Qual o poder da colisão de dois corações desatentos?

— Anavitória

Na mansão Smith....

Como todas as meninas foram para a festa, apenas ficaram Francisco, Sharon e a Melissa.

Francisco pediu para a empregada preparar pipoca doce e de sal, mini pizzas e pastel de vários sabores.

Ele mandou o motorista na volta trazer 4 litros de guaraná e maracujá para fazer suco natural.

Ele pretendia fazer uma noite de filmes entre a sua esposa e a sua filha.

Como a porta do quarto dela estava aberta, ele entrou direto, se surpreendeu ao não ver a sua filha, por impulso correu até a janela e viu pendurado uma corda feita de lençóis.

Ele ficou todo nervoso gritando pela sua esposa e a empregada, para poderem ajudar a encontrar a sua filha.

Procuraram por todos os cantos e não obtiveram sucesso.

Simón Álvares

Quando percebi o que eu tinha dito, vejo que a Valentina não percebeu.

Ainda bem, parecia que não estava certo ter feito esse pedido pra Valentina.

O sorriso angelical da Âmbar aparece automaticamente na minha mente.

Não deu tempo de protestar e nem nada, os flashes da câmera invadiram os meus olhos.

Alguns minutos depois....

Âmbar Smith

Delfina chegou abraçadinha com o Pedro, ambos são um casal tão perfeito.

Pedro estava usando uma camiseta de mangas longas preta com detalhes azuis, calças jeans num tom claro e um all star azul escuro.

Delfina estava usando um vestido estilo ciganinha azul escuro brilhante que ia até na altura dos joelhos e uma sapatilha preta com salto.

— Até que fim você e o Simón estão juntos — Delfi falou com um sorrisão nos lábios.

Simón apenas me puxou para ficar ainda mais perto dele.

— Cuida bem da sua teimosa, viu Simón? — Pedro falou sorridente.

— Pode deixar — falei, beijando a sua bochecha.

Começamos a rir juntos, estava num clima bem descontraído e legal, entre nós.

Ambos se despediram de nós e saíram pra falar com outras pessoas da festa.

Finalmente percebi que iria conhecer o tal Gastón, já que ele e a Nina chegaram de mãos dadas.

Parecem o típico casal perfeito dos filmes clichês, entre a nerd e o popular.

Nina usava um vestido no tamanho médio estilo princesa verde esmeralda brilhante e um salto alto verde.

Ela estava usando óculos de grau, uma maquiagem brilhante perfeita que valorizava ainda mais o seu rosto e um penteado com um coque na parte de cima e embaixo tinha vários cachos.

Já ele estava usando uma camiseta preta, jaqueta de couro vermelha brilhante, calças jeans num tom claro e uma bota preta.

Seus cabelos estavam perfeitamente penteados num estilo meio bad boy anos 80.

— Oi Nina e Gastón — os cumprimentei.

— Oi Valentina — ambos falaram sorridente.

E em seguida Simón os cumprimentou e desejou "Parabéns" para o Gastón.

— Não sabia que nós já nos conhecíamos, mas fico feliz de conhecer a namorada do meu amigo — Nina falou.

Provavelmente ela falou isso por causa que soube o nome de ambos de cara.

— Feliz aniversário Gastón — desejei.

— Muito obrigada Valentina — Gastón agradeceu — É um prazer conhecer você e tê-la na minha festa — falou.

Ficamos um tempo conversando sobre algum assunto aleatório, depois ele foi dar atenção para outros convidados.

Resolvi deixar o Simón um pouco sozinho e fui andar pela festa, estava tão confusa com o que tinha acabado de acontecer.

Simón Álvares

Estava bebendo um pouco de guaraná de laranja, ao ligar a internet do meu celular caiu várias notificações no meu instragam, provavelmente é sobre o pedido de namoro que fiz pra Valentina.

Os fãs estão surtanto com tudo isso, estava tão distraído com os meus pensamentos, que nem vi a Mary chegar.

Ela estava bem elegante usando um vestido vermelho muito provocativo longo.

Seus cabelos estavam lisos, delineado gatinho preto com desenho de coração e um batom vinho escuro nos lábios.

— Olá Simón — me cumprimentou — Está tudo bem com você? — perguntou inocentemente.

