Single chapter
Aviso rápido: Apesar do término do Stefan e da Elena, e Caroline e Tyler acontecer em temporadas diferente, imaginem que se passa no mesmo contexto, aliás é pra isso que servem as fanfics, né?
Essa one-shot não tem o objetivo de denegrir a imagem de ninguém, nem desmerecer nenhum personagem ou casal da série. Enfim, espero que gostem ❤
Deviam ser dez e pouco da noite, sentado no banco do ponto de ônibus Stefan Salvatore abraçava uma mochila de cor preta enquanto mantinha o olhar na paisagem verde à sua frente, iluminada pelas luzes dos postes fixados em ambos os lados da estrada. Apesar de seu corpo encontrar-se imóvel sobre aquele banco, sua mente vagava distante, pois o vampiro pensava em Elena, sua ex-namorada e em seu irmão, Damon. A imagem dos dois em sua cabeça fazia-lhe trincar os dentes por de baixo dos lábios e agarrar a mochila com força, apertando-a com ferocidade.
Como Elena teve a coragem de fazer aquilo com ele, depois de tudo que os dois viveram? Após serem obrigados a enfrentar tanta coisa para ficarem juntos? Depois de tantos sacrifícios, tantas vidas arrancadas de si? Stefan tinha que admitir a mudança brusca da jovem após sua transição em vampira, mas também sabia que isso não era justificativa nenhuma para a maldita Gilbert fazer o que fez. Não era justificativa para nenhum dos dois traí-lo daquela maneira.
Damon.
Só de pensar nesse maldito nome vinha a vontade de arrebentá-lo; socá-lo até ver o sangue banhar o seu rosto, depois liberar as suas presas e cravá-las no pescoço do desgraçado para sugar cada gota do seu sangue até ele virar um maldito saco de carne, apenas. Stefan tinha plena consciência de que isso não iria matá-lo e era aí que estava a diversão; isso iria lhe causar dor, uma dor tremenda, uma maldita e humilhante sensação de impotência; iria ser sua tortura particular, assim como o próprio Damon fizera-lhe sentir tantas vezes.
"Maldito", xingou em pensamento. Como se não bastasse competir pelo coração de Katherine em um passado distante e lhe torturar por vários anos de sua vida por tê-lo transformado em uma criatura da noite, mesmo se arrependendo e sempre pedindo perdão, Damon ainda tinha que roubar sua namorada. Stefan também não entendia como aquela vadia escolhera ele ao invés de si; depois de todas as suas crueldades, transformando Vickie Donovan em vampira, matando Lexie e até mesmo Jeremy, seu irmão caçula. Era exatamente isso que Elena era, uma vadia, uma maldita traidora, assim como Damon Salvatore, seu detestável irmão mais velho.
Stefan cerrou os olhos e soltou um longo e pesado suspiro, permitindo-se soltar o maxilar endurecido. Ao abri-los, uma lágrima quente, solitária e relutante escorreu pelo seu rosto, lágrima esta que quase que imediatamente tratou de afugentar usando as costas da mão. Ainda que a raiva o consumisse e fizesse tê-lo vontade de ferir alguém, ele também queria chorar. Não pelo que Damon e Elena fizeram ou pela cólera que sentia disso; queria chorar pelos pensamentos odiosos que tivera segundos atrás, por todos os xingamentos direcionados à Elena e por essa maldita vontade de acabar com o irmão; pois apesar de todo esse desejo de destruição fazer-se presente dentro de si, consumindo-o como um animal selvagem e faminto consumiria a carne de sua presa, o vampiro sabia que não era capaz de concretizá-lo, porque ele não era assim. Stefan era bom, ou pelo menos esforçava-se para tal.
Claro, isso não significava que o Salvatore era um anjo ou que nunca fizera mal a alguém. Apesar de toda a sua bondade, Stefan tinha plena consciência do mal que habitava o seu interior, um mal que não lhe permitia provar uma minúscula gota de sangue humano sequer, mudando completamente caso o fizesse; o mal sairia das sombras e subjugaria sua luz, capturando-a, prendendo-a no fundo da sua mente e coração. Aquele mal apagaria a luz esverdeada ardente em seus olhos e tomaria o seu lugar, restando apenas um olhar maligno, faminto por vidas humanas e destruição, tudo isso acompanhado de um sorriso divertido e uma linha de sangue no canto dos lábios.
