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06 - Elo

Gyu

Kira era tudo para mim. Ela era inteligente, bonita, simpática, sempre pensava nos outros mais do que em si mesma. Era esforçada e por muito tempo, era só eu e ela. Eu não me lembro quando foi que me apaixonei por ela. Talvez tenha sido desde a primeira vez que a vi. Ela era delicada como uma flor de lótus e tão graciosa quanto. Quando eu estava com ela o mundo inteiro parecia mais leve, mais colorido.

Mas, acho que tudo mudou quando ela foi para aquele colégio. Eu queria ter tido força e autoridade para dizer ao senhor Hanzo que ela não deveria ir. Mas, eu não podia abrir a minha boca. Ele já havia sido generoso o suficiente em me deixar fazer parte da família dele.

A primeira vez que vi ela saindo do quarto dela a noite eu tive certeza de que era o cara daquele dia. Ela parecia viver por ele. Ela se apaixonou por outro e eu, seu melhor amigo, fui um dos últimos a saber. E eu me sentia como se eu estivesse sendo traído. E eu estava de fato.

Eu vi o olhar dela para ele, dela chorando no corredor da loja de conveniência, de como ela reagia ao toque dele. Os olhos dela brilhavam num verde vivo e seu sorriso era encantador. Ele havia tirado ela de mim. Conseguiu em poucos meses o que eu não consegui em anos. E eu o odiei em cada segundo por isso. Meu sangue parecia que ia ferver, eu fiquei lá segurando os punhos com tanta força que senti minhas unhas me machucarem. Eu queria ter ido lá e socado ele até minhas forças acabarem.

Ainda tinha Mayumi, eu sabia que ela gostava de mim. Que ela me amava. Mas, eu não podia dar nada a ela. Não amando a Kira como eu a amava. Mesmo que a garota que eu queria para mim, pisava no meu coração como se fosse nada.

Ela veio até mim depois de estar praticamente morando com aquele cara me dizer que ela estava apaixonada. Como se ninguém naquela casa não soubesse. Eu soube pela Mayumi que Kaede descobriu as fugas noturnas dela e contou para o senhor Hanzo, que mandou alguém ficar de olho nela. Quando soube que era o líder do clã Gojo ele fingiu que não viu nada. Era conveniente para ele. Eu fiquei me perguntando se ela fez isso de propósito por muito tempo, mas não. Eu me recusava a acreditar nisso.

Eu fiquei com tanta raiva de tudo isso. Aquele cara não ia levar ela a sério. Só ia usar e abusar dela e a trocar pela primeira mulher que achasse. Ele era esse tipo de pessoa. Um riquinho esnobe e mimado. Mas, ela tava tão apaixonada que não via isso.

Depois que a gente brigou eu pensei em ir até ela e dizer que entendia seus sentimentos, que para mim tudo bem. Mesmo que aquilo me destruísse por dentro. Mas, eu sempre pensava nela com ele. E isso era demais para mim. Eu resolvi espairecer, sair de casa e sentir o vento no rosto. Comprar umas batatinhas. Eu caminhava pelas ruas pensando no que eles dois estavam fazendo, e isso acabava comigo.

E aí, eu vi. Quando você sabe que uma coisa acontece, mas não vê dói, mas quando você vê diante de seus olhos dói muito mais. Ela estava lá abraçada com ele, usando a porra de um vestido que ela nem gostava de usar. Ele passou a mão na cintura dela, nas costas, e desceu mais um pouco e deu um aperto de leve no bumbum dela. Ali eu vi que era íntimos. O beijo de leve que eles deram depois foi só para terminar de acabar comigo. Isso dentro da loja de conveniência. Imagina quando estavam sozinhos.

Eu me escondi para que não vissem, até o tom de voz dela estava diferente. Parecia mais leve e meiga, diferente da garota que eu conhecia. Esperei eles saírem, e voltei para casa desolado.

Tio Hiei guardava garrafas de saquê no centro de treinamento escondidas no piso, que um dia eu e Kira encontramos as garrafas por acaso e tivemos nosso primeiro porre em segredo. Eu fui até lá, peguei a garrafa e fui para o meu quarto. E bebi. E bebi mais e mais. Eu só pensava no que eles estavam fazendo naquele momento. Em coisas que eu nunca ver, nem fazer.

Eu me guardei para ela, nunca tive olhos para garota nenhuma e ela perdeu a virgindade com o primeiro babaca que achou pela frente. Eu a odiava também por isso.

Eu queria ficar ali naquele quarto até a raiva e a tristeza passarem. Foi quando vi alguém se aproximar da minha varanda. Mayumi estava me observando de longe como sempre. Provavelmente estava preocupada comigo. Mayumi era uma boa pessoa, ela só ficou no meio de uma situação complicada. Eu podia não ter feito o que fiz, fingindo que não a vi. Mas, nem sempre somos bons ou gentis. Temos defeitos, falhas. Naquela noite fui eu que falhei. Me aproximei da varanda e abri a porta de correr de vidro.

— Mayu? — Eu chamei ela sabendo que ela viria.

— Ah, oi Gyu. Eu vi você passando, parecia chorando. Eu fiquei preocupada. — Na verdade ela estava sempre me observando.

— Eu... tô bem. Sério. Não precisa se preocupar.

— Legal... — ela disse tímida.

— Você quer entrar?

— Eu? — Vi seu rosto ficar vermelho instantaneamente.

— Sim. Vem.

— T-tá.

Mayumi entrou na varanda e tirou os sapatos. Depois ela adentrou discretamente no meu quarto extremamente envergonhada. Ela olhou para a garrafa de saquê sobre a mesinha e fez uma cara de desagrado.

— Estava bebendo? — Mayumi sempre foi certinha. O total oposto de Kira que parecia estar sempre em busca de adrenalina. Mayumi era medrosa, raramente embarcava nas nossas aventuras. Mas, era gentil.

— É.

— Não devia beber.

— Eu não tive um bom dia.

— Eu posso te ajudar com alguma coisa Gyu?

— Não.

Mayumi abaixou a cabeça, respirou fundo fundo e depois continuou.

— É por causa da Kira, né?

— É sim. Eu não posso negar isso.

— Não se fala em outra coisa. Sobre ela e o líder do clã Gojo. Yosano-sama está extremamente feliz, como se tivesse ganhado na loteria.

— Ela deve estar feliz também. Vai ter uma vida de rainha. — eu disse com desdém.

— Não fale como se eles fossem se casar. Eles estão só namorando.

— Ela nem vem mais para casa! Ela não liga pra nós!

— Ela não era exatamente bem tratada aqui né?

— Mas, tinha a gente! Ela tinha a mim! — Nesse momento eu parei de usar a razão. A emoção falou mais alto e eu chorei pela Kira como uma criança.

— Gyu...

— Ela não ligou para nada! Só quis viver esse amor doentio que ela tem por aquele cara! E quando ela sofrer, sabe quem ela vai procurar? Nós! E ela não pôde nem nos contar que estava se apaixonando por alguém!

— Talvez ela sofra também, já pensou?

— Eu amo a Kira, Mayu. Amo de verdade e eu não consegui dizer nada disso para ela. Ele conseguiu, ele deu um passo que eu nunca pude dar. Eu... vi os dois juntos hoje.

— Eu sinto muito. Eu te entendo perfeitamente. — Mayumi olhou para mim com firmeza dessa vez. Segura do que estava prestes a dizer. — É horrível amar alguém que ama outra pessoa. Você só quer que ela te veja com os mesmos olhos que você olha para ela. E... não tem nada que machuque mais que ver essa pessoa com outro ou chorar por ela.

Eu entendi o que ela quis dizer. Mayumi me amava e ela também sofria. No fim todos nós sofremos nesse jogo chamado amor. Eu abaixei a cabeça e pensei por um breve instante. Não sei se foi o álcool, a dor de cotovelo ou a vontade de fazer com a Kira o mesmo que ela fez comigo. Mas, eu dei um passo naquela noite que mudaria tudo nas nossas vidas.

Eu me levantei e me aproximei de Mayumi, ela tinha o rosto delicado e cheio de sardas, os olhos castanhos e os cabelos levemente avermelhados caídos um pouco para baixo dos ombros. Ela era pequena e delicada como uma boneca. Eu não era tão alto quando o babaca da Kira, mas eu tinha uma estatura relativamente grande por assim dizer. Eu olhei fixamente nos olhos dela e disse com a voz baixa.

— Mayu, você me ama?

