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CAPÍTULO 46.

LUDMILLA OLIVEIRA

Meu cérebro parecia não querer raciocinar. Minhas mãos não conseguiam parar de tremer. As lágrimas que escorriam pelo meu rosto eram incontroláveis. O aperto no coração era sufocante.

Eu só quero a minha Brunna aqui comigo, entendem? Só quero ver o seu sorriso, ouvir a sua risada gostosa, suas piadas sem graças e receber o seu amor caloroso. Só quero abrir os olhos e enxergar Brunna aqui comigo.

– Ludmilla, por favor — uma voz desesperada exclamou, me fazendo olhá-la.

Juliana estava parada na minha frente, nitidamente nervosa, seu rosto também estava banhado por lágrimas, com o seu toque consegui perceber que ela também tremia. Meu Deus, que pesadelo é esse? Olhei em volta, percebendo que estávamos em seu apartamento.. como chegamos até aqui? Como?

– Ludmilla — senti meu corpo ser chacoalhado — por favor, reage — uma voz familiar disse.

Eu não conseguia reagir. Não conseguia sair de um labirinto que parecia ser tão sem saída. Eu só quero ouvir a voz de Brunna . Eu só quero estar com a minha mulher. Eu só quero que ela esteja bem e comigo.

– Ludmilla, caralho! — senti um líquido gelado molhar o meu rosto — Reage! Nós precisamos de você! Brunna precisa de você! Reage!

Senti alguns sentidos voltarem a mim, mesmo que isso não parecesse adequado. Brunna precisa de mim. É isso. Brunna precisa de mim.

Fechei e abri os olhos algumas vezes, tentando entender o que estava acontecendo ao meu redor. Em um canto, vi Luane consolando uma Sofia chorosa, na poltrona, minha mãe fazia o mesmo com uma Mirian desesperada. Meus olhos continuaram explorando o ambiente, talvez buscando aqueles olhos castanhos. Vi meu pai, juntamente com Jorge e mais dois homens que não conheço conversando nitidamente tensos. Já na minha frente, uma Juliana desnorteada e uma Patrícia assustada me encaravam. Tantas pessoas aqui, tantos olhos.. mas não os meus olhos castanhos, mas não a minha pessoa.

– Por favor, preste atenção — Patrícia falou baixo, segurando a minha mão — vamos encontrar Brunna, mas você precisa estar aqui, Ludmilla. Ninguém melhor do que você conhece a Keana e pode explicar a aqueles policiais o que está acontecendo — apontou para o canto em que os dois homens conversavam com meu pai e meu sogro.

– Eu, eu — gaguejei sem conseguir me situar — eu não vou aguentar se algo acontecer a ela, Patrícia — sussurrei — por favor — apertei a sua mão, puxando-a para um abraço — diz que ela está bem, diz que ela vai ficar bem — supliquei desesperada.

– Ela está bem, minha amiga. Vai ficar bem, todos nós vamos ficar bem, ok? — beijou a minha teste — agora mantenha a calma, os policiais precisam conversar com você — disse me fazendo assentir.

Alguns minutos depois, os homens totalmente de preto estavam na minha frente, me fazendo perguntas, tentando achar alguma solução. Uma só solução. A mínima que fosse. Mas precisávamos de algo.

– Eu tentei entrar em contato com a Brunna porque percebi que a Keana estava alterada — neguei com a cabeça — eu fui até a Universidade mas eu cheguei tarde demais — falei com a voz embargada — eu deveria.. — parei de falar ao receber um abraço apertado da minha sogra.

– Você não tem culpa, querida — Mirian disse baixo enquanto me abraçava — vamos encontrar a nossa Brunna — afirmou me fazendo assentir.

Passei todas as informações que eu podia para os agentes policiais, todas mesmo, mas no fim de tudo, só podíamos esperar que um contato fosse feito por parte da Keana. Enquanto tentavam encontrá-la, seguir pistas, nós só podíamos esperar..

– Eu não vou ficar aqui parada — neguei com a cabeça enquanto andava pelo apartamento.

– Filha, não há o que fazer — meu pai disse me segurando pela mão — vamos orar e esperar — pediu comovido.

