"Nunca vai dar certo, não, mas eu gosto se a gente finge que sim."

— Frases Jão música Acontece

Âmbar Smith

Mesmo eu falando para o meu pai que estava tudo bem, ele trouxe o médico que me examinou e disse estar tudo bem comigo.

Por fim, me dirigi até a sala de jantar onde conheci os outros integrantes da banda, Pedro e o Nico.

Pedro tinha olhos castanhos, cabelos preto, jaqueta de couro preto, camiseta verde, calças jeans num tom claro e um sapato marrom.

Nico tem um cabelo castanho puxado para o loiro, olhos castanhos, camiseta de mangas longas cinza, calças jeans num tom escuro e um all star azul.

Eles nos cumprimentaram, percebi o quão diferente eram da Tv., eram bem mais humorados.

Meu pai estava super a vontade com eles, pareciam ser até filhos, por isso o meu pai falava com tanto carinho sobre eles.

Fui tirada dos meus pensamentos ao ver uma mocinha ruiva, cabelos lisos compridos, olhos azuis e uma pele bem clara.

Estava usando um vestido de tamanho médio, tomara que caia e de mangas longas azul-escuro.

Simón correu ao seu encontro e a abraçou bem forte.

Vagamente me lembro de ter visto algumas fotos deles juntos em canais de fofoca.

— Essa aqui é a aniversariante mais linda do mundo — falou lhe girando como se fosse uma dança.

— Simón pare de falar assim, está me deixando sem graça — falou abaixando a cabeça e a bochecha coradas.

Ele apenas sorriu para ela e ficaram de mãos dadas por um tempo.

— Essa aqui é a melhor amiga de infância Mary, os chamei hoje para comemorar o aniversário dela — explicou.

— Parabéns — Eu e as meninas falamos em perfeito couro.

— Obrigada, meninas— Mary agradeceu.

Alguns minutos depois chegaram Yam, Ramiro, Delfina e Jazmin.

Yam estava com um vestido cumprido preto com mangas rendadas, vários colar estilo hippie no pescoço, seus cabelos estavam soltos e um batom vermelho.

Ramiro é mais lindo pessoalmente, seus cabelos eram cacheados, seus olhos eram castanhos, usava uma camiseta branca desenhada, pista de patins com pés, calças jeans escura e um bota preta.

Delfina estava com uma camiseta roxa escuro, saia jeans num tom escuro de cós alto e um coturno de salto alto preto, seus cabelos estavam soltos e bem ondulados, não tinha nenhuma maquiagem no rosto.

Jazmin usando um vestido cheio de brilho dourado curto, salto nude e seus cabelos estavam amarrados num coque estiloso.

Não esperava vir tanta gente, pensei que era algo mais íntimo, mas por um lado é bom conhecer novas pessoas.

O jantar foi maravilhoso e gostei de conhecer todos, Mary parecia estar muito contente com a nossa presença, o que incomodou foi o fato dela estar agarrada ao Simón o tempo todo.

Senti-me um pouco desconfortável com tanta gente que não conhecia, a Luna estava super a vontade com todos, então sai de perto deles, indo até à varanda do hotel.

Meu celular começou a tocar, vi ser a minha mãe, estava sentindo muita falta dela, atendi rapidamente.

— Como está a sua filha?

— Estou bem mãe, apenas com saudades.

— Ah filha, tem tanta coisa acontecendo na minha vida, finalmente posso dormir tranquila.

— Mãe me alegro tanto ao ouvir isso.

— Como está sendo morar com o seu pai?

— Está sendo bem legal, mas eu e a Luna sentimos falta da senhora.

— Em breve estaremos todas juntas novamente, por enquanto aproveite bem o tempo com o seu pai, tá bom?

— Tá bom, mãe.

— Tchau filha, fique com Deus.

— Você também, mãe.

Ao desligar o telefone, ouço a voz do Simón me chamar.

— Âmbar — me chamou.

— Oi, Simón — respondi.

— Porque está sozinha aí? — perguntou, ficando do meu lado.

— Só vim falar no telefone com a minha mãe — menti ajeitando os meus óculos de vista.

— Achei sentir mal por isso veio — falou meio envergonhado.

— Não é isso não — neguei.

— Ah que bom — falou — Voltaremos para festa? — perguntou, estendendo a mão para mim.

— Vamos — falei pegando na sua mão.

Simón era um garoto gentil demais, estou gostando de conhecê-lo de uma forma tão íntima.

2 horas da manhã.....

Simón Álvares

Todos haviam ido embora, apenas eu, os caras e a Mary.

