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26. Por sorte

oiii gente!! essa imagem é mais ou menos como imagino a formatação da cama deles, vai aparecer bastante nesse capkkk o quadro deles é mais colorido que esse, é totalmente diferente, mas imagino a cama deles nesse estilo

ESPERO QUE TENHA AJUDADO VOCÊS A IMAGINAR MELHOR!!

BOA LEITURA!

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Há inúmeras situações que podem afetar de modo repentino nossas ações, pensamentos ou até o modo que iremos ponderar qualquer evento. Por fim, quando se há uma grande quantidade de possibilidades para alguma situação, há coisas que se tornam inevitáveis. Sem dúvidas, algo imprevisível irá acontecer perante inúmeras possibilidades.

E aconteceu.

Por sorte, não havia muita gente na volta quando Jungkook inevitavelmente defendeu a dignidade do seu irmão do peito, porém, foi de modo imprevisível até para quem falou mais do que devia. Muitos alunos já tinham ido embora naquele horário, e os monitores ficavam pelo portão, e Jungkook e o grupinho estavam alguns metros longe, e também, mais uma vez; por sorte, eles decidiram que seria melhor não revidar o alfa faixa preta por mais que estivessem espumando feito os cachorros que eram.

Quando Jungkook virou para sair daquele lugar e de perto daqueles garotos pervertidos, se chocou violentamente com o corpo pequeno de Yoongi, que pela sua corrida desesperada até o irmão quase tombou para trás no momento que seu peito trombou com o dele. Jungkook não deixou que Yoongi caísse de bunda no chão e fora rápido em segura-lo, entretanto o receio misturado com vergonha que sentiu tão de repente não o permitiu encarar os olhos confusos e assustados dele, que parecia não saber o que dizer depois do que viu, genuinamente e literalmente confuso, perdido e surpreso.

- O pai chegou, Yoongie - murmurou, pronto para seguir caminho, Yoongi ainda lhe encarava de cenho franzido e os olhos aflitos, ainda mais confuso com o fato de Jungkook ignorar totalmente o acontecimento de segundos atrás.

- Jun... Jungkook v-você.. - balançou a cabeça, o encarando sem saber o que dizer, tirando os olhos dele apenas para esgueirar o olhar por cima do ombro do mesmo e ver o grupo de garotos se levantar e ajudarem o atingido, e pareciam querer rumar em direção a eles.

Jungkook suspirou fundo, percebendo a movimentação e olhando por cima do próprio ombro o grupo se locomover definitivamente até eles. O alfa sem a coragem repentina de antes apenas se agarrou na mão de Yoongi e pediu: - Yoon, agora não, só... só vamos, por favor?

O ômega apenas assentiu hesitante, com as sobrancelhas contorcidas para dentro, o que lhe dava um ar pidão, mesmo que estivesse completamente vacilante com tudo aquilo, se deixando ser praticamente arrastado por Jungkook. Olhou para trás para encarar o grupo, esses que pararam de os seguir apenas quando atravessaram o portão e rumaram até o carro. Eles não tiraram os olhos de Yoongi nem por um segundo, o que fez o ômega parar de encarar imediatamente.

Já dentro do carro, Jungkook ainda sim não largou a mão de Yoongi, mesmo depois de cumprimentarem o pai Taehyungie e responder as perguntas aleatórias que ele fazia sobre o dia dos filhos, ainda que durante a viagem o alfa apenas observou o mundo passar pelo vidro fumê do carro, ele não afrouxou o aperto na mão do irmão. Yoongi subiu o olhar do punho avermelhado que segurava sua mão até o rosto de Jungkook, que parecia de algum modo, pela primeira vez, distante.



(...)


- Você poderia passar no mercado na volta? Ou Seokjin vai precisar de você por mais tempo? - com o celular preso entre a bochecha e seu ombro, Taehyung prendeu o lábio inferior entre os dentes quando acidentalmente queimou as pontas do dedo ao que tentou verificar o ponto da panqueca sem auxílio de uma espátula, murmurando um palavrão logo em seguida.

- Talvez ele precise, pobrezinho. Eu já tinha tido que ele deveria se certificar antes de testar, já que era provável que ele fazia parte dos betas atuais que podem engravidar. Acredita que ele está barrigudinho e achou que era de soju? - do outro lado da linha, Jimin murmurou, já que o amigo se encontrava perto, inconsolável e perdido, depois de achar suspeito tantos desmaios repentinos acabou por apelar por um dos amigos que eram da área médica. - Por que, amor? As crianças pediram algo?

