016
CAPÍTULO DEZESSEIS
❛ parte um: crepúsculo ❜
ROSALIE A LEVOU de volta pelo corredor, para o escritório de Carlisle. Ela bateu na porta, apesar de Carlisle já conseguir ouvi-las.
— Entre. — a voz de Carlisle falou atrás da porta de madeira.
Rosalie abriu a porta para revelar mais um cômodo que Elexia não esperava nem um pouco. O teto era alto e a parede esquerda era toda de vidro. As paredes eram de madeira com painéis; embora estivessem cobertas principalmente por estantes de livros.
Carlisle sentou-se em uma mesa de madeira em uma cadeira de couro preta. Ele fechou o livro que estava lendo antes de entrarem.
— O que posso fazer por vocês? — ele perguntou, com seu tom gentil de sempre, levantando-se da cadeira.
— Eu queria mostrar a Elexia um pouco da nossa história. — Rosalie disse. — Bem, sua história, na verdade.
— Sinto muito incomodá-lo. — desculpou-se Elexia.
— Não se preocupe, você não está. — ele sorriu para ela. — Por onde você vai começar?
— The Waggoner. — Rosalie respondeu, virando Elexia para uma parede coberta de fotos e a puxou para a esquerda. A pintura era de uma cidade. Elexia não conseguia descobrir qual, muito menos em que ano era. Parecia muito antiga.
Rosalie pareceu entender o que ela estava pensando. — Londres nos anos dezesseis e cinquenta.
Os lábios de Elexia se separaram um pouco, e ela percebeu que não sabia quantos anos Carlisle realmente tinha.
— A Londres da minha juventude. — Carlisle falou atrás delas.
— Você pode contar a história para ela? — Rosalie perguntou. — É melhor quando você faz isso.
Carlisle sorriu. — Eu faria, mas na verdade estou um pouco atrasado. O hospital ligou esta manhã - Dr. Snow está tirando um dia de folga por doença. Além disso, você conhece as histórias tão bem quanto eu.
Carlisle sorriu mais uma vez, antes de sair da sala. Elexia virou a cabeça para olhar a pintura. Ela se perguntou como deve ter sido estar viva naquela época.
Rosalie começou a falar calmamente. — Carlisle era filho de um pastor anglicano. Sua mãe morreu ao dar à luz. Quando os protestantes chegaram ao poder, ele ficou entusiasmado em sua perseguição aos católicos romanos e outras religiões. Ele também acreditava fortemente na realidade do mal. Ele liderou caçadas a bruxas, lobisomens e vampiros. Eles queimaram muitas pessoas inocentes - é claro, as criaturas reais não eram tão fáceis de capturar. Quando o pastor envelheceu, ele colocou seu filho obediente no comando dos ataques. No início, Carlisle foi uma decepção - ele não era rápido em acusar. Mas ele foi mais persistente do que seu pai. Ele realmente descobriu um coven de vampiros reais vivendo nos esgotos da cidade. As pessoas reuniram forcados e tochas e esperaram onde Carlisle tinha visto os monstros saírem. Eventualmente, um saiu. Ele devia estar super velho e fraco por não comer. Carlisle o ouviu gritar em latim para os outros vampiros no esgoto. Ele estava com muita fome, então ele atacou. Carlisle foi o primeiro. Ele foi deixado sangrando na rua.
— Carlisle sabia o que seu pai faria. Ele queimaria os corpos. Carlisle salvou sua própria vida, rastejando para longe do beco. Ele se escondeu em um porão e se enterrou em batatas podres por três dias. Ele percebeu o que havia se tornado. Ele se rebelou contra isso no começo. Ele tentou se destruir. Ele tentou pular de grandes alturas... Tentou se afogar. Ele foi capaz de resistir à alimentação, apesar de ser tão jovem. O instinto é geralmente tudo o que você consegue pensar então. Ele tentou a fome em seguida. Isso não pode nos matar, então ele simplesmente ficou muito fraco. Ele ficou longe dos humanos.
— Uma noite, uma manada de veados passou onde ele estava hospedado. Ele estava com tanta sede que os atacou sem pensar. Sua força voltou, e foi assim que ele aprendeu sobre a alternativa de se alimentar de animais para sobreviver. Ele nadou até a França...
Elexia interrompeu pela primeira vez. — Espera. Nadou?
— As pessoas nadam no Canal o tempo todo. — Rosalie ressaltou sem rodeios.
— Ok, mas o jeito que você disse foi engraçado. Ele nadou até a França. É, tipo as pessoas só fazem essas merdas e risadinhas.
— Bem, é mais fácil para nós porque, tecnicamente, não precisamos respirar. — Rosalie falou. — Agora, deixe-me terminar a história. Carlisle nadou até a França e continuou pela Europa, para diferentes universidades. Ele estudou música, ciência e medicina. Ele descobriu que sua paixão era salvar vidas humanas. Carlisle levou dois séculos para realmente aperfeiçoar seu autocontrole. Agora, ele é basicamente imune ao cheiro de sangue humano.
Ela apontou para uma pintura na frente deles. Não foi difícil reconhecer qual era Carlisle, naquela sacada. — Ele estava estudando na Itália quando descobriu os outros vampiros de lá. Eles eram muito mais civilizados do que os de Londres. Aro, Marcus e Caius. — Rosalie apontou para cada homem enquanto dizia seus nomes. Aro e Marcus tinham cabelos escuros, enquanto o de Caius era da mesma cor que o de Carlisle.
— O que aconteceu com eles? — Elexia perguntou. Esses nomes nunca foram mencionados a ela, então ela presumiu que algo deve ter acontecido.
