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Me alcance

Luciana não hesitou em nenhum momento viajar até a Coréia para ajudar a irmã. Todas as mensagens, confusas, que trocou com Yoongi ao longo dos últimos dias só davam ainda mais certeza de que ela precisava estar com Thais. E mesmo a confusão que começou a se formar na sala daquela casa enorme não a fez mudar de idéia de que era ali onde deveria estar. Onde será que a sua irmã estava?

-- Você ficou maluco? Agora não basta uma pessoa estranha dentro da nossa casa, você trouxe mais outra? -- Namjoon saiu do choque e agora estava despejando sua indignação sobre Yoongi, elevando cada vez mais o tom de voz e chamando a atenção dos caras, que vieram correndo da cozinha saber o que estava acontecendo.

-- Ela não podia ficar aqui sozinha, você mesmo me falou e eu concordei. Ela não vai mais ficar sozinha agora. Ah, e são três pessoas, não esqueça da bebezinha. -- Yoongi debochou.

-- Eu vou ligar agora para o PDnim e...

-- Ele já sabe. -- Ele cortou Namjoon. -- E está tudo ok pra ele. Nem vai precisar que venha uma pessoa que ela não conhece vigia-la aqui, como você sugeriu.

Os dois ficaram um tempo em silêncio, se encarando.

-- E você acha que nós vamos aceitar isso? -- Namjoon agora falava em um tom mais baixo, mas ainda tenso. -- Você não conversou nada disso com nenhum de nós.

Yoongi ponderou sobre o que o amigo dissera e ele pode entender o sentimento por trás disso. Ele realmente não levara em consideração a vontade de nenhum dos meninos. Suspirou.

-- Perdão Joonie. Tudo isso que está acontecendo é em caráter emergencial, quando voltarmos de viagem ela vai embora com a bebê, esse é o trato. -- O tom de Yoongi agora era conciliador. -- É um favor de amigo que eu estou pedindo. Você, aliás vocês, podem me fazer esse favor? -- Ele se dirigiu também aos outros que ouviam a discussão calados.

-- Tudo bem. --  a resposta de Namjoom pegou Yoongi de surpresa. -- Mas espero que você perceba quem é que não está sendo amigo aqui.

Namjoon deu as costas e saiu da sala e Hoseok o seguiu. Os outros chegaram perto de Yoongi, olhando com o rabo de olho para Luciana e o bebê.

-- O que está acontecendo Suga hyung? Quem é ela? -- Jimin perguntou por todos.

Então Yoongi fez as apresentações:

-- Essa é a Luciana, irmã da Thaisi. Ela vai ficar aqui com a filha enquanto nós viajamos, pra fazer companhia pra Thaisi.

Ele então se virou para Luciana, na dúvida do que dizer, tentando lembrar algumas frases em português que tinha decorado nos últimos dias.

-- Esse resto BTS? Jimin, Jin, Jungkook, Taehyung. Outros Namjoon, Hoseok. -- Ele apontou cada um dos meninos, tentando apresentá-los a ela.

Taehyung se aproximou um pouco mais de Luciana, chamando atenção da bebê que estava em seu colo. Estralando a língua ele fez caretas pra bebê que riu, estendendo os bracinhos pra ele. Luciana segurou a bebê com mais firmeza interrogando com os olhos Yoongi: Ele é de confiança?

Yoongi balançou a cabeça confirmando e se virou pra Taehyung dizendo:

-- Vou levar ela até o meu quarto, se alguma coisa acontecer com essa criança, eu mesmo te mato com as minhas mãos, entendeu?

-- Nossa Hyung, tudo bem... -- Respondeu Taehyung, fazendo uma careta. -- Name? -- Tae se virou para Luciana apontando a menina e perguntando em inglês.

-- Name? Oh, anh, Helena. -- Ela respondeu.

-- Oh Anh Erena? -- Taehyung perguntou de novo ao mesmo tempo que pegava a criança no colo.

-- Helena. -- Ela movimentou as mãos tentando explicar que o nome da sua filha era só Helena.

-- Erena. -- Ela levantou o polegar fazendo um gesto de positivo pra ele e sorriu respondendo automaticamente ao sorriso quadrado dele. Luciana o achou um menino estranho, porém muito bonito e simpático.

Taehyung então levou a bebê para se sentar com ele no tapete da sala. Jimin e Jungkook o seguiram e começaram todos a brincar com a bebê, enquanto Jin voltava pra cozinha pra ficar um pouco longe do drama, já não entendia mais nada.

Ainda com o cesto da criança na mão, Yoongi fez um gesto pra que ela o seguisse, depois pegariam as malas.

Parando em frente a porta do quarto, Yoongi deu dois toques na porta, antes de entrar:

-- Thaisi? -- Ela parecia estar dormindo debaixo das cobertas.

Luciana entrou no quarto e, passando por Yoongi, sentou na cama, puxando as cobertas.

-- Vou deixar vocês sozinhas. -- Deixando o cesto no chão, Yoongi disse isso em coreano mesmo, enquanto saia encostando a porta.

-- Cabeça? -- Luciana sacudiu o ombro da irmã tentando fazê-la acordar. -- Cabeça?

Thais abriu os olhos muito lentamente e sorriu ao focalizar a irmã.

-- Lu! Você veio me visitar nos sonhos. -- Ela disse num tom alegre e sonolento.

Luciana sorriu:

-- Isso não é sonho não irmã. Eu realmente estou aqui na Coréia.

-- O quê? -- Thais levantou o corpo e se sentou na cama, esfregando os olhos. -- Eu não estou sonhando?

-- Não. E nossa, você está precisando tomar um banho! O cecê tá bravo aqui dentro.

Thais se lançou nos braços da irmã.

-- Lu!

-- Eu falei que você precisa tomar um banho. Ficar fedendo assim na casa dos outros é até falta de educação. -- Disse se desvencilhando dos braços de Thais.

Localizou a mala da irmã, que ainda não tinha sido desfeita, em um canto do quarto. Abrindo-a ela pegou duas peças de roupa e uma toalha de banho que estavam mais a mão. Quando voltou a olhar para a irmã ela estava com os olhos fixos nela, ainda sem acreditar. Voltou-se de novo para a mala. Faltava a roupa de baixo. Abriu todos os bolsos até que achou um pacote com calcinhas e sutiãs.

-- Vamos, levanta! Você precisa tomar um banho. -- Se aproximou e pegou na mão da irmã, fazendo ela sair da cama. -- Onde é o banheiro?

-- No fim do corredor. -- Thais respondeu.

Abrindo a porta do quarto deram de cara com Yoongi, que estava encostado na parede, aparentemente esperando algo.

-- Ela vai tomar banho. Desculpe ela estar fedendo assim aqui na sua casa.

Yoongi sorriu confuso, pois não havia entendido nada.

-- Lu!

-- Eu falei em português, ele nem entendeu o que eu falei! Vamos.

Ainda de mãos dadas, as duas foram até o banheiro e Luciana a ajudou a tirar a roupa e a entrar no chuveiro.

-- Vou buscar seu shampoo, condicionador e o creme de cabelo. Já volto. Se esfrega bem porque tá bem complicada sua situação.

Luciana fechou a porta do banheiro e encostou nela, fechando os olhos e contendo as lágrimas. Thais estava pior do que ela imaginava. Pegando seu celular digitou alguma coisa e se aproximou de Yoongi que ainda estava parado no corredor, a observando.

-- Ela não tomou nenhum banho desde que chegou? -- Seu celular soltou a sentença em coreano para Yoongi.

Ele balançou a cabeça em negativa e retirando seu próprio celular do bolso digitou:

-- Psiquiatra e obstetra pra ela marcado amanhã, manhã e tarde. Amiga minha vai com vocês. -- Disse a voz robótica do aplicativo de tradução em português.

-- Certo. -- Luciana assentiu. -- Obrigada. --  Ela agradeceu em coreano, pra surpresa dele.

Entrou novamente no quarto e vasculhando a mala da irmã pegou os itens que tinha dito pegar, mais a escova de dente. Deveria ter pasta dental naquele banheiro chique.

Foi novamente ao banheiro.

-- Vou buscar as minhas malas e ver se a Helena ainda está viva nas mãos daqueles caras. Já volto.

