— Estou pensando em adotar um cachorro. — Jisung comentou de repente, enquanto fazia carinho em Soonie que dormia confortavelmente no colo do garoto.
O encarei brevemente, surpreso.
— Sério? — me ajeitei no sofá, ainda mantendo meu braço ao redor de Jisung, que estava inclinado, com a cabeça deitada em meu peito. — Acho que o Soonie não vai gostar muito. — brinquei, o fazendo soltar um risinho.
— Ele se acostuma. Mas, então. Meu pai conhece um abrigo de animais, estava pensando em ir lá depois do trabalho amanhã.
Estalei a língua no céu da minha boca, assentindo.
— Tudo bem.
— Quer ir comigo? — Perguntou, levantando a cabeça para me encarar.
— Claro, eu vou adorar. Só não vai ser muito legal ver todos aqueles bichinhos e não poder levar eles comigo. — Jisung riu, e Soonie se levantou com lentidão do colo dele, se espreguiçando, e dando um pulinho pra fora dali.
— Você nunca me contou como pegou o Soonie...
— Hmm... — murmurei, me lembrando do dia que basicamente, ele me escolheu — Eu estava no último ano do colegial, voltando pra casa num dia de chuva, quando um gatinho bem pequenininho mordeu meu calcanhar.
Jisung colocou a mão em frente a boca, rindo.
— Era o Soonie? — Concordei. — Ele sempre teve bastante personalidade, então.
— Mas não foi só isso. — continuei contando, encarando o teto conseguindo visualizar direitinho o dia que tudo isso havia acontecido. — Eu me assustei, e aí vi ele ali. Aquele cotoquinho, me encarando de volta. Tentei pegar ele pra tirar da chuva, mas ele deu um pulo e saiu correndo. Eu fiquei com medo de algo acontecer com ele, porque era um filhotinho, então fui atrás. — dei um sorriso. — Ele estava me esperando sentadinho, em frente à uma caixa. Fui até ele, e abri, encontrando outros dois gatinhos lá dentro. Soonie estava tentando me guiar pros irmãozinhos dele.
Jisung fez um som fofo, parecendo comovido com a história.
— E o que você fez com eles?
— Peguei os três. Apareci em casa com todos eles e minha mãe quase teve um treco, mas quando olhou pra carinha deles não conseguiu resistir. No fim, cada um deles se apegou em alguém da casa. E quando eu estava me mudando, Soonie entrou dentro da minha mala e não quis sair de jeito nenhum.
— Ele te escolheu. — Jisung disse, com uma feição chorosa, e eu ri.
— Sim, ele me pegou pra cuidar e não quis se separar de mim, então eu trouxe ele comigo.
— Os outros dois gatinhos ainda estão com sua mãe? — Perguntou, e eu neguei.
— Um deles, sim. O terceiro a Mina se apegou e quis levar com ela.
— Que fofo, hyung. — Ele ajeitou sua cabeça em meu peito, levando a mão até ali, traçando círculos sobre a minha blusa. — Você é incrível, sabia? Salvou três alminhas puras.
Sorri envergonhado, passando meu outro braço em volta dele, num abraço desengonçado.
— Fiz o que tinha que fazer. — sussurrei, percebendo que Jisung parecia meio sonolento.
— Ainda assim é incrível... Deve ser por isso que eu gosto tanto de você...
Desci meus olhos, vendo o Han resonar baixinho, com seus olhinhos fechados. Deixei um beijo em sua testa, ajeitando nós dois ali, para que ele ficasse mais confortável.
— Eu gosto mais.
( . . . )
Era por volta das nove da noite quando eu acordei. Jisung dormia como um coala, deitado em cima de mim enquanto me abraçava. Peguei meu celular na cômoda, checando as horas para ter certeza de que tínhamos perdido a noção do tempo.
Observei a feição serena de Jisung, chorando internamente de tão fofo que ele era dormindo, com um biquinho evidente mesmo que não fosse propositadamente.
O balancei devagar, tentando acordar ele delicadamente.
— Ei, Hannie...
O garoto abriu os olhos agora meio inchados, lentamente, enquanto bocejava. Demorou um pouco pra raciocinar, enquanto coçava um dos olhos, e então, finalmente olhou para mim.
— Oi, hyung... — Sua voz saiu rouca pela falta de uso, e eu até suspirei. — Que horas são?
— Nove e vinte da noite.
Ele assentiu com a cabeça, voltando a deitar sobre meu corpo ainda abraçado em mim.
— Ei bebê, a gente tem que levantar, 'tá tarde. Tenho que te levar pra casa.
Jisung resmungou alguma coisa, sem mover um músculo. Eu respirei fundo, me levantando o levando junto comigo. Levantei meu tronco, ficando sentado no sofá, e Jisung entrelaçou suas pernas em minha cintura, com o rosto deitado na curva do meu pescoço. Exatamente como um coala.
— Hannie. — chamei, e ele ignorou. — Jisung. — expressei um tom mais firme, e ele finalmente se mexeu, afastando seu rosto para me encarar, com uma expressão indignada.
— O que aconteceu com o bebê?
Eu dei uma risada, passando minha mão na linha de sua coluna, num carinho breve.
— Gosta quando eu te chamo de bebê?
— Eu adoro. — Abriu um sorrisinho de lado, me abraçando pelo pescoço, se aproximando.
— Jisung... — resmunguei, já sabendo que a intenção dele era puramente me enrolar.
— Poxa, hyung. — Ele levou uma das mãos até meus cabelos, puxando minha cabeça devagar pra trás — Só aproveita, hm?
Han Jisung ia conseguir me enlouquecer de várias formas jamais experimentadas por mim antes.
Ele levou a boca para o meu pescoço, mordiscando ali levemente, subindo os beijos pelo meu maxilar, o marcando. O barulho dos beijinhos molhados de Jisung só tiravam ainda mais os resquícios de sanidade presentes no meu corpo.
O Han se mexeu devagar no meu colo, me fazendo segurar sua cintura possessivamente, o deixando parado.
— Não comece o que não vai terminar... — o avisei, e ele sorriu, beijando meu rosto, seguindo para a minha boca, sugando meu lábio inferior, antes de me beijar lentamente, levando sua outra mão para dentro da minha camisa, e me fazendo arrepiar com o breve contato de suas unhas deslizando pelas minhas costas. — Jisung. — repreendi novamente, durante o beijo, o sentindo sorrir sacana.
— Eu posso cuidar direitinho de você hoje, hyung. — Murmurou, fingindo descaradamente um tom inocente, me fazendo rir descrente. — É só você querer. — Completou, e eu fechei o rosto, o encarando.
Jisung falava sério. Caralho. Esse garoto vai me deixar maluco.
— Vamos comer. Dorme aqui. Te deixo no seu trabalho amanhã. — respondi, o tirando de meu colo, e me levantando.
O Han sorriu quase adorável, me seguindo até a cozinha. Respirei fundo, passando a mão em meu rosto.
Não sei qual das personalidades de Jisung vai me deixar a beira da insanidade primeiro. Mas estou ansioso pra descobrir.
(N/A): oi entaoo
não posso prometer nada risos MAS quem sabe né kk veremos
até o próximo vius
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