Ordens
presente de aniversário do meu nene softhguk♡ aaaaa espero que goste :((
{nesse capítulo é muito embate entre amor lealdade confiança. importante que compreendam as 3 >sozinhas<, a importância de cada uma delas para os personagens pra compreender as ações deles.}
Espero que gostem! boa leitura ♥
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Taehyung tinha entendido aquela vertente da história, e ele estava dividido naquele momento. Seu coração batia acelerado, como se a conclusão de tudo que havia pensado tivesse ocorrido. Estranho e assustador, se fosse sincero. Ele jamais esperaria que Jungkook tivesse alguma ligação com a coroa, muito menos um parentesco de sangue.
O rei era seu tio e provavelmente a pessoa que mais o queria fora do caminho.
Jungkook continuava do seu lado, sem encará-lo, e o alfa até agradecia por isso. Sua mente estava um turbilhão de pensamentos, mal conseguia raciocinar direito uma solução para tudo aquilo.
- Agora acredita em mim? - Jungkook perguntou baixo, olhando finalmente para Taehyung, vendo o corpo maior tenso.
Jungkook estava realmente nervoso agora.
Taehyung não o respondeu por alguns minutos, e Jungkook instintivamente tentava acalmá-lo ao tocar nas madeixas, acariciando-as com carinho, um que ele não conseguia impedir.
- Tae...? - murmurou, parando os movimentos das mãos, abaixando o olhar para o chão, o receio se abatendo contra seu corpo. - Por favor, me diga que acredita em mim, eu não vou conseguir se-
- Eu acredito em você.
Jungkook não acreditou quando as palavras saíram da boca do alfa. Ele o encarou desacreditado, e por mais que fosse isso que desejasse, era surreal. Se Taehyung acreditasse em si e ficasse do seu lado, poderiam fugir certo? Eles poderiam... poderiam... Taehyung ficaria do seu lado?
- De verdade? - perguntou com um último resquício de descrença. O sorriso que Taehyung lhe deu pareceu tão verdadeiro que por um momento Jungkook sentiu que poderia perdoá-lo por qualquer coisa.
- Eu acredito em você, Jungkook-ah. Porque há sinceridade em suas palavras. Tenho certeza disso - levantou-se do chão, segurando a mão de Jeon, fazendo-o espelhar-se no seu ato. - E sei que nossas almas estão ligadas eternamente. Por isso não vou me afastar de você novamente.
O ômega parecia sentir o próprio coração vibrando dentro do corpo. Como se aquelas palavras tivessem feito seu coração bater novamente.
Ele sentiu Taehyung beijar seus lábios com carinho, fazendo com que seus olhos fechassem apaixonados. Se sentia bem ao lado do alfa, com segurança, como se não importasse mais nada.
Afastou-se apenas para abraçá-lo com força, sentindo Taehyung corresponder aquele sentimento de conforto.
Era tudo que precisava.
Taehyung ainda encarava as águas do riacho naquele momento. O corpo de Jungkook era um lar precioso demais para ficar, trazia-o nostalgia, sonhos e pensamentos do futuro que nunca tivera. Suas batidas pareciam interligar com a do ômega contra seu corpo, provando que era real, que aquela ligação entre eles era além do imaginado.
E aquela ligação iria colocá-lo em uma balança de lealdade e paixão da qual nunca tinha se imaginado.
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Taehyung não sabia exatamente por quanto tempo eles ficaram abraçados, muito menos quando Jungkook pareceu respirar mais fracamente, relaxado, como se estivesse com sono. Não teria mais nenhuma vistoria no calabouço, então não precisavam se preocupar por hora.
Ele levou um Jungkook meio sonolento até as árvores maiores, procurando um local mais escondido e seguro para passarem o resto da noite.
Ajudou Jungkook a encostar-se no tronco largo da grande árvore, deixando que ele apoiasse a cabeça contra seu ombro, achando engraçado como o ômega pareceu adormecer em seguida.
Foi quando sua mente pareceu traí-lo de novo. Em primeiro lugar, o que estava fazendo?
Era real o fato que estava com um prisioneiro fora do castelo, permitindo a liberdade controlada dele, dando tudo que ele não teria na prisão do castelo?
Mas não era um prisioneiro qualquer, seu True mate com toda certeza era ele. E ele precisava de sua ajuda naquele momento se tudo fosse verdade.
Só que era difícil agora... confiar em alguém em tão pouco tempo, alguém que vinha com tantas afirmações diferentes das que acreditava. Alguém que acusava o rei, a quem prometeu sua vida e lealdade, que passou os atuais dois anos cuidando de si quando estava longe dos pais.
Era muita informação para juntá-las em uma única verdade.
Taehyung só queria esquecer por um momento que estava naquela balança entre seu amor e sua lealdade.
