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Não devia ser mais que dez horas quando o barulho de alguém esmurrando a porta fez o moreno acordar de um sono tranquilo.

Changbin ainda ficou um tempinho deitado esperando que a pessoa fosse embora e parasse de tentar derrubar a porta da sua casa, mas de nada adiantou. Dez minutos se passaram até o baixinho perder a paciência, e vestindo somente um shorts de dormir roxo com bichinhos e um regata preta atravessar a sala da residência fumegando e abrir a porta, sua irritação palpável não combinava nem um pouco com a bagunça dos seus cabelos e seu rosto inchado e meio rubro.

— o que você quer aqui? — indagou irritadiço para o australiano. Chan parecia reluzir perante o sol da manhã, seus cabelos dourados e rebeldes cintilavam pela luminosidade natural do dia, ele estava vestido de preto dos pés à cabeça. Como sempre. Pensou o moreno com desdém.

— está feliz em me ver, querido? — ele deu um dos seus vários sorrisos estranhos, as covinhas charmosas crescendo na pele naturalmente pálida. Changbin revirou os olhos com exagero, querendo que ele sumisse assim que piscasse.

— não.

— admitir isso não vai te matar, neném.

— o que você quer aqui? — repetiu ruidosamente, apertando a maçaneta da porta com força, uma brecha consideravelmente grande separava eles dois.

— vim te chamar pra sair.

— o quê?

— fazer compras. Preciso de roupas novas, e você vai me acompanhar.

— vai me dizer que esse era o trabalho do jisung também? — já tinha sacado que era algum tipo de substituto pro han, e de um dia para o outro começou a respeitá-lo ainda mais. Tem que ser muito paciente para aguentar o bang sem querer matá-lo na primeira oportunidade.

— mais ou menos. — admitiu com um sorriso. — mas ele nunca me acompanhou nas compras. — exprimiu com um bico insatisfeito, como uma criança mimada.

— e se eu negar?

— eu não estou pedindo pra você ir comigo, você vai comigo. — changbin iria protestar, mas prontamente chan o interrompeu. — por mais que eu esteja amando a visão das suas coxas nesse calçãozinho roxo lindo, infelizmente sou mais ocupado do que você possa imaginar. Então, ande logo e vá se trocar, não tenho o dia todo.

Por reflexo, o moreno olhou para suas pernas, e ergueu o queixo mais zangado que o normal para o bang, fechou a porta numa batida forte, estremecendo as paredes de tijolos e tinta azul, fez questão de trancar a fechadura apenas para ter certeza que o australiano não invadiria sua casa como um louco. Changbin caminhou até a entrada do corredor curto e estreito, adentrando ao banheiro resmungando que odiava o bang e que queria ele longe, enquanto reclamava do seu infeliz destino, ele escovou os dentes, optando por tomar um longo banho apenas para deixar o loiro tostando no sol quente das onze horas em frente a sua porta. Após a ducha, ele se vestiu, trajando apenas uma calça jeans simples e uma camiseta preta, espirrou um pouco da sua fragrância preferida no pescoço e ajeitou a correntinha de prata sem pingente que sempre usava.

Deixou o cabelo meio úmido pela preguiça que ainda se espreitava por seu corpo, e saiu de casa, observando o loiro sentado nos poucos degraus da entrada do terraço. Changbin guardou o conjunto de chaves no bolso e passou pelo australiano, e ele rapidamente o seguiu. Eles não tinham uma diferença de tamanho muito grande, mas o seo sempre se sentia inferior a ele, como se o loiro estivesse em um patamar totalmente diferente, como se precisasse se referir a ele como alguém muito mais velho e muito mais importante. Changbin nunca iria admitir aquele sentimento de fracasso diante do homem.

— pra onde você tá indo? — o moreno parou quando ouviu o loiro perguntar.

— pro ponto de ônibus? — disse como se fosse óbvio.

— você tem um carro e prefere andar de ônibus? — chan o olhou aterrorizado.

— não quero que as pessoas te vejam comigo, ainda mais no meu carro.

— deixa de frescura, ontem mesmo todo mundo te viu na minha moto. — ele agarrou changbin pelo pulso, arrastando ele até o Mustang amarelo reluzente em frente a garagem. — abre aí, vai.

Changbin ainda olhou para o homem descrente com sua ousadia, recebeu um leve empurrão dele como um incentivo para abrir de vez o carro. O moreno a contragosto desativou o alarme e destrancou as portas.

— ei, o que pensa que tá fazendo? — ergueu uma sobrancelha ao ver o bang abrir a porta traseira. — você vai na frente.

— pensei que não quisesse ser visto comigo.

— e não quero, mas se for pra ser assim é melhor ficar do meu lado. Não quero que ninguém pense que virei seu empregadinho.

O loiro nem mesmo tentou esconder a felicidade expressa em seu semblante, ele entrou junto com o menor na parte da frente do automóvel, changbin ligou os motores e olhou de soslaio para o maior ao seu lado, ele parecia uma criança arteira, olhava todos os pequenos detalhes do carro com admiração, abrindo o porta-luva e xeretando no rádio. O moreno deixou que ele tivesse seu momento de glória e seguiu rua acima, ignorando os barulhinhos e ruídos que christopher fazia quando achava algo empolgante. Por um lado o entendia, afinal, o australiano era um fanático por carros igual o baixinho era um amante assumido por motocicletas esportivas. Um gosto um tanto em comum, mas o moreno não ligava para aquilo.

— não mexe nisso! — deu um tapa na mão do australiano, colocando a flanela vermelha toda enrolada de volta no porta-luva. — fica quieto. — sibilou perdendo a paciência. Chan fez bico enquanto esfregava o local atingido.

— por que você é tão chato? — resmungou. — quando a gente era criança você era mais legal.

— quando a gente era criança eu achava que você era alguém decente.

— mas eu sou! — changbin fora obrigado a rir. — sinceramente, não dá pra conversar com você.

— então não converse.

O restante do caminho foi agradável por parte, chan ainda parecia uma criança hiperativa e desocupada, sempre mexendo no que não devia ou fazendo barulhos irritantes com a boca que deixava changbin fora da casinha. Quando enfim chegaram no shopping no centro da cidade, o moreno quis voltar para casa o mais rápido possível. A primeira parada deles foi numa loja com nome difícil e atendentes super educados, de primeira o baixinho já percebeu que não era o tipo de lugar que ele, com seu salário de frentista, conseguiria comprar uma roupa decente. Fora preciso mais dois rapazes que trabalhavam na loja para acompanhar as compras incessáveis do bang, ele ia de setor em setor, escolhia as que pareciam mais do seu agrado e apenas comprava uma peça após bagunçar centenas delas. E quando enfim ele pagava pela compra e ia embora, changbin se desculpava pela bagunça deixada pelo mais velho e corria para acompanhá-lo.

Foi desse jeito pelas próximas três lojas, changbin carregava sacolas de diversos tamanhos em seus braços, sendo obrigado a ficar em silêncio e sem pestanejar sobre o gasto excessivo e desnecessário do maior. Só com o desperdício de dinheiro que christopher teve numa loja dava para comprar equipamento novos para seu Mustang e ainda sobraria pra um lanche na tiazinha que trabalhava perto da oficina de minho.

Foi aí que changbin percebeu a grande diferença no mundo deles, enquanto o australiano estava esbanjando dinheiro sem se preocupar com o amanhã, o moreno era obrigado a contar moedinhas e economizar até o último momento para ter o que comer na manhã seguinte. De repente o menor ficou irritado, irritado com o bang, irritado consigo mesmo e irritado com a injustiça que tantos como ele passavam por pessoas como o australiano que gastavam em abundância sem se importar com nada.

— quer um chupinho? — changbin piscou várias vezes enquanto saia dos seus pensamentos conflituosos para encarar chan. O loiro balançou a casquinha de sorvete de baunilha na frente do seu rosto, com um sorrisinho divertido.

— não. — virou o rosto, abanando a mão para afastar o australiano.

Eles tinham parado numa barraquinha de sorvete no centro do shopping para descansar por insistência do loiro, changbin apenas queria terminar aquela tortura e ir pra casa, uma dor de cabeça horrível crescia por suas têmporas e fazia seus olhares doerem pelo tanto de claridade que estava sendo exposto. Durante o tempo que chan animadamente aproveitava do seu sorvete sentado do seu lado em um dos bancos perto de um chafariz, o menor tentava ignorar o australiano, mexendo em uma das várias sacolas que estava carregando para se distrair.

— o que você tem? — indagou novamente o maior. Changbin revirou os olhos, ignorando ele. — se você não me responder, vou te sujar de sorvete. — aproximou a casquinha do rosto do menor, ameaçando encostar a parte gelada em seu queixo.

— eu só quero ir pra casa.

— não está se divertindo? — virou um pouco o rosto para olhar pro baixinho, passando a língua pelos lábios sujos de baunilha. Changbin desviou a atenção para seus pés, balançando eles levemente para afastar os pensamentos inconvenientes.

— não.

— é tão ruim assim ficar comigo?

— você não imagina o quanto.

— sabe que precisa de mais pra me abalar, né?

— não me importo.

— tudo bem, vamos embora. — ele ficou de pé, terminando a casquinha e limpando os dedos no guardanapo que usava para segurar o sorvete, jogando no lixo antes de ir até o moreno e puxá-lo pelo braço. — mas antes quero ir numa loja.

Changbin bufou e deixou ser arrastado, minimamente feliz que finalmente podia ir embora, mesmo que ainda fosse ser usado como burro de carga pelo estrangeiro de fios dourados. Chan entrou em mais uma loja de roupa, talvez a mais barata que eles já tenham ido hoje, foram primeiro no setor de camisetas, sendo o bang a vasculhar entre os cabides, escolhendo uma camisa rosa meio chamativa e uma calça jeans simples, por último escolheu um moletom verde com detalhes pretos, carregando tudo sozinho desta vez até o caixa. O moreno estranhou a ação vindo do australiano, já que ele sempre ia nos provadores antes de realmente comprar algo, mas não chegou a questionar nada.

Após pagar, eles enfim saíram do grande estabelecimento comercial, indo em direção ao carro do seo. Changbin jogou todas as sacolas no banco de trás, cerca de doze sacolas de diversas lojas. O moreno preferia morrer do que fazer compras com o australiano novamente. O loiro se manteve com a sacola da última loja agarrada ao peito, mexia no celular e às vezes olhava para changbin de soslaio, como se estivesse esperando algum tipo de oportunidade para falar com ele.

O caminho até a mansão do australiano foi silencioso, para alegria do menor, que estava morrendo de dor de cabeça. Assim que parou em frente aos grandes portões de ferro da residência do bang, o moreno se espreguiçou um pouco pronto para escorraçar o loiro do carro.

— nem um beijinho antes, amor? — indagou com um biquinho de falsa tristeza. O moreno tirou as sacolas do carro e entregou para alguns caras que trabalhava para o australiano, talvez mordomos ou sei lá o que, eles apenas pegaram tudo e subiram pelo caminho verde que dava na entrada da residência, uma enorme porta de madeira escura chamava atenção no meio da pintura branca.

Changbin olhou ligeiramente para o maior, não escondendo sua cara de nojo. Chan riu, afagando os fios negros do baixinho com ternura, recebendo um tapa pelo toque indesejado. O moreno entrou no Mustang novamente, ligando os motores para ir embora com uma carranca enorme no rosto.

— espera, baixinho! — chan se meteu na frente do seu carro, impedindo que ele fosse embora. Changbin ainda impulsionou o automóvel para frente, assustando o bang que quase caiu ao andar para trás. Tentou não rir quando o maior tropeçou e precisou se apoiar no capô amarelo do Mustang para não cair.

— o que é, bang?

— isso aqui é seu. — entregou a escola na qual estava agarrado desde que saíram do shopping ao baixinho, mas percebeu que ele não iria pegar com tanta facilidade então a jogou dentro do carro no banco do passageiro. — obrigado por ter saído comigo hoje, você é chato, mas até que é um bom garoto. — esticou o braço pela janela do carro até seus dedos tocarem os fios macios que caiam pela testa do menor, balançando de leve com a ponta dos dedos as mechas.

O ar ficou preso em sua garganta quando o australiano acenou sorridente para ele antes de passar pelo grande portão, conversando com um ou outro que passava pelo amplo jardim da frente. Changbin encarou as costas largas do bang antes de mirar sua atenção na sacola cinza ao seu lado, com receio a abrindo de leve para checar, era a camisa rosa, a calça e o moletom que ele tinha escolhido a dedo minutos mais cedo.

— o que esse cara quer comigo? — indagou para si mesmo, se sentindo levemente mexido com aquela ação, mas logo descartando qualquer tipo de sentimento bom que aquilo podia trazer, afinal, era chan e ele apenas estava sendo o mesmo estúpido de sempre.

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