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Começar de novo

-- Você não vai pra casa hyung?

Yoongi, que estava concentrado na partitura, não respondeu Hoseok, que repetiu a pergunta ao entrar no estúdio.

-- Hyung? Você não vai pra casa?

Yoongi o olhou de rabo de olho antes de responder:

-- Preciso terminar isso aqui antes.

-- Mas hoje você vai pra casa? Por que já faz o quê? Três dias que você não vai pra casa? Aconteceu alguma coisa? -- Hobi fez essas perguntas no momento que recebia uma mensagem e pegava o celular.

-- Não aconteceu nada...

-- Não mesmo? Porque a Thaisi me perguntou ontem de você. -- Hobi disse ao mesmo tempo que digitava alguma coisa no celular.

-- Perguntou é?

-- Sim. -- Guardou o celular de volta no bolso. -- Vocês brigaram?

Um bico pensativo se formou.

-- Não foi exatamente uma briga...

A interrupção da maknae line impediu que ele explicasse o resto.

-- Briga? Quem brigou com quem? -- Taehyung perguntou logo ao entrar e só ter ouvido aquela última palavra da conversa.

A reposta foi somente um apertar de lábios e um olhar de reprovação.

-- A gente vai comer jajangmyeon e o Jin hyung foi chamar o Namjoon hyung. Você vem com a gente Suga hyung? -- JK parecia como sempre ansioso, mudando o peso de um pé para o outro. Mas afinal, estava falando sobre comida.

-- Eu... -- Yoongi foi interrompido de novo pela chegada de Jin e RM.

-- Todo mundo pronto? -- Você também vai Yoongi?

-- Não, preciso terminar isso aqui. -- Conseguiu enfim falar.

-- Você não vai pra casa de novo? Aconteceu alguma coisa... -- Jimin reclamou enquanto era sacudido pelos ombros por Tae, que parou subitamente e disse:

-- Ah! Era essa a briga que você e o Hobi hyung estavam falando. Você e Thaisi brigaram. Foi isso?

Quando resolvia usa-la, a perspicácia de Taehyung era as vezes bem irritante.

-- Vocês brigaram? O que você fez pra ela? -- Jimin perguntou e todos ficaram olhando pra ele.

-- Eu não fiz nada. E nós não brigamos. Não realmente. -- Yoongi assumiu um tom sombrio, pois sua vontade era colocar todos eles pra fora do estúdio.

-- Mas aconteceu alguma coisa... -- Namjoon continuou especulando.

Suspirando, ele concordou.

-- O quê? -- Foi a vez de Jin perguntar.

-- Eu pedi a Thaisi em casamento e ela meio que recusou.

-- Como assim meio? -- Hobi parecia confuso. -- Como você fez esse pedido?

-- Você foi pouco romântico hyung? -- Jimin já parecia recrimina-lo.

-- Não foi esse o problema. -- Riu, porque realmente tinha tentado ser romântico.

-- E qual foi o problema então? -- Tae parecia bem curioso.

-- Se vocês me deixarem falar eu conto tudo. Posso?

Seis cabeças balançaram-se afirmativamente.

-- Bom, o visto da Thaisi está expirando, então me pareceu uma boa hora pra dar o anel que tinha comprado pra ela e pedi-la em casamento. -- Um pequeno oh veio da audiência. -- Mas ela não achou isso. Me disse que não é um motivo válido pra se casar. -- Completou.

-- Talvez ela não ache que você a ama... -- Namjoon palpitou de novo, tentando entender.

-- Aí é que está! Antes de fazer o pedido eu disse que a amava, então ela não deveria achar que só pedi por causa do visto. Tá certo, isso me fez antecipar algo que já queria fazer, mas não é o principal motivo. Foi tudo muito confuso...

-- Sei bem... -- Um Hobi reflexivo, olhava um ponto fixo no chão.

-- Hyung, será... que... ela... não te ama? -- Jungkook foi falando e sua voz sumindo.

Sorriu para o mais novo que parecia amendrontado com o que tinha pensado.

-- Não acho que seja isso Kookie. Eu ouvi ela dizendo que me ama para duas pessoas diferentes.

-- Para quem? -- Foi Jin quem perguntou dessa vez.

-- Pra mãe dela...

-- Ela estava conversando com a mãe dela em coreano? -- Tae parecia impressionado.

-- Não, mas quais as principais palavras que aprendemos em português para os shows no Brasil?

-- Obrigado? -- Taehyung recebeu vários tapas na cabeça, após dizer a palavra em um português com forte sotaque.

-- Claro que não! É "Eu te amo". -- Jungkook foi quem disse em um português orgulhoso. -- Certo hyung?

-- Isso mesmo. Eu ouvi ela falando ao telefone com a mãe: Eu amo Yoongi. -- E ele se lembrou como tinha ficado feliz ao entender os sentidos das palavras na outra língua, mas naquele mesmo dia teve que ajudar Hobi e o momento de falar com Thaisi sobre isso havia passado. -- E depois eu ouvi ela falando em coreano a mesma coisa para a PD Lee. Mas diretamente pra mim, ela não disse.

