Don't Talk About It
Coloquem a música para tocar e sintam-se no clima!
"Não fale sobre isso,
varra-o para debaixo do tapete como fazemos, fazemos, não fale sobre isso."
Tove-lo -> Don't Talk About It.
Philadelfia. A populosa cidade do estado da Pensilvânia sempre foi de tirar o fôlego. Uma cidade bonita, lar de todos os tipos de pessoas. Todos os tipos de personalidades e culturas. Tipos de caçadores e de caças.
Todos os tipos de demônios.
Lorrie era um desses demônios. A luxúria, o desejo em forma da maldade. Uma garota difìcil de lidar e impossível de ignorar. Ninguém era capaz de não notar seus cabelos negros e seu olhar predatório pelas ruas da cidade homenageada pelo cantor americano Bruce Springsteen. Lorrie sabia desse seu poder.
Ela sabia do impacto que causava nas outras pessoas.
Sempre soube. E por causa disso, nunca brincou em serviço. Nunca perdeu uma disputa.
Nunca foi ignorada. Apenas desejada.
O barulho de seu pequeno salto era quase imperceptível nas ruas quentes da Philadelfia. Limpando as pequenas gotículas de suor ao redor da fonte, a jovem andava lentamente em direção ao seu destino. Seus lábios levemente cerrados com determinação, indicavam que era a hora do ataque.
Mas apesar de estar acostumada com o título de caçadora nata, aquela situação em que se colocaria naquela tarde ainda lhe causava uma certa estranheza. Um certo embrulho no estômago.
Um calor diferente.
Andando em passos firmes, a garota cruza algumas ruas, arrancando olhares e suspiros de quem passava em sua volta. Não apenas por causa de sua beleza exótica, mas pelo seu andar, seu porte, sua transparência.
Lorrie era o sinônimo de orgulho. De amor próprio.
Selvageria.
Andando mais um pouco, um sorriso surgiu de seus lábios carnudos ao avistar o local onde tanto desejou chegar. Passou a mão levemente na alça de sua blusa fina de cor preta e soltou um baixo gemido de satisfação. Ela havia chegado no seu abismo.
Calmamente, Lorrie subiu as escadas da igreja passando a ponta dos dedos nos ferros antigos. Ao passar pela porta, um arrepiou contornou seu pequeno corpo da cabeça aos pés, arrancando um outro gemido, agora mais baixo. Ela sabia que aquele lugar tão adorado por tantas pessoas lhe causava sensações nada convencionais. Sensações que não podiam ser pensadas no solo sagrado da igreja.
Mas era inevitável.
Ela não conseguia segurar o ardor que crescia em seu corpo toda vez que pisava naquele lugar.
— Perdoe-o, já que eu não tenho mais salvação. — Lorrie ajoelhou na primeiro banco, de frente para a Santa Rita de Cássia, santa daquela Paróquia. Olhou para a imagem de Jesus crucificado e suspirou, temendo pelo grave pecado que estava cometendo há algum tempo.
O pecado ao desejar Francis Fitzgerald, o padre responsável pela aquela igreja dos subúrbios de Philadelfia. Esse homem abalava suas estruturas de uma maneira voraz e irresistível, causando sensações nunca sentidas antes pela moça bem aventurada.
Seu desejo pelo devoto começou há alguns meses, quando a mesma se sentiu interessada a entrar na igreja, durante uma missa de Natal. O lugar estava cheio, iluminado e caloroso. Tudo que envolvia calor chamava pela jovem de lábios carnudos. Apesar de não seguir nenhuma religião depois que se tornou independente dos pais, Lorrie sentiu algo invadir seu corpo, ao ouvir os cantos natalícios. Uma sensação de paz, conforto. A mesma que sentia quando era criança e visitava a igreja na sua cidade natal.
Fazendo um sinal da cruz, a morena entrou e se prostrou perto da porta principal, já que a missa estava cheia e mal dava para se deslocar para outro lugar. Mas ela era insistente. Queria ver o que estava acontecendo lá na frente. Assim que ouviu a voz grave dizendo que era hora de fechar os olhos e rezar, permitiu-se lembrar das rezas que sua mãe dizia antes de dormir, enquanto passava pelas pessoas e, ao abrir os olhos por curiosidade, viu a chave para o seu inferno, assim que parou em frente ao corredor livre.
Francis podia ser considerado a própria porta para o pecado. Um homem alto, esbelto, viril, encantador, de belos olhos intensos e acolhedores, provido de um rosto bem marcado e irresistível. Como um homem desses escolheu se dedicar ao celibato e arrancar suspiros e sonhos eróticos de muitas e muitos fiéis?
Francis sabia de seu poder, mas nunca se viu na tentação de mostrar do que era capaz ao esquecer seus deveres de sacerdote.
Até o momento em que pôs seus olhos na garota de olhos claros e boca aveludada. Maldito momento para olhar para o corredor livre dos devotos fervescentes.
Lorrie sorriu timidamente, mostrando seus dentes levemente separados e o sacerdote apenas encarou-a, suspirando pelo fato das pessoas não terem visto esse momento de desatenção, já que todos estavam de olhos fechados proclamando o pai nosso em perfeita sintonia. Francis engoliu em seco e rezou para si mesmo, mas a oração era diferente:
"De todo coração te procuro: não me deixes desviar dos teus preceitos. Conservo no coração tuas promessas para não te ofender com o pecado." (Sl 119, 10-11).
Ele sabia que a garota havia lhe dado uma sensação pecaminosa.
Francis iria pecar, por isso já pedia perdão.
Por mais que haviam tantos fiéis ali presentes, os olhares de ambos nunca se perdiam, durante toda a missa, mesmo depois da garota se posicionar no canto esquerdo da igreja, ao lado da pilastra. O olhar de Francis a procurava, por instinto. Lorrie passeava o dedo em sua alça da blusa, tentando disfarçar o calor que sentia toda vez que o sacerdote a olhava. Mas era difícil de controlar. E depois desse dia, a situação só se agravou mais.
Lorrie saiu antes da missa acabar, culpada pelas situações que passavam na sua cabeça. "Como um padre poderia ser tão... irresistível?" Aquilo era um tentação doentia. Balançou a cabeça e prometeu não pensar mais sobre aquilo, pois sabia que era errado. Por mais que, alguns a chamavam de vadia, pelo fato da mesma aproveitar as oportunidades que a vida lhe proporcionava, ainda existia sanidade em sua cabeça. Era apenas uma atração repentina, digna do momento, nada mais. Fechou os olhos pedindo para que essa ideia sumisse de sua cabeça. Mas é claro que não adiantou essa promessa feita com palavras artificiais.
Na missa de domingo, do outro ano, Lorrie estava lá. E não pelo sacramento de Jesus.
Bem mais comportada que a última vez, a jovem adentrou na igreja, pouco antes da missa começar. Ao ver o padre se arrumando no fundo do local, uma nova onda de calor invadiu seus sentidos, lhe deixando zonza e sem ação. Nem o homem mais gostoso que havia se relacionado a deixou desse jeito.
— Sua vadia, o que está fazendo? — A jovem passou a mão nos cabelos presos antes de passar na frente de Francis. O padre, que no momento, estava arrumando sua batina que caia perfeitamente bem em seu corpo atlético, parou e observou cada centímetro dos movimentos de Lorrie. Assim que ela parou em sua frente, sentiu como se mãos apertassem sua garganta, o preparando para a morte.
Uma morte tentadora.
— Sua benção, padre. —A jovem prosava de uma postura incrível e sensual ao mesmo tempo.
— Deus te abençoe, minha filha. — Francis pegou a mão delicada de Lorrie e por um lapso insano, pensou em levar a mão da moça em seus lábios, mas ele havia esquecido que não fazia isso com ninguém.
Lorrie sorriu, satisfeita por perceber o seu poder sobre o pobre devoto e foi para o seu lugar, lutando contra os demônios que insistiam na ideia maluca de pegar o sacerdote. Sua mente gargalhava a medida que a própria via a pobre garota perder seu controle.
— Isso é uma falta de respeito! Não sou tão vadia assim! — Lorrie exclamava enquanto sentava no banco frio. — Ele é apenas um padre e você está com tesão. Precisa aliviar, só isso.
Logo após a missa, pegou o celular e ligou para Mike, um amigo de foda. Marcaram um encontro e desse jeito, Lorrie se aliviou, mas ao mesmo tempo se sentiu frustrada, pois enquanto se deliciava nos braços do jovem loiro, o padre Fitzgerald não saia de sua cabeça. A pobre gozou lembrando do toque nas mãos da tentação em forma masculina.
