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CAPÍTULO 13.

POV BRUNNA GONÇALVES

Senti a noite passando e nada do meu sono chegar. O que é estranho, afinal, vinho costuma me fazer apagar.

Por volta das 03:39 da madrugada, respirei fundo e levantei.

Eu não aguentava mais pensar naqueles olhos castanhos.

Como isso poderia ser possível? Qual é a droga da explicação para isso? Aliás, porquê infernos eu agi daquela maneira no seu apartamento?

Revirei os olhos e abri o meu notebook, indo diretamente para a área de pesquisa.

– Talvez isso possa me ajudar — suspirei antes de começar a digitar.

"O que significa quando você sente algo por uma pessoa do mesmo sexo mesmo sendo hetéro?"

Digitei e dei enter, vendo milhares de links aparecerem na minha frente.

Comecei a ler sobre várias coisas, várias mesmo, e quando eu imaginava alguma coisa, lá estava a Ludmilla. Talvez o que eu sinta não seja só raiva.

Em um dado momento, senti que iria surtar, então fechei a droga do notebook e corri para o quarto de Juliana, ela sim saberia me ajudar.

– CheeChee — suspirei ao cutuca-lá — acorda, por favor — supliquei.

– O que aconteceu? — ela questionou despertando — alguém morreu? — coçou os enquanto me olhava.

– Não — respondi.

– Brunna, são 04:45 da manhã — olhou para o despertador — eu ainda tinha 15 minutos de sono, Brunna — negou com a cabeça — como ousa? — questionou me fazendo revirar os olhos.

– Talvez eu sinta algum tipo de atração por ela — admiti baixo.

Falei baixo, mas pela reação da Juliana, eu sabia que ela havia entendido. Mas era óbvio que ela me faria repetir tudo de novo e em alto e bom tom.

– Não entendi — arqueou a sobrancelha — repete — pediu.

– Talvez eu sinta algum tipo de atração por ela, Juliana — falei com mais firmeza — como isso é possível? — questionei — não faz sentido — neguei com a cabeça.

– Ei, calma — ela falou segurando a minha mão — não tem nada de errado nisso, Chancho — disse firme.

– Eu sei que não — respondi imediatamente — mas eu nunca.. — neguei com a cabeça.

– Nunca sentiu nada por alguém do mesmo sexo, não é? — perguntou

– Isso — suspirei — mas ela tem algo que — dei de ombros — eu não sei o que infernos aquela mulher tem para estar mexendo assim comigo, Juliana — admiti — no início parecia ser só raiva, mas agora — olhei-a — agora não é mais raiva, eu só não sei o que é ainda — fui sincera.

– Você só vai descobrir se parar de correr e encarar isso, meu amor — me olhou — eu não posso agir no seu lugar, sentir no seu lugar — falou sincera — a única coisa que eu posso fazer é te aconselhar e te dizer que você precisa se permitir viver o que o seu coração pedir — apertou a minha mão — e eu estarei aqui do seu lado, independente de qual caminho você escolher ou do que acontecer —disse olhando nos meus olhos.

Eu não aguentei, me joguei nos braços da Juliana e entrei em uma onda de choro por alguns minutos. Era tudo tão confuso, mas eu não queria que fosse, não mesmo.. eu só quero entender tudo isso.

.....

Ao chegar na Universidade, eu só tinha uma coisa em mente: me desculpar com ela.

A maneira como eu saí do seu apartamento e até mesmo o meu comportamento não foi nada legal. Mas, de onde eu tiraria coragem para isso?

Assim que ouvi os saltos dela ressoarem pela sala de aula, não tive coragem de olhá-la, não por um tempo. Mas tem Ludmilla Oliveira na sua frente e não olhá-la é uma missão impossível.

Então, minutos depois lá estava eu, encarando aqueles olhos castanhos.

E foi inevitável não sentir a droga de um frio na barriga. Meu Deus, como as coisas podem mudar tanto assim em tão pouco tempo?? Como??

Tentei deixar os meus pensamentos de lado e focar na aula, afinal, eu ainda tenho uma vida acadêmica para zelar. Mas na primeira oportunidade que eu tive, fui atrás dela na sala dos professores, felizmente, a Sra. Cris não só me tratou bem, como me deixou a sós com ela.

Mas, aparentemente, ela que não havia gostado de ficar a sós comigo.

Respirei fundo e tentei não deixar com que as palavras fugissem da minha boca, e, curiosamente, ao encara-lá tão de perto, senti vontade de toca-lá. E essa vontade foi grande ao ponto de me fazer beijar a sua bochecha.

Eu beijei a bochecha da professora de cardiologia.

