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Capítulo 43

Eu acredito

E eu acredito, porque eu posso ver

Nossos dias futuros

Dias de você e eu

Você e eu

Dias

Você e eu

(Future Days - Pearl Jam)

Com a ajuda do meu esquadrão de casamento: Mamãe, Flávia que vinha sempre que podia, Denise, Anne, Lucy, e Dona Liz, mãe do Taylor, em três meses tínhamos tudo pronto. O local, o buffet, a decoração, a banda, o vestido, e tudo mais o que um casamento tem direito. Foi bom ver Dona Liz de volta à Tulsa. O casamento a ocupou bem, reaproximando-a de Taylor, e de mim também. Ela era uma pessoa muito agradável, queria tê-la por perto, principalmente por que Taylor à amava muito e sentia sua falta.

Decidimos por uma decoração mais minimalista e rústica. Escolhemos as cores rosa chá e champanhe. A banda não poderia ser outra: Boys of New Age. A banda que Taylor havia me levado para conhecer quando voltei a Tulsa e que me apaixonei completamente. O grande desafio foi o meu vestido, pois não gostei de nenhum dos modelos que vi. Todos eles pareciam "princesa" demais e não sentia que combinava comigo. Se dependesse da minha mãe seria um daqueles vestidos de saia bem rodada, a mais armada possível, com direito a coroa de diamantes. Mas não era o que eu queria e depois de muito procurarmos, e não encontrar, decidi que talvez fosse melhor fazer um do jeito que eu queria. Então, começou a correria atrás de um bom estilista que fizesse um vestido de noiva em tempo recorde. Além da briga porque minha mãe queria que fosse um estilista famoso, e no fim, Stephan nos indicou um que conseguiu captar exatamente o tipo de vestido que eu queria.

Depois de três meses e meio na busca de que tudo estivesse do jeito que queríamos, havia chegado o dia do meu casamento! E eu não poderia ter mais borboletas no estômago! Havia aprendido a desenvolver um sentimento de gratidão por tudo o que acontecia na minha vida, tantos os bons momentos quanto os maus, pois sabia que eles contribuíram para que eu saísse da minha zona de conforto e me fizessem ter forças para ir em busca do que eu realmente queria. Mas se tinha alguém que eu seria eternamente grata por ter feito com que eu enxergasse isso, esse alguém era Taylor. Ele havia me ensinado tanto! Em correr atrás do que realmente importa para mim, o que realmente me faz feliz. E naquele dia, enquanto Mike fazia minha maquiagem e meu cabelo, sabia que a minha felicidade estaria me esperando no nosso pequeno altar.

O dia não poderia estar mais lindo naquela tarde de 30 da março de 2018. O sol brilhava, assim como eu. Sentia a minha alegria, como raios de sol que emanavam de mim e eram visíveis para quem quisesse ver. Minha mãe volta e meia entrava no quarto para ver se eu não estava precisando de nada. Ela e meu pai estavam tão contentes que ela precisou refazer a maquiagem duas vezes porque sempre que falava comigo, se debulhava em lágrimas. Meu pai era mais contido, mas toda vez que ia no quarto ficava na porta me observando com os olhos cheios d'água, e eu precisava me controlar para não cair no choro também.

Um momento marcante tinha sido a hora de colocar o vestido. Estava apaixonada por ele. Sam Walters, o estilista havia captado no meu vestido traços da minha personalidade: delicado com um toque de ousadia. Sem mangas, composto por bordados e renda na parte do busto em alto relevo, com um tecido transparente por baixo. Atrás era todo transparente deixando minhas costas inteiras à mostra. E a parte da saia era composta por um tecido leve, esvoaçante, sem volume, com uma moderada fenda do lado direito, com o mesmo bordado por baixo dela. Abri mão da grinalda, e quis apenas uma singela coroa de pequenas flores rosa bebê. Meus cabelos estavam soltos com largos e longos cachos do meio para as pontas. Me olhei no espelho e podia dizer com toda a certeza de que nunca havia me visto mais linda. E sabia que grande parte dessa visão era em razão do meu estado de espírito.