Mayu arregalou os olhos e ficou em silêncio trêmula. Seus olhos foram lacrimejando aos poucos e seus lábios tremiam de leve. As bochechas dela estavam vermelhas como brasa. Quando vi que ela não podia responder, eu toquei seus cabelos e com os dedos delicadamente e depois passei a mão em seu rosto.

— Mayu, eu vou perguntar de novo, você me ama?

— S-sim. — Ela disse sussurrando enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Eu nunca fui do tipo de pessoa que gosta de magoar os outros. Sempre pensei em como eu me sentiria naquela situação. Mas, eu também sou humano e cometi falhas que me arrependi por toda a minha vida. Eu não vou culpar a Kira por isso. A responsabilidade dos meus atos era só minha. Eu segurei o rosto da Mayumi com as duas mãos e dei um beijo em seus lábios. Meu primeiro beijo tinha sido na Kira quando éramos mais novos. De brincadeira. Bom, para ela era brincadeira. Para mim não. Depois disso ela começou a dizer que me via como irmão. Algo que sempre me magoava. A minha primeira vez, havia sido há cerca de um ano, quando o senhor Hanzo me jogou num quarto com uma mulher. Ele dizia que queria que eu tivesse experiência, acabei comprando a ideia, na esperança de fazer bonito com a Kira. Depois disso, eu só iria fazer se fosse com ela.

Eu avancei o beijo mais um pouco e o que começou tímido começou a ficar mais intenso. Mayumi tremia cada vez mais, dava para sentir a respiração dela ofegante. Eu afastei nossos lábios um pouco. Mayumi parecia estar à beira de um colapso. Eu fechei a porta e as cortinas. A única luz que tinha no quarto era apenas a do meu abajur, amarelada e fraca. Mayumi não dizia nada, nem se movia. Ela me amava, não havia culpa nos sentimentos dela. Havia nos meus.

Eu a beijei de novo e a partir dali eu fui o maior canalha de todos os tempos. Meus dedos desceram levemente a alça do vestido dela pelos ombros e depois fui desabotoando os pequenos botões das costas. Mayumi vestia uma lingerie cor de rosa que mostrava o quanto ela doce e delicada. Naquela noite eu tirei algo muito valioso da Mayumi. E não foi só a virgindade dela, eu tirei dela a pureza de acreditar no amor e num príncipe encantado, sendo o maior babaca.

Mayumi tinha o corpo delicado, seios pequenos e rosados. Ela me olhava com tanto amor, com ternura. Mas, eu só consegui chegar nos finalmentes porque eu vi o rosto de Kira. Aqueles olhos verdes, os lábios avermelhados, o cabelinho preto. Até o cheiro dela eu senti.

Quando terminamos, eu adormeci abraçado com ela. Mayumi se aconchegou em meus braços como se eu pudesse protegê-la do mundo. Mas, no dia seguinte o arrependimento veio rápido como o raiar do dia. Eu me senti um lixo. O pior dos homens.

Ela me olhava com aqueles olhos brilhantes. Eu deixei Mayumi com ainda mais esperanças do que antes.

— Bom dia... — Ela disse sonolenta.

— Bom dia...

— Eu estou muito feliz Gyu. Que bom que você percebeu o quanto eu gosto de você. Eu vou me esforçar para que algum dia, você consiga tirar a Kira do seu coração

Eu engoli seco. Imerso em arrependimento.

(...)

Os dias que se passaram depois disso foi de pensar nas minhas atitudes. Acabei entrando num relacionamento estranho com a Mayumi. Eu não podia simplesmente tirar a virgindade dela e ficar por isso mesmo. Eu era um homem honrado afinal. Ela começou a se soltar mais, parecia mais viva e feliz. Dizer que eu tinha cometido um erro e não era nada disso que eu queria iria magoar o coração dela e isso eu não queria.

Eu a deixei em casa depois de passarmos a tarde juntos. Eu gostava da Mayu, mas não do jeito que ela gostava de mim. Será que era assim que a Kira se sentia?

Por falar nela, naquele fim de tarde ela voltou para casa depois de mais de duas semanas sem aparecer. Ela tinha os olhos vermelhos e inchados. Parecia pálida e nervosa. Eu a vi correr na direção da casa do Tio Hiei. Eu não sou do tipo que ouve conversas por aí. Mas, eu realmente fiquei preocupado com ela.

Eu me escondi atrás dos arbustos e fui me esgueirando a seguindo discretamente. Vi ela bater na porta da casa do Tio Hiei desesperada. Ele abriu a porta assustado e ela entrou.

