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Corrida de mão única

O sol já havia nascido a muito, porém Yoongi ainda não havia conseguido dormir. Tinha ficado velando o sono de Thaisi, esperando que a qualquer momento ela pudesse acordar e lhe dar alguma resposta, afinal agora ele tinha certeza que ela havia dormido, ou pelo menos ficado no quarto sem contato com ninguém, desde o dia anterior, quando Sejin hyung havia batido no quarto para pedir o passaporte e ela havia informado que já havia providenciado a própria passagem. Ele havia dito que isso tinha acontecido umas sete horas da noite anterior? Verificando o relógio do celular, atualizado no fuso brasileiro, Yoongi constatou que isso fazia mais de doze horas. E fazia mais tempo ainda desde que ela havia comido algo, pois não havia pedido algum na conta do quarto.

Ele sentiu certo calafrio de reconhecimento percorrendo a espinha.

Levantando da poltrona onde estava sentado foi sacudir o ombro de Thaisi para acorda-la, pois não aguentava mais espera-la acordar espontaneamente, isso se ela acordasse.

-- Thaisi? Thaisi? Acorda!

Ela fez um muxoxo com os lábios antes mesmo de abrir os olhos, mas ao fazê-lo seus olhos se focaram brevemente sobre os de Yoongi, desviando-se logo em seguida, enquanto seu corpo parecia afundar ainda mais na cama macia do hotel, afastando-se da mão dele que ainda permanecia em seu ombro. Essa reação, claramente de rejeição por parte dela ao vê-lo, o fez enfiar as mãos dentro dos bolsos das calças.

-- Você precisa levantar. São quase onze da manhã já. Vai perder o café da manhã e ontem você não comeu nada.

Ela se remexeu na cama ao ouvir isso e finalmente se sentou. Ele esperava que ela concordasse e que pudessem pedir o café no quarto, mas o que escutou foi:

-- Por que você acha que eu não comi nada ontem? -- Olhando para o chão e esfregando os olhos sonolentos, Thais não fez a pergunta em tom de confronto ou mesmo de curiosidade. Sua inflexão parecia com a das pessoas que eram forçadas a socializar em elevadores e optavam por falar do tempo: sem emoção alguma.

E mesmo sem emoção, a pergunta ficou pairando entre os dois, clamando por uma resposta. Apesar disso, levou um bom tempo para que ele respondesse:

-- Porque não existe cobrança na conta do quarto e porque não houve entrega de nenhum tipo de comida aqui ontem. E a chave do quarto não foi entregue a recepção em nenhum momento.

Ela ficou um bom tempo olhando para as mãos antes de retrucar a sentença de Yoongi, ele até tinha começado a achar que ela não diria mais nada e estava prestes a insistir no pedido do café da manhã, quando ouviu:

-- Eu fui até o restaurante do hotel, um pouco antes do Sejin vir até o quarto falar sobre a passagem aérea. Eu paguei a refeição com o meu dinheiro.

Era plausível que ela tivesse feito realmente aquilo, considerando que havia comprado com seu dinheiro também a passagem para a Coréia. Era plausível, mesmo assim Yoongi sentia que ela estava mentindo. Entretanto ele preferiu ignorar aquela desconfiança:

-- Mesmo assim faz muito tempo que você comeu pela última vez. Eu vou pedir o café da manhã. -- Disse ele, pegando o telefone e fazendo o pedido ao serviço de quarto.

Thaisi voltou a se deitar, agora virando-se de costas para onde Yoongi solicitava o serviço de quarto. Ele preferia quando ela estava brava ou brigando. Aquela apatia era muito enervante e ele não sabia como se aproximar dela para saber o porquê dela ter decidido de repente ir para a Coréia, ou como ela tinha comprado a passagem no mesmo vôo que eles. Decidiu perguntar mesmo assim. Dando a volta na cama se sentou em frente a ela:

-- Sejin hyung me contou que você comprou sua passagem para a Coréia. Como você fez isso?

