03, minarin não gosta de garotos, então eles ficam pra mim.
— Quando você vai me apresentar pra sua namorada?
Mina continuou dando uma olhada nos cabides, analisando os tons de cores, sem dar muita atenção para mim.
— Sana não é minha namorada.
Continuei a seguindo, a vendo ir em direção a uma sessão com saias plissadas — que inclusive, eram uma gracinha, — e tirar algumas do lugar as analisando, para logo dobrar e pôr de volta depois.
— Vocês estão saindo faz, tipo, três meses. Como ela não é sua namorada? — perguntei, óbvio, e ela revirou os olhos.
— Eu não pedi, ela não pediu. É um consenso mutuamente não falado. — Ela estendeu uma blusa sobre o próprio corpo — Acha que essa cor fica boa em mim ou eu deveria levar a escura?
— Eu não entendo. Pelo que você me contou, você não tem ficado com mais ninguém além dela. — disse, e analisei a blusa. — Leva a clarinha. Já disse que sua paleta é mais puxada pra cores clean.
Ela concordou, colocando dentro da sacola da loja, continuando a olhar outros cabides.
— Eu sei. Mas ela pode estar querendo algo mais aberto. E eu não ligo muito. — Respondeu, balançando a cabeça. — Acho que isso aqui já 'tá bom. Você não vai levar nada?
— Preciso fazer uma limpa no guarda-roupa antes. — ela concordou, e fomos pro caixa.
Mina pagou as roupas, e peguei algumas das sacolas, carregando para ela, enquanto saímos da loja.
— Você quer MC ou BK? Muito possivelmente vou ignorar sua opinião e ir direto pro MC, só 'tô perguntando porque a mamãe me deu educação.
Soltei uma risada, dizendo que tudo bem se fôssemos comer aonde ela quisesse. Fizemos nossos pedidos e encontramos uma mesa para sentarmos, colocando as bandejas logo a nossa frente.
— Então, Mina... — comecei, enquanto ela levava uma batatinha à boca.
— Hm?
— O que acha de eu te pagar um donuts hoje, hein?
( . . . )
— Quando eu disse pra você ficar com alguém não foi pra ficar interessado em um entregador aleatório de doce. — Minari disse, assim que nos sentamos na mesa do segundo andar, e eu dei um risinho nervoso.
— Ele é gatinho, Mina! E os donuts daqui são realmente bons. — murmurei, brincando com meus dedos em cima da mesa.
Minha irmã só deu de ombros, balançando a cabeça em visível desgosto, enquanto apertou o botão de que dizia que estávamos prontos para fazer o pedido.
E, momentos depois, eu estava contendo um sorriso ao ver ele se aproximar de nossa mesa, e Mina me julgava, provavelmente entendendo quem era o funcionário vindo em nossa direção.
— Boa tarde! Sejam muito bem vindos à Blueprint! — Ele deu um sorriso brilhante, passando o olhar de Mina para mim, se demorando um pouco mais, o que fez eu me questionar se ele havia, de alguma maneira se lembrado de mim.
Nah, impossível. Ele deve atender dezenas de pessoas por dia.
— Hm... Vocês são clientes cadastrados ou novos por aqui? — Perguntou, com um tablet em suas mãos, e Mina respondeu por nós dois.
— Cadastrados. Mas vamos usar somente a minha conta hoje. — Ela sorriu, passando seu usuário para o mesmo, que assentiu com a cabeça, registrando os pedidos na conta da minha irmã.
Apoiei meu cotovelo sobre a mesa, que era coberta por uma macia e bonitinha toalha de mesa rosa, colocando meu rosto sob a palma da minha mão, sem expressar muita reação.
Esse garoto era realmente adorável.
— Tudo bem. Já virei trazer o pedido de vocês, sim?
Concordamos com a cabeça, e ele sorriu, fazendo uma pequena reverência e nos dando as costas, mais uma vez, se demorando ao olhar para mim.
O observei saindo do meu campo de visão, enquanto descia as escadas com o tablet ao lado do corpo, parecendo o segurar mais forte do que deveria.
— É bonitinho. — Mina cortou o silêncio, mexendo em um canudo de papel. — Mas não faz meu tipo.
Bufei, revirando os olhos.
— Primeiro, — estendi um dedo, começando uma contagem — Que ele não tem que fazer o seu tipo, sua fura-olho. E sim o meu. E segundo — estendi outro dedo, fazendo uma careta. — Você nem gosta de homem!
Ela riu, balançando a cabeça culpada.
— Mamãe me fez lésbica pra que sobrassem mais homens pra você.
Que convencida.
— E com certeza eu nasci gay pra que você conseguisse fisgar as garotas que me acham atraente. — mostrei a língua.
Ficamos trocando algumas farpas, quando, novamente minha atenção foi capturada pelo garoto subindo as escadas, carregando uma caixa cuidadosamente.
Ele se aproximou da mesa, depositando a caixa no centro dela.
— Tenham um bom apetite!
Mina agradeceu, quando eu só consegui notar a presença de algo que antes não estava ali. Agora, havia um crachá que parecia ter sido colocado as pressas, devido ao amasso que agora era evidente no uniforme, e nele, estava escrito "Han Jisung" o nome do entregador mais bonitinho que eu já tive o prazer de receber algo.
— Obrigada. — eu disse, e ele se virou para mim, parecendo tímido, só fazendo uma rápida reverência novamente.
( . . . )
Assim que Mina e eu terminamos de comer e papeamos um pouco, comigo enchendo o saco pra ser apresentado à garota-sem-título-definido dela, e ela rebatia dizendo que faria isso quando eu arranjasse alguém, fui esperá-la perto da porta, logo depois de entregar meu cartão nas mãos da pestinha, já que eu havia prometido que pagaria.
Observei o lugar ao redor, começando pelo teto cheio de luzinhas e lustres bonitinhos, a decoração toda em tons de rosa e cores pastéis, parecendo um verdadeiro ambiente de princesa. Uma gracinha. Não haviam tantas pessoas, mas as que estavam nas mesas pareciam bem confortáveis e felizes no ambiente. Era um lugar impressionante, e aconchegante. Passava uma vibe realmente de lar. Meus parabéns para o dono, nunca estive em um lugar assim. — Nayeon, por favor, que você não esteja me escutando.
Minari apareceu na minha frente me devolvendo meu cartão, me chamando para irmos embora. Eu concordei com a cabeça, a seguindo, quando escutei meu nome sendo chamado.
— Senhor Lee Know!
Me virei para trás, vendo Han Jisung vindo rapidamente até mim, e levantei uma sobrancelha, confuso com a situação.
— Parabéns, você virou um cliente premium. — Ele disse, com um sorriso.
Um ponto de interrogação ainda se encontrava em minha cabeça, ele só queria me falar isso?
Foi quando desci meu rosto para suas mãos, que carregavam uma pequena caixinha enfeitada.
— Cortesia da casa. — Ele estendeu a caixinha para mim, que a peguei, fazendo um sinal afirmativo com a cabeça.
— Obrigada... — murmurei, sem saber o que falar, e o garoto sorriu novamente, me dando as costas uma última vez naquele dia, e voltando para o trabalho.
Escutei meu nome ser chamado pela minha irmã que estava agora na porta do estabelecimento, quando vi um papel colado com fita no lado direito da caixa.
" Esse é meu número. Me liga :) - Han Ji. "
Ainda bem mesmo que os garotos sempre ficam pra mim.
(N/A): nossa oiKKK
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