Kira? O que aconteceu? — Hiei disse assustado. Pela janela eu podia ver a expressão deles com clareza.

Tio, você está sozinho?

— Sim.

— Eu estou desesperada. Mas, por favor, o que eu vou dizer tem que ser de absoluto segredo. — Kira chorava copiosamente.

Kira, você está me assustando.

— Tio, eu fiz uma besteira... e... eu não sei mais o que fazer. — Eu não me lembro de ter visto ela tão nervosa assim antes.

O que foi?

— Jura pra mim!

— Eu juro que não vou dizer nada.

— Meu pai conseguiu. Mesmo sem planejar ele conseguiu. Eu não sei como agir e nem... o que fazer... eu.... — Kira sussurrou algo que não ouvi. Provavelmente ela disse em voz baixa para ninguém ouvir. Mas, eu li os lábios dela. E para minha surpresa ela disse.

" Tio, eu estou grávida."

Eu fiquei ainda mais sem chão do que estava. Kira chorava tanto que eu queria largar tudo e ir lá dar uma abraço nela. Perguntar o que aquele babaca fez com ela quando soube. Mas, eu esperei. Tio Hiei abraçou a Kira fortemente e depois disse a ela.

Vamos dar um jeito. Só não deixa seu pai saber. Tá?

— Tá.

— Vai para o seu quarto e só sai de lá quando estiver calma.

Kira obedeceu o pedido do Tio Hiei e foi para a mansão principal. Eu fiquei lá escondido tentando processar a informação. Aquilo não podia estar acontecendo. Eu fui para o meu quarto e fiquei inquieto andando de um lado para o outro. Eu devia deixar ela se foder. Mas, ela ainda era minha amiga. E eu amava de verdade. E ela estava sozinha.

Então, deixei meu coração falar mais alto mais uma vez. Corri até o quarto dela e fiquei esperando do lado de fora. Eu estava tão nervoso que não sabia se eu ficaria lá ou se eu ia embora. Eu já estava pensando que aquilo era uma má ideia. Resolvi ir embora.

— Gyu? — Ela estava lá na janela, mais linda do que nunca. Os olhos de quem chorou muito.

— Oi...

Ela ficou um tempo em silêncio e cabisbaixa. Eu me aproximei e disse meio sem graça.

— Posso entrar?

— Pode.

Escalei até a janela do quarto dela e entrei em silêncio. Eu não sabia por onde começar. Eu fiquei procurando uma maneira de dizer: "Hey Kira, eu ouvi sua conversa com o Tio Hiei, você está mesmo grávida?". Ela ligou um aparelho de som que tinha no seu quarto numa altura moderada.

— Gyu, eu tô grávida. — Ela disse antes de eu inventar uma desculpa.

— O que? — Fingi surpresa para tentar disfarçar.

— Eu tô grávida.

— Do...

— Satoru... é. — Ela falava baixo. Não era para menos. As paredes daquela casa tinham ouvidos.

— E... ele reagiu como?

— Ele não sabe. Eu ainda não contei. Chegamos hoje de Okinawa e... eu descobri agora.

— Mas, você gosta dele? Né? E ele de você?

— O problema não é esse. O problema é o meu pai.

— Por que Kira?

— Meu pai vai me vender pelo melhor preço. Se o Satoru me aceitar ele vai querer levar vantagem de algum jeito, ou ele pode usar meu filho para algum negócio. E... eu não posso permitir isso. Porém, eu não sei o que fazer.

As lágrimas que escorriam no rosto dela doía em mim. Eu me aproximei dela e sem pensar direito abracei Kira com força. Eu até tinha me esquecido que estava com raiva. Eu esquecia de tudo quando tava com ela.

— Me desculpa! Eu sou tão idiota! Eu devia ter dito para você o que estava acontecendo. E eu... entendo que esteja com raiva.

— Eu não tô com raiva... Não consigo ficar bravo com você. Eu te amo.

— Gyu...

Eu esqueci de tudo. Ela estava frágil, abraçada comigo, chorando. Eu não podia deixar ela sofrer sozinha. Queria que soubesse que eu estava lá. Para tudo que ela precisasse. O Amor como sempre falando mais alto. E eu amava a Kira mais que tudo. E eu estava disposto a tudo por ela. Até mesmo criar o filho dela como se fosse meu.


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