-- Pelo computador. -- A resposta óbvia dela não respondeu o que ele queria saber e isso fez Yoongi apertar os lábios irritado.

-- Não é isso. Como você soube qual vôo pra Coréia comprar? -- Ele tentou novamente.

-- Antes de dormir ontem, eu ouvi quando ele te contou na porta do quarto sobre o vôo. Comprei o que aparecia no primeiro horário. Acabou sendo o vôo certo. -- A voz dela estava baixa e sem emoção enquanto ela explicava e seus olhos focavam algum ponto atrás de Yoongi. De novo ele sentiu aquela sensação péssima, de que algo estava muito errado com ela, coçando seu cérebro.

-- Eu poderia ter comprado a passagem pra você e...

-- Não. -- Ela disse balançando em negativa a cabeça de encontro ao travesseiro, ao mesmo tempo em que fechava os olhos. -- Você já está me apoiando bastante. A passagem eu podia comprar e eu precisava fazer isso também.

Yoongi então quis perguntar porque ela teve essa necessidade, porém um celular começou a tocar em algum lugar próximo a eles. Thaisi escorregou a mão para baixo do travesseiro e atendeu seu telefone.

-- Alô? -- Thaisi então ouviu o que a pessoa do outro lado dizia e começou a responder em português, se fechando de novo naquela língua inalcançável para ele. Porém, o tom apático da voz dela permanecia, o que o deixou ainda mais preocupado.

Como não entendia o que ela conversava, foi até o banheiro e se olhando no espelho percebeu o preço que a noite insone havia cobrado. Ele estava péssimo. E ver o estado da própria cara pareceu trazer consigo o sono e o cansaço. Lavou o rosto e saiu do banheiro.

Thaisi acabava de desligar o telefone quando ele voltou ao quarto.

-- Minha irmã vem aqui de novo hoje. Se despedir. -- Era a irmã assustadora no telefone então. Ele só assentiu. Estava bem cansado.

Naquele momento o serviço de quarto chegou com o café da manhã tardio. Foi a refeição com acompanhante mais silenciosa que Yoongi já participara. Thaisi beliscava a comida enquanto mirava um ponto fixo no tampo da mesa.

Algo tinha acontecido na noite anterior, quando Thaisi havia decidido ir para a Coréia, e ele não havia dado a devida atenção a isso.

-- Você está bem? -- O único indício de que ela havia ouvido a pergunta foi o leve balançar da cabeça em afirmação, pois os olhos dela continuaram baixos e ela não emitiu som. Para Yoongi foi impossível não comparar aquele momento, com a refeição feita naquele mesmo quarto a dois meses atrás. Era como se fossem pessoas diferentes, a Thaisi de antes e a de agora. E talvez fossem mesmo.

Queria apontar que era bem óbvio que ela não estava bem, mas temia que ela se fechasse ainda mais, além do receio do cansaço fazer com que disesse coisas que não deveria.

Thaisi, depois de comer um pouco, bem pouco, se levantou da mesa e voltou a se deitar. Yoongi a seguiu, se deitando também e fechando os olhos, o sono realmente estava o vencendo.

-- Hoje você não vai sair? -- Era a primeira vez no dia em que ela tomava a iniciativa de iniciar uma conversa. Apesar da pergunta ter parecido como se ela não quisesse que ele ficasse ali, de certa maneira aquilo o animou.

Abrindo os olhos e encarando Thaisi, que desviou o olhar, respondeu:

-- Hoje só vou sair a noite. Vou aproveitar o dia pra dormir, porque estou muito cansado. Tudo bem?

Ela olhou rapidamente pra ele respondendo:

-- Ok. -- Logo em seguida ela virou de costas para ele, se encolhendo em forma fetal.

O ânimo que ele começava a sentir se desvaneceu e ele deu um longo suspiro. Decidiu que iria dormir e depois tentaria conversar com ela novamente.

****

Yoongi acordou com o barulho do próprio celular tocando. Que horas seriam? Quanto tempo será que havia dormido? Ele não sabia, mas o corpo lhe dizia que havia sido insuficiente.

