13, sem medo de cair.
— Seungmin, coloca isso ali. — Na esquerda, Seung. Isso! — Minho, me ajuda a levar essas decorações lá embaixo? — Hyung, você pode atender a porta, por favor?!
Estávamos numa verdadeira correria. E tudo por culpa de Seo Changbin que não sabe se programar direito e deixa pra fazer as coisas de última hora.
Ok, deixa eu recapitular as coisas um pouquinho.
( . . . )
— Uma festa surpresa? — perguntei, enquanto Changbin se escorava no balcão.
— É! O Jisung não deve ter te contado que o aniversário dele 'tá perto, não é? Nós estávamos querendo fazer algo só com a gente, já que ele não é muito fã de festas.
— Hmmm. Você quer que eu ajude?
— Tenho certeza de que o Jisung ia adorar ver você lá. — Estendeu um joinha, parecendo muito confiante do que dizia, e eu só assenti meio incerto.
— Tudo bem então.
( . . . )
E agora, algum tempo depois dessa conversa, aqui estávamos eu, Seungmin, Changbin, e os pais de Han Jisung, organizando uma festinha surpresa pra ele.
Vale-se mencionar que eu estava tentando a todo custo me ocupar, pra conseguir evitar sequer olhar pros pais do Han, mesmo que eu tenha sido apresentado para os dois um pouco mais cedo quando cheguei aqui, e eles terem aparentado ser simpáticos comigo, eu não sabia se estava pronto pra ter uma conversa eles. Sim, eu sou terrivelmente medroso.
Parei de encher bexigas quando Changbin me gritou para que eu abrisse a porta, e desci até o último andar da casa dos Han, onde ficava a porta. E quando a abri, quase não acreditei no que via. Ou melhor, quem.
— Oi, Minho.
O que o príncipezinho-cor-de-rosa fazia aqui?
( . . . )
— Lix! Você pode ajudar o Minho à colar as bexigas?
— Claro.
Respirei fundo escutando a voz de Changbin que se esforçava ao máximo para nos liderar e conseguirmos algum tipo de resultado, e virei o rosto, vendo o ruivinho vindo até mim.
Ele foi me passando as bexigas e cortando os pedaços de fita, enquanto eu as arrumava no canto, em silêncio. Este que não durou muito tempo.
— Ei, Minho. — Ele chamou, e eu só murmurei um "hm?" em resposta, prestando atenção no que fazia. — Sabe que eu não tenho nada contra você, não sabe? Você parece um cara legal. — Arqueei uma sobrancelha, o encarando sem entender aonde ele queria chegar. — Quer dizer, você não parece gostar muito de mim..
— Nah. Eu não ligo, sabe? — dei de ombros, arrumando a fita — Você pode namorar quem quiser, você é livre pra isso. Bang Chan também.
Ele parou de se mexer, tendo uma feição confusa estampada em seu rosto.
— Como assim?
Suspirei alto, dando dois tapinhas no ombro do mais novo.
— Não vejo necessidade de ter intriga com atual de ex. Fica numa boa. Eu só acho que você podia ter escolhido um pouquinho melhor...
O queixo do garoto caiu, e seus olhos arregalaram.
— Quê?! Como assim?! Não! — Ele começou a balançar as mãos e a cabeça frequentemente, negando com força — Eu e o Chris somos amigos
apenas! Ele é quase família!
Ué. Essa é nova.
— Sério? Eu achei que..
— Não! — Ele negou mais uma vez, e deixou a fita que mexia em cima da mesa do nosso lado. — Você deve ter pensado isso por quê a gente vai lá onde você trabalha toda semana, não é? Caralho, eu devia ter imaginado que você podia ter uma imagem errada disso! — Bateu na própria testa, e começou a explicar — O Chris prometeu me ajudar com meu coreano, já que eu não sou completamente fluente ainda. Combinamos de nos encontrar ali uma vez por semana porque é um ambiente agradável, e é pertinho de onde eu moro. Apesar de que eu vou me mudar... Mas foi só por isso! Me desculpa ter passado a impressão errada à você. — Felix abaixou a cabeça, me fazendo me desesperar.
— Calma! Não precisa disso tudo, 'tá tudo bem! Mesmo. — pedi, envergonhado.
Conversamos mais um pouco voltando a arrumar, — já que Changbin tinha vindo reclamar que não devíamos ficar ali parados só papeando — e, não que eu tenha excluído completamente essa hipótese na minha cabeça, mas Lee Felix era um cara legal. Ele usava palavras complicadas em várias partes do tempo, e às vezes algumas até soavam poéticas considerando o timbre da voz dele.