~

Já havia se passado algumas horas que estávamos enfurnados naquele apartamento, sem a mínima notícia, nada, absolutamente nada. Eu já estava desesperada, como todos ali presentes.

– Meu amor — sussurrei enquanto andava pelo quarto de Brunna, tocando em suas coisas — por favor, fique bem — tentei emanar alguma energia para ela — eu vou te encontrar, eu prometo — falei deixando mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Era uma dor insuportável. É uma dor insuportável.

Saber que o amor da sua vida neste momento está nas mãos de uma psicopata é desesperador. Eu não sei do que Keana é capaz, mas peço tanto para que o universo proteja a minha Brunna. Peço tanto para que Deus guarde o meu amor.

– Eu não consigo mais esperar — retornei para a sala — eu.. — parei de falar ao escutar o toque do meu celular.

– Atenda e coloque no viva voz — o agente pediu imediatamente ao certificar que era um número desconheço — mantenha ela ao máximo na ligação, vamos tentar rastrear — informou me fazendo assentir.

Ainda sentindo as minhas mãos completamente trêmulas e o meu coração disparado, atendi a ligação.

Ligação on

– ludmilla, meu amor!

Ouvir aquela voz desgraçada fez o meu corpo esquentar de tanta raiva.

– Onde está a Brunna, Keana? Eu não estou brincando. Onde está a minha mulher?

Eu só queria atravessar aquele maldito celular e descontar toda a minha raiva naquela infeliz.

– Sua mulher? — deu risada — não seja tão dramática, Ludmilla. Você sabe que jamais ficará com essa vadia novamente.

– Keana, se você encostar em um fio de cabelo de Brunna, eu juro que eu mato você. Está me ouvindo? Eu mato você, sua maldita!

Exclamei com raiva, sentindo o meu corpo tremular de tanto ódio e desespero.

– Uhh, ameaças! — gargalhou novamente.

Eu conseguia sentir pelo tom da sua voz que ela estava louca. Completamente louca. Suas risadas, suas falas.. louca.

– Me diga o seu preço. Me diga o que você quer para deixá-la em paz? Me diga.

Ouvi um silêncio do outro lado da linha e logo em seguida mais risadas misturadas com uma voz embargada.

– Não há um preço, Ludmilla. Ela não vai voltar para você nunca mais.

Vi quando o agente me puxou pelo braço, me jogando em um quarto qualquer com ele. Nitidamente para que Keana não ouvisse os choros dos nossos familiares que perderam o controle ao escutarem aquilo.

Eu perdi o controle também, mas precisei disfarçar. É a vida de Brunna que está em jogo.

– Keana, não faça nada que você vá se arrepender. Deixe Brunna livre, não iremos atrás de você, não faremos nada com ela, só a deixe e eu te deixarei em paz também.

– Não. Ela não vai voltar para você. Essa vadia nunca mais vai voltar para você.

Meu corpo tremia inteiramente, o nó na minha garganta era insuportável. Eu estava desesperada, a ponto de surtar, de fazer uma loucura, era essa a verdade.

– Keana, por favor! — pedi com a voz embargada — você sabe que as consequências disso serão terríveis, então, por favor, só a devolva e não faremos nada com você. Sem polícia, sem nada, eu prometo — disse desesperada.

Mais uma vez um silêncio enlouquecedor se fez presente, me deixando ainda mais desesperada.

– Não haverá consequências para mim, Ludmilla.

Como não haverá?

– O que você quer dizer com isso? — questionei desnorteada.

– Se despeça dela, ao menos isso eu te darei — ouvi alguns ruídos.

De repente, uma voz desesperada, embargada e assustada se fez presente. A voz da minha boca. Meu peito se apertou tanto que foi impossível não chorar.

– Ludmilla? – a voz do meu amor se fez presente.

– Meu amor, você está bem? Ela te fez algo? Brunna, por favor, eu vou encontrar você, fique bem — pedi desesperada.

– Eu tô com medo — ouvi sua voz e alguns gritos de Keana — eu te amo pra sempre. Queria que tivéssemos tido tempo de termos a nossa Sarah.

Ligação off

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, racionar algo, a ligação foi encerrada me deixando desesperada.

– Você rastreou, não rastreou? — perguntei desesperada — diz que você rastreou — praticamente avancei em cima do policial.

– Não conseguimos — disse baixo — mas vamos encontrar um..

Antes que ele terminasse aquela maldita frase, eu saí desnorteada daquele quarto. Ao chegar na sala, nossos familiares se abraçavam chorando mas logo olharam para mim esperançosos. Eu apenas neguei com a cabeça, ouvindo mais e mais choros e sai porta fora.

Ouvi os gritos e as vozes me chamando, mas não voltei. Minha mente só conseguia pensar nas palavras de Keana. Minha mente só conseguia pensar na voz temerosa e embargada da minha Brunna. Eu não conseguia não me culpar por tudo isso.

– Desgraçada — berrei batendo no volante do meu carro enquanto acelerava o máximo que eu podia.

Ela deixou claro que mataria a minha Brunna. Eu não conseguia nem se quer respirar ao pensar em algo dessa dimensão. Meu mundo estava desmoronando e eu não sabia o que fazer.

Recusei todas as ligações, ignorei todas as mensagens. Passei o restante da noite vagando de carro pelas ruas, tentando pensar..

– Por favor, Deus — pedi baixo enquanto encarava o nada — por favor — mais uma vez o choro tomou conta de mim.

O dia já estava amanhecendo quando eu parei em uma praia qualquer. Eu sabia que nenhum avanço havia acontecido porque a cerca de 10 minutos atendi a ligação da Normani.. nada havia acontecido, nenhuma notícia, nenhuma pista, nada..

Sentei na areia sentindo um vento frio, encarando o nascer do sol, pensando na minha Brunna.

– Me perdoa — sussurrei abaixando a cabeça e chorando sem parar.

Lembrei dos nossos momentos, de cada momento nosso, até relembrar a conversa de hoje.. até franzir o cenho ao perceber algo sem sentido dito por ela.

"Ah nossa Sarah"

Sarah? Que Sarah? Nós não queríamos uma filha chamada Sarah. Na verdade, nem se quer chegamos a falar sobre filhos, mas tanto eu quanto ela, tínhamos um ranço do nome Sarah.

Flashback on

– Tinha que ser uma Sarah mesmo — Brunna resmungou enquanto assistíamos uma série juntas.

– Por que? — perguntei rindo.

– Não sei, mas detesto esse nome. Acho que deve ser porque apanhei de uma garota chamada Sarah na creche — disse me fazendo rir.

– Ué? Você também? — perguntei gargalhando com aquela coincidência — Sarah era o nome da menina que me infernizava na escolinha — falei

– Tá vendo! Eu odeio esse nome — ela exclamou antes de gargalhar comigo também.

Flashback off

– Sarah? — neguei com a cabeça tentando entender o que estava acontecendo — por que Sarah? — questionei sentindo a minha cabeça doer.

Tentei pensar, tentei entender as coisas, tentei, tentei até a minha cabeça querer explodir de tanta confusão. Peguei o meu celular, abrindo o aplicativo de notas e digitando aquele nome.

– Sarah — sussurrei enquanto digitava aquele nome pela milésima vez.

Em um dado momento, minha cabeça deu um certo estalo. E se não fosse Sarah a palavra que ela queria dizer? Se fosse uma pista, uma dica. Tentei reformular a palavra, mudar as letras, encontrar algo que fizesse sentido.. até que..

– Haras — sussurrei ao me dar conta de que essa poderia ser a dica — Haras — repeti novamente, percebendo que era o contrário da palavra que ela havia dito.

Era uma pista. O contrário da palavra que ela disse. Como também a palavra Sarah era o contrário do que ela fez aquele nome significar para a gente naquela ligação.

– Um haras, eu preciso.. — parei de sussurrar ao lembrar de algo.

Imediatamente a minha memória vagou para o dia em que a Keana me chamou para conhecer a fazenda do seu avô. Lembro que na época recusei, mas logo lembrei que ela havia me passado o endereço por mensagem. Sem pensar duas vezes, filtrei a nossa conversa, encontrando o endereço da fazenda ali.

