12, o talvez que se torna certeza.
— Eu vou ficar com vergonha de aparecer lá assim do nada.
— Para com isso, cara! Ele vai amar ver que você participou. E também, eu já avisei os pais dele.
— Você fez o que?
— Eu já disse pra eles que você também vai. E eles 'tão louquinhos pra te conhecer.
— Seo Changbin eu vou te matar!
Apertei minhas têmporas tentando me acalmar, escutando Hyunjin vir nos fundos da loja avisar que ia precisar de ajuda, e só prometi continuar a conversa com um dos melhores amigos — em breve, falecido, — de Jisung mais tarde.
Antes de guardar o celular, chequei o contato frequente encontrando uma mensagem de Jisung a uns minutos atrás.
"Tudo certo pra gente ir no abrigo hoje?"
Sorri, o respondendo.
"Certinho. Te busco assim que seu expediente acabar."
( . . . )
— Até amanhã, Ji! — Seungmin acenou da porta da donuteria Blueprint, e logo me cumprimentou com um aceno de cabeça. — E aí, Minho?
— Oi, Seungmin — cumprimentei de volta, e vi Jisung vindo até mim parecendo animado.
— Oi, hyung. Desculpa a demora. — Ele se levantou um pouco, me dando um selinho, e eu só sorri respondendo que não tinha problema, abrindo a porta do carro pra ele. — Ui. Que gentlemen. — Brincou, me fazendo rir junto dele.
— Então, você tem alguma ideia de qual cachorrinho vai pegar, ou vai chegar lá e se deixar ser escolhido? — perguntei, visto que Jisung me disse que alguns dias atrás tinha passado por lá, só pra dar uma olhada.
— Hmm... Eu tenho um em mente. Espero que ainda esteja lá. — Deu de ombros, colocando o endereço no celular para me mostrar.
( . . . )
— Olá, Han! — Um dos funcionários do lugar o cumprimentou, com um sorriso amigável no rosto. — Deixa eu adivinhar. Veio buscar o nosso pequeno furacão, não é?
Jisung fez bico, juntando as mãos.
— Me diz que ninguém levou ele antes de mim.
O funcionário riu, negando com a cabeça, e indicando para que o seguissemos até o fim do lugar. Ele pediu para que esperassamos, até ele trazer um cachorrinho todo branquinho que parecia enérgico em seus braços. Mas, não pude deixar de notar o pequeno curativo feito em uma das patinhas, ficando preocupado.
— O que aconteceu com ele? — perguntei, olhando para o bichinho, que não parecia nada incomodado com sua situação, virando a cabeça para todos os lados encarando os rostos tão próximos de si.
— Ah. Não sabemos dizer ao certo. Só o encontramos e levamos pro veterinário pra ele ser propriamente cuidado, e trouxemos pra cá. — Ele olhou para o cachorro em suas mãos, se abaixando devagar, e o colocando no chão. Mesmo com uma das patinhas machucadas, ele ainda se movimentava rápido entre nós três. — Mesmo que seja garantido que logo a patinha dele vai melhorar, é muito difícil as pessoas quererem levar um bichinho machucado. Mas o Han parece não se importar com isso. Ele e o Bbama se encararam na primeira vez que ele veio aqui, e foi amor à primeira vista.
Olhei para Jisung, que se agachou no chão, chamando o pequeno serzinho que mais se assemelhava a um floco de neve com as mãos, e fazendo carinho atrás da orelha dele.
Você é ainda mais incrível do que eu, sabia disso, Han Jisung?
— Bom! Hoje você vem comigo, garotão! — Jisung disse, olhando para o cachorro, e quase como se ele entendesse, latiu em resposta pro garoto, que só riu.
( . . . )
— Não tem problema mesmo levar ele no seu carro, hyung?
— Você acabou de levar ele no pet shop, Jisung. É capaz que ele esteja mais limpo do que esse carro. — balancei a cabeça, realmente não me importando. — Então. Vai ser Bbama mesmo? — perguntei, olhando brevemente para o Han.
— Uhum. Acho que combina com ele. Era isso ou floco de neve. Mas esse nome ia ficar muito grande.
Soltei uma risada, concordando.
— Vou levar você e o Bbama pra sua casa, tudo bem? — Jisung assentiu, olhando para o cachorro deitado tirando uma soneca no banco de trás, abrindo um sorriso singelo.
— Como ele consegue ser o serzinho mais adorável e precioso do mundo?
Olhei para ele rapidamente, não evitando sorrir.
Me pergunto o mesmo sobre você.
( . . . )
— Posso usar seu banheiro? — pedi, assim que deixei as coisinhas que tínhamos comprado pro Bbama no meio do caminho pra cá, no sofá do apartamento de Jisung.
Jisung concordou com a cabeça, deitando com seu pequeno floquinho de neve no tapete da sala.
— É no primeiro corredor, segunda porta à direita, hyung.
Segui as instruções do Han, seguindo para dentro do banheiro perfumadinho dele. Assim que saí de dentro dali, passei por uma porta entreaberta, e, Han Jisung que me perdoe, mas minha curiosidade falou mais alto e eu não pude evitar de bisbilhotar um pouquinho. Parecia o quarto dele, e eu estava me mordendo pra saber como ele era, se tinha um toque Han Jisung nele, assim como eu imaginava.
Coloquei a cabeça pra dentro por breves momentos, não querendo ousar me intrometer mais do que isso, podendo ver a cama perfeitamente arrumada dele, uma penteadeira cheia de papéis com escritas em cima, poucos pôsteres de cantores famosos nas paredes, e uma estante com livros e porta-retratos do lado da porta, com o guarda-roupa do outro lado. Apertei meus olhos pros porta-retratos da estante, podendo enxergar Jisung com um uniforme tradicional de estudante, e Seungmin e Changbin ao seu lado, sorrindo. Depois, uma foto com o que eu julguei talvez serem os pais dele, considerando que era ele criança e ele estava nos ombros de um homem com fisionomia parecida com a sua, e uma das mãozinhas dadas com a mulher da foto, enquanto sorria. Ele era simplesmente adorável. O último porta-retrato não tinha nenhuma foto nele, como se Jisung o tivesse deixado ali na intenção de colocar uma foto mais tarde.
Balancei a cabeça, me repreendendo por estar ali sem permissão, e encostei a porta devagar. Voltando pra sala, consegui escutar Jisung falando alguma coisa com Bbama, e ao me aproximar vi o garoto deitado com o cachorro do seu lado, enquanto fazia cafuné na cabeça dele.
— Agora você tem um papai, Bbama. E vai ter que me aguentar resmungando e reclamando todo dia, em troca eu vou te dar muito amor e carinho, é bem justo, não é? — Eu segurei uma risada, não querendo que ele percebesse que eu encarava a cena. — E você vai ter que me escutar suspirando pelos cantos, sobre o seu, hm, — Ele fez uma careta confusa, olhando para o teto, e depois, voltou a encarar o cachorro — talvez, só talvez, seu outro pai. O que você acha, hein, Bbama? — Ele deu uma risadinha, e o cachorro latiu em resposta. — Acho que você gostou, então. Quer saber de uma coisa, Bbama? A minha vida sempre foi repleta de talvez's, mas com o Minho, eu só sinto certezas.
Comigo também, Han Jisung. Você transforma o meu talvez em certeza.
(N/A): sou tao sozinho
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro