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Duas Faces pt.2

Jungkook deu tudo de si para chegar até o vilarejo onde imaginava que Jimin estaria. A floresta há muito havia sido deixada para trás, e tudo que via agora eram as casas e mais casas tão próximas uma da outra.

Em uma delas, finalmente encontrou o amigo. Quando o viu na porta, parecendo procurar algo, correu até ele, vendo o sorriso verdadeiro do outro ser dado a si.

Abraçou-o assim que estavam próximos o suficiente, tentando dissipar todo o medo e preocupação que sentia no seu corpo naquele momento.

- Você está bem - Jimin disse, mal acreditando enquanto tateava o rosto do outro. - Vejo que o alfa cumpriu com o que disse.

- Jimin, precisamos juntar todos e tomar o poder do rei, ele descobriu que Taehyung estava me protegendo, provavelmente ele deve estar sofrendo agora nas mãos daquele monstro! Precisamos fazer algo, precisamos- mãe!

Jungkook viu quando a mais velha saiu de dentro da casa ao fundo. Ela o olhou confusa, logo depois, surpresa. Sua mãe sorriu feliz, e Jeon foi até ela. Abriu os braços para abraçá-la, o corpo menor encolhendo em seu abraço. Estranhou ela não ter devolvido o ato. Afastou-se, desconfiado.

- Mãe...? - chamou, estranhando o olhar cabisbaixo dela. Olhou suas costas, vendo os pulsos juntos por uma corda fina. Franziu a testa, a confusão apossando todo seu corpo.

- Mas o que é isso? - perguntou baixo, confuso, sua mãe não dizia uma palavra sequer. - Jimin, o que isso significa-

Havia um pequeno pano sendo pressionado contra seu rosto quando se virou na direção do Park, e em seu desespero inicial, tentou prender a respiração, mas já havia inalado o veneno.

- Jimin, o que é isso?! - perguntou exasperado, caindo de joelhos no chão quando as forças pareciam faltar, suas mãos serviram de apoio, mas podia sentir a sonolência tomando seu corpo aos poucos. - Jimin...

- Eu preciso que você fique calado por um tempo enquanto comunico ao rei o ocorrido - Jimin disse baixo, passando por Jungkook caído no chão, caminhando devagar para dentro da casa na sua frente. - Tenha bons sonhos, primo.

E depois disso, Jungkook apagou.

PARTE DOIS

A primeira vez que vi Jungkook foi quando ele foi trazido por lacaios do rei Seo Joon pelos braços. Ele parecia horrorizado, seus olhos fundos, as bochechas ressecadas com o choro insistente que ainda restava em continuar.

Quem eu imaginava ser a mãe dele, puxou-o para próximo quando seu corpo foi largado pelos betas, abraçando-o de forma desesperante.

Como eles, outros foram mandados embora do reino, os que apoiavam o antigo rei e não seguiriam ninguém mais mesmo após sua morte.

Causas naturais... a informação foi anunciada de forma estridente por alfas do rei, para que todos soubessem que ele estava morto, que seu irmão subiria ao trono.

Causas naturais...

Para alguém que havia deserdado o próprio filho, matar alguém por ganância e inveja não era nada demais. Suspirei, apenas observando enquanto seus passos iam em direção a lugar nenhum, apenas procurando algo para chamarem de seu.

Olhei para trás, um pouco distante, o enorme castelo real. As cartas eram jogadas, e eu ainda pensava nas táticas que usaria. Mas o rei fizera as suas. Conseguiu aliados do lado obscuro, inimigos do rei antigo, e tornou-os seu. E agora, aquele reino estava encharcado de maus odores, carregados de ódio e morte.

Voltei para casa minutos depois, junto com todos os outros moradores. Era impossível eu não conhecer Jungkook, mesmo que isso não fosse um assunto muito falado devido ao fato de que ninguém além dos que moravam no castelo podiam vê-lo, e ele também não saia de lá por questões de segurança. 
Pensei muito nisso enquanto retornava. O sangue da realeza corria em suas veias, ele era o príncipe herdeiro, filho do rei e da rainha. Apesar de eu só ter visto o pai de Jeon uma única vez fora do castelo, próximos a floresta, com Jungkook de dezesseis anos ao lado.

Minha mãe e eu fomos trazidos para cá quando eu ainda era um bebê. Ela me disse sobre meu pai, Seo Joon, e que eu era fruto da relação de uma noite que tiveram. Ele não era sua alma gêmea, e já tinha uma esposa. Mas havia acontecido, e minha mãe não poderia estar mais arrependida.

Assim como fomos obrigados a manter silêncio, a morada agora deveria ser nas redondezas do castelo. Vigiados. O rei queria nos manter sob seus olhos.

Soube que a mulher do rei, Sohee, foi embora logo depois quando descobriu a traição. Isso o deixou irado. Eu tinha meus doze anos quando minha mãe me contou toda a história. Saber disso me fez ter uma boa noite de sono.

Até então, minha mãe havia encontrado sua alma gêmea, e ele aceitou me criar como filho. Foi um verdadeiro pai para mim.

Um dia após a chegada de Jungkook, eu fui falar com ele. Éramos os únicos com quase a mesma idade. O resto eram todos adultos, despeitados com a vida. Não era o lar deles, podiam sentir a repressão. O rei não os deixaria em paz.

- Você é parecido com ele... - foi a primeira coisa que Jungkook me disse. Ele tinha uma expressão enraivecida, quase como se visse o próprio rei na sua frente. - É você, não é? O filho bastardo.

Ouvir aquelas palavras nunca me ofenderam, até porque, era a primeira vez que eu as ouvia. Ninguém nunca soube que eu, Park Jimin, era o filho fora do casamento do atual rei Seo Joon. A informação saiu incompleta pela esposa do rei quando ela foi embora. A separação veio pela descoberta que o rei possuía um filho bastardo. Apenas.

Mesmo que me olhassem e imaginassem, era um pensamento que logo esvaia. Meus pais eram Park Hyeon e Park Jung Ho, e era tudo que importava, para mim e todos.

- Um filho não escolhe o próprio pai - respondi, sentindo certo alívio em proferir aquelas palavras. Sim, eu não tinha culpa de ser um desprezível o meu progenitor.

Jungkook pareceu receber bem a mensagem, porque assentiu de cabeça baixa.

- Me perdoe pela ignorância.

- Está tudo bem.

Logo eu perceberia que não, mas eu tinha muitas coisas na cabeça para pensar naquele momento. Ele era um príncipe pela ordem de sucessão, mas Seo Joon o havia tirado do caminho cedo.

Eu permaneci ao lado dele por longos minutos, sem falar nada. Não era um incômodo, entendia sua dor. Meu pai biológico não estava morto, mas eu poderia desejar que estivesse. Nada justificaria o envolvimento de minha mãe com ele, também não faria questão de alguém que não se importava comigo. Mas ele machucou Hyeon, não só emocional, mas fisicamente. A notícia de um filho não o agradou nem um pouco.

Minha mãe nunca me escondeu nada sobre aquilo, e por tamanha sinceridade, eu odiava o rei ainda mais. Por ser insensível, por ter tocado um dedo nela.

Dias após dia, minha relação com Jungkook se desenvolvia pouco a pouco. Ele era diferente do que imaginei que seria. Não posso culpar-me por imaginar que todo ser da realeza era esnobe e nojento; e às vezes me martirizei porque metade de mim é da realeza também. Entretanto, nunca a desejei.

O tempo foi passando, e um laço forte de amizade se formava entre mim e Jungkook. Nosso lar, o vilarejo próximo ao castelo, era calmo e confortável, tirando os betas que nos vigiavam.

Estava tudo indo tão bem que por certo momento me esquecia do ódio que sentia por Seo Joon e que poderia viver bem. Isso não durava muito, porém.

Aos dezessete anos, Jungkook começou a desejar vingança contra o rei. Ele nem precisava dizer com todas as palavras quem havia matado seu pai. Eu já sabia. Podia sentir o quanto aquele homem poderia ser terrível. Talvez pelo mesmo sangue correndo em minhas veias. Sentia náuseas quando pensava na ideia.

- Você é a cara do antigo rei. Agora está bem perceptível - eu disse um dia, quando Jungkook desenhava círculos no chão de areia com a ponta do dedo. - Seria fácil conseguir aliados. Saberão que você é o herdeiro real. Voltarão e lutarão por você.

- Acredita nisso? - Jungkook murmurou. Seus olhos não tinham ódio naquele momento, mesmo que ele o carregasse a todo momento.

Assenti. Jungkook sorriu pequeno.

- Tudo bem. Vou tentar buscar aliados. Irá comigo?

- É claro.