— Já falei para você não me dirigir a palavra — falei irritado.

— Tenha calma, Sisi, por favor — pediu.

Ela só me chamava assim quando éramos crianças, sempre era pra pedir algo.

Apenas a ignorei e sai de perto dela.

Âmbar Smith

Estava num círculo de amigas que era a Jazmin, Luna, Nina, Emília e a Delfina, estávamos comendo, bebendo guaraná e conversando um pouco sobre coisas aleatórias.

Mary se aproximou de mim e tocou no meu ombro pra chamar a minha atenção.

Quando me virei, Mary fez um sinal para que nos afastássemos um pouco do grupo.

— Preciso falar com você agora, é um pouco urgente — falou.

— O que aconteceu? — perguntei.

— Simon descobriu que fui eu que destruí a música que ele compôs pra Valentina — respondeu — Ele desfez a nossa amizade de anos, por causa disso — explicou.

Agora entendi o motivo dele ter vindo pedir desculpas para mim, porque descobriu quem foi.

— Para o Simón, a música é muito importante, tenho certeza que logo, ele voltará a falar com você — falei confiante — Mas prometo que vou falar com ele — falei saindo de perto dela.

Estava a procura do Simón, mesmo que a Mary fez isso, no fundo senti pena dela, se veio se humilhar pra me pedir ajuda, é porque realmente estava arrependida.

Odeio ter esse meu coração mole e sempre tentar ajudar as pessoas, apesar de ninguém nunca me ajudar.

Sinto o meu celular vibrar no meu bolso, ao retirar vi que era a minha mãe me ligando, fui até o lado de fora por causa do barulho e atendi a chamada.

— Oi mãe.

— Oi filha, por acaso a Melissa está na festa com vocês?

— Não mãe, porque?

— Então realmente a sua irmã fugiu de casa, o seu pai encontrou uma escada de lençóis, então saímos para procurar ‐ lá e nada.

— Vou sair pra ajudar a procurá- la.

— Tá bom filha, obrigada.

Finalizei a ligação, fui procurar a minha irmã com a Emília, contei o que havia acontecido.

Saímos sem nos despedir de ninguém, voltamos pra mansão de uber.

Apenas mandei uma mensagem no grupo das meninas, inventando que estava com dor de cabeça e por isso sai mais cedo.

Não queria preocupá-las com os meus problemas.

Emília e Luna ficaram ligando para algumas amigas da Melissa, enquanto eu fui até o meu quarto e me trocar.

Tirei toda aquela maquiagem, tirei a peruca e vesti uma regata branca com detalhes de renda na frente, short de cós alto xadrez rosa claro e branco e um all star rosa.

Deixei o penteado do jeito que estava, peguei o meu celular e coloquei no bolso.

Sai pra procurar ela pelas ruas sem rumo, estava tão preocupada com ela, espero que ela esteja bem.

Percebi que fui parar numa parte da cidade que era afastada da parte rica.

Vejo a Rosa parada num beco em frente à uma garota loira que estava de cabeça baixa provavelmente chorando, já que não dava pra ver o seu rosto.

Só percebi o vestido vermelho rodado com bolinhas brancas e um all star vermelho.

Rosa estava usando um cropped azul escuro, saia de couro preta e um coturno preto sem salto.

Ao ver a garota levantando o rosto, percebi que era a minha irmã, corri pra ver o que estava acontecendo, vi a Rosa puxando o cabelo dela, por impulso a empurrei com força.

— Não mexa com a minha irmã — falei raivosa.

— Ah, então a esquisita aqui tem uma outra irmã — zombou — Bem que achei ela parecida com você mesmo, o que mais me irritou foi que ela respondeu pra mim, acha que vou admitir isso? — me questionou.

— Se tentar machucá- la de novo, não respondo por mim — falei irritada.

Abracei a minha irmã que não parava de chorar e começou a soluçar.

Rosa começou a rir de mim e debochar, ela pôs a mão no bolso retirando uma arma e apontou para mim.

Usava o meu corpo como uma espécie de escudo para minha irmã, a abracei com tanta força.

Ouvi apenas ela sussurrar o meu nome em seguida um forte estrondo e senti uma forte dor nas minhas costas.