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32. Por um fio

FINALMENTE NÉ, VOLTEI PORRA IRRA

NAO VOU ENROLAR, BOA LEITURA ATÉ AS NOTAS FINAIS!!!!


/./././

Naquela manhã a primeira coisa que Jungkook viu ao acordar fora um barquinho de papel colado no teto da sua cama, e então, depois de alguns minutos o observando cheio das marcas de dobraduras de inúmeras tentativas passadas, ele sorriu para o seu barquinho, porque mesmo que ele tivesse marcas das outras tentativas e o papel estivesse já desgastado ele havia conseguido fazer o bendito barquinho.

O de Yoongi também estava colado ali, do lado do seu, também cheio de marcas, mas eram barquinhos.

Quando Yoongi acordou mais tarde aquele dia com Taehyung zelando seu sono e lhe fazendo carinho, a única coisa que soube fazer foi voltar a chorar e rastejar até o abraço de seu pai, esse que cantou pra ele com aquela voz que o lembrava o oceano pacífico; profundo e como o nome já dizia: pacífico. Ele lhe acalmou e lhe prometeu que estava tudo bem, que aquilo iria passar, afirmou que ninguém estava bravo ou decepcionado, que ninguém lhe amava menos ou lhe achava defeituoso, Taehyung o refez.

Jimin havia prometido a si mesmo que os ensinaria a fazer origamis e assim o fez, e foi ainda melhor do que já sabia que seria. Estiveram todos reunidos no chão da sala aquela noite, fazendo origamis e ouvindo o Park falar calmamente, dobrando os papéis delicadamente e os corrigidos com cuidado. Taehyung sabia fazer o barquinho e o cisne, mas aquela noite foi a noite dos barquinhos.

Alí estavam eles depois de dois dias, e ali ficariam.

- O dia mal começou e eu já quero que acabe! - o ômega descabelado saiu pela porta do banheiro gritando, fazendo Jungkook se tremer de susto na cama.

- Não grita, Yoongi! - resmungou alto, se escolhendo debaixo das cobertas e tentando fingir que não deveria se levantar em menos de um minuto.

- Desculpa... - murmurou, logo suspirando. - É que... tenho que ir pra casa de Momo hoje. Queria pular essa interação igual no The Sims.

Ah, Momo. Quem sabe Momo fosse uma das tempestades que acontecem no mar e causam ondas enormes, como seu pai Jimin disse. E ele deveria enfrentar essas ondas, mas sinceramente, queria que essa garota sumisse do mapa, não queria enfrentar onda alguma!

Jungkook se revirou na cama e retirou as cobertas de cima de seu rosto franzido em preocupação, observou Yoongi procurar pelo seu uniforme no quarto, todo desinxavido.

- Você não precisa ir, Gie...

- E perder nota? Logo em inglês? Sem chances. - negou com a cabeça, se virando e encontrando apenas as orelhas e os olhos redondos para fora das cobertas, lhe fitando. - Fecha os olhos, vou trocar de roupa!

- Eu já sei que sua bunda branca cresceu, Yoongi.

- Jungkook! - o ômega arregalou os olhos, atirando uma roupa qualquer para ver o alfa gargalhar e cobrir o rosto em questões de segundos. Yoongi estava estático, mas rapidamente chacoalhou a cabeça e tratou de trocar de roupa de modo rápido e afoito. Aquilo foi inesperadamente chocante; Jungkook falando da sua bunda. Isso quer dizer que ele ficava o observando? Era isso?! - Meu deus...

- Deixa de ser fresco, todo mundo tem bunda! - a voz soou abafada por debaixo das cobertas.

- Chega de falar de bunda seu bundão! Você tem que levantar de uma vez ou vamos nos atrasar!

Jungkook atirou as cobertas longe e se sentou na cama de repente, sorriu provocativo ao dizer, olhando nos olhos de Yoongi: - Bundão é você.

Yoongi pensou que morreria por dentro de tanta vergonha. Sua bunda era seu ponto fraco, seu corpo era seu ponto fraco, mesmo que fosse seguro de si, se achava bonito e gostava de seu corpo, todavia, foi estranho um dia se olhar no espelho e perceber que seu corpo estava mudando. Se sentir diferente e atraente era algo a se acostumar, e ele ainda não estava acostumado a receber olhares de segundas intenções ou elogios.

Mas lá estava Jungkook, nem medindo palavras para dizer que sua bunda estava definitivamente diferente. Estava morto de vergonha, céus!

Alfa desmiolado!

- Jungkook, o que faz na cama ainda, criança?! - Taehyung entrou no quarto de repente, de cenho franzido e a mão na cintura enquanto encarava aquela figura desleixada que deu de ombros. - Se apresse, rapaz! Já estamos atrasados, até seu irmão já está pronto, o que te deu hoje?

- Não sei, só acordei mais tarde... e o Yoongi nem me chamou!

- Não sou despertador de ninguém não!

- É uma questão de consideração, seu desnaturado! - apontou ofendido, se levantando e indo em passos duros até o banheiro, já sentindo o efeitos de acordar cedo se apossar de seu corpo: mal humor.

- Que alfa sensível... quer um abraço de desculpas, Jungoo? - Yoongi soltou o peso do corpo sobre a perna esquerda e cruzou os braços, sorrindo em provocação.

Taehyung revirou os olhos para aqueles dois, era sempre isso; viviam se provocando, brigando, de melação uma hora ou outra, se ajudando, uma hora se odiando, mas ainda sim não viviam um sem o outro, pareciam até... uh, hm... Taehyung nem sabia mais o que estava pensando. O que havia ido fazer ali mesmo? Apenas apressar os filhos ou ia pegar a cesta de roupa suja também? Sabe, de repente ficou tão desorientado!