-- A Helena está aí também? -- Thais abriu o boxe para pegar os itens de higiene e pra perguntar.

-- Sim. Apesar dela já estar comendo eu ainda amamento, não podia deixar ela no Brasil. -- Disse antes de sair do banheiro.

Com a ajuda de Yoongi, ela pegou as malas que haviam ficado no vestíbulo, não sem antes verificar que sua criança, de quase 10 meses, parecia muito a vontade brincando com aqueles três marmanjos.

Depositaram as malas dela do lado da mala aberta de Thais. Yoongi tinha algo a dizer:

-- Arrumar as malas preciso, viajar amanhã. -- O app disse mais uma vez. Luciana o usou também.

-- Ok, vou demorar com Thaisi no banheiro.

Yoongi assentiu.

No banheiro ela ficou observando a silhueta da irmã através do box.

-- Amanhã nós vamos ao médico. -- Disse sem especificar nada.

-- Certo. -- Thais respondeu.

O fato da Thais, sempre curiosa, não questionar nada, era mais um fator de preocupação pra ela.

-- Eu estou aqui de verdade irmã. Não é um sonho.

A porta do box se abriu novamente:

-- Tem certeza?

-- Sim. E você também vai ter quando ver a Helena e principalmente quando ela começar a chorar.

Thaisi saiu do chuveiro e se enrolou na toalha, se enxugando. Vestiu a roupa que a irmã havia escolhido, uma calça de moletom e uma camiseta.

-- Senta aqui que eu vou passar o creme no seu cabelo. -- Sim, havia uma cadeira no banheiro.

Pegando um elástico de cabelo que sempre levava no pulso, hábito adquirido de quem tinha três filhas, Luciana prendeu parte do cabelo da irmã e na parte solta começou a passar com os dedos o creme no cabelo crespo.

Ficaram em silêncio durante um longo tempo, o cabelo sendo desembaraçado mecha a mecha. Até que Luciana quebrou o silêncio:

-- Irmã, você precisa ficar bem. Eu disse que voltaria para o Brasil depois que o coreaninho voltasse, mas não sei se consigo voltar se você não estiver bem. Me promete que vai tentar?

Luciana sabia instintivamente que a irmã estava chorando naquele momento. Ela mesma estava de novo com os olhos rasos d'água.

Então Thais assentiu:

-- Eu vou tentar.

-- Ótimo. Agora nós vamos comer, porque estou morrendo de fome e imagino que você também.

Thais não respondeu nada. Devia ainda estar chorando. Luciana deu um tempo a irmã, ainda acariciando seu cabelo. Um suspiro profundo foi a deixa de que ela tinha parado de chorar.

-- Vamos? -- Ao mesmo tempo que chamava a irmã novamente, Luciana ouviu sua filha chorando de um lugar próximo.

-- Agora Helena deve estar aterrorizando os rapazes. Precisamos mesmo ir.

-- Tudo bem, vou só lavar o rosto rapidinho. -- Thais levantou da cadeira e foi lavar o rosto, enquanto Luciana analisava o tipo de choro da filha do lado de fora do banheiro. Ela queria mamar.

-- Também estou com fome querida. Vamos todas comer já, já.

Saíram do banheiro e todos os meninos estavam parados do lado de fora, olhando amedrontados pra criança que chorava sem parar no colo do bonitinho com sorriso quadrado.

Quando viu a mãe, a bebê estendeu os bracinhos e quando subiu em seu colo e a abraçou pelo pescoço parando de chorar instantaneamente.

-- Desculpem. -- Disse em coreano, completando em português. -- É só fome.

Luciana então abriu o primeiro botão da camisa e libertou um dos seios do sutiã.

Os caras ficaram paralisados com a cena que se desenrolou em sua frente, até que como acordando de um transe cada um desviou os olhos e tentou se afastar da cena de amamentação, dizendo algo e trombando entre si, por fim se afastando.

Luciana deu risada. Meninos.

-- Você assustou eles. -- Thais disse, atrás dela.

-- Ainda não entendo esse constrangimento com a amamentação. Bom, se no Brasil existe esse constrangimento, capaz que na Coréia seja até pior.

