CAPÍTULO TRINTA E UM
❛ parte dois: lua nova ❜

AS SEMANAS SEGUINTES ao Halloween foram sem novidades, embora pacíficas e lentas. Dezembro chegou antes que eles percebessem, e Ametista fez todos eles patinarem no gelo. Com a chegada abrupta do mês, eles acharam que era hora de entrar no espírito natalino.

A pista de gelo que ela havia escolhido ficava a mais de três horas de distância, mas, segundo ela, "tudo valeria a pena quando eles chegassem lá" e "eles verão." O que quer que isso significasse, Elexia pensou. Gaia ficaria com Austin, então ela não ficaria sobrecarregada e teria que ficar acordada até tarde.

— Tem patinação no gelo e tem um monte de outras coisas. — Ametista tranquilizou enquanto o grupo estava sentado no quarto de Elexia, se preparando. A única humana estava vestindo uma camisa branca com calças de moletom cinza claro e um moletom azul-petróleo.

Todos desceram para se despedir de Gaia (e Austin).

— Tchau. — Elexia disse tristemente, olhando para si bebê que estava nos braços de seu pai. — Você está tão bonitinha.

— Ainda não consigo acreditar que ela conseguiu sentar sozinha agora. — Rosalie sorriu tristemente enquanto Austin colocava a bebê no chão.

— Olhe para esta pequena. — disse Emmett enquanto olhava para a bebê.

— Bom trabalho, Gaia! — Ametista comemorou.

— Menininha grande! — Elexia acrescentou.

Finalmente, eles conseguiram sair de casa e entrar no carro. Emmett estaria dirigindo, com Ametista no banco do passageiro e o casal atrás.

As três horas e meia foram longas, e estava escuro como breu quando chegaram à pequena cidade e saíram do carro.

A entrada era um arco de madeira com luzes douradas amarradas ao longo dele. Conforme eles andavam, árvores de Natal e guirlandas com as mesmas luzes os cercavam, emparelhadas com outras decorações de Natal variadas. A cidade em miniatura lá dentro era linda, pequenas casas todas com decorações deslumbrantes.

Emmett mal conseguiu entrar em uma delas, segurando a porta aberta para as meninas.

— Bem-vindos à minha casa. — disse Emmett. — Aqui está minha cadeira. — ele gesticulou para uma pequena cadeira no canto da casa muito pequena.

Ametista e Elexia riram enquanto Rosalie revirava os olhos de brincadeira antes de saírem da sala, com a vampira loira alegando que estava começando a ficar claustrofóbica.

— Certo, vocês estão prontos? — Elexia perguntou, sorrindo para os três vampiros, referindo-se à patinação, enquanto eles estavam em frente ao estande de aluguel de patins.

Para o desgosto de Elexia, seus melhores amigos e namorada eram todas impecáveis ​​na patinação, enquanto ela parecia Bambi no gelo. Acontece que ela era realmente ruim em patinação no gelo.

— Honestamente, é bem difícil tentar manter um ritmo humano, no entanto. — Ametista falou. — Meu corpo só quer que eu acelere.

Emmett não perdeu tempo e patinou na frente das meninas, enquanto Rosalie e Ametista seguravam os braços da humana, embora estivessem rindo muito.

Um homem sentado do lado de fora do rinque pegou um violão e começou a tocar uma música, fazendo Rosalie, Ametista e Elexia balançarem a cabeça e se abraçarem.

— Está nevando! — Elexia exclamou depois de meia hora de patinação ininterrupta. — De jeito nenhum!

— Não, não é, é neve falsa. — Rosalie disse a ela, apontando para as pequenas máquinas de neve nos postes que ladeavam a pista.

O sorriso de Elexia desapareceu. — Oh.

Rosalie sorriu timidamente, envolvendo os braços em volta dos ombros da namorada e dando um beijo em sua bochecha. Então, ela pegou a mão dela e a levou para uma patinação lenta ao redor da pista, só elas duas.

— Mal posso esperar até que Gaia tenha idade suficiente para vir aqui e começar a patinar. — Rosalie disse, apoiando a cabeça no ombro de Elexia.

— Espero que ela não tenha herdado meus genes de patinação. — Elexia riu.

— Lexi, podemos ir ao bar? — Emmett apareceu abruptamente.

— Não, Emmett, porque eu sou menor de idade, e vocês três também deveriam ter menos de vinte e um anos.

— Você é péssima. — Emmett fez beicinho de brincadeira. — Podemos pelo menos ir ver mais dessas casinhas agora?

— É, minhas pernas estão virando gelatina de qualquer jeito.

Como Elexia se cansava tão rápido, não demorou muito para que eles decidissem dirigir para casa - mas a pobre garota não durou nem uma hora no carro, adormecendo no colo da namorada.

Poucos dias depois do encontro de patinação, Elexia convidou Melody para uma festa do pijama. Fazia algumas semanas que as meninas não saíam depois da escola e Elexia sentia falta da amiga. Elas decidiram fazer alguns biscoitos. Elas acabaram na loja, reunindo ingredientes depois que a garota de olhos castanhos percebeu que Austin não tinha materiais para assar em casa. Elas vieram com biscoitos de chocolate clássicos e um pouco de gemada à parte. Melody conseguiu entrar furtivamente em um saco de marshmallows para ela lanchar.

— Não façam muita bagunça. — Austin disse enquanto passava pela cozinha a caminho da sala de estar. — Ou exploda qualquer coisa.

Elexia e Melody riram juntas. — Não vamos, pai.

— Deveríamos também fazer chocolate quente. — Melody sugeriu, virando-se para Elexia.

— Ótima ideia. — Elexia sorriu. — Ei, pai! Você pode vir buscar Gaia?

Austin gemeu e se levantou do sofá, fazendo Elexia rir enquanto ele entrava na cozinha com um olhar irritado no rosto enquanto pegava o bebê sorridente. — Tem um jogo do Seahawks passando, Lex.

— Desculpe. — Elexia sorriu. — Não vamos mais te incomodar.

Seu pai revirou os olhos, brincando, e voltou para a sala de estar, acomodando-se confortavelmente no sofá novamente.

Melody se divertiu com a interação e comeu alguns marshmallows o tempo todo.

— Onde está o chocolate? — Melody perguntou enquanto começava a olhar os armários.

— Uh, na verdade eu não tenho a mínima ideia. — Elexia se encolheu. — Pa...

— Não chame ele! — Melody calou a amiga antes que ela pudesse chamar o pai. — Você vai irritá-lo de novo,

— Isso é um dilema, Mel! — Elexia exclamou, procurando freneticamente nos armários. — Ah, deixa pra lá. Aqui está.

Melody soltou um suspiro dramático e pegou o objeto de suas mãos.

— Ok, vamos garantir que temos tudo. — disse Elexia, pegando a lista de ingredientes.

— 2 ¼ xícaras de farinha de trigo.

— Certo.

— 1 colher de chá de sal.

— Ding, ding.

— 1 xícara de manteiga derretida.

— Sim.

— ¾ xícara de açúcar granulado.

— Hum.

— ¾ xícara de açúcar mascavo.

— Sim.

— 1 colher de chá de extrato de baunilha.

— Pode apostar.

— 2 ovos.

— Claro.

— E gotas de chocolate.

— Sério, Sherlock.

Elexia mostrou a língua de brincadeira. — Bem, isso é tudo.

— Ok, vamos começar a cozinhar então. Estou entediada.

— Assando. — Elexia corrigiu. — Você assa biscoitos, não os cozinha.

— Ok, polícia gramatical, vamos lá.

— Eu não tenho ideia de como assar, a propósito. Então, se esses ficarem horríveis, me desculpe. — Elexia deu de ombros. — Minha namorada é quem ama assar.

Melody sorriu. — Quando você fala sobre ela, seus olhos brilham.

Elexia corou e olhou para baixo. — Eu a amo mais que a vida.

— Quando vou conhecê-la, hein? — Melody cutucou o ombro da amiga.

— Uh, super em breve. — Elexia tentou inventar uma mentira. — A faculdade a deixa bem ocupada, e ela está em um dormitório em Seattle, então às vezes não nos vemos por alguns dias. Eu tento visitá-la, se possível.

— Ah, ok. — Melody assentiu. — Bem, eu realmente espero conhecer o amor da sua vida muito em breve. E, para que fique registrado, eu também sou péssima em confeitaria.

Assar os biscoitos levou muito mais tempo do que provavelmente deveria, porque elas não sabiam ler as instruções corretamente e Melody se distraiu querendo segurar Gaia. No final, os biscoitos ficaram ótimos - mesmo com seus muitos erros - e as meninas os aproveitaram na sala de estar com Austin.

Mesmo que ele as obrigasse a assistir futebol.

Eles acabaram criando uma família!

Até breve. ❤️❤️