-- E se ela não te disse por que quer voltar para o Brasil? -- Foi a pergunta de Namjoon.

O aperto no peito fez-se sentir, pois fazia sentido o que o amigo tinha falado.

-- Eu não vou poder fazer nada... Mas não acho que seja isso. -- Ele não queria que fosse.

-- E agora você vai ficar dormindo aqui na Big Hit? Não vai tentar falar com ela de novo, nem perguntar nada? -- Foram as questões de Jin.

-- Só estou dando um tempo pra ela pensar, hyung.

-- Até quando? -- Jin voltou a indagar.

O silêncio foi a resposta, porque Yoongi não sabia até quando.

-- Vem comer jajangmyeon com a gente e depois você volta pra cá, hyung. -- Foi Hobi quem quebrou o silêncio incomodo. Ele sabia por experiência própria que um momento que deveria ser incrível poderia, de repente, se transformar terrivelmente.

Yoongi concordou com a sugestão do amigo e começou a arrumar as coisas, os outros já querendo incluir um possível bulgogi na saída.

Seu celular se ascendeu em cima da mesa, antes de guarda-lo na mochila. Duas mensagens.

-- Pessoal, fica pra outro dia a saída. To indo pra casa. -- Ele pegou a mochila, logo após ler as mensagens e dizer aquilo. Thaisi queria falar com ele.

****

Idiota, imbecil. Era o que pensava sobre si mesma ao dar uma volta a pé pelas imediações da casa, fora do condomínio. Por que tinha que ter reagido daquela forma exagerada ao pedido? Agora faziam dias que Yoon não voltava pra casa e como, do nada, pedir pra ele voltar se não tinha como aceitar o pedido? O pior também é não ter ninguém pra conversar sobre aquilo que estava sentindo. Se fosse falar com as unnies, a irmã ou a mãe era certo que a chamariam de doida. Sem coragem de dizer pro psicólogo também e ele ficar com aquelas perguntas de como estava se sentindo. ELA NÃO SABIA! Só sabia que sentia raiva de si mesma. Como conseguia ser tão complicada?

Thais pensava essas milhares de coisas, quando passou por ela uma senhorinha, carregando com dificuldade um carrinho de mão com papelão para reciclagem. A pilha era tão grande que parte da carga escorregou, indo ao chão, e ela parou seu trajeto aleatório para ajudar a mulher já idosa.

-- Eu aqui pensando nos meus "problemas", quando tem gente com assuntos sérios assim... -- Resmungou pra si em português mesmo. Mas o interessante é que a velhinha pareceu entende-la, fazendo um gesto para acompanha-la... Mas como?

-- A senhora fala português. -- Foi a pergunta.

Mas a mulher começou a falar um coreano incompreensível, mesmo para Thaisi que achava estar muito melhor depois daqueles meses morando e falando praticamente só em hangul. E a mais velha continuou falando até o fim do trajeto, que foi em uma igreja Batista. Elas entraram no pátio da igreja e uma moça, aparentando ter a mesma idade de Thais, conversava com outros idosos.

-- Dona Ma! A senhora trouxe muita coisa hoje! -- Foi o que a moça disse a mulher que Thais acompanhava, e elas começaram a conversar, mas Thais só entendia as poucas coisas que a mulher mais nova dizia.

-- Sr. Kang, pode ajudar a sra. Ma a levar o carrinho lá para os fundos e dar o pagamento a ela, por favor? -- A moça pediu a um homem parado perto de um portão de metal nos fundos do pátio, que logo veio ajudar a idosa.

-- Obrigada por tê-la ajudado. -- Thais, que acompanhava a sra. Ma se afastar com os olhos, levou um susto quando a mulher mais jovem se dirigiu a ela, em inglês.

-- Ãh? Aaaaahhh, por nada. -- Conseguiu pensar o que responder em inglês.

-- A sra. Ma me dizia que você é muito bondosa.

-- Sério? Eu não consegui entender nada do que ela falou...

-- Você fala hangul?

-- Eu achava que sim... Até agora. -- foi sua resposta, em coreano.

A moça começou a rir e entre os risos disse, também em coreano:

-- Acho que foi por conta do sotaque. A sra. Ma é de uma das ilhazinhas no Sul do país, por isso tem um sotaque diferente de Seoul. É mais ou menos o que expliquei para o meu marido sobre o sul e norte do Brasil, quando ele quis aprender português...

-- Você fala português? -- O espanto foi de ambas naquele momento, após Thais ouvir a moça falar sobre o Brasil e a moça ao ouvi-la falando em português.

-- Sim! Eu nasci lá! Achei que você fosse norte-americana ou de algum país da África. Não é todo dia que encontro com brasileiros por aqui! Meu nome é Sônia e o seu? -- Ela estendeu a mão para Thais que a apertou.