O cérebro de Taehyung mal filtrou a informação de Seokjin grávido, o que era uma coisa surpreendente maravilhosa! Portanto, mesmo que tenha travado por alguns segundos, a questão de seus filhotes não saia de sua cabeça.

- Na verdade não, ahn... Jungkook está um pouco estranho, ele tentou disfarçar, mas honestamente, parece que eles esquecem que temos olhos de raio-x. - sorriu bobamente, não queria se preocupar atoa, só que também não tinha como não se preocupar! - Yoongi não está muito diferente. Vou oferecer panquecas e resolver isso, talvez seja apenas a escola? O início de primeiro trimestre já passou e agora vai começar os trabalhos, se não me engano. Estou errado, será?

Taehyung ouviu o suspiro de Jimin ecoar em seus ouvidos e já pode até ver suas expressão intrigada, quase ao nível de uma preocupação urgente. Realmente iria começar os trabalhos, e trabalhos no ano que estão começam a ser um pouco mais exigentes, poderia ser uma possibilidade. Jimin e Taehyung pensariam em todas até descobrirem, como sempre, como era de se esperar.

- Será que andaram brigando? - sugeriu Jimin, aparentando estar se mordendo do outro lado da linha. - Vou mandar uma mensagem para um deles... perguntar se está tudo bem, não seria suspeito, não é? Vou encher de emojis. Adoro aquele com uma carinha pidona, igualzinho ao Yoongie!

- Seria super suspeito, vida. Aliás, Seokjin está de quantos meses? - a informação ressurgiu em seu cérebro de repente, durante o processo de retirar uma panqueca e adicionar mais massa na frigideira acabou colocando a chamada no viva voz para facilitar sua vida. - Eu nem posso acreditar que esse homem está grávido!

- Não tem muito como saber, mas já deve estar fechando dois meses, ele está com a barriga durinha - entre um suspiro explicou simples, parecendo ter outra coisa a dizer. - Amor, dá uma olhadinha nos filhotes, e por favor, me liga quando saber o que aconteceu? Não consigo focar em outras coisas direito sabendo que algo pode ter acontecido e eu não sei... e eu preciso desligar, hn, o que você queria no mercado mesmo?

Taehyung sorriu fechado, sempre admirador de como Jimin poderia ser tão angelical, sempre guardando pelo bem de seus filhotes junto dele.

- Leite de banana para os bebês, detergente, e ah, na farmácia, lubrificante. O que tem aqui venceu, é sempre bom ter um no armário, não é? - brincou, ouvido Jimin dar uma risadinha baixa e concordar com um okay, logo dizendo que teria que desligar agora. - Até mais tarde minha vida, se cuide.

A chamada encerrou, e Taehyung suspirou fundo ao que checou o horário. Hoje decidiu que seria um ótimo dia pra fazer um café generoso com panquecas com calda de chocolate, pelo simples motivo de que seus filhos merecem, e parecem amuados. O almoço tinha sido potencialmente estranho, Yoongi parecia perdido, encarava Jungkook como se ele tivesse algo a dizer, e Jungkook parecia no mundo da lua, ao mesmo tempo que bravo? Taehyung não sabia dizer, sabia que algo tinha acontecido e dessa vez teria que se meter, já que estava evidente que algo estava errado.


(...)


- Yoonnie? Me empresta seu caderno de inglês?

Pela primeira vez no dia depois do ocorrido, Jungkook teve a coragem de lhe dirigir a palavra, mesmo que ele estivesse uma cama acima da sua. De alguma forma, estava sendo tremendamente difícil encarar Yoongi e lembrar de tudo que aqueles alfas falaram dele, logo de Yoongi, do seu irmão do coração. Não negaria que chorou de frustração e pura raiva no banheiro, aquelas palavras rudes e perversas sobre Yoongi não saiam de sua cabeça nem por um segundo! Quem eles pensavam que eram para tratar Yoongi daquela forma?! Yoongi não era prêmio algum, não era menos que eles e não deveria ser tratado como alguém que "saberia seu lugar depois de ter um alfa por cima dele"! Se sentiu de certa forma mais irritado e envergonhado por aqueles alfas terem também o retratado como se... como se também pensasse como eles, independentemente de qualquer coisa. Jungkook se sentiu envergonhado mesmo que não fizesse jus, então, como eles poderiam ter a pachorra de dizer o que dizem sem nenhum pingo de receio? Era nojento.