– É isso. Tem que ser isso — sorri em meio ao desespero, agarrada a um fio de esperança.

Corri em direção ao meu carro, ligando o mesmo e dando partida rumo ao endereço. No caminho, liguei para a Patrícia, repassando essa informação e pedindo para que a polícia fosse até lá também.

Ligação on

– ludmilla! Não vá sozinha! Espere, a polícia já foi acusada.

Ouvi a voz de Patrícia, enquanto podia ouvir clamores também.

– Eu vou encontrá-la — afirmei antes de encerrar a ligação

Ligação off

É isso. É exatamente isso.

Eu vou encontrar o meu amor.


POV BRUNNA GONÇALVES

Eu estava tão apavorada. A mulher na minha frente estava tão, mas tão descontrolada. Dizia coisas sem nexos, me fazia repetir sobre ameaças de morte que Ludmilla era dela, só dela. Doentia, Keana é completamente doentia.

Eu não sabia de fato o que ela faria comigo, até vê-la em uma ligação com Ludmilla, até ouvir que ela não me devolveria por nada nesse mundo. Ela me mataria.

O desespero tomou ainda mais conta de mim e quando eu ouvi a voz de Ludmilla, meu mundo terminou de desabafar. Sua voz angustiada e embargada, era tão nítido o quanto ela estava sofrendo com toda essa situação.. então eu me arrisquei, falei algo que não fazia o menor sentido e rezei para que Ludmilla entendesse. Para que Ludmilla entendesse que eu estava em algum lugar com animais.. um haras, uma fazenda, qualquer coisa desse tipo.. eu ouvi o barulho de cavalos, senti o cheiro de mato. Eu não podia estar enganada.

– Sarah? — ouvi a voz sarcástica da Keana — francamente, vocês são ridículas — gargalhou apontando a arma para mim — vai ser tão fácil e prazeroso fazer isso — afirmou atirando na parede ao meu lado, me fazendo gritar — que delícia — gargalhou rindo do meu desespero.

Ludmilla, meu Deus... por favor, eu preciso de ajuda..

~

Não sei quantas horas haviam passado desde tudo, mas pela claridade já havia amanhecido..

Minha boca estava seca, meu estômago dóia de fome, meus olhos lutavam para ficarem abertos porque eu tinha medo de fechá-los e nunca mais abri-los. Minha respiração não conseguia ficar controlada, somente ofegante. Meu corpo dóia por estar em um chão duro, amarrada, sem forças. Minha alma clamava por algum alívio, por um pouco de paz, de sossego. Meu coração clamava por Ludmilla, por ajuda, por socorro.

Diversas vezes em que fiquei sozinha naquele balcão, tentei me soltar, tentei clamar por socorro, tentei achar uma saída mas nada, absolutamente nada funcionava.

Minhas lembranças eram o único tipo de alívio que eu conseguia ter. Lembrar dos meus momentos bons com a minha família, com meus amigos, com o amor da minha vida.. era nisso que eu me apegava, nisso e na minha fé.

Flashback on

– Você está tão feliz, minha filha — minha mãe disse baixo, acariciando o meu rosto. — como nunca esteve — afirmou me fazendo suspirar.

– Como não está, mãe? — sorri feliz, estávamos todos em um churrasco com família e amigos — tô cursando o curso dos meus sonhos, tenho uma família linda e cheia de saúde que me apoia e me protege, tenho a melhor amiga do mundo e tenho a melhor, a melhor namorada do mundo, mãe! Ludmilla é além de tudo o que um dia sonhei — olhei para ela que estava rindo enquanto bebia com meu pai e o seu pai — ela cuida de mim, me mima, me incentiva, me apoia, me dá conselhos, me respeita e me ama de um jeito tão forte que faz a minha alma transbordar — admiti emotiva — me diga, dona Mirian — olhei para ela — como não ser feliz assim? — perguntei sorrindo e logo abraçando-a.

Flashback off

Antes que mais lembranças lindas tomassem conta da minha mente, o barulho do galpão sendo aberto fez meu corpo estremecer.

– Pronta para morrer, Bruninha? — ouvi a voz descontrolada de Keana.

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