Depois desses devaneio em meio ao sexo, Lorrie prometeu não se tocar nem se envolver com alguém até a próxima missa. E assim foi feito: Lorrie livre do contato carnal durante uma semana, mas isso só piorou. A jovem transpirava tesão pelo corpo. Se sentia carregada, impaciente, aflita. No dia da missa, se aprontava o mais básica possível e ia para a igreja. Sua amiga com quem dividia a casa até estranhou o interesse repentino da jovem, mas não questionou e decidiu ficar quieta sobre o assunto. Até imaginou que a amiga de infância havia tomado jeito e começara a ser mais calma.
Bobinha, mal sabia ela.
Lorrie ia na igreja, avistava o seu maior pecado, sua chave para o inferno e ao chegar em casa, se deliciava com a ajuda de seus dedos, enquanto imaginava as mãos do homem devoto. Ela só gozava para ele, mas queria que fosse de verdade, corpo a corpo, olho a olho. E depois de pensar muito á respeito, decidiu montar sua armadura para caça.
Ela teria Francis Firzgerald, mesmo que essa escolha a levaria para consequências graves.
E naquela tarde de sábado, ela entrou na igreja convicta de conseguir realizar seu propósito.
Mas algo em sua cabeça rodava. E se o padre a rejeitasse? Homens de Deus eram fortes e sóbrios, sabiam lidar com os votos que faziam perante o altar. Francis poderia ser desses homens. Por que não? As aparências sempre enganam. O olhar do homem era curioso e não... predatório.
Ela parou novamente, prostrando de maneira ereta, pensando no que deveria fazer. Ela deveria ir embora? Deixar toda aquela loucura para trás e seguir em frente com o sexo e a vida sem freio?
— Posso ajudar, senhorita?
Não, ela não iria desistir. Aquele homem a atraía como um buraco negro, sugando todas as suas forças e consequentemente, sua sanidade.
— Estou perdida, padre. Perdida no pecado. — Lorrie virou na direção do homem que tanto desejava.
— Muito de nós estamos. O ser humano é falho. — A voz grossa de Francis disfarçava o seu incômodo ao estar sozinho com aquela jovem na igreja. Ao contrário que Lorrie pensava, o olhar do sacerdote sobre sua pessoa era cheio de desejo. Ele só apenas sabia ser implícito, mas nesse momento, seu peito pulava loucamente, assim como sua masculinidade.
— Até o senhor? — Lorrie o fitou curiosa, esperando um sermão daqueles.
— Principalmente minha pessoa. — Francis a encarou com as mãos para trás. Por não ser dia de missa, o homem vestia uma calça social e uma camisa azul marinho, mas o colarinho branco era destaque no seu corpo. Destaque que Lorrie adorava e apreciava sem nenhum pudor.
— Não precisa falar difícil comigo. — Lorrie sentou no banco, enquanto o padre se aproximava.
— É o costume. — Francis sorriu, deixando a jovem encantada. "Como um homem desses faz voto de castidade?" " Eu serei capaz de quebrá-lo? Se é que já não está..."
Francis a observava, enquanto a jovem se perdia aos pensamentos. De fato, aquela mulher com jeito de menina o intrigava. O sacerdote não podia negar que sentia algo por ela, mas após anos de castidade, estava acostumado a dobrar seus desejos.
— Eu estou me sentindo estranha ultimamente. — Ela parou e apertou os lábios entre si. — Isso é uma confissão?
— Sim, mas se quiser, conversaremos como amigos. — Lorrie sorriu. Não teria que pensar em jeitos difíceis para expressar suas vontades naquele momento. Mas o frio na barriga era constante e constrangedor.
— Acho que me sentirei mais a vontade. — Lorrie estava decepcionada consigo mesma. Ela nunca havia se sentindo acuada por um homem. Ela sempre tomou a iniciativa. E agora, era como um bichinho indefeso perto daquele padre tão misterioso.
Ela só não sabia que Francis pensava da mesma maneira.
Os dois sentaram na primeiro banco em total silêncio. Francis olhava todos aqueles santos virados em sua direção, certamente envergonhados com os pensamentos do próprio. A sua vontade profana era pegar Lorrie para si de maneira intensa e selvagem. A garota esbanjava isso.
Lorrie juntou as mãos em tom de súplica e fechou os olhos, abrindo ligeiramente a boca vermelha e suspirando baixo, apertou os dedos com força, juntando os joelhos como uma pecadora:
— Pai, perdoe-me, pois eu pequei. — Ela olhou para Francis que permanecia com as mãos entrelaçadas e com a cruz para fora da roupa. — Se me permite, padre, falarei com Deus e o senhor irá ouvir, para certamente, me punir depois.
— E-eu não puno ninguém, senhorita. — Francis sentiu o suor formar em sua fonte.
— Lorrie. Lorrie Adams. — Seus lábios formaram um ligeiro sorriso sedutor.
— Francis. — O pobre sacerdote já estava completamente inebriado na jovem. — Fitzgerald.
— Pois bem, padre Fitzgerald... — Ela baixou a cabeça, arrumando parte do cabelo para colocar atrás da orelha. — Será menos vergonhoso para mim, tudo bem?
— Que seja feita a tua vontade. — Francis sorriu, mas de nervoso. Lorrie realmente estava o desafiando.
— Obrigada. — Lorrie respirou mais uma vez, tentando controlar o desespero que tomava conta de cada centímetro de seu corpo. — Pai, o senhor sabe porque estou aqui. Eu não tenho sido uma boa menina nesses anos. Minha vida é ligada ao prazer profano e eu não tenho motivos para parar com isso. Eu amo minha vida regada á sexo e aventuras, quero que entenda meu lado. Sou uma pecadora totalmente enterrada ao desejo.
Francis engolia em seco enquanto seu corpo mostrava reações inesperadas. O mesmo apenas pegou a cruz em seu pescoço e a apertou em seus dedos longos.
— Mas, como o Senhor também já sabe, os limites foram alcançados. Eu decidi me arriscar ainda mais, caminhar em águas mais sombrias. Ou melhor, águas puras de mais para mim. Eu não quero contaminá-las, mas não possuo mais controle sobre isso. E como consequência, acabei enfeitiçada, apaixonada pelo perigo. Interessada pelo proibido, pelo profano, pelo pecado.
Francis apertava com toda a força a pequena peça em sua mão. Lorrie estava o descrevendo naquele momento. Ele não estava conseguindo conter seu desejo, por isso, fechou os olhos e rezou novamente o versículo do salmo 119. Tentou ignorar o volume no meio das pernas e o arrepio percorrendo a espinha. Ele tinha que ter controle, tinha que mostrar que estava tudo bem. Aquela desconforto iria passar.
— E o meu maior pecado, Pai, como o Senhor também sabe, está aqui bem aqui do meu lado, segurando sua cruz como se fosse a última da Terra.
Francis deixou a cruz cair, causando um enorme eco na grande igreja. Ele tentou não mover o olhar em direção ao seu maior martírio, mas de nada adiantou. Francis virou o rosto e viu Lorrie ainda de cabeça baixa, com as mãos entrelaçadas e bem firmes.
— Eu ainda não terminei. — A voz embargada e ao mesmo tempo tentadora o desafiava. — Eu sempre fui uma garota sem pudor, sem regras. Nunca pensei na possibilidade de se apaixonar por alguém. Mas sabe, Deus, somo tolos em pensar que temos controle sobre nossa vida. Eu não escolhi isso e olha onde estou. Chorando por um homem casto, um homem de Deus. Eu não aguento mais aliviar-me com os dedos! Não aguento mais sentir o peito apertar em todo olhar cruzado, toda palavra trocada. Dê um fim nisso, ou eu mesma o darei. Perdoe-me Pai, sou uma pecadora intensa!
Francis não sabia o que pensar. Era nítido que seu sentimento fervoroso era recíproco, fazendo o questionar sobre tudo. Uma mulher daquela era uma obra prima e logo quem que ela foi se apaixonar?
Tudo o que ele queria era mostrar que ele sentia o mesmo. E ele iria mostrar, pois não existia mais controle ali.
— T-terminou? — Engoliu em seco e virou novamente em direção a jovem.
— Sim, senhor. — Lorrie levantou a cabeça derrotada, pois haviam lágrimas em suas bochechas.
— Qual será a minha penitência?
O padre se aproximou de Lorrie que ainda respirava com dificuldade e limpou suas lágrimas com os próprios dedos. Ele não podia deixar esse momento passar abatido.