Flávia me entregou o buquê segurando minhas mãos e juntando nossas testas ternamente. Ela estava linda de madrinha com seu longo vestido rosa chá tomara-que-caia. Havia deixado o cabelo crescer e o prendera em um longo e sofisticado coque, deixando algumas mechas soltas. Nunca poderia imaginar que nós duas, duas garotas perdidas em Nova Iorque sem dinheiro para o aluguel, pudessem vivenciar tantas alegrias e conquistas. Mas lá estávamos nós, presentes uma na vida da outra a cada realização e eu podia dizer, com toda certeza do meu coração, que elas não teriam o mesmo significado se eu não tivesse Flávia ao meu lado.

Caminhamos juntas de mãos dadas até o jardim onde aconteceria a cerimônia, ao ar livre. Como eu havia sonhado, cadeiras rústicas na cor branca estavam dispostas dos dois lados, com um caminho de pétalas brancas até o pequeno altar improvisado com um arco de flores também brancas, onde o padre nos esperaria. Não éramos religiosos, mas fomos educados na fé católica.  

Para a festa, foi montada uma grande tenda que cobria as mesas e cadeiras, o buffet e o palco.

Flávia me deu um longo abraço antes de se juntar as outras madrinhas para entrarem. Me encontrei com meu pai junto a Janet, a cerimonialista, esperando o momento em que pudéssemos fazer nossa entrada. Apesar de estar perto, não conseguia ver o que estava acontecendo, pois segundo Janet, não podíamos acabar com a magia da surpresa.

— Você é a noiva mais linda que eu já vi. – disse Lucy encantada ao meu ver. Ela era minha dama de honra e parecia um anjo com seus cabelos cheios de cachos e seu vestido branco com flores rosas.

— E você é a dama de honra mais linda que eu já vi. – Me fazendo dar um passo para trás, Lucy me abraçou apertadamente. Me abaixei para abraça-la melhor.

— Obrigada por não desistir da gente... – agradeceu passando sua linda mãozinha macia pelo meu rosto, me desconcertando totalmente com todo aquele sentimento e sinceridade.

— Se tem uma coisa que eu aprendi, é que quando existe amor, a gente não pode desistir. E entre nós tem amor de sobra. – Sorri antes de ela me abraçar mais uma vez.

Janet a chamou para que pudesse entrar com sua cestinha de pétalas de rosas. Vi Lucy entrar graciosamente e tudo o que eu podia pensar era em, como eu amava aquela criança e o quanto no auge dos seus 9 anos, me ensinava tanto.

Então, o grupo de cordas começou os acordes da música da minha entrada, senti meu coração estranhamente se acalmar. E eu sabia o porquê: ele sabia o que viria a seguir e sabia que poderia estar tranquilo. Sobre a melodia de "The Story" de Brandi Carlile, meu pai pegou a minha mão e a entrelaçou entre seu braço. Ele não disse nada, mas beijou o topo da minha cabeça e sorriu. Nada mais precisava ser dito.

Ao chegarmos até o início das pétalas todos se levantaram e viraram para mim. Mas eu só tinha olhos para ele. Taylor usava um terno cinza com uma gravata rosa claro. Havia feito a barba, mas manteve os cabelos no comprimento que estavam, como eu tinha pedido. Adorava seu cabelo mais comprido. Como ele era lindo! E estava mais lindo do que nunca, tinha um sorriso enorme no rosto e ao me ver, simplesmente congelou. Não tirava os olhos de mim por nada e não parava de sorrir.

Por entre as pétalas de rosa, de braços dados com o meu pai, com os olhos vidrados em Taylor eu cantei aquela música que tanto significava para mim. Pois, em casa verso, eu podia enxergar minha história com Taylor.

"Todas as linhas no meu rosto

Te contam a história de quem eu sou

Tantas histórias de onde estive

E de como eu cheguei onde estou

Mas essas histórias nada significam

Quando não se tem ninguém para conta-las

É verdade... eu fui feita para você".

Ao cantar esta estrofe Taylor tentou mas não conseguiu segurar a emoção e chorou. As lágrimas escorriam de seus olhos, mas tudo o que ele fazia era continuar olhando para mim. Não mostrava vergonha delas, pois sabia do valor de cada uma. Eu quase não consegui me controlar, sentia a emoção em cada célula do meu corpo, mas consegui cantar a canção até o fim, derramando todo o meu amor em forma de música até o meu amado.

