai, Koneko Toujou, que se encontrou com ele na biblioteca.

Ele se lembrava e conhecia pela boca dos outros, coisa que basicamente toda a escola sabia, todos membros do clube de ocultismo. Todos eram basicamente celebridades na academia, a própria Rias Gremory, Akeno Himejima, a braço direito dela, Kiba Yuuto, o príncipe de Kuoh e o mascote da academia, a já mencionada Koneko Toujou.

Na verdade, ele não teria problemas se de repente ficasse próximo de um deles? É verdade que ele tinha parado um pouco de falar o que pensava e sobre seus desejos, em público pelo menos, mas as pessoas ainda o chamavam de pervertido.

Na realidade, ele estava procurando locais na academia para poder almoçar escondido com medo de Katase e Murayama o achando e descontando nele por não terem pegado seus outros dois amigos tarados.

Honestamente, quase parecia que elas estavam perseguindo-o porque parecia que elas estavam tentando achar razões para bater nele de graça.

Se elas já são assim sem motivo, ele não queria ver como seria se o "príncipe" estivesse perto dele, por exemplo. Ele quase conseguia ver as garotas choramingando sobre como ele iria corrompê-lo ou merdas parecidas.

Mas talvez ele estivesse se preocupando à toa. Eles claramente eram profissionais nesse quesito, muito provavelmente sendo silenciosos e agindo com calma e na surdina. Claramente agindo nas sombras para não chamar atenção indesejada e não causar um reboliço entre os alunos.

Uma batida na porta foi ouvida junto de gritos de fangirls das garotas que estavam na sala.

Issei olhou de relance para a porta e formou uma careta de confusão ao ver um garoto loiro de outra classe que ele reconheceu e estava chegando perto dele.

Kiba: Olá, tudo bem?

Issei: ... Isso é em relação ao clube de ocultismo?

Kiba: Sim, Rias Gremory-senpai mandou eu vir buscar você.

O castanho suspirou enquanto as garotas gritaram em horror ao perceberem o que ele estava aqui por causa do Hyoudou.

Elas gritando em descrença sobre o Yuuto pegar algo do Hyoudou e não aceitarem esse casal e discutindo a ordem dele.

Issei: Calem a boca! E parem de imaginar idiotices caramba!

O castanho se levantou rapidamente enquanto empurrava o loiro com sorriso amigável para fora da sala enquanto mandava o referido mostrar o caminho logo e andar rápido.

Quebra de Tempo:

Rias estava em sua sala, sentada em sua mesa do clube enquanto mantinha uma expressão calma e séria. Mas isso era apenas uma fachada.

Seus pés estavam batendo de forma rápida e nervosa no chão enquanto ela suava um pouco. Ela apenas estava escondendo muito bem seu nervosismo.

Essa conversa com o Issei era muito mais importante que a anterior porque aqui eles poderiam tentar convencê-lo a entrar para nobreza dela, mas precisavam ser convincentes e confiáveis. Ela não iria deixar ele estar em uma situação horrível para isso, mas dessa vez ela queria saber a escolha real do Hyoudou.

Ela queria que ele tivesse essa escolha, diferente de antes que ela simplesmente o viu morrer empalado com uma lança de luz, uma cena que se repetiu diversas vezes com o portador do Longinus.

Ela deu um suspiro para relaxar um pouco e se lembrou que não estava sozinha no momento, ela tinha sua melhor amiga e sua "irmã adotiva" ao lado dela.

Mas uma gota escorreu pela sua testa enquanto via Akeno mexer o seu rabo de cavalo com as mãos enquanto seus olhos tremiam um pouco e olhava ao redor tentando ficar seu olhar em algo e Koneko comia diversos doces compulsivamente até o saco que ela tinha se esvaziar. Ela esperava que pelo menos elas se controlassem e não pulassem em cima de Issei sem pensar.

Rias: Espero não estragar tudo. E espero que elas se comportem... Quem eu quero enganar, só não estou desabando porque já fiz isso mais cedo.