— Vou indo agora, obrigada pela bela surpresa meninos — Mary falou dando um beijo na minha bochecha e dos meninos.

Tranquei a porta do loft, encaro a bagunça de copos descartáveis, guardanapos e algumas comidas que caíram no chão.

— Precisamos chamar a Amanda para fazer a limpeza do nosso apê — Pedro falou olhando pra bagunça.

— Assim que eu acordar, ligarei para ela, pode deixar — avisei.

— Achei incrível a história do nosso patrão, agora está explicado o motivo dele nunca ter dado certo com ninguém — Nico falou num tom brincalhão.

— Me lembro que o chefe me contou uma vez sobre o seu amor da adolescência, devido a um mal-entendido ambos terminaram, pelo jeito ela engravidou e ele só soube alguns meses atrás — revelei, vendo ambos me encarem.

— Vi que você estava bem próximo da filha mais velha dele hoje — Pedro falou dando um sorrisinho de lado.

— Âmbar estava muito quieta, pensei que ela estava desconfortável, ela é nossa fã, faria por qualquer outra pessoa — justificou.

— Admite que se encantou por ela — Nico falou.

— Nunca me apaixonaria pela filha do nosso chefe — falei irritado — Melhor pararmos com esse assunto, vamos todos dormir amanhã tem ensaio e se chegarmos tarde a culpa vem toda em cima de mim — os lembrei.

Ambos ficaram calados, mas olharam entre si, sei bem o que estão pensando, resolvi ignorar isso e fui em direção ao meu quarto.

Âmbar é uma garota legal, bonita e tímida, tem uma maneira única e especial de ser.

Não me envolveria com uma fã, afinal nem todos são Justin Bieber e Hailey para darem certo, também tinha o fato dela ser a filha do meu chefe.

Âmbar Smith

No dia seguinte.....

Acordei com o meu pai me chamando, ontem acabei chegando tardiamente da festa, ainda estava com muito sono.

— Bom dia pai — desejei sonolenta.

— Bom dia filha — desejou — Levanta filha, hoje é o seu primeiro dia de ensaio com a banda — me lembrou.

— Me desculpe pai — pedi — Acabei esquecendo — falei meio envergonhada.

— Não tem problema não, minha querida — falou gentilmente.

Ele me deu um beijo na testa e saiu, olhando para o lado vendo que a Luna dormia profundamente.

Levantei-me depressa, dei um beijo na testa da Luna.

Tentei o máximo possível não fazer barulho para não acordá-la, ao olhar no relógio pendurado na parede, percebi que eram 10 horas da manhã.

Abri o guarda-roupa na parte onde ficavam as roupas da minha nova identidade, estava separado um look que a Jazmin propôs.

Era bem básico o look já que era para o dia a dia, uma camiseta preta que batia até no joelho ela tinha estampa o rosto da Gata Lua (Sailor Moon) e algumas estrelas ao redor, shorts curtos jeans num tom escuro, meia calças e luvas arrastão preta.

Fui para o banheiro e tomei um banho rápido, ao terminar puxei uma cadeira me sentando em frente a um espelho.

Acabei derrubando o meu estojo de maquiagem no chão, fazendo um alto barulho, ao tocar no piso de mármore.

Através do reflexo do espelho observo a minha irmã acordando, ela estava usando o seu pijama era uma regata branca escrita "Cookies" e tinha dois desenhos biscoitos lá em cima e um short azul-claro com biscoitos desenhados vários pequenos.

Seus cabelos estavam presos num coque bem alto e despojado.

— Onde você vai vestida desse jeito maninha? — Luna perguntou curiosa.

Como ela acordou já, era bom que me ajudasse com a trança, para poder colocar a peruca.

— Faz aquela trança boxeadora para mim e aí te conto tudo que anda acontecendo — sugiro.

Contra gosto, ela se levantou da cama e começou a dividir o meu cabelo para fazer a trança.

Comecei a contar para ela desde do começo, tudo que estava acontecendo e principalmente sobre a minha vida dupla.

— Isso é incrível maninha, mas sabe que não precisa se preocupar comigo, e agora com o seu pai rico, as coisas irão melhorar — falou finalizando a minha trança colocando borrachinha na ponta dos meus cabelos.

— Eu não faço isso pelo dinheiro e sim porque quero tocar o coração das pessoas com a minha música — expliquei.

— Entendo maninha — falou, enquanto ela me ajudava a colocar a peruca — Sucesso pra você — desejou, dando um leve beijo na sua bochecha.

— Obrigada — agradeci.