— Não acredito que pensei que você namorava com o Chan... — brinquei, e ele riu.
— Ah não. — Balançou os ombros, suspirando. — Eu gosto de outra pessoa...
— Ah, é? Quem?
Nem precisei de uma resposta. Changbin chegou perto de nós, perguntando sobre o que conversávamos, e pedindo para que Felix o ajudasse em outra coisa, e só as bochechas avermelhadas do outro Lee o denunciavam. Que dó, chega até a ser bonitinho a situação.
— Ei, Minho, não é? — Me virei no mesmo instante, escutando a voz do senhor Han perto de mim, e o encontrei sorrindo amigável, carregando algumas caixas. — Pode me ajudar a levar essa bagunça lá pra baixo?
— Claro! — aceitei no mesmo instante, o ajudando, e o seguindo enquanto também carregava umas.
— Muito obrigada, garoto. O salão é grande então a gente sempre acaba deixando umas coisas lá. — Ele comentou, enquanto desciamos as escadas, e eu só dei uma breve risada, respondendo que não tinha problema.
Coloquei as coisas aonde ele indicou, e me virei novamente para o homem ao meu lado, sentindo o nervosismo se apossar do meu corpo.
— É só isso, senhor? — perguntei, e ele fechou um pouco a cara, parecendo estar pensando.
— É sim, garoto. — Ele colocou uma mão sobre o queixo, e suspirou. — Olha, Changbin me falou sobre você, e sua relação com meu filho. — Maldito seja Seo Changbin. — Não vou mentir. Pra mim, quando Han Jisung me contou que gostava de garotos, foi muito repentino. Ele era um adolescente quando veio conversar conosco, sabe? E eu nunca fui muito de perceber sinais. — Ele riu, e eu não pude deixar de tentar imaginar um Han Jisung adolescente. — Minha mulher, pelo contrário, disse que sempre tinha desconfiado. Mãe sabe mesmo de tudo, né? — Concordei com a cabeça. — Mas, eu procurei entender, porque é meu filho. E hoje, não faz mais nenhuma diferença. Então, garoto, quero que você saiba que não tenho problema nenhum com vocês dois namorando, tudo bem? Inclusive, minha mulher queria te convidar pra vir comer aqui amanhã. Você e Jisung.
Concordei no mesmo instante, fazendo uma reverência agradecendo, enquanto o senhor Han dizia que não precisava de tudo isso, e que era pra eu parar de chamá-lo assim, porque o fazia parecer mais velho do que já era, enquanto ria. E de certa forma, eu até conseguia ver um pequeno vislumbre do sorriso de Jisung nele.
( . . . )
— SURPRESA!!
Han Jisung parecia assustado quando entrou pela porta, mas não exatamente surpreso.
— Meu Deus? — Ele levou uma mão ao coração, fingindo, nos fazendo rir. — Olhem, Changbin meio que deixou tudo óbvio hoje de manhã, mas vou deixar passar, porque isso que vocês fizeram é muito fofo.
Ele abraçou seus pais primeiro, que os desejaram parabéns, e correu direto pra mim, me abraçando muito forte.
— Eu não sabia que você ia estar aqui! — Disse, parecendo feliz, fazendo com que um sorriso se abrisse no meu rosto.
Retribuí o abraço na mesma intensidade, e logo pude escutar Changbin reclamando.
— Você mantém amizade com o cara por quase cinco anos, pra ele te trocar por um namoradinho qualquer de quase cinco meses. — Dramatizou, arrancando risadas de todo mundo, e Jisung se soltou de mim, indo pular nele.
— Cala a boca, tampinha!
Namorado...
Encarei as costas de Jisung, enquanto ele conversava animadamente com seus amigos, talvez já estivesse na hora de eu pensar mais alto. Com Jisung, eu não tinha medo algum de avançar e acabar caindo no fim, porque eu tinha certeza de que isso não ia acontecer.
Ele me olhou brevemente, sorrindo, com um copo não, e eu fui até eles, enquanto brindavamos ao aniversário dele. O Han escorou sua cabeça no meu ombro, rindo enquanto escutava Seungmin dizer algo, e eu o encarei.
Eu sabia que ele compartilhava do mesmo sentimento que eu.
(N/A): oie gente, lembrando! aqui, nos capítulos, sempre acontece quebra de tempo, então as coisas estao acontecendo rápido ja que é shortfic <3
ainda hoje pode sair mais!
até o próximo capítulo!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro