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Capítulo 37

Quem vai dizer

O que é impossível?

Bem eles esqueceram

Que este mundo continua girando

E a cada novo dia

Eu posso sentir uma mudança em tudo

E enquanto a superfície quebra

Reflexos enfraquecem

Mas de algum modo

Eles permanecem os mesmos

E à medida que minha mente começa a

Abrir suas asas

Não há limites para a curiosidade

(Upside Down - Jack Johnson)

Eu amava morar em Los Angeles, o clima era diferente, próximo da natureza e tudo o que aquela cidade me proporcionava. Mas o que eu tinha com Tulsa era uma relação de pertencimento, sentia que aquela cidade era meu lar. E pensando rapidamente, ela me traria tudo o que eu queria naquele momento da minha vida. Poder me afastar da mídia, desenvolver o projeto da gravadora, estar perto de Taylor e claro, morar na cidade que eu tanto amava.

— Não precisa responder. Sua expressão já disse tudo. – adivinhou Flávia. Às vezes me irritava o fato dela saber mais sobre mim do que eu mesma.

— Você se mudaria comigo para Tulsa? – perguntei esperançosa mesmo já sabendo a resposta.

— Eu... eu não sei Danny. Eu realmente me apaixonei por esta cidade. Eu gosto de movimento... mas eu sou sua agente e empresária agora, preciso estar aonde você está. Não sei como faríamos.  – era possível ver como Flávia se sentia dividida. 

Se eu gostava de Los Angeles, Flávia amava! Amava as pessoas, a localidade, o comércio, e sei o quanto ela amava poder morar perto da praia, assim como quando morava no Rio. Sabia que seria demais para ela pedir para que se mudasse comigo, pois sabia que Tulsa não seria para ela o que era para mim.

— E além do mais, tem a Max, não é? – perguntei na tentativa de descontrair a situação. Flávia ficou vermelha no mesmo instante. Éramos melhores amigas, mas Flávia era mega reservada quando se tratava de relacionamentos.

Flávia passou por muitos traumas em sua vida. Teve um padrasto que a maltratava, e seu primeiro namorado, na qual ela havia engravidado, sumiu sem dar assistência para ela e para o bebê. Em um acidente de carro Flávia perdeu o neném, o que fez com que ela meio que se fechasse para relacionamentos. Desde que a conheci, a vi ter alguns casos, mas nenhum que se tornasse sério. Ela tinha medo de se machucar, pois tinha as suas marcas do passado. Mas havia conhecido Max, uma produtora alta com longos cabelos negros que sempre mantinha contato pelo ramo em que vivíamos.

Se tornaram amigas, até que Max começou a dar indícios de que estava interessada em Flávia. No íncio ela achou aquilo surreal, pois sempre havia se interessado apenas por caras, mas aos poucos, Max começou a conquista-la. E tudo estava indo bem até que Max precisou viajar para a Europa aonde vivia sua família por motivos de doença de seu pai. Havia regressado há duas semanas e para minha surpresa, Flávia estava mesmo disposta a tentar um relacionamento de verdade. E eu claro, não poderia estar mais feliz por ela. Depois de tudo o que ela viveu, ela merecia muito ter alguém que a fizesse feliz como Max fazia.

— Você é uma boboca. – disse Flávia tentando não ficar envergonhada.

— Boboca? Quantos anos você tem? Cinco? – rimos juntas e preferimos deixar aquele assunto para uma outra ocasião. Era uma decisão muito grande para ser tomada em um rompante.

James tinha entrado em contato comigo para saber qual seria minha posição em relação a gravadora. Se tentaríamos mesmo uma batalha jucidial mesmo sabendo que minhas chances seriam quase nulas. E por tudo o que ainda sabia que viria a enfrentar com Gerry nos tribunais, não queria que a minha situação com a gravadora tirasse o foco da minha denúncia em outra batalha judicial, além de saber que provavelmente não venceria. Pedi a James que pudesse resolver aquilo também. Entrar em um acordo com a gravadora de que não teria álbum novo pela Stardust, e nem por outra gravadora. Eu esperaria o prazo dos dois anos sem gravar nada.

Havia pensado muito para tomar aquela decisão. Meditei o quanto pude e percebi que mesmo com todos os contratempos ao longo do caminho, a vida estava me dando uma oportunidade de parar, e realmente pensar no que eu queria para mim. Aquele ano estava sendo de muitas descobertas e sabia que ainda encontraria mais algumas pela frente. Concluí que aqueles dois anos era o que eu precisava: tanto para esquecerem um pouco de mim, e do que eu fazia, e eu poder realmente viver, fazer as coisas que eu gostava de fazer, poder tirar o projeto da gravadora do papel. Ter dois anos para me redescobrir. Tulsa havia iniciado esse processo, eu havia mudado tanto desde então, e eu não poderia estar mais orgulhosa de mim porque ter me aberto à mudança.

E eu sabia que estaria livre para fazer tudo isso, assim que tivesse a oportunidade de falar sobre o que eu tinha vivido com Gerry, levar às pessoas a pensarem sobre a gravidade da realidade feminina. Eu sentia que enquanto não fizesse aquilo, não conseguiria ter foco para todas as outras coisas que estavam nos meus planos. Então fiz uma pequena lista mental de prioridades, e aquela era a primeira delas, com três estrelinhas douradas ao lado significando urgência.

Contei à Flávia sobre a minha decisão e sobre a minha lista. Pelos próximos dois anos eu não estaria ligada à nenhuma campanha, propaganda, não faria shows, nem aparições, nem entrevistas nem qualquer outra coisa que me ligasse à mídia. Flávia concordou comigo, dizendo que há tempos eu precisava daquilo, só que como sempre, me fez pensar sobre mais uma questão que até então não estava distante.

— Você disse que será assim pelos próximos dois anos... – confirmei enquanto tomávamos banho de piscina. – E por que eu acho que essa decisão não será apenas por dois anos?

— Mais uma das coisas que eu realmente não sei. Por tanto tempo eu fui tão neurótica com a minha vida, com meu futuro, com os próximos passos que eu tinha que dar, tudo calculado, que estou me permitindo apenas viver com o que me faz feliz, Flá. Daqui a dois anos se eu decidir que não é mais o que eu quero, sem problemas. Mas isso é o que meu coração pede neste momento. E finalmente sou capaz de dar voz a ele e o deixar guiar.

— Estou tão orgulhosa na pessoa que se tornou. Você sempre foi maravilhosa, mas agora brilha muito mais. E isso porque finalmente conseguiu se encontrar. – disse ternamente debruçada na borda da pisicina. – E como vai fazer com o assunto Gerry? Coletiva, entrevista? Por que acredito que você queira falar sobre isso antes que a mídia descubra o processo e a transforme em uma bomba...

— Eu ainda não me decidi. Mas como primeiro item da lista, vou logo encontrar o jeito... – apoiei o cotovelo na borda meditando sobre o que eu deveria fazer.

Apesar de termos piscina em casa, era a primeira vez que nós duas entrávamos ao mesmo tempo. Desde que reconheci que queria mesmo morar em Tulsa passávamos juntas todo o tempo que tínhamos. Mesmo sem o assunto estar resolvido, no fundo sabíamos como seria. Só não estávamos prontas para dizer em voz alta.

Cumpri o resto da agenda que tinha programada. Dei uma pequena entrevista, e conseguimos organizar as pressas uma segunda. Mas não seria qualquer entrevista: era o meio que eu havíamos arranjado para poder esclarecer tudo. Contactamos um canal conhecido de tv, para que eu pudesse esclarecer os rumores sobre o processo com Gerry, explicar toda a verdade e, avisar a decisão de que eu daria uma pausa na minha carreira por tempo indeterminado. Havia conversado com Flávia e com Taylor e primeiramente eu não daria o comunicado da pausa, simplesmente sumiria. Apesar da imprensa saber ser bem cruel às vezes, sabia que devia aquilo aos meus fãs, que sempre me apoiaram em todas as circunstâncias. Não queria deixa-los no escuro, sem respostas. Eles mereciam minha honestidade, e se eu não pude ser honesta com eles em tudo o que aconteceu comigo antes, eu seria honesta naquele momento.