Assim que meu pai me entregou para Taylor, eles se abraçaram brevemente, e Taylor segurou minha mão dando-me um beijo no rosto.

— Você está tentando ficar viúva antes de casar cantando essa música e sendo extraordinariamente linda assim. – sussurrou ao pé do meu ouvido ainda secando as lágrimas em seu rosto.

— Eu preciso de você mais um pouco, ainda não tivemos nossa noite de núpcias. – ao me ouvir, Taylor voltou o olhar para mim com um sorriso travesso ao ver o meu. Antes que Taylor pudesse me responder, o Padre começou a falar.

Durante toda a cerimônia o Padre Clamsy falou sobre o amor e a importância de se cultivar o sentimento. Que o amor é como a semente, às vezes podia cair em terreno árido, ou pedregoso. Daí a importância de se cultivar o solo, para receber sementes tão importantes capaz de produzir os mais belos frutos. Eu não podia deixar de ouvir aquelas palavras e não pensar que tinha sido exatamente o que aconteceu conosco. Nosso reencontro, nossas brigas, idas e vindas, até aprendermos a cultivar o lindo presente que tínhamos recebido.

Taylor me surpreendeu na hora dos votos em, ao invés de ler, cantar para mim uma música de sua autoria. Aquele danado e sua habilidade para compor, era algo muito natural para ele que fazia com a maior facilidade. E claro, me fez chorar a ponto da minha mãe me emprestar um lenço para que eu não terminasse o casamento parecendo o Bozo, por mais que minha maquiagem fosse à prova d'água. Uma canção sobre se apaixonar pela melhor amiga, como ele se sentia quando estava comigo e o futuro lindo que queria para nós. Era pura poesia.

Trocamos nossas alianças entre promessas de uma longa vida linda e feliz. E ao ouvir a já conhecida e tão esperada frase "Eu vos declaro marido de mulher", Taylor me tomou em seus braços, segurou meu rosto apaixonadamente e entre os maiores sorrisos que já demos na vida nos beijamos tão amorosamente que por um momento me esqueci das pessoas que nos assistiam. Era fácil me perder em seus beijos...

Recebemos nossos convidados com muito carinho e começamos nossa linda festa de casamento. Estávamos extasiados por termos a oportunidade de viver o dia mais feliz de nossas vidas juntos das pessoas que tanto amávamos. Um momento de valor especial para mim foi a nossa primeira dança como casados. Taylor pediu para escolher a canção que dançaríamos e eu, como de costume, estava ansiosa para saber qual seria. Tentei arrancar a informação dele de todas as formas durante aqueles três meses, mas ele não abriu a boca!

E eu não poderia ficar mais emocionada ao ouvir as primeiras notas daquela canção que tanto me lembrava Taylor. Ele havia cantado aquela música para mim tantas vezes, algumas até por telefone. Ele dizia que aquela canção era nosso elo, e que quando tinha medo da distância, ouvia aquela música fazendo a promessa de que tudo ficaria bem e logo ele estaria em meus braços de novo.

Taylor me pegou pela mão e quando a voz de Eddie Vedder começou a sair pelos alto-falantes cantando "Future Days", meu marido me segurou pela cintura. Não consegui não derramar algumas lágrimas. Depois de tudo o que passamos, aqui estávamos nós. Olhando um nos olhos do outro, extremamente felizes e realizados. Entrelacei meus braços ao redor de seu pescoço, e tudo o que eu conseguia era olhar para ele e sorrir.

Se por acaso eu te perdesse

Eu com certeza perderia a mim mesmo

Tudo o que eu encontrei, querida

Eu não encontrei sozinho

Tente e às vezes você vai conseguir

Fazer de mim este homem

Todas as minhas peças roubadas

Eu não preciso mais delas

(...)