-- Não saberia te dizer Lu.

-- Vamos pegar o bebê conforto no quarto, que essa aqui. -- Luciana falou apontando a filha com a cabeça. -- Já está quase dormindo.

Yoongi não estava mais no quarto. Elas pegaram o que seria a cama de Helena nos próximos dias e saíram.

-- Onde é a cozinha? Você sabe?

-- Do outro lado da casa.

-- Essa casa é enorme.

-- Realmente.

Chegaram na cozinha e Yoongi estava lá, arrumando as compras no armário. Luciana ajeitou a filha adormecida no bebê conforto e virou para olhar a dinâmica que se desenrolava na sua frente: duas pessoas travadas, nem parecia que tinham se visto pelados. Ela balançou a cabeça, vai entender.

Limpando a garganta Yoongi começou a explicar:

-- Eu comprei comida pra vocês. Arroz ocidental, feijão, legumes, carne, ovos. -- Ele explicava para Thais, porque falando em coreano Luciana não entendia nada.

-- Obrigada. -- Thais agradeceu. -- Nós vamos tomar café da manhã agora.

-- Também tem pão e manteiga.

-- Certo.

-- Eu vou terminar de arrumar as coisas para a viagem. Ah, eu só queria pedir pra vocês duas evitarem de sair muito. Desculpem. É que a casa já é vigiada por seguranças e câmeras, que evitam que pessoas indesejadas entrem aqui. Nós temos um solário e um quintal nos fundos. Claro que vocês não estão presas aqui, se precisarem sair vocês podem, mas eu só peço que não seja muitas vezes. Desculpem de novo. É mais para a segurança de todo mundo.

Thais assentiu e Luciana ficou olhando o rapaz, que parecia tão sério, explicar alguma coisa que ela não entendia, então ficou apreciando a voz dele, que só agora tinha reparado ser bem bonita.

Yoongi também assentiu com a cabeça e saiu da cozinha.

-- O que tá rolando? Você entendeu tudo? -- Luciana perguntou enquanto abria o armário que tinha sido fechado por Yoongi e pegava um pacote de pão.

-- Ele pediu pra gente evitar ficar saindo da casa. -- Thais se sentou a mesa da cozinha e observou a irmã abrir a geladeira e vasculhar lá dentro.

-- A gente vai ter que ficar presa aqui dentro? -- Luciana olhou para a irmã por cima do ombro.

-- Acho que não foi o que ele quis dizer. Talvez seja medo das fãs doidas e da imprensa.

-- Achei! -- Luciana veio pra mesa com uma caixa de leite e um pacote de manteiga. -- Vai ser difícil pra mim achar as coisas por aqui, já estou vendo.

-- Eu te ajudo, no que eu souber. -- Thais levantou da mesa e pegou no armário copos e faca.

Elas sentaram a mesa pra comer.

-- Você contou pra ele os hábitos alimentares brasileiros? -- Se servindo de leite Luciana indagou.

-- Não, achei que você que tinha ido comprar essas coisas com ele.

-- Não, eu encontrei com ele na casa de um outro rapaz. Um altão bonito, que foi me buscar no aeroporto. Ele já tinha comprado todas essas coisas. Acho que ele deve ter pesquisado sobre. Muito atencioso. -- O tom malicioso passou despercebido a Thais que já tinha se fechado de novo na própria cabeça, enquanto comia.

-- É porque ele gosta de você. Bem coisa de pessoa apaixonada. -- Luciana continuou provocando a irmã.

-- Hum... Deve ser. -- Thais, muito distraída, concordou.

-- Então você também acha que ele gosta de você? -- Thais não respondeu, e a irmã a beliscou no braço. -- Hein?

-- Ai, o quê? Por que está me beliscando? -- Ela esfregou o local onde Luciana havia beliscado.

-- Você também acha que ele gosta de você então?

-- Quem? -- Thais perguntou arregalando os olhos.

-- Quem né Thais? O Yoongi claro!

-- Aaaaaahhh. Não, acho que não. Ele é assim mesmo, gentil.

-- Duvidoso, muito duvidoso. Ele não parecia nada gentil com o moço moreno e alto pra quem ele me apresentou primeiro, quando chegamos aqui.