Depois disso, tudo correu bem. Aliados surgiam pouco a pouco, reconhecendo Jungkook, aceitando lutar por ele. Já haviam muitos quando Jungkook se aproximava do seu aniversário de maioridade. Ele já era um líder nato, seguido por todos. Estava feliz que tudo corria bem.

Entretanto, na véspera do aniversário de dezoito anos dele, um beta do rei procurou por mim, no meio da noite. Meus pais não entenderam o motivo, mas não fizeram perguntas. Eu não era mais uma criança que dependia de permissão para fazer algo. Disse que sairia e que voltaria logo, e eles concordaram.

Mesmo assim, eu não entendi o que aquilo significava. Segui o beta em silêncio, esperando que ele me dissesse algo a mais do que seu silêncio ensurdecedor.

A floresta surgiu a nossa frente, e entramos aos poucos nela. Passei a desconfiar, imaginando que ali seria o local de minha morte.

Vi, de relance, dois alfas um ao lado do outro, o rei entre eles. O rei estava ali, e estávamos indo na direção dele. Suspirei, me sentindo sozinho e encurralado quando paramos um em frente ao outro.

Meus olhos caíram sobre os de Seo Joon, e eu podia sentir a raiva e nojo transbordar dentro de mim. Qualquer resquício de perdão que poderia me ocorrer havia sumido, deixando nada para trás.

- Você veio - Seo Joon disse, havia certo cuidado no tom de voz dele para falar comigo. - Gostaria de te propor algo.

Eu não entendi qual a necessidade daquilo. O quão estúpido podia ser me fazer encontrá-lo ali, justo ali? E o quão manso ele poderia ficar apenas para conseguir algo?

- E o que seria? - dei a ele corda para continuar. Eu queria ver exatamente o que estava acontecendo ali.

- Você é meu filho, não há nenhuma dúvida disso.

Eu bufei irritado.

- Você nem mesmo quis me ver quando nasci!

- Me arrependo amargamente por isso. Deixe-me redimir meus erros, sim? - a voz dele tornou-se baixa. Me esforcei para escutar. - Transformarei você em um Jeon. Usarei a lei para isso, tudo será dado nos conformes. Pode ser o príncipe, governar tudo isso comigo.

Contive um riso desacreditado. Não conseguia acreditar, de fato.

- O que espera de mim em troca disso? Desconfio que esteja realmente arrependido.

- Acho que você sabe. Jungkook se tornará um perigo para mim a partir de agora. Já notei a movimentação dele em busca de aliados. Não o deixarei chegar longe, não mais do que já chegou.

Fiquei em silêncio por um minuto inteiro. Sempre odiei aquele homem, tudo que ele representava.

Mas ele tinha percebido tudo agora. Era mais fácil para mim embalar-me em seu jogo. Eu sairia ganhando no fim, e se agisse bem e demonstrasse respeito, ele iria acreditar. Afinal, eu nunca tinha me exposto. Sempre fui cauteloso em meus passos.

- Aceito. Com a condição de que deixará minha família longe disso. Não os use para me intimidar.

- Longe disso - o rei disse com um sorriso arteiro. Aquele era ele, eu pude perceber; sentir. - Cumpra com sua parte. Meus homens explicarão a você a situação.

E após isso, eu não o vi mais.

Como disse, o alfa ao seu lado me explicou o que eu deveria fazer. Contar sobre os passos de Jungkook, observá-lo.

E, um dia após aquele encontro, Jungkook sorria feliz com sua mãe, agraciado porque finalmente poderia lutar pelo que era seu.

A começo, eu não acreditava que fosse dar certo. Mas eu não teria nenhuma outra chance como aquela.

No dia seguinte, o incêndio no vilarejo em que morávamos. Eu vi atentamente quando os moradores foram expulsos de suas casas, e logo os homens do rei vieram e tocaram fogo em tudo. Isso não deve sair daqui, os guardas diziam para a população. Alguns eram mais violentos, usando força enquanto diziam.

Eu não sabia onde Jungkook estava, mas se queria manter o rei confiando em mim, precisava dizer informações confidenciais. Então, vi os guardas do rei, e como se compreendessem meu desejo, eles me seguraram, enquanto eu fingia me debater para me soltar.

Fui levado até Seo Joon após isso. Contei sobre Jungkook e os seus aliados. Não disse suas localizações, entretanto, aquilo já bastava.

Satisfação foi tudo que pude perceber em seus olhos. Sugeri que me mantivessem no calabouço, assim Jungkook não desconfiaria de nada. E não desconfiou.