Mais uma vez ele fechou e apertou os olhos, com força, como se estivesse lutando para impedir que o mal, seu lado estripador, tomasse o controle. Stefan permaneceu dessa forma até uma voz puxar-lhe de volta para a realidade, interrompendo sua luta interna, causando certo alívio no vampiro.
Era uma voz feminina.
ㅡ Stefan?
Ao abrir os olhos e levá-los para o lado, observou Caroline de pé segurando uma mala de rodinhas com uma das mãos enquanto a outra repousava em sua cintura. Suas sobrancelhas estavam cerradas e seus lábios fechados em linha reta, em uma clara expressão de questionamento.
ㅡ Oi, Caroline ㅡ cumprimentou com uma voz preguiçosa, quase apática. Stefan voltou o olhar para a frente que assim como segundos atrás, não demonstrava expressão alguma.
ㅡ O que você 'tá fazendo aqui? ㅡ Caroline estava hesitante.
ㅡ Eu acho que é óbvio. ㅡ Ele indicou com as mãos a mochila no seu colo enquanto voltava a olhar a loira. Tentou curvar os lábios em um sorriso de deboche, mas a tristeza que o abatia prevaleceu.
ㅡ Ah, claro ㅡ sussurrou, sorrindo e balançando a cabeça de um lado para o outro.
Caroline soltou um suspiro e avançou até estar próxima do Salvatore. Ele afastou-se para dar-lhe lugar. Caroline sentou, mantendo a mala ao seu lado, e novamente olhou para Stefan que voltara a olhar para a frente, encarando sabe-se lá o quê. Ela abriu a boca para falar, mas as palavras ficaram presas em sua garganta no instante em que sua mente questionou se falar seria uma boa ideia. Ela sabia perfeitamente porque o homem agia daquela maneira; vê-lo naquele estado lhe partia o coração. Stefan era seu amigo, seu melhor amigo, ele não merecia passar por aquilo. "Por que os corações mais nobres são aqueles que mais sofrem?" Caroline soltou um segundo suspiro e desviou o olhar daquela face apática para suas próprias coxas, passando a encarar a calça jeans que vestia.
ㅡ 'Tá assim por causa da Elena e do Damon, não é?
Mais uma pergunta. Uma pergunta baixinha, mas que ela tinha certeza de que o de cabelos castanhos ouvira sem nem precisar do auxílio da sua audição apurada de vampiro. Caroline ergueu a cabeça e voltou a olhar para Stefan. Quase que instantaneamente o homem virou-se para ela, sério, fazendo-a quase se arrepender da pergunta cuja resposta era mais clara que o sol após uma noite de tempestade. Stefan ia falar algo; Caroline soube disso quando ele entre abriu a boca, porém algo dentro dele o impediu, se bem que o vampiro não precisava responder àquela pergunta tão óbvia.
ㅡ Stefan, me desculpa por contar tudo pra você. Eu não devia ter te contado, eu sabia que você ia ficar desse jeito. ㅡ Caroline falou ligeiro, oscilando o olhar entre o vampiro e qualquer outra coisa ao redor deles.
ㅡ Não precisa, você fez certo em me contar e além do mais, uma hora ou outra eu ia acabar descobrindo ㅡ respondeu com os olhos fixos na mulher. Ele tentou sorrir, mas como da última vez, falhou.
ㅡ Com certeza ia, mas eu devia ter deixado o Damon ou a Elena te contar, eu... eu fui uma tonta. ㅡ Caroline voltou o olhar para a frente e fechou os olhos por alguns segundos.
Ela realmente não sabia o que falar em uma situação daquelas. Quer dizer, Elena era sua amiga e Stefan também, e ela não entendia como a morena pudera fazer isso com ele; nem em sonho ela trocaria o caçula pelo primogênito. Caroline não conseguia nem imaginar o que se passava na cabeça de Elena quando fizera aquilo.
Ela permaneceu alguns segundos encarando a paisagem, antes de voltar o olhar para o amigo que voltara à posição em que se encontrava quando chegara ali. Caroline não suportava ver os seus amigos sofrerem, principalmente Stefan Salvatore que sempre fora bom com todos, sempre se sacrificando por aqueles que amava, que lhe ajudou quando virou vampira e prometeu-lhe não deixar nada acontecer com ela. A Forbes tinha certeza de que entre todos os seus amigos, quem menos merecia sofrer era justamente ele. Se ela pudesse, tiraria o sofrimento do coração de Stefan, transformaria em alegria genuína, mas ao lembrar que não possuía poder para tal, aumentava a sua própria tristeza e acendia em seu peito uma faísca de raiva por Elena; depois de tudo o que Stefan fez por ela, pelo amor dos dois, como pôde traí-lo assim? E ainda mais com o irmão perverso, o irmão que fizera mal à própria Elena, para a sua família e os seus amigos.
