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Chapter 02

" Ás  vezes as coisas são exatamente o que parecem ser e só."

Sharon Benson

Foi mais um dia duro de trabalho na padaria da Dona Benta, desde quando me mudei pra essa cidade com as meninas ela me ajudou.

Nunca gostei de depender de ninguém, mas as coisas andam difíceis pra mim.

Abandonar a faculdade não foi uma boa ideia, no início era apenas dar uma pausa e voltar quando as coisas estabilizarem.

Mas não foi isso que aconteceu, perdi a minha bolsa de estudos e até mesmo a moradia.

Então tive que me virar, numa cidade onde ninguém me conhecia, não queria pedir ajuda para o meu pai ou até mesmo voltar para minha antiga cidade, estava fora de cogitação.

Não aguentei rever o Gusman novamente, ele me enganou da pior forma possível.

Eu o amava de verdade, se desde do começo tivesse dito a sua idade e me explicado como eram as coisas, eu o perdoaria, eu o amava demais e passaria por cima de tudo, somente pra ficar com ele.

Mas bem, as coisas não foram assim, uma mulher com apenas 8 meses de faculdade e um bebê no colo não era a melhor escolha para os bons empregos.

Muitos homens tentaram ter algo comigo, mas não aceitei, no momento a minha prioridade era a pequena Âmbar.

As coisas se complicaram mais ainda quando a minha irmã engravidou 2 anos depois de um rapaz rico que conheceu na faculdade.

Infelizmente eles sofreram um acidente de carro e morreram na hora, a única que conseguiram salvar foi a filha dela que na época estava com apenas 7 meses de gestação.

Meu pai acabou infartando ao receber a notícia, como Bernie estava sozinho, os bens dele foram confiscados pela justiça.

E eu fiquei com a menina, que nem sabia da existência até aquele dia, a adotei como minha filha.

Mas quando completar seus 18 anos, contarei a verdade e os bens serão descongelados.

E só assim finalmente a minha missão será concluída.

Não me arrependo de nada que fiz, porque as meninas se tornaram minha vida e a razão de meu coração ainda está batendo.

Estou trabalhando desde das 4:00 da manhã, olho no relógio que tinha na parede já marcava 9:00 horas, às minhas filhas já foram pra aula e agora devem estar perto do intervalo.

Pude me sentar finalmente e beber um pouco de água, estava tão cansada dessa rotina, apesar de fazer mais de 5 anos que trabalho aqui.

Não sou muito de parar em um lugar, vivo me mudando em busca de algo melhor.

Nesse horário a Dona Benta com a neta dela, foram fazer mais pães.

Como a minha visão é perfeita, vejo uma mini van preta parada na porta da pedraria.

Saiu dois homens de terno cinza, pareciam ser seguranças e depois um homem de terno preto.

Senti as minhas pernas tremerem, desde que Francisco Gusman começou a fazer sucesso sendo um produtor musical.

Não entendia o motivo dele estar vindo nesse lugarzinho de quinta, afinal ele tem dinheiro pra ir em locais melhores.

Faz tantos anos que não o vejo, então tenho certeza que ele nem vai me reconhecer, afinal não sou mais uma adolescente bonita.

Corri pra ficar até atrás do balcão, precisava atendê-lo, afinal ele é um cliente como qualquer outro.

Ele passou as mãos nos seus cabelos grisalhos tirando a franja do olho, ele fez um sinal para que os seus seguranças se sentassem numa cadeira perto da porta.

Ele retirou os óculos escuros que usava, apoiou uma das mãos no balcão e direcionou o seu olhar para mim.

Percebi que ele usava o colar com a pedrinha de Âmbar que era metade do meu colar, me lembro de ter dado ele pra Âmbar quando ela nasceu.

Lembro-me que o pai era dono de uma joalheria, uma mulher levou um colar para ser reformado, mas queria que tirasse uma pedra trincada, então resolveu pegou terminando de quebrar e os dividiu em metadinhas, fez um colar pra nós, era uma espécie de anel de namoro.

— A quanto tempo em Sharon — falou olhando diretamente para os meus olhos — Demorei muito pra ter encontrar novamente — falou com um sorriso de lado.

Queria poder negar que era eu, mas sinto que sua visita de alguma maneira irá ajudar a Âmbar, minha meta era nunca depender dele pra nada.

Mas a minha dívida que fiz com o agiota está enorme e ele disse que se eu não pagasse em dois meses sofreria as consequências.

Peguei o dinheiro pra comprar um computador, celular e a viagem da turma pra Âmbar.

— Francisco? — perguntei confusa — O que deseja? — perguntei.

— Falar com você — respondeu.

— Me desculpe senhor, mas não tem nenhum doce com esse nome — falei irônica.

— Sharon, Sharon, Sharon — falou se afastando e olhando o que tinha na vitrine — Vejo que não perdeu o seu senso de humor, mas já que tenho que pedir algo pra falar com você, colocarei a minha dieta e dos meus seguranças de lado — falou dando meio sorriso, puxou cadeira se sentando em frente ao balcão — Venham pedir algo aqui — mandou.

Os seguranças se aproximaram, ambos eram altos e tinham cabelos pretos penteados perfeitamente com gel, usava um terno preto, dava pra ver as escutas e as armas neles.

Um deles pediu um pedaço de bolo de fubá cremoso e um copo de café com leite.

Já o outro pediu biscoito com salame e café puro.

Francisco pediu apenas um pedaço de bolo de chocolate e um capuccino.

Mesmo estando sozinha, aprendi ser bem ágil no meu trabalho, no fundo, eu queria ser bonitinha pra ele, sei lá, me sinto um lixo vestida assim.

Estou apenas usando uma camiseta preta floral, calça jeans clarinha bem surrada e chinelos havaiana preta.

Ele não parava de me observar enquanto degustava a comida.

— As coisas entre nós não acabaram bem, em 17 anos só pensava em você, me envolvi em tantos relacionamentos que não deram certo e o pior de todos foi o que resultou uma filha indesejada — falou estressado.

— Não entendo o motivo de me procurar agora — falei confusa.

— Há 12 anos, você correu atrás de mim quando te vi buscando duas meninas numa creche — falou — Somei dois mais dois e provavelmente pensei que elas poderiam ser as minhas filhas, demorou para o detetive te encontrar — justificou.

— Não sei pra que isso? — o questionei.

— Não me provoque Sharon, sabe muito bem que tem tornado nosso encontro difícil, contratei um detetive e a única coisa que ele descobriu é que elas não eram gêmeas e que apenas uma delas é a minha filha, você fez uma singela homenagem o nosso namoro — falou tentando tocar na minha mão, mas rapidamente desviei.

A neta da Dona Benta veio em minha direção, sua expressão não era tão tranquila como das outras vezes que a vi.

Nikki estava com seus cabelos presos numa touca branca, seus olhos eram castanhos , usava um vestido rosa cumprido e um avental branco por cima.

— Terminarei de atender os clientes, ligaram da escola da Âmbar querendo a sua presença — avisou.

— Âmbar? — perguntei confusa.

— É ela sim — confirmou.

Tirei o meu avental e a toca da minha cabeça, exibindo os meus cabelos loiros compridos.

Francisco apenas acompanhava cada movimento meu, ele jogou uma nota de 50 reais no balcão e disse que não queria troco.

— Eu te levo — avisou — Temos muito o que conversar — falou firme.

— Tá bom — concordei.

Entrei na minivan preta, ele se sentiu atrás comigo e os seus dois seguranças na frente.

— Senhora Sharon, onde é o colégio da senhorita Âmbar? — Um dos seguranças perguntou.

— East High School — respondi.

Era estranho após tanto tempo ter ele do meu lado novamente, mesmo com os anos que se passaram ele não mudou nada.

Continuamos com o mesmo sorriso encantador, mas não éramos mais dois adolescentes sonhadores e sim adultos.

Não sou a mesma de antes, já que a antiga eu tive o coração partido pelo homem do meu lado.

— Âmbar? Por acaso foi em homenagem ao nosso símbolo de namoro? — perguntou surpreso, quebrando finalmente o silêncio entre nós.

— Talvez — respondi sem o encara- lo.

— Âmbar assim como a pedra dos nossos colares — falou tocando no nele — Pelo jeito você desfez dele — falou num tom amargurado, olhando diretamente para o meu pescoço que tinha somente uma correntinha de flor.

— Está com a minha filha — respondi indiferente.

— Fez bem — concordou — Você tem duas filhas pelo o que o investigador me contou, então a Âmbar e a minha filha e a outra de quem é? — perguntou curioso.

— Até parece que somos íntimos, nunca esqueci você — falei cruzando os meus braços.

— Levei várias cartas para sua casa, sua irmã disse que lhe entregaria, mas você nunca me respondeu — desabafou.

— Eu não sabia dessas cartas, nunca recebi nenhuma delas — falei confusa.

Minha irmã nunca foi uma pessoa de confiança, agora entendo tudo, quando ela dizia que eu não devia ter ido embora sem resolver tudo antes.

Penso que eu impedi a sua filha de ir a um orfanato, pelo menos sei que a Santa Lily não era como o meu pai idolatrava, tenho certeza que meu pai deve estar se revirando no seu caixão nesse momento.

— Ela é adotada, é filha da minha irmã, mas ela não sabe disso ainda — expliquei.

— Não me importo com isso, registrei ela e a Âmbar, ambos serão a minha filha perante a lei — falou orgulhoso.

Percebi havermos chegado no colégio dela, foi até bem rápido, geralmente tenho que pegar dois ônibus pra chegar até aqui.

Espero que a minha filha esteja bem e aceite bem a decisão que tomarei.

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