Yoongi não merecia esse tipo de tratamento, ou seria Jungkook o único alfa a entender isso? Seria Jungkook o único alfa capaz de respeitar Yoongi como deveria? Acima de tudo, como um ômega, muito acima daqueles que lhe desprezam?

- Se lembrou que vivo na mesma casa que a sua agora que precisa de algo meu? Ah... - a voz soou baixa e rouca, e continha aquele pingo sutil de mágoa que Jungkook não deixou passar, se culpando assim que pôde quando Yoongi respondeu firme: - Não.

O alfa mordeu o interior da boca e se virou na cama de baixo, encarando agora o quarto limpo e iluminado pelo sol da tarde, com as cortinas se movimentando pelo vento arejado e fresquinho até demais, o que fazia Yoongi se encolher mais ainda na cama de cima. O cheiro de panquecas com calda de chocolate estava pelo ar que circulava na casa, mesmo que nada estivesse tão doce quanto Jungkook ou Yoongi quisessem.

E para variar, como se fosse a cereja do bolo, Yoongi estava obviamente chateado com Jungkook.

- Gigie, eu-

- Por que bateu do nada naquele garoto, Jungkook?! - não conteve mais a dúvida que corroía suas entranhas, continuando logo após: - Já pensou se nossos pais descobrem!? Já pensou se algum monitor tivesse visto ou até mesmo se eles tivessem revidado?! Estavam em quatro e você pode até ser faixa preta, mas não nenhum super herói, seu idiota! Sabia que se os monitores tivessem visto, você não iria participar da próxima competição e talvez expulso do clube? Ia ser a maior merda, e você literalmente me ignorou, e ignorou tudo isso! - explodiu, a voz oscilando no volume, mesmo que Jungkook não pudesse o ver, pôde sentir Yoongi bater no colchão em distresse.

A saliva mal passava pela garganta de Jungkook quando ele a engoliu, com os olhos arregalados em surpresa com a breve explosão de Yoongi, esse qual ele podia ouvir a respiração irregular, notoriamente irritado, preocupado e magoado, e além de tudo, transtornado com a ira que viu nos olhos de Jungkook antes dele atacar aquele garoto.

Não tinha chances algumas de dizer a Yoongi o que aqueles alfas diziam, o porquê, não havia chances, e enquanto lutava mentalmente contra isso, talvez tenha demorado demais para responder Yoongi. Tempo suficiente para ouvir a movimentação acima de si e logo ver Yoongi pulando da cama de cima rapidamente, parou a sua frente apenas para se esticar na frente da cama e pegar o celular na cama de cima, logo ajeitando a roupa e rumando em passos duros para fora do quarto. A cauda negra estava bagunçada e rechicoteava o ar, entregando completamente o humor do ômega.

- Yoongi? Espera aí! - se sentou rapidamente, observando o perfil do rosto irritado do irmão, franzido feito um gatinho bravo, mas não deixava de lhe dar medo.

- Eu vou pra sala, e você pode ficar aí me ignorando. Dessa vez longe de mim, Jungkook. - mirou-o, esfregando os olhos numa falha tentativa de segurar as lágrimas confusas e frustradas - talvez seu período tenha tido início num dia horrível. - Você sabe que eu odeio que me ignorem, e você fez isso absolutamente o dia inteiro, d-depois de ter feito aquilo! Você está estranho, espero que não esteja virando um babaca...

Estranho. Definitivamente, talvez Jungkook estivesse se sentindo estranho. Ou talvez isso fosse apenas seu interior se corroendo em poeira depois de ver o quanto Yoongi parecia magoado ao sair daquele quarto. Não sabia mais o limite de como deveria se sentir afetado por tudo em Yoongi, por tudo que ele fazia, por tudo que o causava, por tudo que ele lhe dizia, não sabia. Havia dias que queria guardar o irmão num pote e cuidar, lhe tratar como nenhum outro alfa parecia disposto a fazer, entretanto, esse sentimento uma hora ou outra parecia lhe assustar o suficiente para pensar que não era comum querer tanto de Yoongi, mesmo que não soubesse o que deixaria de ser correto ou não; se havia um correto e errado para eles.

Mas, babaca? Yoongi não gostaria de saber quem realmente eram os babacas nessa história.

- Filhote?

Jungkook fungou rapidamente, esfregando o nariz sem que mesmo tivesse percebido que novamente havia caído num choro de frustração, um choro de quem está perdido. Ergueu a cabeça e penteou a franja dos cabelos ondulados para trás da orelha, erguendo os olhos escuros e brilhosos em direção ao seu pai, franzindo o nariz algumas vezes, sentindo cheirinho de casa que ele sempre teria.

Puxou as pernas para cima e abraçou os joelhos, apoiando o queixo sobre os mesmos, desviando o olhar de seu pai como se não admitisse que estava precisando de auxílio, ainda que o aceitaria, de qualquer forma sem pensar duas vezes.

- Yoongi passou chorando e foi comer panquecas - observou ao que sentou ao lado do filho em pernas de índio, o encarando com aquele olhar que o leria de frente e verso, não havia muitas barreiras entre ele e seus filhos e ele se orgulharia de ter realizado o sonho de ser um pai tão amigo quanto o que teve, mesmo que ele já não fosse mais o mesmo consigo. - Eu sei que não é só porquê o período dele começou hoje, Jun. Vocês chegaram assim. O que realmente aconteceu, filho? Brigaram? Alguém mexeu contigo ou com seu irmão?

O mais novo suspirou e fechou os olhos, sem saber realmente como dizer aquilo sem se ferrar, porque bem, ele socou um alfa talvez quatro anos mais velho que ele sem mais nem menos!

- Falaram coisas dele, pai. Falaram coisas ruins, mas ele não sabe, e acha que eu sou bacaca, e eu não sou! Eu não queria ter que dizer pra ele, já tem coisa demais pro Yoon aguentar como aguenta. Não quero contar... - lamentou, limpando a lágrima teimosa que insistia em sair, ainda mais com seu pai lhe olhando daquela forma tão acolhedora que lhe dava vontade de se jogar nos braços e nunca mais sair, porque os abraços de ursos dele eram os melhores.

- Coisas ruins? Por que ele acha que você é babaca, meu alfinha? Você é o alfa mais não alfa que existe, de acordo com as próprias palavras do seu irmão, ou seja: não é babaca. - tentou quebrar o gelo que Jungkook carregava nas costas e buscou por mais explicações, visto que ele obviamente estava pulando história.

Sem muita coragem de dizer isso em voz alta, com as bochechas coradas em irritação contou sem olhar para os olhos de seu pai: - Na hora de ir embora eu demorei pra ir encontrar Yoongi no portão, e isso não faz muita diferença, só que na hora que eu estava passando pela saída eu escutei alguma alfas do ensino médio falar sobre mal conseguirem esperar para a véspera de cio de um tal ômega, porque queriam o cortejar, queriam mostrar a ele o lugar dele enquanto... enquanto estavam por cima dele, durante o cio. Pai, eles realmente falaram outras coisas horríveis, mas eu não sabia de quem eles estavam falando, até que olhei pra onde eles encaravam...

Jungkook estava muito irritado naquele momento, como Taehyung nunca pensou que veria seu garoto; com a respiração irregular e totalmente inquieto, penteando os grandes cabelos e praticamente amassando as orelhas em distresse. Era surpreendentemente preocupante.

- Era seu irmão? Eles olhavam para seu irmão?

Então, Jungkook soluçou baixo, seu rosto tão corado quanto antes, num misto de raiva e pesar ele assentiu. - E-ele estava me esperando e nem notou aqueles alfas o encarando, eles olhavam pra ele como se fosse um pedaço de carne. Eu tive nojo deles. Eu não consegui conter... é meu hyung, é meu ômega favorito, é o Yoon, pai! - praticamente chorou as palavras, e Taehyung sentiu seu peito arder, o que lhe fez imediatamente puxar o filho para um abraço; sentiu raiva tão forte quanto Jungkook, sentiu em dobro. - Eu soquei um deles, e foi só isso, eu juro! Eles não revidaram nem nada, ninguém viu, só o Yoon...

- Você o que?! - se desvencilhou do abraço para olhar a face contorcida em choro de sua criança, que suspirou fundo. - Jungkook... isso poderia te causar grandes problemas, já pensou se eles decidem revidar?! O que seria de você nesse momento? Estaria virado em nada! Jimin teria um surto psicótico se tocassem em você, você o conhece, é mais perigoso que todos nós juntos! Céus, Jungkook.

Taehyung não sabia por onde argumentar, simplesmente não sabia. Era totalmente contra violência, porém, porra, ele não faria algo diferente que o próprio filho. Sua vontade era de bater na porta da casa dos pais desses jovens perversos, esses que gostavam de se aproveitar do cio de menores de idade, que tinham índole duvidosa e gostos criminosos, gostavam de crianças; então contaria aos pais cada pérola que os filhos que possuem dentro de casa fazem. Taehyung conhecia muito bem desse tipo de alfa, ainda mais trabalhando de enfermeiro chefe - era formado em medicina híbrida, mas também em enfermagem comum, e satisfeito com o salário mais alto no hospital privado como enfermeiro, continuou no cargo, num hospital bem frequentado na cidade; ele constantemente via casos de estupro a vulneráveis, de gravidez no primeiro cio, gravidez no cio precoce: um ômega grávido aos quatorze anos? Isso era um absurdo, mas acontecia com mais frequência que o desejado. Grande maioria dos acusados ou que decidiam assumir a gravidez do ômega, eram pelo menos quatro anos mais velhos.

O Kim pôde entender o porquê de Jungkook não querer contar a Yoongi, e lamentou saber. Lamentou reconhecer mais uma vez que seu filho por ser ômega automaticamente se torna um vulnerável a qualquer situação. Taehyung se orgulhava que seu filho tivesse a coragem e a força que muitos não tinham, Yoongi não cedia fácil, e talvez por isso, poderia sofrer mais, ele não aceitaria que falassem coisas do gênero sobre si. Yoongi não aceitava ser menos, ser desrespeitado por sua classe.

Taehyung fechou os olhos lentamente e os esfregou, num ato que entregasse seu estresse. Jungkook não chorava mais mesmo que parecesse tremendamente abalado com tudo, e então Taehyung percebeu que Jungkook era tão valente quanto Yoongi, valente o suficiente para lutar pela paz de Yoongi, lutaria com ele. Jungkook era aquele que chorava quando Yoongi chorava, que ria, que se irritava, que sentia medo, que amava cada vez mais. Na medida certa, Jungkook e Yoongi são valentes um pelo outro, são um para o outro. Além de irmãos, são Jungkook e Yoongi.

E Taehyung sabia. Taehyung soube o quanto Jungkook o protegeria quando ele secou as lágrimas e suspirou fundo, contorcendo o nariz algumas vezes até que admitiu: - Ele está triste comigo, eu sinto daqui, e me incomoda tanto. Sabe o que é isso, não é, pai? Você e o papai sabem tudo, e, é insuportável quando Yoongi está bravo ou triste comigo, eu não consigo ficar quieto por muito tempo, mesmo que vocês peçam pra eu deixar ele em paz, é muito difícil aguentar ele bravo comigo! Tem muitas coisas sobre o Yoon que me deixam estranho... M-mas, mas é normal, eu acho? Ele é meu irmão...

Desde o dia que entrou naquele orfanato, sabiam que teriam - e tiveram que lidar com muitas informações. Não só as receber e lidar com elas, mas deveria. resolver qualquer situação que envolvesse seus filhotes. Adotar Yoongi e Jungkook foi informações em dobro, foi ter que sanar lidar e resolver suas adversidades, foi aprender a manusear e contornar situações inéditas e até difíceis. Jimin e Taehyung aprenderam mais do que qualquer lugar possa ensinar como é ser um pai.

Portanto, pela primeira vez em alguns anos, Taehyung se encontrou com informações demais. Ele não poderia encarar seu filho e o fazer esperar minutos por uma resposta; receber um "não sei", receber dúvida em resposta. Ainda que sua cabeça batesse sobre a mesma tecla, pensando na situação do filho mais velho, aqui estava Jungkook; pronto para seguir um caminho de olhos fechados, sem rumo, mas não negaria a passagem só de ida. Não reconhecer seus sentimentos fazia de Jungkook um sem rumo, e o que lhe fazia não reconhecer seus sentimentos era sua juventude, sua infantil e ingênua juventude, seu receio pelo erro.

Pois Yoongi e Jungkook poderiam ser irmãos por criação, por coração, mas já não era mais sobre aquilo; era como se tivessem escalado as barreiras de tudo, era como se os corações de ambos estivessem finalmente indo atrás um do outro, como se buscassem sua forma certa de amor.

- É seu instinto, Jun. - engoliu em seco ao que fitou os olhos perdidos do filhote grande. - Você vai compreender futuramente, filho. Ainda está crescendo, ainda tem muito para seu corpo e mente te... te revelar? É bebê, ainda tem muito que você vai aprender sobre si mesmo, só te seus sentimentos.

Jungkook assentiu, novamente se afundando nos proprios pensamentos, tentando se encontrar. O mais velho suspirou, acariciando os cabelos sedosos da nuca do filho, logo o puxando para mais perto e beijando o topo entre as orelhas grandes, se demorando ali por alguns segundos.

- Não lute fora do tatame, mas proteja. Eu te amo, meu filho, deixe que nós façamos a justiça. Está bem, alfa? - murmurou, ainda com o rosto entre as as mechas castanhas do filho, acolhendo o corpo encolhido.

- Está bem, pai.



(...)



Yoongi se perguntava tantas coisas, e a maioria se relacionava ao seu irmão, esse que estava tão... estranho. Nunca entendeu quando perguntavam aos seus pais ou a ele como era a convivência com Jungkook, um alfa. Alguns queriam saber qual era o poder de Jimin e Taehyung para terem criado um alfa e um ômega na mesma casa e eles serem tão calmos e se darem tão bem, e outros queriam saber como Yoongi aguentava conviver com um alfa em sua cola; se Jungkook não era um super protetor ou até algo principiante de coisas que Yoongi considerava abusivo. Quando, na realidade, Yoongi ou Jungkook nunca compreenderam todas essas dúvidas, Yoongi nunca entendeu.

A verdade era que conviver com um alfa nunca foi um problema, não com Jungkook, pelo menos. Por isso, Yoongi temia, temia que Jungkook se transformasse algo que nunca foi, algo que todos sempre dizem sobre alfas serem. Tinha medo que seu irmão fosse corrompido de alguma forma, que tornasse a lhe desrespeitar, a disputar ômegas com outros alfas, a querer ir em festas para se embebedar com a mistura de essências de ômegas num só lugar, de brigar; tinha medo que Jungkook se tornasse um alfa escroto, como todos pareciam ser. Que lhe tratasse mal como todos a sua volta eram habituados a fazer, por alguma razão desconhecida pelo ômega.

O fato de Jungkook ter lhe ignorado durante o dia inteiro após ter batido em um alfa mais velho bem em sua frente, era estupidamente horrível e lhe assustou. Ver Jungkook ter caminhado tão duramente, com os olhos fumegantes em direção aqueles garotos foi assustador, e nada poderia ter lhe deixado mais acanhado do que Jungkook lhe evitando.

Conseguia sentir que Jungkook estava magoado, mas parecia além do que apenas por estar obviamente brigado com ele. Era tão difícil para si quanto era para Jungkook, e custava a admitir que era quase agoniante quando brigava com o irmão. Eles não admitiam, mas muitas vezes mesmo que brigados, ficavam no mesmo cômodo apenas para suportarem mais a agonia que era estarem ressentidos um com o outro. Isso ocorria muito durante o período de Yoongi, porém, a briga de hoje foi um acaso, e não causada pelos hormônios do ômega.

Yoongi se encolheu no sofá espaçoso até que ocupasse apenas um quadrado marcado pela costura, enrolando sua cauda na própria perna e encarando o tapete. Já havia comido muitas panquecas, e essa era a hora que sua cabeça parecia que iria explodir de dor tanta dor, mas se recusava a sair daquele lugar confortável.

Taehyung havia ficado um bom tempo conversando com Jungkook, e logo passou na sala para lhe encher de carinho e falar doces palavras, também pedindo para que aceitasse as desculpas de Jungkook. Avisou que teria que ir ao supermercado e buscaria Jimin na casa dos amigos, prometendo voltar com remédios para enxaqueca e iogurtes.

- Iogurte grego, não esquece! - pediu com a voz num misto de preguiça e manha.

- Quem sabe também um colchonete? Tá com cara de quem vai acampar nessa sala hoje a noite... - comentou Taehyung, ajeitando o sobretudo amarelo sobre os ombros e pegando as chaves, ao que analisou o ambiente que o filho havia feito na sala.

- Posso dormir com você e o papai?

- Gie... dê uma chance ao seu irmão, ele não veio aqui ainda porque não quer lhe irritar. Que eu saiba seu irmão é o melhor em dormir agarradinho feito marmotinhas do inverno, foi você quem disse! - provocou, o que fez o filhote corar e suspirar fundo.

- Ele é, mas também é um idiota - resmungou com um bico, incapacitado de mentir, ainda mais quando seus poros e seu cheiro de laranja exalassem carência.

Taehyung sorriu fechado, porém com um suspiro encabulado deu uma última arrumada em suas roupas. Parecia mais fácil com Yoongi não sabendo o que realmente aconteceu no dia de hoje, mesmo que uma hora fosse saber, ou talvez descobrir por si mesmo.

- Vá tomar banho e deitar com Jun, meu bebê - sugeriu sem provocações, logo abrindo a porta e imediatamente destravando o carro dali. - Já volto junto com o papai, se cuidem.

As sugestões de seu pai Taehyungie nunca eram inválidas, afinal...

Naquela noite, foi a vez de Jungkook ser ignorado, ainda que tenha sido por pouco tempo, Yoongi o ignorou quando foi pegar sua roupas para ir tomar banho, o ignorou no processo que secou e penteou sua cauda e cabelo, e na hora da janta, que foi silenciosa. Nem Jimin pareceu querer falar muito naquela noite, como se também soubesse de algo que Yoongi não sabia. Todos pareciam tão estranhos, e Yoongi notou. O nervosismo com tudo aquilo não o deixou comer muito, e agradeceu que Taehyung nem Jimin não tenha lhe implorado para comer o resto da comida. Não queria ignorar aquilo que lhe incomodava dentro de casa, e era justamente sobre isso! Porquê todos pareciam estar empurrando a comida garganta abaixo, assim como estavam aparentemente empurrando algo para debaixo do tapete?! E ele tão perdido sobre tudo?

Não apeteceu a Yoongi descobrir aquilo, não hoje.

E quando as crianças foram deitar, Jimin viu Yoongi permanecer na sala como quem não queria nada, mesmo que tivesse um travesseiro ao seu lado. O mais velho caminhou em passos leves até o filho, arrastando as barras da calça de pijama grande demais sobre o chão; chegou de mansinho, se jogando ao lado do filhote e o agarrando, recebendo um olhar levemente entediado, aqueles que tentavam disfarçar aquele pingo de cansaço e tristeza misturado, o que sempre resultava num olhar brilhoso de quem choraria a qualquer momento.

- Hora de ir pra cama, bebê - com um beijo terno no rosto do filho, o lembrou, com todo carinho extra que poderia lhe dar.

- Vai dar reprise de Gravity Falls, eu queria ver... - se rendeu ao abraço de seu pai, o contornando com sua cauda delicada e apoiando a cabeça em seu ombro.

- Hoje não é dia de reprise de Gravity Falls, senão estaríamos todos reunidos comendo Yakisoba no sofá, Yoon - apontou com um sorrisinho - e não era o sorrisinho tranquilo de sempre-, ouvindo Yoongi suspirar fundo, sendo pego pela própria mentira.

- Yah! Então pelo menos me deixa dormir longe do Jungkook hoje, papai! Por favor, é só hoje, pela primeira vez em muitos anos, eu só quero ficar sozinho...

Os lábios de Jimin se curvaram para o lado num óbvio sinal de quem estava avaliando a péssima e triste ideia, mesmo que já tivesse a resposta na ponta da língua. Sabia que seria pior aceitar o pedido do filhote, sabia que amanhã eles estariam péssimos por não dormir direito.

Não era nenhuma insistência de Taehyung e Jimin o fato dos filhos ainda compartilharem do mesmo quarto, era apenas o jeito que dava certo, e claro, também não tinham como comprar uma nova casa no momento, não apenas por eles pedirem quartos separados. Jungkook e Yoongi tinham um laço afetuoso muito forte, e o casal ousaria dizer que era algo sobrenatural se não soubessem que era apenas o instinto de ambos os deixando tão interligados, se não fosse o fato de talvez Yoongi e Jungkook fossem destinados, não importa como. Desde quase sempre vivem juntos, mesmo que no orfanato não fossem tão próximos.

Yoongi e Jungkook não aguentavam a distância por muito tempo. E preocupava Jimin saber que Yoongi estava chateado ao ponto de querer ficar longe de Jungkook, lhe preocupava demais da conta.