Uma lembrança dela chorando no travesseiro e depois dando gritinhos de felicidade apareceu. Mas parecia que ela estava alternando entre as reações de momento a momento.

Mas estava tudo bem, ela poderia convencer Issei a se juntar a sua nobreza e caso ele não queira, eles poderiam colocar ele sob sua proteção com um contrato. Ou seja, elas não tinham que se preocupar muito sobre a relação deles porque elas poderiam dar um jeito.

Ela esperava pelo menos...

Com uma batida na porta, as três saíram de seu mundo pessoal e Koneko limpou a sujeira de doces e jogou o saco de doces vazio pra trás do sofá que ela estava sentada.

Kiba: Buchou, eu o trouxe aqui.

Rias: Pode entrar Kiba. Ela falou de forma calma.

A porta de madeira abriu revelando o cavaleiro loiro do time Gremory e logo atrás dele o Hyoudou. O coração das garotas pularam com força e com sua visão periférica, Rias percebeu o sorriso bobo crescendo em Akeno, mas ela parecia se controlar o suficiente.

Ela viu Issei olhando o cômodo e nas suas outras peças rapidamente antes de focar seu olhar nela. Ela deu um sorriso mínimo e tentou manter uma expressão suava.

Rias: Olá Issei Hyoudou-kun, bom ver que você decidiu se encontrar conosco.

O castanho engoliu em seco enquanto tentava parecer estar calmo, apesar de demonstrar leves sinais de nervosismo.

Issei: N-não se preocupem, eu sou uma pessoa muito comprometida, apesar das aparências.

Rias: Entendo. Então... O que você quer que expliquemos primeiro? Prefiro deixar você confortável para que essa conversa tenha um bom desenvolvimento.

Issei: Wow, ela parece uma dona de empresa entrevistando um novo funcionário. Provavelmente ela tem muita experiência nisso.

Ele pensou enquanto se sentava em um dos sofás da sala. O castanho ficou um pouco pensativo sobre o que era importante nesse momento, até perceber que ele não tinha nem mesmo o básico que gerava o "mundo novo" a qual ele estava sendo apresentado.

Issei: Acho que uma explicação do básico de tudo. Deve ser o que mais quero no momento. O trato que ela propôs pode vir depois.

Rias: Ótima escolha. Eu também acho melhor começar com isso para um novato. Ela sorriu levemente e ficou com uma face um pouco mais séria. Primeiramente, devo dizer que todas as religiões e mitos existentes, fazem parte do nosso mundo. Lobisomens, vampiros, monstros, dragões, demônios, anjos... E deuses. Como os gregos e egípcios, por exemplo. Todos tendo um território próprio nesse mundo.

Nesse momento, um frio passou pela coluna do jovem. Ele ficou um pouco assustado com o tom de voz dela no final, parecendo um pouco ameaçador.

A ruiva esperou o castanho absorver a informação primeiro antes de continuar. Apesar dele estar com o olhar um pouco perdido e zonzo, ele fez um sinal para ela continuar.

Rias: Como eu disse anteriormente, eu e meu clube somos demônios. Falou abrindo e fechando as suas asas. Mais especificamente, demônios da mitologia cristã.

Issei: Espera, cristã? Isso... Isso é permitido? Quero dizer, o Japão não deveria ser território de Amaterasu, Tsukuyomi, Susanoo e tal?

Rias: Bem observado, mas nós conseguimos um pacto de não agressão ao tornar apenas a cidade de Kouh território em nosso território. E como responsáveis pela cidade, devemos cuidar para que os seres daqui não tenham que ser abatidos por Stray Devils ou seres hostis do sobrenatural. Por isso estamos tendo essa conversa agora, para garantir que suas habilidades não despertadas não sejam causa de uma morte prematura.

O garoto coçou um pouco o pescoço quando uma possibilidade dele morrer veio a tona. Principalmente quando ela falou sobre uma habilidade especial.

Issei: Uh... Senpai, você poderia me explicar logo que tipo de "habilidade" seria essa? Por que... Eu tenho quase certeza de que sou normal.

Rias: Obviamente, você não saberia sobre isso Issei. Mas o que eu estou me referindo a uma Sacred Gear. Uma ferramenta poderosa criada pelo Deus Bíblico que só humanos podem empunhar.

Issei repetiu o nome em um sussurro confuso. Principalmente se perguntando o porquê ele teria uma dessas "Sacred Gear" e como ele conseguiu uma.

Issei: Espera... Deus Bíblico? Tipo, aquele Deus? O do cristianismo?

Após ele perguntar todos seguraram a cabeça com dor, o castanho olhou para eles confuso com isso.

Rias: Não faça isso de novo. Mesmo só usar essa palavra se referir a ele causa danos em nós.

Issei: Espera, isso é sério? Só mencionar "ele" causa dor a vocês?

Akeno: Uma regra que parece ser meio estúpida. É isso que é. Ela resmungou baixinho.

Rias: Sim, isso foi algo criado pelo sistema do Deus Bíblico.

A ruiva esperou a dor que sentia em sua cabeça passar para poder continuar a sua explicação. Não era um erro de principiante que iria a interromper.

Rias: Enfim, para entender completamente uma parte de minhas motivações, preciso explicar sobre o que aconteceu alguns séculos atrás. A Grande Guerra entre as três facções bíblicas. Os Anjos, os Anjos Caídos e nós Demônios. Os primeiros com seu poder sagrado e lanças de luz e que tem a graça do seu líder e pai, os segundos sendo aqueles que caíram no pecado após o nascimento dos demônios, e nós Demônios, aqueles anjos que seguiram a Estrela da Manhã e os que foram nascidos a partir de Lilith.

Issei ficou um pouco com medo com a menção do "pai da mentira", mas tentou se manter quieto de forma sutil.

Rias: Porém, no meio dela, dois dos dez seres mais poderosos do mundo foram metidos no meio das três facções, Os Dragões Celestiais. Graças a isso, os três lados inimigos se uniram para sobreviver. Dessa forma, os três lados sobreviveram e os dois seres foram selados pelo líder do paraíso. Mas todos os lados sofreram perdas consideráveis, principalmente nosso lado. O que nos leva ao cerne da questão.

Issei: A minha possível Sacred Gear.

Rias: Exato. Elas não são apenas artefatos criados pelo Deus Bíblico. Elas se adaptam e evoluem dependendo do usuário, por isso que mesmo que duas pessoas terem o mesmo tipo de Gear, o poder exercido por elas vai depender de diversos aspectos que em sua maioria são centrados no usuário. Yuuto, você poderia dar um pequeno exemplo?

O loiro assente em concordância e uma espada surgiu na mão do loiro. Issei rapidamente ficou com uma expressão surpresa e admiração.

Kiba: Essa é a minha Sacred Gear, Sword Birth, ela me da a capacidade de criar inúmeras espadas demoníacas, cada uma com seus próprios atributos e propriedades à minha disposição. Apesar de ser uma das regulares, ela é perfeita para mim que sou um cavaleiro.

Issei: Oh, show! Temos aqui um Shirou Emiya da vida real.

Kiba: Mas apesar disso, existem diversas regras dependendo do Sacred Gear ou do usuário. Se você tiver uma também Issei-kun, não posso dizer qual vai ser a habilidade dela, mas o seu crescimento só pode ser medido pela sua força de vontade, desejos e emoções em sua maioria.

Issei: Certo. Mas calma, como, er... Como se "ativa" uma? Porque... Esse tipo de coisa não precisa de um trauma ou de uma espécie de ritual?

Rias: Não se preocupe, isso só seria necessário se você não soubesse da existência dela. Por algum motivo, se o indivíduo souber da existência e que tem uma Sacred Gear, se torna mais fácil de despertá-la. Mas também depende do nível dela.

Issei acenou ao entender o que a garota disse. Provavelmente era alguma medida de segurança para tal artefato não aparecer por qualquer emoção forte. Provavelmente seria muito problemático se pessoas aleatória começassem a mostrar poderes mágicos aleatórios. Então Deus provavelmente fez com que esses artefatos despertasse com ajuda de outras pessoas ou então com traumas e emoções fortes em momentos de necessidades.

Rias: Apesar disso, eu gostaria de retomar ao assunto de ontem antes de aprofundar sobre sua Gear. Quero falar sobre nosso possível relacionamento, tanto para sua segurança quanto a nossa, já que esse pode ser um dos meios para pagar o nosso serviço.

A ruiva ergue a mão e um círculo mágico apareceu em sua palma. Do círculo, uma caixa com o símbolo de seu clã e dentro dela, havia algumas peças de xadrez vermelhas carmesim.

Issei ficou um pouco hipnotizado com aquelas peças. Elas eram lindas e pareciam importantes, provavelmente alguma ferramenta mágica se a sua experiência com mangás e jogos estiver correta.

Rias: Devido as nossas forças terem sido muito reduzidas, o Maou Ajuka Beelzebub, criou o sistema das Evil Pieces para aumentar a nossa população de maneira mais rápida e fácil. Reencarnando outros seres em demônios, principalmente para criar um grupo de demônios com grande poder que chamamos de "Nobreza" ou "Pariato", onde os demônio de Alta Classe são os Reis e líderes do grupo, e os demônios reencarnados são os servos.

O castanho estranhou o primeiro nome do que veio antes de Beelzebub, fazia parecer que era um sobrenome. Ele tinha uma pequena noção dos significados relativamente famosos em algumas mitologias, por isso ele lembrava que esse era conhecido como "senhor da gula".

Issei: Reencarnados... Vocês, basicamente transformam humanos em demônios usando... Peças de xadrez? Para algo assim, eu achava que rolava um pacto de sangue, ou vender a própria alma.

Akeno: Em sua maioria sim, mas não precisa ser necessariamente humanos. Alguns Demônios de Alta classe conseguem seres de outras raças, como Yokais e dragões, em suas fileiras. Mas os únicos seres que não podem ser transformados em demônios são seres divinos.

Issei: Então tem limitações. Mesmo que tenha uma função tão incrível. Mas se ela tocou nesse assunto... Então... Você está me mostrando isso...

Rias: Para junta-lo a minha nobreza. É também para mostrar que estou disposta a dar uma oportunidade para você, mas também para ajudá-lo a desenvolver suas capacidades. Claro que também tenho interesses próprios, não vou mentir isso, mas posso garantir que isso não tem intenções maliciosas.

Issei: E-entendo... Mesmo assim isso é um grande negócio. Mesmo que isso seja uma proposta incrível, eu não sei de nada sobre o que pode acontecer comigo e se vou mudar em algo. Mesmo assim, por que agora? E por que eu exatamente? Falou tremendo a mão levemente

Koneko: Ele parece um pouco assustado. Acho que as mudanças o deixaram bem cauteloso.

Akeno: Rias parece querer convencer Issei criando uma ponte de confiança entre nós, em vez de usar os desejos dele.

Rias: ... Eu preciso de mais servos para resolver um problema que envolve o meu clã e qualquer adição é bem vinda. Além disso, ter um usuário de Sacred Gear é incrivelmente vantajoso. Por isso as três facções bíblicas os procuram para os ter em suas forças. Principalmente os Anjos Caídos, cujo o líder tem um fascínio pelas mesmas. Como eu disse, ter um usuário de Sacred Gear é muito vantajoso, mas também significa que eles são muito caçados para que tenham suas Gears tomadas a força.

Issei: Existe uma forma de tirar esses artefatos dos humanos? E o quão ruim é isso?

Akeno: Sacred Gears são ligadas às almas dos usuários Issei-kun, ter uma Sacred Gear removida é o mesmo que ter arrancado um pedaço enorme pedaço de seu próprio ser. O que te leva inevitavelmente a morte, por isso que usuários de Sacred Gears são recrutados ou atacados antes de despertar seus artefatos. Até onde sabemos, só os Fallen Angels tem um método para isso, os Anjos praticamente abominam esse tipo de prática e nós Demônios não usamos algo parecido.

Um arrepio muito mais frio passou pela espinha ao ter a imagem dele mesmo tendo algo sendo removido do seu corpo incrivelmente mutilado, e todos aqueles vídeos e vezes que ele jogou Mortal Kombat não ajudavam a imaginação dele.

Apesar disso, a pequena piada não ajudou a aliviar sua mente. Sacred Gear arrancada do corpo causava a morte, ele era fraco, fácil de capturar, fácil de derrubar, fácil de derrotar, fácil de ter seu tal poder roubado e então inevitavelmente morto e ter o corpo provavelmente descartado.

Honestamente, ele sentia como se estivesse uma corda na garganta com todos os cenários passando na sua mente. Se tornando um demônio e ficando a mercê das ordens de seres superiores a ele em força e inteligência, sendo capturado por outro ser tão poderoso ou mais que os na sua frente e morto, ou então ser morto por algum louco que quer estudar algo que estava dentro dele.

Porém... A garota demônio, a pessoa a sua frente, Rias Gremory, estava estendo a mão para ele com uma espécie de acordo para que ambos pudessem se beneficiar. Na verdade, tirando o fato de ter que obedecer a ela, Issei não tinha percebido nenhuma desvantagem muito grande.

Até porque ele poderia deixar o grupo dela se subisse na hierarquia. Mas mesmo assim...

Issei: Mesmo assim, não quero ficar preso a uma cama de hospital e ser dissecado. Pensou tremendo levemente.

O garoto olhou para a ruiva a sua frente, que estava mexendo levemente os dedos das mãos enquanto esperava a resposta dele.

Issei: Apesar de ser um demônio, ela parece meio ansiosa com o meu silêncio. Talvez ela realmente esteja com algum problema grande o suficiente pra recorrer a uma pessoa com uma péssima reputação, mas com uma boa chance de ser útil?

Issei estava pensando muito em pouco tempo, muito mais do que o normal. Ele não era muito inteligente, suas notas tendo o suficiente apenas para passar de ano e tendo uma nota muito alta aqui e ali. Porém ele não era um completo idiota, podendo perceber certos detalhes.

No momento, ele estava analisando com cuidado a conversa deles. E uma coisa que não foi dito completamente foram os prós e contras de se juntar a eles. Além disso, ela provavelmente quer saber sobre o tal artefato dele, provavelmente por interesse nas vantagens nisso.

Issei: Mesmo que eu aceite, o que vai acontecer comigo? Você não falou muito dos prós e contras de eu aceitar esse acordo Rias-senpai. Não é que eu queira parecer cético, arrogante ou algo do tipo, mas eu não posso tomar uma decisão desse nível com facilidade.

Escusado seria dize que todos estavam surpresos com o cuidado que o Hyoudou estava tomando. Ele parecia mais inteligente enquanto conversava com a líder deles, mas provavelmente ele estava com medo de causar uma reação negativa ao [Rei] deles.

Outro pensamento importante era o que Kiba estava achando sobre essa reunião. Ele não sabia muito sobre o Hyoudou além da sua reputação negativa e um possível rompimento da amizade entre seus dois amigos com desejos exagerados semelhantes.

O loiro não era muito chegado em fofocas, mas alguns outros garotos falavam que o líder do Trio Pervertido tinha criado uma espécie de rixa ou rancor pelos outros dois membros por estar sendo usado como bode expiatório em fugas e quase não observar quase nada nos buracos do vestiário do clube de kendo.

O jovem Hyoudou também estava mostrando algumas coisas diferentes como o tempo, ficar na biblioteca já era algo estranho para ele estar fazendo.