ㅡ Então, você 'tá deixando Mystic Falls... ㅡ retrucou, desviando o olhar esverdeado para a mochila no colo do homem. Stefan também levou os olhos até a mochila, depois voltou-se para a mala de Caroline.
ㅡ Vejo que 'tá fazendo o mesmo. ㅡ Olhou para ela, encontrando seus olhos igualmente tristonhos. Caroline esboçou um sorriso sem graça e desviou o olhar, passando a encarar um dos postes do outro lado da estrada. ㅡ Vai fazer isso por causa do Tyler.
ㅡ Se você pode fazer isso por causa de uma garota, eu posso fazer por causa de um garoto ㅡ respondeu, voltando a fitar o Salvatore com olhos grandes.
ㅡ É claro que pode. ㅡ Stefan balançou a cabeça positivamente. ㅡ Eu não 'tô te julgando.
ㅡ Eu sei; desculpa, é que não é fácil pra mim falar sobre isso. O Tyler, ele... ele me trocou por uma vingança estúpida, como se isso fosse lhe fazer bem, como se isso fosse fazer ele se sentir melhor...
Caroline ia continuar falando se Stefan não a interrompesse:
ㅡ Não precisa explicar, eu sei o que você 'tá sentindo e apesar de achar o Tyler um babaca por fazer isso, eu tenho que admitir que também o entendo; foi a mãe dele quem o Klaus matou.
ㅡ Apesar de odiá-lo por ele colocar o ódio pelo Klaus acima do nosso amor e me deixar naquele quarto, chorando, eu também tenho que admitir que entendo ele, o que me faz só odiá-lo ainda mais, porque é loucura achar que se vingar do Klaus vai trazer alguma paz. Matar o Klaus não vai trazer a mãe dele de volta, só vai arrastá-lo para o fundo do poço, pra escuridão.
A medida que a loira falava, sua voz ia definhando até virar um som rouco. Ela virou o rosto rapidamente. Não queria que Stefan visse as lágrimas que acabavam de inundar os seus olhos. Caroline piscou rapidamente para impedir que elas caíssem. Stefan, por sua vez, continuou encarando a mulher, assim como ela, sem saber o que dizer para fazê-la se sentir melhor. Eram dois fracos naquele momento; como um poderia levantar o outro?
ㅡ Mas enfim ㅡ disse a Forbes após um suspiro ㅡ, não podemos obrigar ninguém a ficar.
Ela virou para o vampiro e sorriu tristonha, depois voltou os olhos para a paisagem que contemplava os dois.
ㅡ Não podemos obrigar ninguém a ficar. ㅡ Stefan repetiu mecanicamente, ainda encarando a loira; estava pensativo.
Aquelas palavras levaram-no de volta a pensar em Damon e Elena. Caroline tinha toda a razão, ela não podia obrigar Tyler a esquecer sua vingança para ficar ao lado dela, assim como ele não podia obrigar Elena a esquecer seu irmão e voltar para os seus braços; e mesmo se pudesse, Stefan sabia que não iria ser o mesmo amor, aquele amor épico, o primeiro amor. Por mais que quisesse, ele não podia obrigá-la a ficar, pois seu coração já não batia no mesmo ritmo que o dele; o coração de Elena estava distante, pertencia a outro agora.
Stefan desvencilhou-se de seus devaneios ao ouvir uma risadinha.
ㅡ Não é engraçado? ㅡ Caroline indagou, voltando-se para o vampiro. Ele ergueu as duas sobrancelhas. Caroline revirou os olhos. ㅡ Nenhum dos meus relacionamentos dão certo ㅡ disse como se fosse óbvio ㅡ, o nojento do Damon só me usou, o Matt terminou comigo pelo fato de eu ser vampira e agora o Tyler me troca por uma vingança.
Caroline calou-se e se pôs a encarar algo na direção do Salvatore, depois voltou o olhar para ele, como se, por um segundo, tivesse esquecido do que estava falando.
ㅡ Eu acho que o meu destino é realmente ficar sozinha. ㅡ Soltou um leve suspiro e baixou o olhar. ㅡ O que é bastante tempo, pois agora eu sou uma vampira e a tendência é viver eternamente.
Pela sua voz ao pronunciar a última palavra, Stefan pôde perceber como aquela possibilidade a assustava. Ele riu baixinho e balançou a cabeça em negação fazendo a loira lançar-lhe um olhar questionador. Aquele riso não era o riso de uma pessoa cabisbaixa. Stefan estaria zombando dela? Era esta a pergunta que acompanhava o olhar inquisidor da mulher.
ㅡ Também não é assim, sua bobinha. Só porque não deu certo com uma pessoa, não significa que não dará certo com mais ninguém.
ㅡ Mas já foram três pessoas. ㅡ Caroline indicou a quantidade com os dedos. ㅡ E além do mais, eu amei o Tyler como nunca havia amado outro garoto antes, achei que ele era o meu amor verdadeiro.
ㅡ Achei o mesmo sobre a Elena, a Katherine... e talvez todos eles tenham sido verdadeiros, enquanto durou.
ㅡ Talvez você tenha razão. ㅡ Caroline voltou-se para a frente, pondo ambas as mãos sobre o banco. ㅡ Mas tinha que acabar justo agora?
ㅡ Não se preocupa. ㅡ Stefan começou, pondo sua mão sobre a mão da loira, apertando-a. Caroline virou-se para olhá-lo mais uma vez. ㅡ Um dia você irá se apaixonar por alguém, namorar essa pessoa, vai casar com ela e será feliz como nunca, nem que essa felicidade dure apenas algumas horas.
ㅡ Só algumas horas? ㅡ Caroline sorriu.
ㅡ Às vezes, o "para sempre" dura somente algumas horas; às vezes, apenas um instante; tudo depende de como você se lembra desses momentos. Se você se lamentar porque acabou, eles não passarão de lembranças tristes, monstros a te atormentar, mas se você pensar nesses momentos e se alegrar por tê-los vivido, você vai querer conservá-los dentro de você enquanto durar a sua vida.
Stefan também sorriu, um tanto surpreso com as palavras que acabava de sair da sua boca. Os dois ficaram se encarando, sem proferir nenhuma palavra ou fazer nem um movimento sequer, apenas observando o sorriso que iluminava a face um do outro, mandando embora as nuvens carregadas que outrora cobria sua fronte. Por um instante, tudo ao redor pareceu congelar e eles desejaram que aquele momento durasse para sempre, e com certeza ia, eles tinham certeza disso.
ㅡ Obrigada, Stefan ㅡ falou a loira, levando os olhos para as mãos unidas sobre o banco. ㅡ Eu acredito no que você disse. ㅡ Voltou o olhar para o verde que reinava no olhar gentil do Salvatore caçula e não evitou sorrir mais uma vez.
Subitamente o som de uma música disparou, quebrando o silêncio e arrancando Stefan e Caroline do mundo das esperanças, que por poucos minutos os dois visitaram, jogando-os de volta para a realidade, para aquela noite um tanto melancólica.
ㅡ É o meu telefone. ㅡ Caroline desprendeu sua mão da mão de Stefan e se levantou um pouco para pegar o aparelho no bolso de trás da calça; depois voltou a sentar no banco. ㅡ É a... Elena ㅡ disse, ao ver o nome da amiga na tela do aparelho.
Caroline lançou um olhar nervoso para o homem ao seu lado.
ㅡ Pode ficar a vontade pra atender ㅡ disse ele, desviando o olhar para o outro lado.
Caroline voltou a encarar o aparelho, lendo repetidas vezes o nome da amiga. Após alguns segundos naquele impasse, se atendia ou não, finalmente ela se decidiu. Caroline pressionou o polegar em cima do telefone rodeado por um círculo vermelho.
Ela soltou um suspiro enérgico e virou-se para Stefan que agora a olhava curioso.
ㅡ Quer saber de uma coisa? Me dá o seu celular.
Ela estendeu a mão na direção do vampiro que olhou para o membro com sobrancelhas cerradas.
ㅡ O quê? O meu... celular? ㅡ Por que raios a Forbes queria o seu celular?
ㅡ Não pergunte, só passa. ㅡ Caroline moveu os dedos, indicando para o homem lhe dar o objeto.
ㅡ Tá bom ㅡ concordou com a voz baixa, encarando o rosto sério da mulher.
Stefan levantou-se um pouco, como fizera Caroline, e mergulhou a mão dentro de um dos bolsos para retirar o objeto. Ao tê-lo em mãos, Stefan passou para Caroline, que por sua vez, deu um sorrisinho.
Estando em posse do aparelho, Caroline levantou-se em um pulo e andou até a beirada da estrada, tudo isso de baixo do olhar atento e questionador do Salvatore. Ao chegar naquele lugar, Caroline Forbes começou a gritar:
ㅡ Foda-se a Elena! Foda-se o Damon! Foda-se Tyler Lockwood! Foda-se Mystic Falls!
Ao final da sua fala, ela jogou o celular de Stefan que logo foi seguido pelo seu próprio. Devido a sua força sobrenatural, era impossível saber onde os objetos parariam; Stefan, observando tudo, agora com um olhar incrédulo, sabia que seja lá onde eles caíssem, não chegariam inteiros.
Quando tirou os olhos do céu, por onde vira os aparelhos voar, e voltá-los para a loira, Stefan a viu gargalhando enquanto andava em sua direção.
ㅡ Isso foi libertador ㅡ disse ao retomar seu lugar no banco.
ㅡ Por que você fez isso?
ㅡ Nem vem, Stefan, que você queria fazer o mesmo ㅡ respondeu, levantando a mão na direção do homem.
Stefan balançou a cabeça positivamente, sorrindo, um sorriso que não demorou para se transformar em uma gargalhada.
ㅡ É, eu acho que você tem razão.
Caroline virou-se para ele com um olhar que dizia: eu te disse!; os dois começaram a rir. Se alguém os visse naquele momento, não pensaria outra coisa senão que se tratava de dois loucos sentado no banco do ponto de ônibus.
Eles pararam quando viram uma luz avançando naquela direção.
ㅡ Eu acho que a nossa carona chegou ㅡ disse o Salvatore, observando a luz distante.
ㅡ Você vai realmente fazer isso? ㅡ Caroline perguntou vendo ele se levantar e colocar uma das alças da mochila no ombro.
Stefan a olhou.
ㅡ Eu vou sim. Você não? Pelos gritos, achei que era a que mais queria sair desse lugar. ㅡ Stefan deu um pequeno e breve sorriso.
ㅡ É que... eu quase nunca saí de Mystic Falls em todos esses anos da minha vida, e agora eu sou uma vampira, eu tenho um certo receio ㅡ confessou ela, esfregando as mãos sobre as coxas cobertas pela calça jeans.
ㅡ Fica tranquila, você é a melhor vampira que eu conheço e eu sei que você nunca machucaria ninguém, a menos que seja extremamente necessário. Não precisa ter medo, Caroline, eu não vou deixar nada te acontecer.
Stefan sorriu novamente e estendeu a mão para ela. Caroline olhou para a mão dele, depois voltou-se para o seu olhar. Stefan ergueu as duas sobrancelhas. Caroline voltou o olhar para a mão, soltou um suspiro e finalmente, agarrou a mão dele, permitindo-se ser puxada para cima. Ela olhou para Stefan, que mantinha o sorriso nos lábios, e sorriu de volta. Caroline já tinha ouvido aquela frase saindo da boca do vampiro e era uma das poucas pessoas que conhecia Stefan como ninguém para saber que ele cumpria todas as suas promessas, como cumpriu ao proferir tal frase pela primeira vez.
A luz que vinha distante iluminou os dois. O ônibus parou e a porta se abriu. Stefan e Caroline entre olharam-se e o primeiro subiu a pequena escada, sendo seguido pela mulher. Não sabiam quando retornariam para aquela cidade de alegrias e tristezas, horrores e amores; mas de uma coisa eles tinham certeza: ao subir naquele ônibus, tinham uma chance de recomeçar.
"You found me dressed in black
Hiding way up at the back
Life had broken my heart, into pieces
You took my hand in yours
You started breaking down my walls
And you covered my heart in kisses
I thought life passed me by
Missed my tears, ignored my cries
Life had broken my heart, my spirit
And then you crossed my path
You quelled my fears, you made me laugh
Then you covered my heart in kisses."
- Dressed In Black, Sia
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