Mas no fundo, ele já sabia a resposta.
Fechou os olhos por alguns segundos, respirando fundo apenas para trazer o ar para os pulmões e trazer uma falsa impressão de calmaria.
Jungkook dormia tranquilamente, e acabou por sorrir pequeno ao vê-lo tão inofensivo daquele modo, diferente do que realmente era.
Os minutos se foram como horas. Taehyung não conseguiu pregar os olhos mais do que alguns minutos, acordando sempre que ouvia qualquer mínimo barulho.
Não era medo, era precaução. Agora sabia que o ômega corria perigo, e isso o deixava com um pé atrás para qualquer coisa.
+++
Jungkook abriu os olhos devagar, a claridade ainda era precoce, mas ele podia garantir que iria amanhecer logo.
Procurou Taehyung com o olhar, não o vendo, ficando nervoso quase que instantaneamente. Sua voz saiu tão medrosa que ele estranhou si mesmo. Aquilo era realmente preocupante na realidade em que estava.
O som do riacho adornou seus ouvidos, as gotas parecendo mais pesadas. Afastou-se da árvore na qual seu corpo estava apoiado, inclinando apenas para ver além daquele tronco.
Taehyung estava em pé, encarando as águas, enquanto jogava pedras pequenas que faziam um pequena avalanche de águas antes de afundarem. Jungkook percebeu Taehyung movimentar minimamente o rosto para o lado, em sua direção, como se tivesse percebido seu olhar.
Levantou, indo calmamente até ele. Estava frio, fazendo-o passar as mãos sobre os braços em busca de aquecer-se.
- Você não dormiu? - perguntou baixo, vendo Taehyung negar. Mordeu o lábio inferior com força, apertando seu corpo com os braços em uma forma de confortar a si mesmo.
- Você confia em mim, Jungkook-ah? - o alfa virou-se apenas para olhá-lo, sério, apesar de transparecer gentileza no olhar.
Se aquela pergunta tivesse sido feita antes, um pouco antes de Taehyung tê-lo levado até aquele lugar em que estavam, ele mentiria apenas para garantir sua segurança. Mas estava ali, pronto para dizer a verdade com todas as palavras.
- Confio. - disse convicto, observando o sorriso pequeno de Taehyung se formar após sua resposta.
- Isso é bom. Vamos precisar de muita confiança a partir de agora.
Taehyung aproximou-se de Jungkook, suas mãos tocaram as bochechas fracamente coradas, deixando um beijo casto contra os lábios do ômega.
Após isso, juntou as testas, fechando os olhos, levando uma das mãos para a nuca de Jungkook, mantendo-o próximo.
Era a primeira vez em sua vida que sentia aquele sentimento no peito, Jungkook era a primeira pessoa que tinha conseguido adentrar sua mente e coração, exigindo seu lugar por direito ali.
E Taehyung nem fizera questão de impedir. Apertou os olhos com mais força, as respirações mesclando-se, os corpos reconhecendo-se vagamente.
Ele esperava fielmente que tudo desse certo, e que conseguisse dar um jeito de mudar aquela situação.
+++
Taehyung segurou a mão do ômega enquanto voltaram para o castelo. Estava mais claro, podia ver a claridade surgindo aos poucos, mas era muito cedo mesmo com as circunstâncias.
O caminho não foi demorado, e Taehyung foi o primeiro a avistar o castelo. E junto dele, o rei.
Seus passos pararam quase que automaticamente e sua mão apertou a de Jungkook com mais força antes de prosseguir. O rei sumiu de sua vista em seguida, mas Taehyung sabia o que aquilo queria dizer.
- Tae... - Jungkook chamou baixo em aviso, e o alfa podia sentir o olhar dele sobre si. Provavelmente receoso por estar voltando novamente naquele lugar, por medo do que aconteceria agora que o rei os havia visto.
Mas porque o rei estava tão cedo do lado de fora como se procurasse algo? Tinha certeza que não era ele, havia avisado que só voltaria na tarde daquele dia atual. Talvez Jungkook? Mas como ele sabia da ausência dele se o rei jamais visitava o calabouço e nenhuma vistoria havia sido feita até o momento?
Talvez ele tentasse o fazer acreditar nisso.
Seus passos aceleraram, Jungkook estava preocupado, mas ele tentava ao máximo se manter confiante nas palavras de Taehyung.
O portão foi tudo que viram em seguida. Taehyung o abriu e levou Jungkook até os corredores, em direção ao calabouço, levando-o até a cela em que estava.
Taehyung sentiu o aperto em sua mão maior, e não precisava palavras para descrever o receio palpável.
- Ninguém vai tocar em você. Eu prometo.
Jungkook implorava mentalmente pela verdade naquelas palavras. Entretanto, aquele não era seu maior medo agora.