-- Namjoon? Ah, eles discutiram? -- Thais pareceu ficar pesarosa.

-- Sim. O outro rapaz não parecia nada contente com o Yoongi e ele também foi nada gentil. Mas não posso te ajudar a respeito exatamente do que estavam falando, apesar de achar que era sobre mim. -- Luciana disse antes de morder um pedaço de pão com manteiga.

O silêncio se prolongou depois de sua sentença e Luciana se recriminou mentalmente por ter contado que havia ocorrido uma briga, pois a irmã havia se aberto um pouco e agora estava encasulada de novo.

-- Vamos. -- Terminou de comer e pegando na mão de Thais levantou da mesa levando-a consigo, sabia que ela não comeria nada mais. -- Acho que todas vamos nos beneficiar de uma soneca, como fez a minha pequena.

-- Não sei se vou conseguir dormir...

-- Te faço um cafuné. Vem. -- Abraçando a irmã e pegando o cesto com a filha, Luciana se questionava se vinte dias seriam o suficiente para ajudar a irmã.

****

-- Eu não ia sentar com você, Hyung. -- Namjoon disse logo após ver Yoongi sentar ao seu lado no avião. -- No sorteio deu o Jin hyung.

-- Eu sei. Subornei ele pra sentar do seu lado. -- Ele afivelou o cinto.

-- Fale. -- Namjoon parecia distante, pra não falar em chateado.

-- Perdão Joonie. -- Foi a única coisa que Yoongi disse e o silêncio se prolongou entre eles. Até que Namjoon o quebrou:

-- Você só queria falar isso? -- Olhou de rabo de olho para o amigo.

-- Não. -- Yoongi suspirou. -- Perdão eu estar fazendo tudo do meu jeito e passando por cima de vocês. Passando por cima principalmente de você, que é o líder do grupo.

-- Então por que você está agindo assim?

-- Eu já disse, foi o caráter emergencial da coisa toda.

-- Emergencial por quê? -- Parecia que Yoongi queria e não queria contar ao mesmo tempo.

-- É que talvez por minha culpa ela ficou sem lugar pra morar no Brasil? -- Ele fez uma careta. -- Tá, talvez nada, foi por minha causa mesmo.

-- Aff, o que aconteceu? -- Namjoon não acreditou que Yoongi, sempre tão reservado, tinha de alguma forma metido os pés pelas mãos.

-- Eu duvidei dela. Não acreditei que o filho era meu e acabei envolvendo um cara que contou da gravidez pra um monte de gente, inclusive os pais dela, que não gostaram nada e, enfim, é isso.

-- Mas você precisava trazer ela pra cá? Não podia ter ajudado ela lá no Brasil? -- Namjoon já desconfiava que Yoongi gostava da moça.

-- Tá aí, fui eu quem deu a idéia dela vir pra cá e ela nem queria vir, mas algo aconteceu no caminho e ela acabou aceitando. -- Yoongi já não olhava para Namjoon e, coçando o queixo, conjecturava sozinho.

-- Tá, você que teve toda a idéia, mas ainda não entendi sobre o caráter emergencial que você falou? -- Namjoon chamou a atenção do amigo para si novamente.

-- Ela não está bem.

-- Depressão? -- Yoongi olhou surpreso para Namjoon.

-- Acho que sim, hoje ela tem consulta com a doutora Son. Mas como você sabe? Falou com ela? -- Yoongi estava curioso sobre o palpite de Namjoon.

-- Não. -- Ele desviou o olhar um pouco envergonhado. -- Na verdade, nem cheguei a vê-la nesses dias. Mas fiquei pensando sobre algo que o Kookie disse sobre ela hoje: que ela parecia muito triste.

-- Ele disse isso?

-- Sim. -- Ele voltou a encarar seu Hyung. -- Você contou sobre isso para o PDnim? Foi por isso que ele concordou que você trouxesse a irmã da moça?

-- Sim. -- Foi a resposta de Yoongi para as duas perguntas do amigo. -- Você entende agora porque não poderia deixá-la sozinha ou com alguém estranho na nossa casa?