— Oh, eles ainda estão lá. — Rosalie assentiu. — Eles estão lá há quem sabe quanto tempo. Carlisle só ficou com eles por um curto período - apenas algumas décadas. Ele os admirava de muitas maneiras, mas eles se alimentavam de humanos e tentavam converter Carlisle à dieta deles. Naquele ponto, Carlisle decidiu seguir em frente. Ele queria encontrar outros como ele. Ele estava muito solitário. Ele não encontrou ninguém por um longo tempo. Ele começou a viver no mundo humano; como um médico.
— Quando a epidemia de Influenza atingiu, ele estava trabalhando em turnos noturnos em um hospital em Chicago. Ele decidiu que, como não conseguia encontrar um companheiro, criaria um. Ele não tinha certeza de como fazer isso, já que não sabia exatamente o que acontecia quando ele era transformado. E ele não queria matar um ser humano que era capaz de sobreviver. Foi quando ele encontrou Edward. Ele foi deixado em uma enfermaria, morrendo. — Rosalie sorriu. — E foi assim que nossa família começou.
Elexia sorriu de volta para ela.
— Vamos para o meu quarto. — Rosalie agarrou a mão de Elexia e a acompanhou para fora do escritório, de volta ao corredor onde ficava seu quarto.
O quarto dela também tinha a mesma parede toda de vidro, exceto que a dela era virada para o sul. Sua vista era parcialmente para o rio. Ela tinha uma pequena estante de livros e um grande armário. A estrutura da cama era preta e o cobertor era de um azul profundo e rico.
— Por que você tem uma cama se não consegue dormir? — Elexia riu.
— Mais confortável que um sofá. — Rosalie deu de ombros.
Houve uma batida na porta. — Podemos entrar? — perguntou a voz suave de Alice.
— Sim. — Rosalie gritou.
Alice abriu a porta lentamente, um pequeno sorriso no rosto com Jasper atrás dela. Ela entrou direto no quarto, enquanto Jasper ficou na porta.
— Edward e Bella acabaram de chegar. Ele pensou em trazê-la hoje, enquanto Elexia ainda está aqui. — Alice informou.
Jasper finalmente entrou na sala, seu desconforto diminuindo um pouco. — Alice disse que vai ter uma tempestade de verdade hoje à noite, e Emmett quer jogar bola. Você topa?
Elexia se perguntou por que eles iriam "jogar bola" em uma tempestade.
— É claro que você deve trazer Elexia. — Alice sorriu.
Rosalie virou-se para Elexia. — Você quer ir?
Elexia assentiu, com um pequeno sorriso no rosto. Ela ainda não entendia a parte da tempestade, mas não se importaria de sair com a família.
— Temos que esperar o trovão para jogar bola - você verá o porquê. — Rosalie disse a ela.
— Não se preocupe, não vai chover na clareira para onde estamos indo. Vai cair sobre a cidade. Vamos ver se Carlisle vem. — Alice falou animadamente, correndo para a porta do quarto.
— Como se você já não soubesse. — provocou Jasper, e saiu do quarto atrás de seu amor, fechando a porta.
— O que vocês jogam? — Elexia perguntou.
— Você e Bella não vão brincar, só assistir. — Rosalie riu. — Vamos jogar beisebol.
— Espere. — os olhos de Elexia se arregalaram. — Emmett está aqui agora?
Rosalie assentiu.
Elexia se levantou de um salto. — Podemos ir vê-lo?
Rosalie riu, afeiçoada à amizade que se formou entre suas duas pessoas favoritas no planeta. Ela se levantou e agarrou a mão de Elexia, abrindo sua porta e andando pelo corredor até o quarto de Emmett.
Elexia bateu suavemente na porta entreaberta, e a voz profunda de Emmett gritou para que eles "entrem".
Assim que ela entrou, ela foi erguida do chão em um grande abraço de urso pelo vampiro gigante. Ele teve o cuidado de virá-la ligeiramente de lado para não esmagar seu estômago. Ela riu, envolvendo os braços firmemente em volta dos ombros de pedra dele - apesar de eles mal conseguirem envolvê-los. Rosalie sorriu largamente para eles da porta.
— Onde diabos você estava antes? — Elexia perguntou assim que Emmett a colocou de pé novamente.
A excitação iluminou suas feições enquanto ele corria para o sofá em seu quarto, pegando uma caixa de donuts. — Eu comprei donuts para você! Eu sei que você disse que estava desejando-os outro dia. Demorei muito porque tive que sentar lá e experimentar cada donut na loja para ter certeza de que eles eram bons. E então eu tive que vomitá-los porque não consigo digerir comida humana... — ele parou antes de sorrir amplamente novamente. — De qualquer forma! Eu comprei um monte para você, para que você - e Gaia - fiquem satisfeitas por um tempo.
Elexia não conseguiu evitar o sorriso que tomou conta de seu rosto, combinando com o dele. Ele era tão atencioso e realmente seria o melhor tio, apesar de não ter tantas células cerebrais.
— Bem, obrigada pelos donuts, Em. — Elexia riu. — Tenho certeza de que Gaia vai apreciá-los muito.
— Oh! — ele gritou entusiasticamente, como se não conseguisse ficar em um tópico por muito tempo. — Você viu meu beliche? Eu o comprei para quando você e a bebê G dormirem aqui. Mas, eu fico com beliche de cima!
— Certo, Emmett. A cama de cima é sua.
— A Alice te contou que vamos jogar beisebol hoje? Ela me disse que te contaria!
— Ela nos contou. — Elexia assentiu.
— Cara, estou tão animado!
— Sim, tenho certeza que sim.
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