- Estou preocupado com você...
Taehyung sorriu gentil, apenas encostando a grade, tendo certeza que Jungkook poderia ir embora.
- Eu vou ficar bem. Vou voltar para ver você. Espere por mim.
Suas mãos puxaram Jungkook para um beijo sincero, antes que ele se afastasse e saísse dali.
Seus olhos viram os locais mudarem, até que estivesse no enorme salão, diante dos olhos do rei, que já o aguardava-o.
A face do rei pareceu meio frustrada por segundos, e Taehyung entendeu o motivo em seguida.
- O cheiro dele está em você.
Taehyung lembrou que se o rei não tivesse aparecido naquele momento, poderia estar simplesmente tomando um banho agora, em seu quarto, na segurança de que nada estava fora dos eixos.
Mas agora estava.
Seu silêncio era ensurdecedor. Taehyung sempre tinha sido direto e sincero com o rei, nunca pensou que em algum momento pensaria duas vezes em suas palavras antes de falar algo.
- Por que estava do lado de fora com um prisioneiro? - o rei indagou calmamente, como se fosse uma conversa normal dos dois.
- Eu voltei mais cedo da visita que fiz aos meus pais.
- E foi ver o prisioneiro?
Taehyung sabia o que estava acontecendo naquele momento, com o rei tentando fazê-lo se denunciar pela própria boca.
- Eu fui verificar a situação do prisioneiro quando voltei e ele estava morrendo. Então eu decidi que o levaria para comer algumas frutas da redondeza. Perdoe-me se fiz algo errado, majestade.
O rei estalou a língua no céu da boca como se tivesse desconsiderado a última frase de Taehyung. Ele passou a caminhar em direção a sua sala pessoal, e o alfa o seguiu como de costume.
- Já disse que não precisa ser tão formal comigo, Taehyung. Somos uma família.
A porta foi aberta, e assim deixada. Taehyung viu o rei pegar uma taça e entregar-lhe, já com uma outra em mão, o vinho sendo segurado com cuidado.
Ele encheu as taças até a metade, indo em direção ao enorme sofá no canto da enorme sala.
Taehyung olhou o vinho, balançando levemente a taça entre os dedos, o líquido clamando para ser tomado.
- E então? Não vai me perguntar nada? Eu sei que é isso que você quer fazer.
Taehyung apertou o punho antes de olhar fixamente para o rei.
- Foi realmente ele que queimou as casas da redondeza do castelo?
Sua pergunta saiu cuidadosa, o rei ingeriu o líquido com calma antes de olhá-lo.
- É claro que foi. Você estava no dia que ele foi capturado.
- Eu só acho estranho que eu não tenha notado nada.
- Você estava de cabeça cheia, eu compreendo, Taehyung. Você tinha acabado de retornar para o castelo - o rei disse como se aquilo fosse óbvio, e Taehyung deixou o vinho hidratar sua garganta.
- Talvez. - decidiu que não insistiria naquele assunto. Em vez disso, prosseguiu com outro. - Ele não pode ser libertado?
Viu quando o rei parou o exato momento que o vidro tocaria seus lábios, olhando-o cuidadosamente.
- Taehyung, devo me preocupar com sua lealdade?
Taehyung sentiu o coração acelerar depressa, como se seu corpo tivesse sido empurrado para buraco negro, sugando-o pouco a pouco.
- É claro que sou leal a coroa!! - ditou quase que irritado com aquela pergunta. Sua vida havia sido prometida aquele reino, assim como a de tantos outros. Aquilo que fazia e vivia era o seu ideal, o que finalmente havia conseguido alcançar!
- Eu sei que sim, mas por um momento precisei reafirmar isso. - o rei sorriu leve, com astúcia, terminando de beber o líquido. - Mas e então, se lembra que eu tinha um serviço para você quando voltasse?
- É claro, não me esqueci em momento algum.
- Pois é hora de provar que sua lealdade continua intacta.
Taehyung frisou o olhar.
- E qual é sua ordem, majestade?
Pela primeira vez viu além dele, como se lesse a alma cheia de escuridão, a maldade que tornou-se palpável quando o rei sorriu para ele.
- Mate o prisioneiro. Garanta que ele não esteja respirando até o amanhecer.
Taehyung podia sentir o próprio ar faltar. E era estranho porque ele nunca tinha sentido dúvida sobre alguma ordem, ou até mesmo pensado duas vezes antes de cumpri-la.
Mas ele talvez soubesse desde o início que aquela seria a ordem. Quando deixou Jungkook no calabouço, com a grade aberta, implorando mentalmente para que ele fugisse e os impedisse de chegar naquele ponto.
Como poderia jogar sua vida toda seguindo seu ideal fora, descumprindo com sua palavra e desfazendo sua lealdade por um prisioneiro por qual havia se apaixonado em pouco tempo?
Ele sabia o que pesaria mais na balança.
Engoliu em seco, indo até a mesinha no meio da sala, em frente onde o rei estava, deixando sua taça com quase todo o vinho ali em cima.
E com decisão em seus olhos, voltou sua atenção ao rei.
- As suas ordens, majestade.
+++
Jungkook estava no fundo da cela, tentando se esconder no escuro que mantinha-se naquela área esquecida.
Seu coração estava batendo tão forte e nervoso naquele momento, ele não entendia porquê. Sentia tanto medo, como se sua alma quisesse sair do próprio corpo.
Seu lábio já estava vermelho de tanto pressionar os dentes ali, tentando conter todas as emoções.
A cela continuava aberta, Taehyung não a tinha fechado. Tentava imaginar se aquilo era algum tipo de teste de confiança, se realmente confiaria nele, se ficaria e esperaria seu retorno.
E esperaria.
Tinha medo que algo tivesse acontecido a ele, culpar-se-ia por colocá-lo naquela situação. A culpa seria sua até que seu coração parasse de bater, mas até mesmo sua alma não teria descanso até lá.
Quando seus ouvidos reconheceram passos a caminho daquele lugar, tudo que sua mente conseguiu reconhecer foi Taehyung. Levantou-se depressa, ficando em pé, ansioso.
Sentiu o coração se animar, abrindo um sorriso contente quando Taehyung surgiu entre as grades de ferro. Iria chamar o nome dele quando seus olhos reconheceram o que ele segurava.
Seus lábios se fecharam, seus olhos vendo quando o arco foi apontado para si. Riu frustrado, em um tom baixo, sentindo as lágrimas escorrerem dos seus olhos.
É claro. Era óbvio!
Aquele tempo todo...
- Fiquei com medo de algo acontecer e eu não ver mais você. Estava preocupado - falou baixo, sem coragem de encarar os olhos do alfa a sua frente. - Mas você veio.
Jungkook não sabia exatamente o que sentia naquele momento. Não conseguia odiá-lo, e talvez não precisasse pensar por muito tempo. Tudo estaria terminado logo como uma bela mentira.
Sabia que se Taehyung sorrisse para si de novo, iria perdóa-lo por tudo... por isso se sentiu fraco.
- Obrigado por ter ficado ao meu lado... - Jungkook murmurou baixo, fechando os olhos úmidos em seguida com força. Podia sentir as lágrimas molharem seu rosto à medida que escorriam com mais intensidade.
Seus dedos apertaram contra as próprias mãos, pressionando a área como se aquilo o fizesse esquecer do que acontecia.
E então, ele ouviu a tranca ser libertada, e sua respiração parou.
Era uma sensação estranha a de estar respirando mesmo depois de ter certeza do disparo.
Seus olhos abriram confusos e surpresos, percebendo Taehyung continuar na mesma posição, antes de abaixar o arco.
Foi quando Jungkook percebeu.
Nunca houve flecha.
Não conseguia acreditar, mas agora que encarava os olhos de Taehyung, podia ver como ele também chorava.
- Eu falei a você que precisaríamos confiar um no outro, não falei? - disse baixo, deixando o arco que tanto prezava cair sobre o chão, abrindo as grades da cela, ficando próximo do outro. - Nunca pensei que eu me meteria numa situação assim. Mas aqui estou eu. E estou do seu lado, Jungkook. Somente do seu lado.
Os olhos de Jungkook pareciam iluminados, e Taehyung agradeceu por ter aquela luz para lhe guiar pela confusão escura que estava sua mente naquele momento.
Os corpos se juntaram automaticamente para um abraço apertado, com palavras que estavam presas na garganta implorando para serem ditas.
Taehyung sentiu seu lobo interior finalmente acalmar, como se voltar para Jungkook fosse tudo que ele desejasse.
- Você me assustou...
Seus olhos se fecharam, e ele os forçou a ficar daquele modo enquanto ouvia o choro baixo de Jungkook.
Tinha acabado de abrir mão de seu ideal e lealdade por um amor. Por seu amor. E o que mais o atormentava era o fato de não sentir nenhuma culpa por fazer aquilo.
E nem sentiria. Agora que compreendia como conseguia estar tão ligado aos sentimentos de Jungkook, jamais se afastaria dele.
Iria protegê-lo e ajudá-lo a retomar seu lar de volta. A retomar o trono do rei usurpador.
Notas:
Meu deus estou no chão ._.
E então Giu, o que achou? Espero que tenha gostado do presente ♥
Acho que não ficou muito bom o drama da cena, nos meus pensamentos ficou bem melhor :')
Revisarei amanhã, desculpem os erros, >.<
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