Kiba: Você se sente bem pressionado, certo Hyoudou-kun? Eu imaginei que Buchou estaria lhe convencendo facilmente devido ao seu desejo de formar um harém e você aceitaria sem nenhuma objeção. Mas parece que tanto você quanto a minha mestra tem mais "camadas" escondidas. Ele pensou sorrindo enquanto via a sua líder respondendo o castanho.

Rias: Bem... Vejamos, atributos físicos aprimorados e sem muitas das limitações humanas, expectativa de vida aumentada para em torno de 10.000 anos, capacidade de usar magia demoníaca, voar com asas e dependendo da peça que usar para te reencarnar você pode obter uma habilidade especial específica da peça e proteção do meu clã, os Gremory. Já as desvantagens são uma fraqueza a ataques de luz ou com o elemento sagrado, como água benta e afins.

Issei: ... Wow... Isso, é ainda mais do que eu esperava. Mas se eu aceitar irei me tornar um servo seu certo?

Rias: Precisamente, mas você não precisa se preocupar com muita coisa porque os membros do meu clã tratam bem seus servos, mas se você obter força e feitos o suficiente, poderá subir na hierarquia demoníaca e se tornar um demônio de alta classe, podendo até mesmo ter sua própria nobreza.

Issei ficou incrivelmente surpreso com a possibilidade. Parecia algo bem tentador, viver mais, poderes mágicos e saber usar uma possível arma mágica que ele poderia ter.

Mas... Algo em seu interior o mantinha em conflito. Ele poderia entregar a sua humanidade tão facilmente? Como seria a reação de seu pais ao descobrir? Mesmo que ele quisesse descobrir o que estava acontecendo e escondido nas sombras de sua casa, ele se questionava se valia a pena.

Rias: Então, Issei-kun, você tem uma resposta?

Issei: ... Eu... Eu não... Sei o que escolher. Todos olharam para ele. Tudo parece muito bom a primeira vista, e eu até poderia aceitar isso pra poder saber se meus pais estão se metendo em algum problema, mas... Não sei se posso mudar toda minha vida de uma forma irreversível assim. Mesmo que tenha diversas oportunidades incríveis, não sei se tenho a coragem pra fazer isso.

Rias teve que segurar um suspiro desapontado, mas essa tinha que ser a decisão do Issei e não dela. Ela queria manter e saber as escolhas dele são dele, coisa que o mesmo não teve voz sobre isso e simplesmente teve que aceitar. Ou melhor, estava usando sua personalidade e desejos pra poder aceitar com mais facilidade.

Se ele quiser ou não, se ele se juntar ou não, deve ser escolha dele. Ela quer saber e respeitar as escolhas dele, pois sabe que de uma forma ou de outra, ela poderia ter a confiança dele. Só precisaria de esforçar mais.

Rias: ... Nesse caso, que tal esperar algum tempo? Se quiser algum tempo, você pode nos entregar uma resposta definitiva em alguns dias. Não tenho muita pressa para resolver meus assuntos pessoais no momento e caso você não aceite, podemos manter um contrato de trabalho.

Issei: Certo... Eu realmente preciso mesmo de tempo.

Ele se levantou após a ruiva confirmar o seu pedido e sinalizou para seus servos deixar ele ir. O garoto saiu com a cabeça cheia de pensamentos importantes.

Pouco depois dele sair, a ruiva suspirou e mandou o resto do clube voltar às suas próprias salas e esperar até o próximo dia onde se reuniram com o Hyoudou de novo. Ela também avisou para não persuadirem ele ou tentar convencê-lo com ações, promessas vazias. Eles só tentariam uma abordagem simples e não ofensiva e só se ele viesse até eles mesmos.

Rias: Espero que dessa vez, eu tenha tomado o caminho certo. Dessa vez eu devo deixar essa escolha nas mãos de Issei. E aceitar isso.

Felizmente para ela, o Hyoudou voltaria com uma resposta apropriada. Mas não por seu lado pervertido ou desejando poder, mas por um momento de necessidade.

Uma necessidade causada indiretamente pela fraqueza dele.

CONTINUA...

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