-- Eu entendi já. -- Namjoon balançou a cabeça. -- Mas, sei lá, só queria que você tivesse confiado na gente, confiado em mim, pra contar tudo desde o começo. -- Ele olhava muito sério para Yoongi.

-- Eu sei Joonie. Perdão de verdade.

-- Tudo bem. Me perdoa também. Fui um idiota esses dias. Devia ter conversado com você, mas só fiquei resmungando pelo cantos.

-- Nem tem nada pra eu te perdoar, acho que se fosse o contrário, eu também estaria puto! -- Yoongi sorriu tímido. -- Estamos bem então?

-- Sim. -- Namjoon sorriu também. Era bom ter resolvido aquilo com o amigo.

-- Sem problema pra você Thaisi ficar na nossa casa com a irmã?

-- Sem problema! Mas você também precisa ter essa conversa com o Hobi. Ele tá bem chateado.

-- Eu sei. Ele vai ser o próximo. Tomara que ele entenda tudo, assim como você.

****

Os dias passaram. Yoongi manteve o contato constante tanto com Luciana, apesar de ser algo truncado pelos tradutores online, quanto com PD Lee noona, que o mantiveram a par do que andava ocorrendo com Thaisi.

Até mesmo a psiquiatra, Doutora Son, o enviou um relatório da consulta de Thaisi.

Ela estava mesmo em um processo depressivo, agora medicada. Segundo a médica, o que havia desencadeado o quadro provavelmente fora a perda da rede de apoio de Thaisi. Ela de repente se vira sozinha em uma situação difícil e não soube lidar com tudo. A médica recomendava no relatório que, além da medicação, ela também fizesse terapia. Ele providenciaria isso quando voltasse a Coréia.

O periodo no Japão foi de tanta atividade, que passou muito depressa, e de repente eles já estavam retornando para casa.

-- Nossa, eu to morrendo de fome! -- Jungkook disse alisando a própria barriga, logo após descer de um dos carros que os deixara em casa.

-- Você está sempre morrendo de fome. -- Jimin o empurrou rindo.

-- Ai, mas não é só ele. Também comeria um boi nesse momento. -- Jin fez um muxoxo.

Vindos dos outros carros, Taehyung e Hoseok falavam algo parecido:

-- A gente devia ter parado pra comprar uma pizza. To cheio de fome! -- Taehyung reclamou.

-- Vamos pedir quando entrarmos em casa. Acho que dá tempo até de tomar banho antes dela chegar. -- Hoseok deu a idéia enquanto todos se encontravam em frente ao elevador que, saindo da garagem, os levaria para sua casa.

-- Tá todo mundo com fome? -- Namjoon perguntou quando todos já estavam no elevador.

Muitas cabeças confirmaram assim como vários sins foram ouvidos.

-- Tô com tanta fome que até estou sentindo cheiro de comida. -- Jin disse, farejando o ar.

-- Então tô igual você, porque também estou sentindo -- Taehyung concordou.

-- Também estou sentindo. Deve ser o vizinho. -- Namjoon observou quando o elevador chegava no seu destino.

Todos desceram e Jungkook disse:

-- Joonie hyung, acho que o vizinho deve ter cozinhado aqui em casa, porque o cheiro tá mais forte aqui dentro. -- JK fez graça, mas logo depois fez uma careta quando sentiu o estômago roncar.

Todos deixaram as malas no vestíbulo e foram correndo até a cozinha. O pensamento geral era de que PDnim havia mandado entregar comida.

Hoseok, que havia chegado primeiro a cozinha,  ficou parado surpreso. Os outros que foram chegando não entenderam porque estavam parados na porta sem entrar e começou um empurra-empurra, até que todos acabaram dentro da cozinha, olhando enfim para uma cena que não estavam realmente esperando:

Do lado da mesa cheia de comida Thaisi sorria:

-- Olá! Meu nome é Thais. E eu quero agradecer vocês por terem me recebido na sua casa. Essa comida é pra vocês!

A maioria dos meninos olhava surpreso e sorria encabulado para ela, desviando o olhar.

Ela olhou para cada um deles e o único que lhe sustentou o olhar e lhe abriu um enorme sorriso foi Yoongi.

Thaisi estava de volta!

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