- Quero. - os ombros do alfa caiu e ele se virou para encarar o irmão, na espera do tal abraço.

- Não vou te dar. Agora vai escovar os dentes, sinto seu bafo de vaca que come só pasto daqui, coelho com gigantismo! - enxotou-o sem dó nem piedade, porque era assim que Yoongi é: maléfico. - Se eu me atrasar você vai ver!

E Jungkook foi, num misto de frustração e ódio, todo cabisbaixo. O que poderia fazer? Esfolar Yoongi no soco por ser um cretino com ele que era tão amável? Não teria essa coragem, logo com ele, com Yoongi e sua carinha de boneca!

- Você é horrível, meu filho. - o mais velho no cômodo negou com a cabeça, horrorizado com a capacidade de Yoongi em ser péssimo quando queria. - Não tem dó do nosso caçula?

- Hm... - colocou a mão no queixo expôs seu esforço em busca de uma resposta na face coradinha por natureza, logo estalando a língua e voltando a fitar seu pai com um sorrisinho para enfim responder: - Pior que não, sabe?

- Peste. - murmurou ao selar os lábios entre as orelhas felpudas e sempre cheirosas do filho. - Deixe o cesto de roupa suja na lavanderia quando sair do quarto, sim? Hoseok chegará em menos de cinco minutos para levar vocês.

- Hoseok hyung?!

- Sim. Boa sorte a você para aguentar esses dois alfas dentro do mesmo carro... - desejou ao que ia se retirando do quarto, mas antes que pudesse sair, Yoongi lhe puxou novamente com uma expressão curiosa.

- Por que é o Hoseok hyung que vai nos levar hoje? O carro estragou? - franziu o cenho, agora receoso.

- Dia de folga para mim e seu pai! - Yoongi revirou os olhos. - Estou brincando, filhote. Na verdade seu pai e eu temos algumas coisas para resolver e hoje será um dia bom; você vai para casa de sua colega e Jungkook vai caminhando até a casa de seus tios, é bem perto. Passamos para pegar vocês mais tarde.

- Que coisas? - sussurrou na tentativa de xeretar os compromissos de seus pais, se aproximando e fitando o mais alto de olhos semicerrados.

O Kim se abaixou e o fitou também de olhos semicerrados, a altura do rosto delicado de seu filho antes de sussurrar: - A curiosidade matou o o gato.

- Pai! Que horror!

Yoongi exclamou abismado e abraçou o próprio corpo, fazendo Taehyung gargalhar alto e deixar um beijinho no narizinho de botão antes de se retirar do quarto, deixando um Yoongi de ombros caídos e um bico frustrado.



>•>•>

O dia estava tecnicamente tranquilo demais para Yoongi, era de se desconfiar daquela calmaria, de tudo aparentemente dando certo. Começando pelo fato de que conseguiu concluir todas as questões de biologia sem precisar dar uma olhadinha no livro - isso era muito estranho para quem odeia biologia e não decora nada daquelas porcarias que querendo ou não são essenciais saber para sobreviver -, e também, todos pareciam muito pacíficos em comparação a todos dias anteriores.

A viagem de casa até a escola junto com Hoseok foi tranquila e engraçada como tudo que envolvia aquele alfa querido pelos sobrinhos. Mas teve sim um momento que Yoongi quis enfiar a cabeça para fora da janela e gritar aos quatro ventos de vergonha, já Jungkook ficou bem quietinho quando percebeu que sua língua enorme havia deixado seu irmão morto de vergonha.

- Sabe Yoon, não precisa ficar envergonhado por isso... todo adolescente passa por esse momento. - Hoseok comentou em certo momento após o silêncio repentino e o alto odor de Yoongi que indicava sua vergonha incontrolável naquele momento. - Crescemos e nossos corpos modificam, eu mesmo já passei por isso.

- Vocês alfas só crescem para ficar com quase dois metros de altura e uma força que gostam de se gabar. Sem contar essa coisa boba que se vocês gritarem com ômegas eles ficam acanhados. E nós ômegas? A gente tem tanta mudança que uma vez por mês temos o inferno do período hormonal! - o ômega cruzou os braços sobre o peito ainda olhando pela janela do carro, indignado.

- Quem disse que temos só isso de mudança?! Outras coisas também crescem em mim e é muito estranho! - Jungkook exclamou do banco de trás.

Hoseok riu alto do sobrinho mais novo e a cara ingênua dele quando se emburrou ao saber que estavam rindo da cara dele. Yoongi nada disse, mas riu baixo; aquilo era bobo, alfas não eram especiais nessa parte de crescimento, eram? Seria no mínimo mais uma injustiça que ômegas sofriam.

- Nessa época é normal que alfas procurem por ômegas, e vice versa, mas alfas podem ser mais insuportáveis nessa fase da vida porque ver essas famosas mudanças evidentes nos ômegas é muito atrativo. - começou quando parou em uma sinaleira, observando os pedestres passarem aglomerados e rapidamente pela faixa de segurança. - Sei que é normal pais marcarem seus filhos ômegas para os protegerem quando chega esse momento, por causa das mudanças no corpo que chamam muita atenção de alfas cheios de hormônios. Eu tinha uma amiga na época da escola que cheirava diferente, o cheiro dela ficava mais fraco e havia presença de alfa e era como se isso a protegesse, era muito bizaro! Ela me contou que só havia ela de ômega na família e todos eram muito protetores, então a mãe dela marcava ela como forma de a proteger, e adiantava, nunca a vi ser desrespeitada, acreditam?

- Wow, não sabia que pais também marcavam filhos... - Jungkook murmurou perplexo. Era um pouco estranho, não lembrava do professor de biologia ter comentado sobre isso, ou isso era conservador demais?

- Talvez não sabemos porque para nossos pais é impossivel marcar para proteger - Yoongi deu de ombros, observando seu tio negar com a cabeça em discordância.

- Nem eu sabia na época, acho que se descobre com o tempo, ou tendo um tio legal como eu que explica coisas chatas da vida, já que seus pais são uns molengas e não servem pra isso. - sorriu de lado e piscou um olho para o ômega ao seu lado, que gargalhou gostosamente junto com o irmão mais novo. - Bem, seus pais não podem te marcar Yoongi, mas Jungkook pode, se necessário, claro. Não evite em pedir ajuda para seu irmão quanto a isso, ele sempre vai e deve te proteger como seu irmão alfa, não é Jun?

Estático e de olhos arregalados, Jungkook não sabia muito bem se era certo concordar com aquilo. Era seu tio que estava dizendo, então não havia nenhum problema, não é? Não foi ele quem propôs, mesmo que aquilo tivesse passado por sua cabeça segundos atrás e ele fez de tudo para expulsar o pensamento do modo mais desesperado possível... Era uma marca para proteger seu irmão, a marca de feromônios não significava de todo um relacionamento ou marcar território, Jungkook poderia não saber, mas também era um método de segurança para ômegas solteiros - era comum que pedissem para amigos ou que pais os marcassem nessas situações. Parecia íntimo de uma forma diferente pensar em marcar Yoongi, mesmo que tivesse um propósito maior, não iria lhe afetar como deveria, aliás, não deveria nem lhe afetar!

Marcar Yoongi soava muito mais complexo para Jungkook. Proteger Yoongi não era uma questão que lhe fazia pensar muito, era apenas inevitável.

- Ai! - o alfa exclamou com a mão na testa ao que sentiu o ardor do tapa desferido no local.

- Tá no mundo da lua, Jungkookie? - sem se preocupar em disfarçar o tom de provocação, Yoongi o indagou com aquela cara sapeca que fazia o mais novo revirar os olhos toda vez que a via no rosto do irmão. - O hyung fez uma pergunta!

- Ah... s-sim. - engoliu em seco e virou o rosto corado para a janela, contando todas as pessoas que vestiam a cor azul, a cor da calmaria. - Não me faça dizer que faço tudo por ele hyung, eu sou um alfa, não sou? É do meu instinto.

Aha! Instinto. Bastou isso para o sorriso no rosto de Yoongi murchar como bexiga velha, e Hoseok viu.

- Ledo engano, alfa. Há diferença entre instinto e amor. - simples e curto, e sem dúvidas: sábio, Hoseok foi. - Chegamos, crianças.

Instinto e amor, o problema em dobro, assim como Yoongi e Jungkook.

Isso foi como um rodopio na cabeça daqueles dois no banco de trás, um ao lado do outro, mas de repente pareciam tão distantes um do outro que não parecia possível nem que olhassem um no rosto de outro naquele instante. Era peculiar a forma como havia tantas coisas que os faziam inseparáveis, unidos, únicos um para o outro, mas na mesma linha... havia algo que não os deixava verdadeiramente estarem conectados. O que era aquilo que fazia Jungkook as vezes se sentir um estranho para Yoongi? Era como se não estivessem no papel certo mesmo que fossem os protagonistas, porque era isso que no fundo o subconsciente de Jungkook escondia dele mesmo; ele queria muito mais que o papel de irmão.

O sinal bateu, alto e insuportável mas ao mesmo tempo trazia um alívio porque finalmente era hora do intervalo. Yoongi deixou de pensar em como a vinda para a escola foi um tanto complicada para seu cérebro, e como de alguma forma o outra Jungkook parecia sempre acabar com uma cara de tacho, por alguma razão que era normalmente desconhecida por si. Deixou também seus materiais por ali mesmo, pois teria um segundo período de biologia para sua imensa tristeza - as vezes era difícil ser de exatas numa escola que tinha muito para falar sobre biologia -, foi a caminho da saída já percebendo a presença de Jaemin e Nayeon na sua volta, estava prestes a falar com Jaemin quando foi abruptamente interrompido:

- Yoongi! O que faz andando com esses dissimulados?!

Era a voz de Nayeon gritando no fundo, e aquela ômega estava muito irritada! Mas Yoongi ficou apenas confuso quando parou de andar e virou para trás, encontrando Momo, Mark e Sana em seu encalço, como se não estivessem a parte daquela situação. O ômega arregalou os olhos no que deu um passo para trás e no mesmo instante a cauda negra duplicou de tamanho pelo susto em encontrar a cara daqueles paspalhos tão de repente. O que faziam lhe seguindo?!

- M-momo. - engoliu em seco ao encará-la e em resposta recebeu um daqueles sorrisos que aprendeu a detestar.

- A sua favorita! - o sorriso se alargou ainda mais ao exclamar, e Yoongi ergueu as sobrancelhas desacreditado.

- Nem você acredita, alfa.

- No que essa sem causa vai acreditar, Yoongi? Veja só, ela está usando uma camiseta de uma banda que já declarou que não gosta de híbridos em plena rede nacional. - a ômega híbrida de coelho cuspiu irritada quando se aproximou do amigo. - Isso não faz sentido.

- E não pode entrar na escola sem uniforme...
- Jaemin alfinetou.

Momo revirou os olhos diante tudo aquilo, não entendia qual era a implicância daqueles dois com ela e toda essa mania que tinham em falar por Yoongi; ali todos pareciam não deixar que aquele ômega falasse por si.

- Eu só queria saber se está tudo certo sobre você ir a minha casa hoje, você não responde no grupo nem que um de nós esteja morrendo! - a alfa ignorou completamente os amigos de Yoongi, se direcionando apenas a ele como se os outros nem ao menos tivessem a entupido de xingamentos.

- Não que eu me importe - franziu o rosto confuso com tudo aquilo.

- Vai ou não, ômega?

Yoongi pousou o olhar sobre aquelas figuras, Sana de braços cruzados olhando as unhas e Mark lhe fitando assim como Momo, a espera de uma resposta, mas o olhar de Momo era duas vezes mais instigante, estava lhe cobrando uma resposta e parecia que queria ouvir algo em específico.

- Vou, agora sai do meu pé! - ralhou entredentes, não poupando o olhar feio para cima daquela alfa impertinente.

- Te espero na saída! - gritou ao que já ia saindo, fazendo o gesto obsceno de fungar o nariz várias vezes como se tivesse apreciando algum perfume, e de fato, o perfume irritado de Yoongi.

Céus, como Yoongi a odeia! Coisas daquele tipo eram consideradas coisas obscenas em sua sociedade híbrida, o ato de fungar o nariz diversas vezes na direção de um ômega de forma imprudente era quase como um assédio, era considerado desrespeito, era sexualização. De fato apreciar o odor de ômegas não era pecado algum e também agradava alguns, mas não de forma animalesca ou desrespeitosa. E veja bem, muito estranho se alguém lhe parasse na rua para lhe cheirar e dizer que seu cheiro é uma delícia, não? Pois bem! Era isso que ômegas sofriam por vinte quatro horas do dia em qualquer canto do mundo, mulheres ou homens.

Com um revirar de olhos e um bufar alto ele olhou para seus amigos, esses que não pareciam querer dizer nada no momento, então o ômega apenas seguiu caminho para o refeitório. E foi pensando em alguma solução para que conseguisse aguentar Momo e seus amigos na casa dela durante mais de meia hora que ele seguiu caminho.

Poderia ignora-la, mas isso seria mais pano pra manga. Poderia apenas acatar com tudo que ele dissesse, porém, ele sabia que não teria tal paciência. E que tal fingir por um dia que se davam muito bem? Ah, sem chances, ela com certeza ia se aproveitar disso. E se não fosse para casa dela?!

- Ai! O que pensa que está fazendo, Nayeon?!

- Eu quem pergunto - devolveu no mesmo tom, o fitando de modo curioso. - Tá no mundinho das trevas, é?

Ele recolheu a cauda peluda do alcance da amiga e a alisou antes de dar de ombros e dizer: - Só não consigo saber como vou aguentar essa alfa pelo resto do meu dia.

- Ninguém sabe, mas você não pode abaixar a cabeça pra ela, Yoon. - o alfa entre eles falou manso como sempre parecia ser, andando ao lado do Kim-Park, que se encontrava no meio do sanduíche de gatinho.

- Ela é maior, manipuladora, estranha, e alfa. É um pouco difícil... - entrou na fila para pegar o lanche, com uma carinha amuada, assistindo do início da fila Jungkook rindo com Yugyeom e Felix ao saírem da fila com seus respectivos lanches.

- E o que tem isso? Você também é manipulador e estranho.

- Nayeon você só fala o que não deve garota! - Jaemin a olhou feio em seguida se direcionando a Yoongi. - Você não é estranho, mas é manipulador...

- Vocês me odeiam. - declarou antes de ir pegar o lanche do modo mais desanimado possível.

Honestamente? Talvez ele estivesse fazendo tempestade num copo d'água. Talvez nada acabaria tão ruim quando parece que vai acabar, então ele preferia acreditar nesse ponto.

Entre devaneios, a caminho da mesa que costumava sentar com seus amigos, não tão longe da mesa que Jungkook costumava sentar com os amigos dele também, ele pôde sentir algo estranho. Sensível como um bom gato graças ao seu sangue felino, ele pode sentir um arrepio ruim percorrer da base de sua cauda até a ponta, a fazendo se abaixar e quase se por entre suas pernas de modo repentino, então seu olhar vagou pelo refeitório, até cair num grupo específico de pessoas.

O grupo que Jungkook enfrentou.

Seu olhar congelou sobre eles, e principalmente num que estava com o lábio aparentemente cortado, e aquele olhar era tão incômodo que parecia que ele estava sozinho numa sala pequena com aquele garoto e seus amigos, se sentiu encurralado apenas com a breve troca de olhares que pareceu mais longa do que realmente foi; mas seus olhos focaram em um par de olhos jabuticabas e um sorriso de coelho que surgiu na sua frente de um instante para o outro.

- Jungkook! Quer me matar do coração?! - apertou o peito sob a palma, fuzilando o mais novo.

- Não, eu só vim saber cadê a Nana e o Jae, você tava sozinho aqui com essa bandeja, todo catatônico... - deu de ombros, olhando em volta com as mãos guardadas no bolso da calça. - Ah, e vim pedir seu bolinho de beterraba, eu sei que você não gosta, então não adianta dizer não!

- Toma então, mas saiba que a louça da janta é tua - entregou o bolinho nas mãos ansiosas do alfa esfomeado, esse que pouco se importou com o que o irmão disse, devorando o bolinho sem devaneios. - Ah... Nayeon e Jaemin estão implorando por mais bolinho de beterraba também. Não sei o que tem de mais nesse treco sem gosto!

- Yoongi... esse bolinho... tá... do ca...ralho. - esclareceu, de boca cheia.

O ômega arregalou os olhos e negou com a cabeça em reprovação, ignorou o que o mais novo disse e finalmente se sentou na mesa quando viu que Nayeon e Jaemin vinham, sem bolinhos e com imensas caras de decepção. Nos minutos seguintes Jaemin e Nayeon fizeram piadas com Jungkook e lembraram piadas internas que só eles tinham, Yoongi ria de algumas delas, entretanto, estava meio aéreo. Seu olhar voltou para os alfas e eles pareceram voltar a lhe fitar no mesmo instante, o que o fez desviar o olhar novamente.

O que esses alfas perderam nele? Esperava que fosse apenas porque Jungkook estava alí, mesmo que esse não parecesse ser o motivo. Jungkook não estava alí a segundos atrás quando eles lhe olhavam sem piscar nem um olho. Seja o que for, Yoongi apenas queria distância daqueles alfas.

- Yoongi falou que essa festa foi um porre... - o fato do nome de Yoongi ter surgido no meio da conversa chamou atenção dele, e Nayeon o olhou de volta logo após. - Foi o que você disse durante a madrugada inteira enquanto estava lá.

- Vocês não perderam nada, essa é a verdade - Jungkook suspirou e cruzou os braços sobre a mesa ao encará-los. - Não é algo tão legal quanto falam. Tinha pizza, mas estava gelada, tinha gente, mas era panelinha e casal, aí não dá né? Fala sério.

- Jungkook, você é um pé no saco antissocial, esses locais não são para você, não concordam comigo? Ele só usa preto e camisetas de desenho, todos que se vestem assim não sentem vontade de sair de casa. - a ômega julgou, como sabia fazer de melhor.

- Eu me visto assim, Nayeon. - Yoongi franziu o cenho ao encará-la.

- Você pode até vestir as roupas do seu irmão, mas no seu armário só tem jardineiras, amigo. - deu de ombros parecendo dar o assunto com encerrado assim que voltou a comer seu lanche.

Nayeon possuía um grande problema: ela não sabia a hora de calar a boca, muito menos reconhecer os limites. Ainda sim, todos ali já estavam acostumados com as manias da ômega em ser metida e faladora, ela não tinha escrúpulos e estava tudo bem para eles. Jungkook sabia que era antissocial, mas até que gostava do seu estilo; camisas de desenho, animes, bandas e algumas da área feminina que tinham estampas legais, havia um conceito!

Poucos aceitavam a existência dos emos atualmente... fala sério!


>•>•>


Se alguém perguntasse a Jungkook se estava tudo bem ver Yoongi entrar no carro de Momo, ele provavelmente daria de ombros, todavia, seria uma grande mentira eles estar de boa com aquela situação. Não gostava daquela alfa que tanto perturbava seu irmão, mas não é como se ele pudesse fazer algo contra aquilo. Já estava estressado o suficiente com aqueles alfas lupinos que andavam na cola de Yoongi e consequentemente na sua, não sabia o que fazer sobre isso, não sabia ao certo como proteger Yoongi de tudo isso, o que o deixava tremendamente frustrado.

Havia uma frequente luta interna sobre isso, na qual ele pensava: "dane-se esse instinto idiota de alfa, Yoongi sabe se cuidar sozinho" e em seguida "mas será que ele tomou suas vitaminas hoje?". Era tão, mas tão difícil o ter em sua mente! Quando ele menos espera, seu subconsciente já o traiu de inúmeras formas, o impacto daquele ômega cheiroso a laranjas frescas e hortelãs - nuance que percebeu recentemente quando Yoongi saiu do banho esses dias - era enorme, era como meteoro na lua, sim, lua!

Jungkook se sentia sempre na lua ultimamente quando olhava para os olhos de seu irmão.

Era como Ash Lynxs se sente perante Eiji Okumura. Mas era complicado, já estava num patamar bem arriscado ele mesmo admitir que seu irmão era seu ponto fraco, não é? Um caminho sem saída.

Então, sem poder fazer nada e ainda sentindo o beijo de despedida dele que recebeu na bochecha, avistou o carro luxuoso da família Hirai - com direito a chofer - partir e sumir pela rua florida. Com um suspiro fundo, girou os calcanhares e ajeitou a mochila nas costas, segurando as alças enquanto caminhava a chutar pedrinhas pela calçada. A casa de seus tios era apenas uns três quarteirões da escola, num apartamento um pouco antes do centro da cidade, um bairro tranquilo, mas por ser perto dos bares das redondezas do começo do centro e aglomeração de pessoas, pela noite podia ser perigoso andar muito longe do condomínio.

Escutou a história de seu tio Namjoon que deu um soco num alfa bêbado que tentou assedia-lo, pois estava no cio, na rua, o que era muitíssimo perigoso para ômegas e até betas que por alguma razão não conseguissem se defender, mas Namjoon deu a sorte de ter sido o único alvo do pervertido, logo o pondo para dormir e chamando as autoridades. Crianças costumavam sair das casas de jogos até às dez da noite e circulavam pelo bairro e seria esperado que as leis fossem fechar as casas de jogos desse horário, mas protestos anti alfistas e em proteção a infância e prudência, proibiu bares perto de casas e condomínios, e apenas bares do centro da cidade poderiam ficar aberto até às duas horas da manhã, longe de casas de jogos e bairros de moradias familiares. Os protestantes conseguiram até uma lei que dava pena de um ano e meio a alfas que andassem na rua no período do cio sem supressores, ainda mais se estivessem alcoolizados. Sim, prisão por atentado ao pudor alheio!

Fala sério, Jungkook poderia dizer que até tem uma queda por protestantes... eles são capazes de mudar a porra da lei!

Riu sozinho por alguns segundos do pensamento bobo, todavia, foi bruscamente interrompido ao que sentiu suas costas de chocar em algo duro, rápido demais, inesperado demais e sem explicação alguma; havia um braço prendendo seu pescoço, prensado contra o muro da rua sem movimentação alguma a não ser mais quatro alfas lupinos se aglomerando ao seu redor.

- Achou mesmo que ia me quebrar um dente e que tudo ficaria tudo bem pra você, coelhinho corajoso?



>•>•>



Momo com certeza dormia com um travesseiro recheado de dinheiro, porque bem, tudo na casa dela esbanjava dinheiro, e não sabia como ela poderia se vestir tão mal tendo todo este privilégio. A casa era maravilhosa, tanto que chegava a ser um exagero!

- Momo! Você chegou, minha querida!

Da cozinha, uma senhora estrangeira com um sotaque fofo se aproximou sorridente da alfa, era mais alta que ela e possuía um cheiro agradável de café, era como se ele estivesse cheirando grãos de café puro, era suave, mas era forte e intrigante ao mesmo tempo, era novo. Era a primeira vez que Yoongi via alguém se direcionar assim a Momo, com tanto carinho, e sinceramente, não conteve o riso ao ver a alfa corar, ficando sem jeito algum.

Mas sem dúvidas, o que mais chamou atenção de Yoongi foi o fato de Sana e Mark nem ao mesmo se darem o respeito de a cumprimentar e a olhar nos olhos, apenas tiraram os casacos e as mochilas e direcionaram em direção a mulher, essa que não pareceu surpresa, apenas recolheu as coisas e se curvou rapidamente antes de dar um beijo no rosto da alfa sem jeito. Ela retirou a mochila das costas de Momo, parecendo atrapalhada com tantas bagagens mesmo que em nenhum momento expressasse algo contrário ao sorriso que tinha em seu rosto, e quando ia se retirar, foi interrompida.

- Ayana noona, o almoço está pronto?

- Sim, chewe. Peixe grelhado com arroz temperado, como pediu. - sorriu mais uma vez. - Apenas não esqueçam de lavar as mãos antes de virem a mesa. Já irei servir.

- Ei! Senhora Ayana...

Todos estreitaram o olhar para o ômega felino, que encolheu os ombros e engoliu em seco, mas logo sorriu docemente em direção a doméstica, lhe esticando a mão.

- Prazer, sou Kim-Park Yoongi, colega da Momo. Tudo bem com a senhora? - se aproximou mais um pouco quando ela arregalou os olhos e abriu a boca algumas vezes, trocando de olhar entre Momo e Yoongi. - A senhora precisa de ajuda com essas mochilas?

Ainda perplexa e sem saber o que dizer, a mais velha permaneceu encarando Yoongi, mas não durou muito mais tempo.

- Não precisa ajudar ela. Ayana é paga para isso, gatinho.

- E eu não vejo o porquê de ela carregar nossas coisas se temos pernas e braços, então, com todo respeito - retirou duas das mochilas dos braços da mulher de meia idade e pegou um casaco das mãos dela cuidadosamente. - Com licença senhora Ayana. Onde posso largar essas coisas, a senhora sabe?

Muda e de olhos arregalados, a doméstica apontou para as escadas no canto esquerdo da sala, e Yoongi passou em passos firmes por Momo, Sana e Mark, que tinham uma parede no rosto, sem expressão alguma.

Ora, Yoongi não deixaria de fazer o minino do que foi lhe ensinado: poupar os mais velhos, ser educado e cuidar de seus pertences. Com isso, assim que chegou no andar de cima, olhou ao redor das varias portas que avistou, havia um tipo de mezanino, uma segunda sala de estar onde podia avistar o andar de baixo e aqueles três paspalhos o encarando. Largou as coisas no sofá que havia ali e logo sentiu a presença de Ayana ao seu lado.

- Muito obrigada, criança. - tomou o rosto delicado nas mãos macias e selou um beijo singelo na testa do ômega. - Vá lavar as mãos no lavabo ao lado da entrada da cozinha, logo irei os servir.

- Ah, não se preocupe com isso! A senhora pode ir fazer outra coisa se quiser, a gente se vira na cozinha, tá bom? A Momo não vai deixar louça pra senhora, eu prometo! Até mais tarde!

Durante o almoço, todos estavam com cara de bunda, inclusive Momo enquanto lavava a louça, Ayana não foi vista durante o almoço, mas Yoongi estava tranquilo quando se aproximou da torneira para pegar um copo de água, recebendo um olhar torto de Momo. Sana e Mark estavam sentados a beira da mesa o encarando como completos idiotas, como se estivessem um pouco enojados. Ele não entendeu, então deu de ombros e largou o copo na pia para Momo lavar, se direcionando para a cadeira que esteve sentado antes.

Momo finalmente desligou a torneira e sentou ao seu lado, cruzando os braços e bufando alto. - É a primeira vez que lavo louça, estou toda molhada...

- Quê?! Você nunca lavou uma louça na vida? Não acredito... - riu baixo, incrédulo.

- Ela tem quem faça por ela, diferente de você. - Sana retrucou.

- Vocês tem quem limpe a bunda de vocês também? - devolveu sarcástico no mesmo segundo. - Fazer alguém de serviçal não deveria ser orgulho.

- Ayana veio de onde veio justamente para isso, ela adora o que faz, não vê como ela nos trata bem? - continuou Sana. - Ela até te beijou, e você aceitou um beijo dela ainda, sinceramente...

O ômega franziu o cenho, sem entender ao que Sana de referia, e ainda com o olhar estranho dela sob si, ele indagou: - E qual é o problema disso, Sana?

- O problema é que ela é negra, dã! - cruzou os braços e negou com a cabeça, achando um absurdo.

Yoongi sem dúvidas não era cego e sabia que Ayana não era asiática, mas soube que por ser ela ser negra e não muito jovem, deve ter tido boas ou péssimas razões para trabalhar como trabalha e ter aprendido coreano para trabalhar, uma língua que não era uma das mais fáceis. O continente asiático não era um dos mais agradáveis com negros, não eram um dois mais respeitosos, então, avistar Ayana ali, falando como podia e sabia a sua língua e servindo pessoas asiáticas poderia ter um lado obscuro qual Yoongi apenas o percebeu agora. Todavia, pela face de Momo, ela parecia não concordar muito com o pensamento da prima, e ao mesmo tempo também não se manifestou em nenhum momento.

Porém Yoongi não concordou nadinha com aquilo.

- E o seu problema é ser tão privilegiada, Sana. Você tem tantos privilégios que esquece até que respeito e edução é algo que devemos oferecer também, não apenas receber e achar que os outros não fazem mais que a obrigação em te tratar bem. Sua obrigação é tratar os outros, independente de etnia, assim como deseja ser tratada. - podia sentir o gosto amargo em sua boca ao dizer tais palavras para a ômega, se sentia enjoado e enojado com tudo aquilo, sentia que podia vomitar na cara de Sana, e em Mark também que apenas revirava os olhos, todavia, sendo tão imperceptível com toda sua inutilidade que nem se prestou em olhar para ele por muito tempo. - Saiba que você é a escória da humanidade que inferioriza os outros apenas pelo tom de pele. Pensei que racistas já estivessem extintos perante o mundo e sociedade tão evoluída e sortida de espécies, raças, etinias e os híbridos mais misturados possíveis em que convivemos, mas parece que sempre há alguém tão nojento quanto as próprias fezes que defeca entre nós.

A veia saltada na testa pálida de Yoongi não foi tão notada quanto o desgosto em sua voz em direção a Sana, que estava tão chocada quanto qualquer outro ali. Ela abriu e fechou a boca tantas vezes que em algum momento ela apenas fechou e aceitou que não haveria nada que ela poderia dizer naquele momento, a não ser calar a maldita boca da qual só falava baboseiras que Yoongi não aguentava mais ouvir. Ele não aguentava mais aquele ambiente e qualquer um deles ali naquela cozinha, mas não estava ali aguentando tudo aquilo em vão, não queria nem mais um segundo perder seu tempo perto de pessoas tão fúteis como aquelas, não gostava de saber que estava num lugar onde obviamente Ayana estava sofrendo mesmo que provavelmente não tivesse escolhas.

Assim como muitos como ela.

- Já deu, Yoongi? - Mark perguntou com seu habitual tom irônico e irritante. - Vamos logo fazer esse trabalho idiota, já não aguento a cara desse garoto e esse cheiro de irritadinho dele.

- Que nada, esse cheirinho é uma delicinha - a alfa ao lado de Yoongi fungou o pescoço dele de modo totalmente indiscreto, fazendo o ômega arregalar os olhos.

- Não chega perto de mim, Hirai! - ordenou entredentes, fuzilando a garota risonha ao que se afastou.

- Cuidado, ele pode apertar algum botão secreto e quando vê Jungkook aparece para o proteger como o príncipe encantado! - o Lee provocou maldoso. - Esses dois são estranhos...

- Vamos lá pegar as coisas, Mark. Quanto mais tempo longe dele melhor. - exibiu um sorrisinho cínico ao se levantar e puxar o amigo para longe.

Yoongi suspirou fundo e cruzou os braços sobre o peito, se jogando na cadeira e fitando a mesa sem nenhuma finalidade por trás, mesmo que não estivesse completamente em paz, o silêncio de Momo era o suficiente no momento. Sentia que não duraria por muito tempo já que a alfa era imprevisível como vento de chuva. Já sabia que a tarde seria difícil, não seria fácil estar no ambiente dos inimigos, se assim poderia se dizer, já teve surpresas desagradáveis, só queria as horas seguintes fossem a mais didáticas possíveis, as mais rápidas e imperceptíveis possível.

Ele poderia jurar de mãos juntas que se não tirasse uma boa nota nesse trabalho ele daria um jeito de acabar até com os antepassados dos seus caros colegas de grupo.

- O cheiro de alfa em você realmente incomoda a outros alfas, já que sua essência é uma das mais agradáveis daquela escola, sabe? - ela começou, se apoiando na mesa e encarando o ômega, que a olhou pelo canto dos olhos. - Mas o cheiro da convivência nunca vai te proteger o suficiente, ômega.

- Hum, tá bom.

- Deixa de ser assim, Yoongi. Você sabe muito bem que posso te proteger melhor que seu irmão! Um que toque em você vai direto pra fora dos portões da escola, esqueceu que meu pai comanda aquela espelunca? - se aproximou num frenesi que assustou o ômega, esse que levantou junto da alfa e se apoiou no balcão para não cair perante a pressa em se afastar dela. Os olhos arregalados do ômega e a respiração irregular não fizeram Momo se afastar. - Você não percebe? Não percebe o quanto eu quero que você seja meu ômega, Yoongi? Estamos na idade certa para acharmos nossos pares, você é meu par e sabe disso...

- M-momo, você está me assustando agora... - alegou, sentindo suas mãos suar e garganta secar em nervosismo, aquela alfa nem piscava, apenas encarava no fundo de seus olhos de modo assustador, ela parecia hipnotizada de um segundo para o outro.

- Vai chamar seu irmãozinho? - sorriu mesmo que não tivesse graça alguma para o ômega, que nem ao menos piscava. - Honestamente, essa coisa do seu irmão sempre no seu pé só me atrapalha e me deixa irritada! Ele tem seu cheiro, você tem a presença dele no seu cheiro! Eu não gosto muito, só me deixa com mais vontade de marcar alguém pela primeira vez, e eu tenho certeza que vai ser você, Gigie. - a última sentença pareceu sair num sopro, e Yoongi apenas engoliu em seco e fechou os olhos quando a viu se aproximar, não parecia mais possível se afastar, ela estava praticamente em cima de si como se fosse lhe dilacerar, e poderia soar forte, mas Yoongi estava desesperado e não sabia onde os amigos dela haviam se metido nesse momento.

Todos os poros de Yoongi estavam exalando seu medo e desespero, estava inseguro, não sabia o que estava passando na cabeça de Momo, que havia mudado da água para o vinho tão de repente, no entanto, parecia que ela guardava tudo aquilo há um bom tempo. Era como uma erupção bem perigosa, e Yoongi não sentia que podia fugir por si só daquela situação quando sentiu a respiração da garota descontrolada em seu pescoço lhe fazendo suar frio.

- Pensei que você não tivesse medo de mim, sempre foi tão bom em me desafiar, o que houve? - murmurou, em seguida soltando um som estranho, parecendo se deleitar com algo que não foi muito claro para o Kim-Park. - Seu cheiro, Yoongi... tenho certeza que se eu te marcar meu cio chegaria amanhã mesmo. Você me faz ver um outro lado de como é realmente ser alfa, você faz meus instintos irem a loucura... quanto mais você solta esse cheirinho de medo mais eu fico louca, ômega.

Para o céus, para deus, para as divindades, santos, Buda e qualquer que fosse a entidade que controlava o mundo, ele apenas estava pedindo socorro a qualquer um deles! O choro estava entalado na sua garganta, nunca havia de sentindo tão impotente, nunca havia se sentindo tão acuado e ameaçado, não sabia a quem recorrer, não sabia se tinha como. Ele só tinha uma certeza: sem dúvidas, não queria ir embora daquele lugar com os feromônios de Momo no seu corpo, na sua essência. Não queria pertencer a ninguém naquele momento, muito menos a Momo.

Yoongi apenas não queria ter sua integridade violada.

- Momo!

Num supetão, a alfa se afastou e arregalou os olhos com o susto, encarando a porta da cozinha sem entender, mesmo que em seguida seus ombros tenha relaxado em ter percebido que era Mark, Yoongi ainda se mantinha estático, agora com os olhos estalados, fixado em qualquer canto da cozinha, catatônico.

- O que você está fazendo? Vamos fazer logo esse trabalho e para de encher o saco dessa garoto, pelo amor de deus. - revirou os olhos e saiu da cozinha.

Para o desespero de Yoongi, estava novamente sozinho com aquela desequilibrada. Virou lentamente a cabeça na direção dela, encontrando os olhos castanhos grudados no seu como um ímã, porém, ela deu as costas e saiu da cozinha.

Por um fio. Por um fio a embarcação não afundou.









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eu sei, eu demorei muito, mas claro, eu tive minhas razões, mas voltei e pretendo ficar, mesmo pensando desistir muitas vezes, eu ainda vou ter dificuldades e pensarei em desistir como todo ser humano faz, mas eu amo demais essa história e tudo nela, eu tenho grandes planos pra ela, ela tem muito para contar pra vocês

eu esperava trazer algo maior e melhor, mas pretendo não demorar no próximo cap (eu sempre digo isso eu sei mas é verdade gente acontece que a vida é imprevisível)

como eu avisei e vocês estão vendo, as coisas vão começar a ficar tensas, o próximo capítulo vai ser tenso e dramático como eu gosto de deixar faço uma novela indiana 👁️👄👁️

minha escrita tá meia travada e robótica pois fiquei muito tempo sem escrever mas imagino que ela volte ao normal pra algo mais relaxado e espontâneo.

temos novos personagens! A Ayana, ela é do país da Etiópia, pais da origem do café, África oriental! Muitas coisas para ser exploradas com ela hehehe

Temos também os alfas nojentos que eu odeio e imagino que vocês também mas eles infelizmente serão muito necessários para o desenvolvimento dos yoonkook

E a momo minha gente? Ficou louca coitadinha não foi vacinada quando criança 🥴 muitas tretas

Ai gente eu tava com saudades, foi torturante esses meses sem escrever, não teve um dia que eu não me cobrei, MAS AGORA EU VOLTEI ME ABRACEM QUE SAUDADES VAI TUDO FICAR BEM VAI TUDO FICAR ÓTIMO

mas eu sou imprevisível não confiem em mim por isso me cobrem no meu Instagram já que não apareço muito aqui @ narione_

É ISSO REZEM PELOS NOSSOS YOONKOOK A COISA TA BRABA

BEIJOS DE LUZ

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