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Parte I

Os raios dourados do pôr-do-sol outonal incidiam sobre os feixes de trigo, tornando tudo de uma cor amarelada bastante agradável. Era por isso que Berna participava das colheitas, apesar de não precisar, porque afinal de contas era filha do chefe. O chefe ele mesmo trabalhava o bastante para cobrir a ausência de toda a sua família, caso elas (sua mulher e filhas) não quisessem colaborar. Berna sorriu para si mesma, atando um último feixe de trigo. Papai era durão, mas fazia tudo por elas.

A moça olhou em volta de novo. Faltava o quê, uma semana de colheita? Quando muito. Quem sabe até poderiam apressar isso, pois os dias andavam sendo mais longos que o normal para essa época do ano; mas apressar para quê? Assim, tinham tempo para visitas antes de recolher-se. Para hoje, Berna esperava sua prima Brunhild. Ela sempre vinha com as fofocas mais recentes da aldeia. Não que Berna gostasse especialmente de fofocas, mas gostava da prima. E era bom saber das coisas antes que elas fossem anunciadas oficialmente ao chefe, como se devia fazer.

— Cheguei para a sessão de tortura! — brincou Brunhild, erguendo a roca e a bolsa com lã. Ela, como as primas, não gostava de trabalhos de fiar.

As filhas do chefe estavam na varanda, e riram com essa brincadeira. Também elas portavam, suas rocas; assentadas em banquinhos à roda de um caixote, que suportava uma jarra de suco de amoras e uma bandeja de bolos recheados, as garotas lanchavam.

— Eba! Bolinhos da tia Dine! — riu a outra, aproximando-se e apanhando um bolo antes mesmo de sentar. — Recheio de framboesa, meu favorito! — comentou, com a boca cheia do último pedaço e já estendendo a mão para a bandeja novamente.

— Você é magra de ruim — comentou Kyrah, placidamente, arregalando os olhos para a garota esguia que se assentara ao seu lado.

— Ingrid também é magra, e no entanto ela vai casar no mês que vem — comentou esta, despreocupada.

— Ué, já?! — Una, irmã gêmea de Kyrah, mas pouco parecida, espantou-se. — Olha, e ela nem nos convidou ainda! — reclamou.

— É que eles decidiram isso faz meia hora - Brunhild justificou a amiga. — Eu sei porque estava na casa dela.

— Pois é... e agora não vai dar tempo pra eu terminar o presente dela! — Una exclamou, aborrecida. — Só se eu pegar ele agora — ela correu para dentro de casa.

— É bom eu pegar o meu também — Kyrah disse, calmamente, seguindo a irmã. Brunhild olhou para Berna.

— Eu já terminei — esta esclareceu. — Fiz um álbum com eddas de amor, depois te mostro — ela contou.

— Ah, que lindo! — Brunni exclamou. — Eu também quero um.

— Um dia, quando o Gorki criar coragem — Berna brincou, fazendo Brunhild corar. Kyrah já voltava, trazendo um prato de cerâmica com beiras recobertas de ouro, em que ela estava esculpindo em baixo relevo uma ilustração de um conto de amor godo. Estava quase terminando a figura, logo preencheria os sulcos com ouro e prata derretidos. Una, que chegou logo em seguida, carregava uma túnica de dormir meio tecida, com flores de fio de prata.

— Vou tingir de azul — ela explicou. — Ai, que droga, estou muito atrasada! Quem manda ser preguiçosa, né? — ela se acomodou. — E o que mais você sabe de novo, Brunni? — ela questionou, com avidez.

— Hm... não muita coisa hoje — a loura rebuscou na memória, girando os olhos. — Minha vizinha botou o marido pra fora porque ele chegou bêbado em casa. Pode ser que ela venha aqui pedir para o titio divorciar eles.

— Corajosa — comentou Kyrah. Apesar de tanto os homens como as mulheres poderem tomar essa iniciativa, pela tradição da aldeia, não era algo comum de se ver. — Eu faria o mesmo.

— Eu não casava com um bêbado! — exclamou Berna.

— Ai, Berna, as coisas não são assim! — exclamou Una. — Quando as pessoas estão apaixonadasghmm-hunf-gmf... — os sons estranhos foram produzidos pela mão de Kyrah, que tampou a boca da irmã.

— O cachorro da Gertrude Walaskialf morreu — Brunhild lembrou.

— E o que tem de mais? — Kyrah ergueu as sobrancelhas. As irmãs lançaram um olhar reprobatório à falta de compaixão dela.

— Que ele morreu escoiceado pelo cavalo do Olaf Einsifer — Brunhild respondeu, com uma risada — e agora a Gertrude odeia ele.

— O Olaf, não o cavalo, eu espero?! — Kyrah disse. Berna e Una fizeram "Sh!" para ela, que lhes mostrou a língua. De repente, Brunhild exclamou, abandonando o terceiro bolinho:

— Ah, tem mais uma coisa, vocês sabem aquele clã que constrói drakkars ? Que eles são pescadores...

— Os Gulltopr? — Una.

— Não, aqueles que são todos loiros. E os Gulltopr são criadores de cavalo — Brunhild descartou, tentando lembrar o nome.

— Skidbladnir? — sugeriu Kyrah.

— Isso!

— Que tem eles?

— Dizem que eles vão embora. Quer dizer, não todos eles, só os homens. Vão pedir autorização ao chefe para fazerem incursões por conta própria — Brunhild informou. — Mas ainda não é oficial, quase ninguém sabe — ela parecia muito orgulhosa de ser uma das poucas. — O que foi, Berna?

A filha do chefe deixara cair a roca, e empalidecera bruscamente, embora sua palidez natural disfarçasse um pouco a reação.

— Nada, eu... já terminei aqui, vou ver se a mamãe precisa de alguma ajuda lá dentro. Tchau, Brunni; até amanhã.

E ela entrou em casa, deixando Brunhild com ar confuso. Atrás dela, Una e Kyrah trocaram um olhar entendido...

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