- Yoon, acho melhor ir para seu quarto, amor... mesmo que amanhã seja sexta, sabe que não vai dormir direito, sabe que vai ficar cansando o dia inteiro, está no período, é melhor evitar mais cansaço, hn? - foi singelo ao que se afastou do filho apenas para lhe acariciar a bochecha farta e encarar aqueles olhinhos que, coincidentemente, lembravam muito olhos felinos. - Que tal? Seu irmão já deve estar dormindo.

- Ele não tá dormindo, papai. São recém onze horas... - a cauda antes calma, ficou inquieta rapidamente, entregando a frustração do ômega de orelhas baixa. - Já tô indo também.

Emburrado e claramente com sono o suficiente para não querer bater pé, pegou seu travesseiro e foi em passos arrastados para o quarto, deixando um Jimin de braços cruzados ali sentado. O Park estalou a língua e negou silenciosamente, se levantando e desligando as coisas antes de ir para o próprio quarto.



(...)


Jungkook encarava o chat de Jung Yerin sem saber muito o que fazer. O que diria a ela? A festa era em poucos dias e ela estava cobrando confirmações antecipadamente, e se tinha algo que Jungkook não conseguia pensar no momento, era obviamente sobre tão falada festinha de Yerin. Yugyeom não falou mais, e muito menos ousou falar depois que soube do ocorrido com o irmão do amigo e o fato de Jungkook ter dado um soco nos caras. O alfa não tinha cara para ir falar sobre isso com seus pais, não nesse momento.

Perdido nos últimos pensamentos, mais uma vez adiou a resposta para Yerin, guardando o celular num espaço de livros que havia acoplado na cama de dois andares que dividia com Yoongi. Segundos depois, pôde sentir a presença de Yoongi, mesmo que ele tenha sido o mais silencioso possível, pôde sentir a essência fresca, pôde sentir seu âmago relaxando pouco a pouco, portanto, a mágoa de Yoongi também era a sua.

Se virou na cama para encontrar Yoongi parado em frente a sua cama, lhe observando com a ajuda da baixa iluminação, encarando os olhos úmidos de Jungkook lhe olhar tão magoados quanto parecia se sentir. O aconteceu com Jungkook? Yoongi queria saber o que fez seu irmão agir como agiu, queria saber o que o fez segurar sua mão tão forte e chegar em casa e não conseguir olhar em sua cara, queria saber o que fazia Jungkook lhe olhar com tanto pesar nos olhos!

Quando sentiu que estava prestes a ceder ao bolo na garganta que a confusão de estar na escuridão sobre aquilo lhe causava, apenas arrumou a franja do cabelo e se preparou para subir em sua cama.

Quase exitando, e entre um suspiro falho, Jungkook se moveu para tocar Yoongi e segurar sua blusa, o parando com um único chamar: - Gie? - o ômega suspirou fundo antes de voltar a encarar o alfa, um pouco cansando. - Deita a-aqui hoje? Por favor?

Yoongi não pensou muito quando seus pés deram apenas mais um passo e ele engatinhou sobre o colchão até que estivesse aconchegado sob as cobertas junto de Jungkook, o cansaço físico e mental não o deixou pensar sobre os prós e contras, sobre o quanto estava magoado, e muito menos sobre qualquer outra coisa. Apenas se deitou com Jungkook, deixando que ele quase lhe cobrisse com o corpo alguns centímetros maiores que o seu, lhe abraçando quase que com desespero, parecendo engolir um choro mudo garganta abaixo, de puro e genuíno alívio. Era um alívio poder abraçar seu Yoongi. Um alívio o ter.

Com os olhos pesados e a mente em um turbilhão de pensamentos, os olhos felinos e vacilantes de Yoongi estavam a par dos jabuticabas brilhantes de Jungkook. No mesmo nível, e na mesma necessidade, olharam um nos olhos do outro, e não houve tempo da tensão se instalar entre aquela troca de olhares inocente, mesmo que profunda, visto que logo Yoongi adormeceu. Quando a respiração do ômega pesou, Jungkook fechou os olhos e engoliu em seco, abraçando o irmão com força, e ainda pode ouvir rastros de ronronar escapar da garganta do mesmo antes de, por fim, também dormir calmante, mesmo que a guerra acontecesse dentro deles, entre eles.












/./././

NAO DEMOREI NADINHA NÉ

aqueles alfas instalaram o caos entre meus amorinhos 😭😭

mas agora a ação vai começar minha gente 😈

vocês tem alguma dúvida em relação a algo? Se tiverem podem perguntar aqui

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