Taylor sabia o quanto aquela entrevista era importante para mim, e deu um jeito de ir para Los Angeles para estar comigo, e para a minha alegria trouxe Lucy consigo. Era impressionante como a sua presença fazia eu me sentir ainda mais confiante sobre aquilo que deveria fazer. Sem contar no carinho de Lucy que sempre fazia meu coração derreter. Eu já havia dado milhares de entrevistas, mas sentia o friozinho na barriga com aquela, pois sabia como era importante o tamanho da repercussão que ela teria.

Lucy tinha insistido muito para que pudesse estar presente durante a entrevista, mas quisemos poupá-la por causa do assunto "Gerry". Ela não tinha maturidade para entender tudo àquilo. Não sabíamos como iríamos fazer para que ela não assistisse a entrevista depois, mas por aquele momento, ela estaria segura. Depois daríamos um jeito de explicar tudo de uma maneira mais leve. Dete a levou para dentro de casa e prometeu entretê-la com comidas bem gostosas.

— Vai dar tudo certo. Eu vou estar logo aqui atrás. Você está linda e eu tenho muito orgulho do que está fazendo. – Taylor me confortou com as mãos nos meus ombros, minutos antes de começar a entrevista enquanto eu respirava fundo.

Havia conversado com ele que certamente seriam feitas perguntas sobre nós, e eu sabia o quanto ele era uma pessoa reservada e o quanto evitava os holofotes. Ele detestava quando saíamos e víamos paparazzis no nosso caminho, para mim era normal, mas para ele não. Disse que se ele quisesse eu poderia proibir perguntas sobre ele, e sobre nossa relação, mas Taylor sempre me surpreendendo disse que aquela seria uma entrevista para esclarecer muita coisa, e que quando ele escolheu estar comigo, sabia no que estaria envolvido, e como já tínhamos constatado que não falar sobre era bem pior do que falar, era melhor que eu falasse. Assim finalmente saberiam de mim, que estávamos juntos.

Eu seria entrevistada por nada mais, nada menos do que Sally Sanders, musa da TV americana. Seu programa há mais de 20 anos no ar, era quase sempre campeão de audiência, e ela uma mulher sensata e influente. Queria ser vista e ouvida, e Sally já havia me convidado para fazermos uma grande entrevista ao vivo assim que ganhei o Grammy, mas estava focada na turnê, e além do mais Gerry sempre dizia que o mistério fazia parte do artista, então ele sempre deveria fazer pequenas entrevistas e não falar muita coisa. Como quem dava as cartas finalmente era eu, entrei em contato com Sally pessoalmente, e logo consegui a entrevista do jeito, dia, hora e lugar que eu quisesse.

Sally por sua vasta experiência em entrevistar grandes artistas ao longo de sua carreira me passava segurança. A entrevista seria feita no jardim da minha casa. Tudo já estava pronto: equipe e iluminação em seus lugares. Eu vestia um longo vestido rosa chá de alças com um tecido bem fino que fazia com que ele voasse com um vento, tinha uma abertura discreta até um pouco acima do joelho. Sally, bem distribuída em seus quase 1.80, usava uma calça social e uma blusa de seda azul marinho. Tinha a pele morena e o cabelo negro bem cacheado. Não sabia ao certo quantos anos tinha, mas tinha certeza que aparentava ser mais nova do que realmente era, apesar de algumas rugas aparecerem eu seu rosto, era uma pessoa jovial.

Nos cumprimentamos afetuosamente, Sally agradeceu pela oportunidade de me entrevistar, e eu disse que não gostaria de ser entrevistada por outra pessoa. Sentamos em nossos lugares, estaríamos no ar em 30 segundos. Olhei atráves de Sally mais ao fundo e vi Flávia e Taylor com enormes sorrisos encorajadores para mim. Era tudo o que eu precisava para começar. 

Olá pessoal!

Olha eu aqui de novo, pedindo mil desculpas mais uma vez...

A vida tem sido muito corrida, e tenho tido muita dificuldade para conseguir editar os capítulos. Mas eu não me dou por vencida rs

Mais um capítulo para vocês com a esperança de que mesmo sem tempo, vou conseguir trazer os capítulos para vocês.

Por favor, não desistam da Dream Girl. O carinho de vocês pela história é o que me move para, mesmo sem ter como, encontrar um tempinho para poder ter mais um capítulo aqui.

Obrigada pelas palavras de carinho, vocês são demais!

Até breve!

Beijos, Helena Yara Araujo. 

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