Quando furacões e ciclones se enfureceram

Quando os ventos transformaram a sujeira em poeira

Quando as inundações vieram ou as marés se levantaram

Isso nos tornou cada vez mais próximos

Todas as promessas feitas ao pôr do sol

Eu as fiz, assim como o resto

Todos os demônios que costumavam nos rodear

Sou grato agora que eles nos deixaram

Tão persistente nos meus caminhos

Ei, anjo, estou aqui para ficar

Sem resistência, sem sustos

Por favor, isso é bom demais para ir embora

Eu acredito

E eu acredito, porque eu posso ver

Nossos dias futuros

Dias de você e eu

Você e eu

Dias

Você e eu

Aproveitamos nossa festa o quanto pudemos. Tudo estava perfeito, a comida, a banda que tocaram músicas que pedimos, além das músicas deles. Dancei com meu pai, Lucy, Flávia, Denise, mas meu par favorito era Taylor. Eu precisava aproveitar aquele momento, porque ele não era um cara que dançava, mas estava tão contente que dançou mais do eu esperava.

— Você está me saindo um belo de um dançarino, sr. Harper. – provoquei ao enlaçar meus braços ao redor de seu pescoço mais uma vez, enquanto dançávamos no espaço destinado para a pista de dança.

— Tudo para poder olhar para você.  – disse acariciando meu rosto com as costas das mãos. –Não consigo parar de olhar, Sra. Harper.  – sorri lhe dando um breve selinho.

— Estava contando os minutos para me chamar assim...

— Você nem faz ideia... – assumiu rindo de leve antes de me rodar, um pouco desengonçadamente mais ainda assim de forma graciosa.

Já havia anoitecido, mas seguíamos tão animados que nem nos demos conta. Uma hora a banda nos chamou para cantarmos algumas músicas com eles. Estávamos bem animados pelo casamento e claro, pelo álcool que já tínhamos ingerido, então, não havia a menor cerimônia em cantarmos alto e bom tom, com todos da festa. Taylor pegou a guitarra e quando percebemos estávamos cantando "Tulsa Time" a plenos pulmões, com direito a coro dos convidados. Estávamos tão animados que deixamos a afinação um pouquinho de lado, confesso. Era divertido, só o que importava.

O mais emocionante era ver todos na festa felizes. Via meus pais dançando apaixonados, mesmo depois de 28 anos de casamento. A felicidade deles em ver a filha casando com alguém que a fazia feliz. Era possível vê-los tão leves que quase flutuavam pela pista. Denise era a figura que não saía da pista de dança. Juntamente com seu namorado Kevin, os dois deram um show ganhando aplausos e tudo. Flávia e Max dançavam mais discretamente. Flávia ainda tinha um pouco de receio de como as pessoas viam uma relação de duas mulheres. E após muita conversa comigo Max e seu terapeuta, já era mais fácil para ela entender que a mudança começa em se aceitar como é, a fazendo relaxar mais. Era uma questão de tempo.

Lucy sem dúvidas era a mais animada, dançava de um lado para o outro, às vezes com Anne, às vezes com Taylor, comia, corria, brincava. Era perceptível sua alegria. Revi alguns amigos de Taylor, o pessoal todo do "R&B" estava presente. Alguns tios e primos meus compareceram, me deixando espantada em como o tempo estava passando rápido. Primos que eram crianças e já tinham virado adultos.

A família de Taylor que, muitos deles, foi a primeira oportunidade que tive de reencontrá-los depois de tantos anos. E Dona Liz, parecia tão alegre! Taylor disse que não a via sorrindo daquele jeito desde quando seu pai estava vivo. Era impossível que Taylor não lembrasse de seu pai naquele dia, eu também me lembrei dele e sei como ele ficaria feliz em ver seu filho realizando seus projetos e se casando com a menina que volta e meia, ele dizia que éramos perfeitos demais um para o outro para sermos só amigos. Sabíamos, Taylor mais do que eu, que de alguma forma, ele estava lá.

Nunca me diverti tanto quanto no dia do meu casamento. Estávamos cercados por pessoas que nos amavam e torciam pela nossa felicidade. Eu havia me casado com o homem dos meus sonhos e tinha formado uma família que eu amava com todo o meu coração.

Ah, eu sou só amor com esse capítulo!

Foi lindo escrevê-lo e toda vez que eu releio me emociono. A vitória de dois personagens que passaram por tudo, mas que no fim o amor prevaleceu.

Espero que esse capítulo seja tão especial para vocês como é para mim.

Não deixem de comentar, e curtir. Por favorzinho.

Beijos beijos

Helena Yara Araujo 

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