— Não há penitência para isso, Lorrie. — Francis sorriu, passando o dedo nos lábios carnudos da jovem. — Há uma coisa mais convidativa.
O sacerdote juntou seus lábios nos dela, lhe causando um sentimento prazeroso. Lorrie ficou em choque por alguns segundos, mas logo se entregou naquele pecado tão tentador. Puxou o homem mais para si e o beijou com toda a intensidade que tinha. Dois corpos se tomando com repleta paixão e selvageria em poucos instantes. Quando viram, Lorrie já estava em seu colo, desabotoando sua camisa preta, enquanto beijava o pescoço gelado de seu devoto amado que por sua vez, gemia baixo a cada toque experiente da moça em seu corpo.
— Lorrie... — Francis afastou suas mãos delicadas de sua amada. — Aqui é perigoso.
— Eu o quero tanto, que perdi a noção, senhor. — Ela sorriu dando um leve beijo no peitoral do sacerdote, dando a certeza de que ambos precisavam daquilo.
— Temos que ir para os fundos, por favor! Eu não aguento mais olhar para ti e não poder...
— Poder o que, padre Fitzgerald? — Lorrie levantou se e andou até a sacristia, mordendo levemente os lábios.
— Fodê-la com muita força. — Francis foi em sua direção, empurrando-a para o corredor que tinha seu fim no quarto onde dormia.
— Era tudo o que desejei sempre ouvir de sua boca. — Lorrie sorriu enquanto seu corpo era jogado na cama trajada de um lençol cor de gelo. — Essa maldita boca, que tanto anseio! — sorriu ao tirar sua camiseta, liberando um colo pálido e com pequenas sardas. Passeou suas mãos pela nuca do padre, enquanto o mesmo beijava a pele fina de seu pescoço. — Essas mãos... — Suavemente segurou a mão livre de Francis, conduzindo-a para sua calça. — Esses dedos que tanto sonhei... sendo enterrados dentro de mim.
— Não terá apenas meus dedos enterrados em ti, Lorrie. — Com muita praticidade, abriu o ziper e livrou as pernas de Lorrie daquele pano tão hostil. Descendo mais para a região da clavícula, deu uma leve mordida no local enquanto alisava com os dedos a textura da lingerie de sua maior devota, que se contorcia ferozmente na cama.
— Diga para mim. É isso que quer? Meu dedo deslizando para dentro de ti. — Francis a provocava enquanto falava perto de seu ouvido.
— Por favor! — Lorrie afastou mais suas pernas, enquanto Francis arrancava sua calcinha de renda de cor vermelha. — Me conduza até o céu!
— Ou ao inferno. — Fitzgerald rosnou enquanto introduziu seus dedos longos e ágeis, causando um grito prazeroso na jovem em sua frente. Aproveitou para mordiscar seus seios, causando mais espasmos naquela que nunca havia sentido tanto desejo por um homem como sentia pelo sacerdote. Cada movimento era como se ela fosse para o paraíso e voltasse, na mais completa sintonia.
— Está tão quente... — Francis sussurrava enquanto descia com os lábios até o ventre da jovem.
— Não goze ainda Lorrie, quero provar do teu gosto com calma.
Retirou seus dedos de dentro dela e, sem hesitar, deu lugar a sua boca. Lorrie havia perdido totalmente o controle, esquecendo-se que se encontrava nos fundos de uma igreja e começou a gemer mais alto, enquanto se agarrava nos lençóis finos.
— Não pare! — Murmurava alto, enquanto se contorcia a cada movimento dentro de sua intimidade. Sua cabeça rodava ao pensar o quanto aquele padre era bom no que fazia. Nenhum homem a chupou tão bem quanto esse que estava disposto a nunca mais tocar em uma mulher. Cada investida tinha valido a pena.
Lorrie sentiu seu corpo pesar e arqueiou-se, enquanto Francis provava de seu gozo recém saído.
— Melhor do que qualquer óstia banhada ao vinho que já tive oportunidade de provar. — Disse ao passar a língua nos lábios. — Você é tão maravilhosa, Lorrie, tão...
— Sua, Francis. Sou tão sua. — Murmurou enquanto se recuperava daquele orgasmo tão intenso. — Tire suas vestes, quero provar você. E fazê-lo gritar como louco.