Era Sejin hyung no telefone.

-- Onde você está? -- Yoongi esfregou o rosto antes de responder.

-- Estou no hotel.

-- Ah, hoje você não saiu? -- A pergunta de resposta óbvia divertiu um pouco Yoongi.

-- Olha, aparentemente eu não saí hoje hyung, mas deixa só eu confirmar aqui.

-- Pare de rir de mim! -- Disse Sejin rindo.-- É que achei que hoje você daria mais uma volta pela cidade.

-- Estava muito cansado, resolvi dormir. Mas a noite devo ir de novo no festival. Aliás, que horas são? -- Yoongi perguntou ao mesmo tempo que afastava o telefone do ouvido e verificava a tela. Eram quase seis horas da tarde.

-- ... dezoito horas. -- Ele escutou parte da resposta de Sejin hyung a sua pergunta. -- Acabei de chegar no hotel e finalmente foi tudo resolvido com a produtora daqui. Agora eu só quero comer, deitar e dormir até amanhã, quando voltamos finalmente pra Coréia!

Nesse momento, o telefone do quarto começou a tocar.

-- Hyung, o telefone do quarto está tocando, daqui a pouco te ligo de volta.

-- Ah, ok! Até mais! -- Sejin desligou o telefone do outro lado da linha e Yoongi foi atender o telefone que tocava, porém Thaisi, que também já estava acordada, foi mais rápida e atendeu o telefone.

-- Alô? Ah sim, pode mandar subir. -- Ela conversou com a pessoa do outro lado da linha antes de desligar. -- Minha irmã chegou e eu pedi pra deixarem-na subir. Tudo bem?

-- Claro, tudo bem. -- Yoongi coçou o pescoço meio sem jeito. Talvez fosse melhor ir para o quarto de Sejin hyung enquanto a irmã dela estivesse ali, era o que ele pensava quando ela interrompeu seus pensamentos:

-- Eu vou tomar um banho rápido. Você pode atender minha irmã quando ela chegar?

A primeira reação dele foi responder um não bem redondo, mas olhando pra cara de Thaisi ele não conseguiu recusar. Ela estava péssima, nem parecia que tinha dormido tanto.

-- Tudo bem.

-- Obrigada e desculpa.

Thaisi abriu rapidamente a própria mala e pegou roupas de dentro e foi para o banheiro deixando Yoongi sozinho no quarto com dor de barriga de nervoso. Talvez ele não devesse ter dito que estava tudo bem recepcionar a irmã de Thaisi. Eles nem falavam a mesma língua! Decidindo se devia ou não bater na porta do banheiro e dizer que não podia fazer aquilo, houve uma batida na porta do quarto. Era tarde demais!

Yoongi então se dirigiu a porta, a abriu e do outro lado estava não só a irmã de Thaisi, mas toda uma família, formada por pai, mãe e três filhas. Ele os cumprimentou com uma reverência e deu passagem para todos entrarem no quarto. A irmã assustadora, que estava menos assustadora naquele dia, perguntou:

-- Thaisi?

Yoongi apontou para a porta do banheiro e ela, entregando a bebê para quem ele supunha ser o pai, se dirigiu para lá.

Ficaram ele, o homem que supunha ser marido da irmã e as crianças parados no meio do quarto. Será que eles entendiam inglês?

-- Você vai ser meu tio? -- Yoongi olhou pra uma das meninas que, de repente sem que ele percebesse, se aproximara e agora puxava sua calça e falava alguma coisa pra ele.

-- Luíza! Vem pra cá já! -- A criança obedeceu a algo que o pai falou bravo pra ela, saindo assim de perto de Yoongi. Os dois homens se olharam constrangidos.

-- Mas ele vai ser nosso tio, papai? -- Agora a criança mais velha também perguntava algo para o pai, e Yoongi começava a ficar ainda mais nervoso por não entender coisa alguma do que eles diziam apesar de saber ser sobre ele.

-- Eu não sei Júlia. Só sua tia pode responder essa pergunta. E vamos parar de conversar e esperar elas saírem do banheiro, porque acho que ele não entende nada do que a gente está falando e isso é falta de educação. -- O pai respondeu pra ela.

-- Ele é coreano né papai? -- O homem balançou positivamente a cabeça pra mais uma pergunta que a criança fez a ele.

Yoongi começou a olhar desesperadamente para a porta do banheiro. Quando afinal Thaisi sairia de lá?

Como evocada pelos pensamentos dele, ela saiu do banheiro junto com a irmã. Ele então se achegou perto dela e disse:

-- Eu vou para o quarto do Sejin hyung porque preciso conversar algo com ele e também pra deixar vocês mais a vontade. -- Ele se virou para a porta mas conseguiu ouvir dela:

-- Tudo bem. Eles não vão demorar.

Fazendo muitas reverências para a família dentro do quarto, ele finalmente saiu pela porta e fechando-a atrás de si deu um longo suspiro. Ufa!

Foi então até o quarto de Sejin e bateu a porta.

-- Quem é? -- Uma voz de dentro perguntou.

-- Sou eu Hyung!

A porta foi aberta por um Sejin sem camisa.

-- Oh Yoongi! Quer me falar alguma coisa? Eu estou indo tomar banho agora. -- Yoongi entrou no quarto e se sentou em uma das poltronas.

-- Não Hyung, só queria sair do meu quarto mesmo. A irmã de Thaisi está lá.

-- Aquela mulher assustadora? -- Yoongi riu, pois não tinha sido só ele que havia achado ela assustadora.

-- Sim, ela mesma. E ela trouxe toda a família junto: marido e três crianças.

-- Ommo... Vieram se despedir da sua moça? -- Sejin perguntou coçando a cabeça. Yoongi apreciou o "sua moça" antes de responder.

-- Imagino que sim. Ou então convencê-la a não ir embora... -- A segunda parte da resposta foi mais para si do que para Sejin hyung.

-- Bom, se eles conseguirem convencê-la a ficar talvez seja o melhor pra ela, afinal aqui é o país dela. Acho que seria bom pra você também se acontecesse. -- Não houve resposta por parte de Yoongi a essa observação de seu hyung.

-- Eu vou tomar banho. -- Foi a próxima sentença de Sejin quando percebeu que a conversa para Yoongi já havia se encerrado. Entrando no banheiro ele deixou Yoongi sozinho no quarto com seus pensamentos. Será que eles iriam demorar?

Levantando da poltrona foi até a porta do quarto e abrindo-a só um pouco ficou espreitando a porta, como havia feito da outra vez.

Um longo tempo se passou, mesmo Sejin hyung saiu do banho e ligou a televisão em um canal de esportes, até que Yoongi viu a família saindo do seu quarto, porém só o marido e as crianças. Passaram-se mais alguns bons minutos para que a irmã de Thaisi saísse do quarto também. E quando ela saiu, ela permaneceu um bom tempo parada em frente a porta, o rosto abaixado, lavado em lágrimas. Ela então levantou a cabeça e olhou para o lado esquerdo do corredor como se estivesse querendo ir embora também. Mas de repente sua cabeça se voltou bem para onde Yoongi estava e os olhos de ambos se encontraram. Ela então se dirigiu para a porta do quarto de Sejin hyung.

Yoongi pensou em fechar a porta e ignorar que ela o tinha visto, mas ela foi mais rápida que o seu pensamento e se colocou em frente a porta enquanto digitava algo rapidamente no celular. Virando-o finalmente para Yoongi ele escutou a voz metálica dizer em hangul:

-- Minha irmã não está bem. Por favor ajude.

Olhando para o rosto da irmã de Thaisi, Yoongi pensou que mesmo que ela não tivesse colocado aquelas frases no tradutor, só pela expressão do rosto dela ele teria a confirmação do que havia suspeitado aquele dia inteiro.

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