Meu Deus, eu só posso estar enlouquecendo.

Não esperei para ver a reação dela, apenas sai daquela sala o mais rápido que eu pude. Provavelmente, nesse exato momento, ela deve estar querendo me matar. Que porra eu fui fazer??

Eu não consegui me controlar, na hora pareceu tão certo de se fazer. Tão bom. Então era isso que a Juliana queria dizer sobre se permitir? E se eu continuasse me permitindo, o que poderia acontecer?

– Ei, tá tudo bem? — senti a mão de Júlia no meu ombro

– Não sei — respondi baixo, sentada em um banco encarando o nada.

– Você tá pálida, parece que viu um fantasma — deu risada — foi a nota da prova de imunologia? — questionou

– Não, não foi isso — respondi suspirando — acho que vou ser expulsa dessa Universidade — conclui arregalando os olhos.

– O que você fez? — Júlia questionou preocupada.

– Nem eu sei ainda — respondi pensando em tudo o que vem acontecendo ultimamente.

POV LUDMILLA OLIVEIRA

Ela não só se desculpou por tudo, como deu um beijo na minha bochecha.

Quando foi que aquela criança parou de sentir medo por mim ao ponto de beijar a minha bochecha?

E porquê infernos eu havia ficado tão paralisada com esse ato?

Aliás, porquê eu havia gostado tanto daquele ato tão comum para tantos, mas tão incomum para mim.

Nós não tínhamos intimidade nenhuma, e ela havia feito aquilo. E contrariando tudo o eu julgo ser e fazer, eu não surtei, não briguei, não estou tentando fazer da vida dela um inferno ou até mesmo fazer com que ela seja expulsa da Universidade.

Eu não reagi, aliás, o que eu menos tenho feito é reagir a Brunna e a tudo o que ela vem me causando.

Parece que tudo me instiga a estar com ela.


.....

– Ela beijou a sua bochecha? — Patrícia perguntou enquanto comíamos os nossos pedidos na cafeteria.

– Sim — suspirei — eu não posso deixar isso ir adiante, Patrícia— afirmei — Brunna não tem noção da linha que ela está ultrapassando — olhei para ela.

– Pare de falar como se você fosse um monstro, Ludmilla — revirou os olhos — você sente que ela quer algo íntimo? — questionou.

– Eu não sei, mas isso é impossível de acontecer — respondi imediatamente — talvez seja só carinho de aluna, ela aparenta ser doce e gentil — conclui.

– Ludmilla, por Deus — bufou negando com a cabeça — eu tenho observado essa garota, e ela só age assim com você — afirmou — se isso fosse gentileza, ela seria assim com todos os professores — me olhou.

Parei um pouco para pensar no que a Normani havia acabado de dizer, mas porra, não faz o menor sentido. E eu não vou deixar que as coisas fujam do controle, eu não posso deixar.

– Não importa — dei de ombros — independente do que seja, eu vou colocar um ponto final nisso — avisei.

– Ludmilla, para — Patrícia pediu — eu vejo como seus olhos ficam só de falar dela — me olhou — porque você não.. — resolvi interrompê-la.

– Não Patrícia, não comece com isso — falei firme — Brunna é a minha aluna, isso é um absurdo — falei — aliás, eu já vi esse filme antes — ri ironicamente.

Eu já tinha visto a droga desse filme antes. E eu sei muito bem como essa merda toda acaba. Então, eu tenho que cortar o mal pela raiz antes que ele cresça demais.

– Para, porra — Patrícia exclamou — para de projetar todas as pessoas que aparecem na Isabelle — me olhou seriamente — não é porque ela fez tudo aquilo, que outras pessoas irão fazer — me olhou — então quer dizer que você nunca mais vai se permitir viver um relacionamento? — questionou.

A Patrícia não entende. Não doeu nela, não foi ela que ficou na droga de um fim de poço.

– Não, eu nunca mais vou me permitir viver algo, Patrícia — afirmei — ninguém nunca mais vai ter o poder que aquela mulher teve sobre mim — exclamei — eu quase destruí a minha vida, isso não vai acontecer novamente — peguei a minha bolsa.

– Ludmilla, ciclos são quebrados — ela afirmou enquanto me olhava — você precisa voltar para a terapia — pediu — para onde você vai? — perguntou me vendo levantar.

– Acabar com isso, Patrícia — afirmei saindo imediatamente dali.

A Patrícia ter entrado no tópico da Isabelle só meu deu mais certeza ainda que eu precisava colocar um ponto final em qualquer coisa que pudesse vir acontecer com a Brunna.

Eu não vou deixar a história se repetir.

Assim que entrei no meu carro, vi a Patrícia me ligar mas não atendi. Ignorei a chamada e liguei para um único número.

Ligação on:

– ludmilla Oliveira? — ouvi a voz de Juliana ao fundo.

– Sim, sou eu — respondi respirando fundo — Juliana, preciso urgentemente falar com a Brunna — pedi.

– Oh, claro, vou chamar... — cortei a mesma.

– Preciso falar com ela pessoalmente, me passe o endereço de vocês, por favor — pedi sentindo os meus nervos a flor da pele.

– Oh, é.. — ouvi-la gaguejar.

– Juliana, por favor — repeti já impaciente

– Só um momento — revirei os olhos com a sua fala.

Após pegar o endereço com a Juliana, segui em direção ao apartamento delas.

Cerca de 30 minutos depois, lá estava eu, parada na porta do prédio de Brunna.

Já se passava das 19h da noite, mas isso não era um problema para mim. Antes de entrar no prédio, vi uma mensagem da Patrícia no meu celular.

"Ela não é a Isabelle, você precisa superar isso e seguir em frente. Brunna pode ser alguém especial, basta você querer."

Revirei os olhos ao ler a mensagem e desliguei o meu celular, sentindo o meu coração mais acelerado que o normal.

Após ter a minha entrada autorizada, subi em direção ao seu apartamento e assim que toquei a campainha, a mesma me recebeu.

Seus olhos castanhos estavam confusos, assim como toda a sua face. Ela usava um moletom preto, provavelmente devido ao frio que fazia, na parte debaixo, eu não sabia se tinha alguma peça ou não, já que o moletom era grande.

Respirei fundo e encarei os seus olhos, percebendo que o silêncio já havia passado do limite.

– A Juliana.. — ela começou a falar, mas tive que interrompê-la. Precisava ser dessa forma.

– Brunna, precisamos conversar — fui ríspida.

– Pode entrar — abriu mais a porta para mim.

Entrei no seu apartamento e pude notar que era um local aconchegante e organizado. Mas o foco aqui era outro.

– Eu não esperava que viesse até aqui, quero dizer, eu não entendi exatamente o porque dessa visita — falou nitidamente nervosa.

Por um momento, foquei meu olhar somente nos seus olhos e foi aí que eu percebi que não poderia fazer isso durante a nossa conversa, se não, eu fracassaria.

– Brunna, desde aquele dia naquela boate, as coisas entre nós duas começaram a ficar estranhas demais — respirei fundo — é como se tivéssemos ultrapassado algum limite — afirmei desviando o meu olhar do seu.

– Talvez tenhamos, realmente — ela respondeu — mas acho que estamos começando a nos entender, certo? Quero dizer, eu percebi que você... — tive que interrompê-la.

Por mais que a minha vontade fosse de saber o que ela acha de mim, eu precisei interrompê-la porque talvez saber disso tornasse tudo mais complicado ainda.

– Sim, e o problema é esse — afirmei e vi a sua expressão de confusão — estamos começando a ultrapassar uma linha que não deve ser ultrapassada. — falei rapidamente.

– Mas naquela noite na sua casa, nós nos demos tão bem e.. — ela fez uma pausa, respirando fundo.

– Pois é — concordei — e isso não é normal, Brunna — afirmei — você é a minha aluna e em um dado momento, estava tomando vinho na minha casa enquanto conduzia uma conversa para um sentido incerto — olhei nos seus olhos.

Vi seus olhos ficarem ainda mais confusos, ou nervosos. Não sei bem.

– Eu.. — mais uma vez, interrompi ela.

– Hoje você beijou a minha bochecha, no meio da sala dos professores, dentro da Universidade — olhei-a — eu não sou uma professora agradável, simpática ou acessível — afirmei.

Não fazia o menor sentido aquela atitude dela. Não quando se tratando de mim e de quem eu sou dentro daquela Universidade.

– Tudo isso é por causa da porcaria de um beijo na bochecha? — ouvi a sua voz um pouco mais alterada.

Ok, ela havia ficado mais alterada com aquela conversa do que eu imaginava.

– É tudo sobre o que aquele beijo na bochecha pode vir a significar um dia, Brunna — respondi sentindo o meu coração ainda mais acelerado.

– Pelo amor de Deus, Ludmilla — ouvi uma risada irônica sair da sua linda boca — eu é quem deveria estar assim — me olhou com raiva?? — você me humilhou no primeiro dia de aula e tentou fazer da minha vida um inferno — afirmou.

– E mesmo assim você ainda teve atitudes como a de hoje e a da noite em que estudamos juntas — exclamei de volta — não entende o quão grave isso é, Brunna? — questionei.

– Eu entendo sim Ludmilla, entendo ao ponto de perder noites de sono por conta disso — ela exclamou de volta — você não sabe o que está se passando aqui dentro, o quão confusa eu estou em relação a toda essa merda — se aproximou de mim — aliás, você não faz noção, porque isso não é novidade para você, mas para mim é — me olhou nos olhos.

Novidade??

Meu Deus. Então ela realmente está começando a desenvolver algum tipo de sentimento ou algo assim? Meu Deus.

– É exatamente por isso que temos que parar por aqui — afirmei pegando a minha bolsa, que em algum momento foi parar no sofá — chega de ultrapassar limites, Srta. Gonçalves— afirmei sem ter coragem de olhá-la, seguindo até a porta.

Minha mão já estava na fechadura quando ouvir a sua voz carregada de raiva e ironia tomar conta daquele ambiente.

– Você é covarde, Ludmilla Oliveira — disse me fazendo virar para ela.

– Como é que é? — questionei sem acreditar no seu atrevimento.

– Exatamente isso que você ouviu — afirmou — eu é quem deveria estar com medo ou algo do tipo — me olhou com raiva — mas não, eu tentei me aproximar e tentei entender o que estava realmente acontecendo — se aproximou de mim — aí vem você, e age como uma completa covarde — negou com a cabeça.

– Brunna, pare com isso — pedi sentindo o meu corpo esquentar.

– Ué — ela deu risada — a grande Ludmilla Oliveira não sabe lidar com a verdade? — questionou.

Aquela conversa havia tomado um rumo muito diferente, eu jamais imaginei que ela me enfrentaria assim. Que agiria dessa forma e assumiria coisas como as que ela está assumindo.

– Você ainda é uma criança, Brunna — afirmei encarando-a — mal sabe o que é verdade — revirei os olhos.

– Oh, claro — mais uma vez deu risada — se eu sou uma criança que não conhece a verdade, você não passa de uma adulta covarde e medrosa — afirmou me olhando de um jeito diferente — eu lembrei da noite na boate, eu vi você beijando outra mulher — falou.

Oh, então ela lembrou daquela noite?

– E qual é o problema nisso? — questionei encarando-a

– Me diga você, Ludmilla — retrucou — afinal, você largou a sua companhia da noite após ter me visto lá — afirmou, me deixando tensa — por quê você fez isso? — me questionou.

Eu não sei, Brunna. Eu não sei porquê fiz aquilo. Eu não sei. Ou talvez eu saiba.

– Eu não larguei ninguém para ir atrás de você — gaguejei — eu só.. — ela me interrompeu.

– Ficou com medo que eu soubesse ou espalhasse por aí que você gosta de mulheres? — questionou.

– Óbvio que não — revirei os olhos — sou muito bem resolvida em relação a isso, me poupe, Brunna — levei minha mão novamente até a fechadura.

Eu precisava sair dali. Mas porquê eu não conseguia?

– Então me diz, Ludmilla — ouvi a sua voz mais desesperada — porquê você não continuou lá com ela? — questionou — você foi atrás de mim, me ajudou, me levou para a sua casa, cuidou de mim — ela falou baixo enquanto me olhava — porquê você fez tudo isso? — questionou em um tom baixo.

Fiquei alguns segundos em silêncio, encarando os seus olhos, a sua face.. por Deus, eu já estava no meu limite. Então, dei mais dois passos, praticamente acabando com a distância que existia entre a gente e levei a minha mão até o seu rosto, acariciando o mesmo.

– Eu não sei — sussurrei deslizando os meus dedos pelo seu rosto — você chegou em tão pouco tempo e já tem me causado tantas coisas, criança — suspirei olhando nos seus olhos — me diga você, porque faz com que eu me sinta tão.. — deslizei o meu polegar até os seus lábios — tão vulnerável, Brunna — afirmei sentindo verdadeiros calafrios.

– Eu não sei — ela sussurrou de volta — eu nunca senti isso, não assim, não por alguém como você — admitiu baixo, olhando nos meus olhos.

Eu não consegui. Eu posso admitir que falhei miseravelmente na missão de afastá-la de mim.

– E o que você está sentindo agora, criança? — perguntei voltando a deslizar o meu polegar pelos seus lábios.

Ela me olhou de uma maneira intensa e forte. Como ninguém nunca havia me olhado. Aqueles olhos castanhos podiam ser fatais, disso eu não tinha dúvidas.

E então, três palavras saíram da sua boca em forma de suspiro, me desestabilizando totalmente.

– Me beija, Ludmilla — sussurrou encostando a sua testa na minha enquanto fechava os próprios olhos.

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