Francis começou rapidamente a tirar suas vestes, mas foi surpreendida pela fera que Lorrie havia se tornado depois do momento tão íntimo. Em segundos, as posições estavam trocadas e em instantes, Lorrie já estava estimulando com suas mãos, o membro que tanto ansiava em provar.
— Diga o quanto me quer, padre. — Sorriu enquanto massageava o membro lentamente.
— E-eu... — Não conseguiu dizer nada quando a jovem abocanhou com agilidade. Apenas fechou os olhos e começou a soltar barulhos impossíveis de entender. Com a mão, Francis empurrava Lorrie ainda mais para o seu pau, enquanto esquecia-se totalmente de que estava em um solo sagrado.
" Se estou no inferno, preciso fazer valer a pena."
Mais alguns instantes de estimulações e gemidos roucos, Francis se jogou para trás e gritou, enquanto se sentia mais próximo de seu orgasmo.
— Espera um pouco, querido. — Apertou levemente a glande de Francis. — Quero que goze dentro de mim, por favor. — Com agilidade, subiu em cima dele, encaixando o membro em sua entrada. Já tinha se programado com os remédios necessários. Era o que ela queria: encher se Francis. Mas o mesmo a jogou de volta na cama e segurou seus braços, enquanto se preparava para o ato final. O ato que que o jogaria para o abismo. Não tinha mais volta. Não tinha como negar. Lorrie em sua frente, pronta, feita para ele. .— Eu disse que iria te foder com força.
Que Deus o perdoasse.
Estocou com força, como havia prometido, arrancando outro grito de Lorrie. De olhos vidrados repletos de selvageria, Francis observava cada centímetro do rosto de sua amada, enquanto segurava suas mãos para ficarem paradas em cima de suas cabeças. Cada vez mais forte, Francis gemia, suava e a cama batia com mais precisão na parede paroquial. Em ritmos sicronizados, os dois se tornaram um só corpo, uma só carne, mas não da maneira como a bíblia defendia.
Era da maneira que qualquer um ou uma desejava.
Lorrie abriu mais suas pernas, permitindo o encontro de ambas as virilhas, em meio as estocadas. Dois corpos repletos de desejo, paixão, transformando o pecado em corpo presente. O que poderia ser melhor do que um orgasmo bem sentido?
Completamente extasiados, gozaram quase que ao mesmo tempo, dando início a sentença que haviam procurado. Francis beijou ardentemente sua amada antes de sair de dentro dela e jogar-se do lado esquerdo da cama, onde residia uma imagem de nossa Senhora das Dores, no criado-mudo. Abaixou a santa e voltou-se para Lorrie, que de olhos fechados, respirava rapidamente, por conta da combustão de seu corpo.
— Oh Meu Deus! — Murmurou alegremente.
— Foi a melhor coisa que fiz em tanto tempo! — Exclamou extasiado.
—Eu te fiz quebrar seus votos.
— Por você eu seria capaz de quebrar qualquer um que fosse necessário. — Sorriu enquanto tirava os cabelos de sua amada com os dedos, mostrando a face rosada e suada que a mesma carregava.
— Acho que sou apaixonada por você. Eu achava que era puro tesão, mas não. Nunca desejei tanto um homem como... o senhor.
— Eu também nunca desejei tanto uma mulher assim— sorriu. — Acho que estamos no mesmo barco.
— Indo em direção ao inferno?— Sorriu apreensiva, enquanto encostava a cabeça no peitoral do sacerdote.
— Não importa o destino que teremos depois disso. No céu ou no inferno, estarei de mãos dadas com as suas, provando desse sabor tão bom que é o da paixão proibida.
— Quer dizer que o senhor não se arrepende dos seus atos?
— O homem é feito de erros. E como voltar atrás, se... já me joguei sem hesitar nesse teu abismo? — O padre sorriu enquanto acariciava o rosto da jovem. — Que Deus tenha piedade da nossas almas, pois essa não será a única vez.
— Com toda a certeza. — Se abraçaram carinhosamente, liberando o último suspiro dos votos sacerdotais.
Frances agora viveria no pecado. E seu maior pecado sempre teria cabelos negros e lábios carnudos e sedutores, que se abririam para que ele pudesse se jogar dentro deles e nunca mais sair.
Assim na terra como no inferno,
Amém.
FIM.
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