Não esperava realmente que Jungkook chegasse ali machucado. Muito menos que ele pegaria a chave sem o arqueiro ver.

Eu não trazia nada comigo, mas eu poderia usar meu corpo para fazer minha vingança. Não me importava como, eu a conseguiria.

Quando fugimos e estávamos quase alcançando a saída, pude ver o arqueiro atrás de nós, apontando o arco para Jungkook. Ele não iria morrer ali, eu sabia, mas minha preocupação não ligou para isso.

Indo embora, eu contatei os aliados de Jungkook, e informei para ficarem preparados. Eu não podia arriscar. E quando consegui arrumar tudo, fui em busca da mãe de Jeon.

Meus pais estavam seguros na fortaleza aliada, e eu não podia estar mais aliviado. Achei a mãe de Jungkook logo, mas não tive tempo de explicar a situação a ela, aquele arqueiro chegou primeiro.

Taehyung, um lacaio do rei. Saber por ele que Jungkook estava bem me deixou melhor, mas comecei a desconfiar bem aí sobre o que se passava. O rei jamais seria generoso, mas aquele alfa...

Quando ele se foi então, deixando explicada a situação de Jungkook para a Jeon, não me vi no dever de dizer algo mais. Em vez disso, apenas a conduzi para o lugar que arrumamos para o encontro de aliados, onde havia maior segurança.

Mesmo que o tempo passasse, eu desconfiava de muitas coisas. E uma delas foi a relação de Taehyung com Jungkook. Eu resolvi ir ao reino, e contaria a verdade para Seo Joon em troca de sua confiança.

Entretanto, eu não consegui sentir a presença de nenhum dos dois ao entrar no castelo com dois betas ao meu lado. Aquilo me trouxe mais conclusão ainda para a hipótese que tinha.

Disse ao rei para verificar o calabouço, pois algo estava errado. Dito e feito, a notícia voltou por uma voz temerosa de um dos guardas para o rei.

Jungkook não estava.

- Imagino que ele esteja com Taehyung, o arqueiro - eu falei.

- Taehyung não voltaria tão cedo, está longe nesse momento - o rei disse convicto, tentando encontrar uma solução para o sumiço de Jeon.

- Tem certeza? - induzi, deixando um sorriso pequeno tomar meus lábios. - Apenas observe-os chegar juntos. De qualquer forma, deixe que Jungkook escape em busca dos aliados, confiante de que poderá vencê-lo. Irei trazê-lo de volta, como o belo cachorrinho que ele é.

Seo Joon riu alto, e concordou em seguida.

Eu recebi um vidro pequeno contendo um conteúdo azul dentro do mestre do castelo. Ele fazia experimentos, e um deles era totalmente horrendo: fazer esquecer todas as memórias, como um quadro totalmente branco. Perigoso. O que eu tinha em mãos era para fazer desmaiar, mas senti medo por certo momento que não fosse só aquilo.

- Quando eu trouxer Jungkook, serei um Jeon? - perguntei diretamente ao rei, vendo-o assentir, como se aquilo já tivesse em sua mente antes que eu perguntasse. Ele não parecia mentir em suas palavras.

- Não só isso, como muito mais.

Eu podia ficar satisfeito com isso.

Voltei até os aliados, e expliquei todo meu plano a eles. A mãe de Jungkook também sabia, seria bom que ela estivesse ciente.

Resolvi que sairia a porta apenas para confirmar se Jungkook estava perto, e pude ver quando ele surgiu em busca de ajuda e lar. Desesperado.

Os braços calorosos rodearam meu corpo em um abraço, e eu o devolvi.

- Você está bem - eu disse, fingindo surpresa enquanto tateava o rosto dele. - Vejo que o alfa cumpriu com o que disse.

Jungkook começou a falar várias coisas, mas eu não entendia nada que ele falava, mesmo quando se afastou para ver sua mãe.

Senti sua confusão de longe quando ele percebeu o amarro nos pulsos de sua mãe, e fui rápido para colocar o pano úmido do veneno que me foi dado contra o rosto dele.

Ver Jungkook cair no chão trouxe alívio para minha mente. Não queria que ele visse meu rosto por mais tempo, como um traidor, mesmo que fosse exatamente o que eu era.

- Eu preciso que você fique calado por um tempo enquanto comunico ao rei o ocorrido - eu disse baixo, passando por ele caído no chão, caminhando devagar para dentro da casa a frente. Estava tudo pronto, era hora de por meu plano em ação. - Tenha bons sonhos, primo.

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