-- O meu é Thais. Mas que coincidência doida...

-- Pois é... Quer conversar? Já faz um bom tempo que não falo em português...

Porque não, pensou Thais. Talvez fosse bom pra desanuviar a cabeça. Então assentiu a outra que a guiou a uma pequena porta que deu em uma cozinha com fogão industrial. Sentaram-se a uma mesa.

-- Como eu disse, eu sou Sônia, brasileira, de pais coreanos, casada com um pastor, coreano também. -- Falou a moça simpática, com um sorriso muito amplo que destacava suas bochechas brilhantes e diminuía seus olhos.

-- Eu sou Thais. Uma brasileira enrolada na Coréia. -- Foi sua resposta, enquanto acariciava, inconscientemente, a barriga.

-- Sério? -- Sônia parecia curiosa e Thais só confirmou com a cabeça. -- E pra quando é o bebê?

-- Começo do próximo ano. -- Respondeu, percebendo que Sônia era observadora.

-- Eu tenho duas crianças. Um menino e uma menina, de 9 e 7 anos. Estão na escola agora.

-- Legal... -- Talvez fosse hora de se levantar e ir...

-- Quer conversar sobre a gravidez? -- A pergunta da outra interrompeu o fluxo de pensamento de Thais. -- Desculpa estar me intromentendo, mas é que sei como é estar grávida, e ter filhos pode não ser aquele mar de rosas que muitas vezes pintam. -- Ela continuou, com uma expressão reflexiva. -- Eu mesma, tive depressão pós parto nas duas gravidezes.

Thais queria saber o porquê dela estar abrindo tudo aquilo a uma total desconhecida.

-- A sensação de se estar sozinha e de só os bebês serem importantes foi um grande peso... Dou graças a Deus pela minha rede de apoio. Você tem uma?

Ah, mas que ódio! Ela estava ficando emotiva com o relato de Sônia. Seus olhos se encheram de água e ela tentou conte-las, mas em vão.

-- Desculpe.

-- Não. Tudo bem. Pelo visto, eu estava certa em achar que você está passando por um momento difícil?

Thais só concordou, sem palavras.

-- Quer conversar? Talvez falar com um completo desconhecido ajude...

Thais queria falar, então, pegando o fôlego em meio as lágrimas, ela contou tudo o que tinha acontecido nos últimos meses, omitindo somente a parte de que o pai da sua filha era um dos BTS.

-- As vezes, acho que tudo que aconteceu foi algum tipo de castigo de Deus... -- Ela finalizou seu relato, só então tendo coragem de olhar para a outra.

-- Não, pelo que você contou, isso não me parece um castigo de Deus. É provável que você esteja olhando pelo ponto de vista errado. -- Foi a resposta de Sônia, sem julgamentos, que surpreendeu Thais. -- Acho que a culpa está fazendo você só olhar o lado negativo de toda a situação. E eu te entendo. Quando se está dentro de uma igreja, quase sempre fala-se mais sobre culpa e pecado. A graça de Deus é muitas vezes esquecida.

Mais surpresas.

-- Pelo que você contou até agora, tudo está se resolvendo e o pai da sua criança te ama e quer casar com você. Confesso que achei que você me contaria uma história totalmente ao contrário.

-- Agora estou me sentindo culpada por ser ingrata...

-- Perdão! Não foi a minha intenção...

-- Tudo bem. Você está certa, na verdade. -- Thais suspirou, antes de continuar. -- É algo difícil de explicar... Eu sinto medo.

-- Medo? Mas do quê? Dele desistir de você?

-- Não é isso. Acho que se ele desistisse de mim eu até entenderia. Ficaria com muita raiva, mas entenderia. O que eu sinto mesmo é medo de arruinar com a vida dele só pelo fato de gostar de mim, da minha pessoa. -- E de arruinar com a vida das pessoas próximas a ele também, ela completou mentalmente.

-- Os familiares dele não gostaram de você?

-- Gostaram.

-- Então foram os amigos que não gostaram?

-- Não. Eles viraram meus amigos também.

-- Então não entendi... Você tem medo de pessoas de fora, tipo vizinhos e desconhecidos não gostarem de ver vocês juntos? É isso?

-- Sim. -- Era mais ou menos aquilo, afinal ela não podia abrir toda a história.

-- As pessoas realmente são bem intrometidas na Coréia. Mas em Seul tem se tido certa tolerância com casais interraciais. Ao menos que o seu namorado seja um dos BTS, acho que não vai ser um grande problema isso! -- Sônia finalizou, rindo da própria piada. Thais acompanhou sua risada, mas fingindo. Como a outra poderia saber não é mesmo?

-- Eu acho aliás, que nem eles deveriam ser vigiados desse modo. Deveriam gostar de quem eles quisessem. E o mesmo digo pra você. Pra mim o errado é você não ficar com a pessoa que você ama e que te ama também por conta dos outros, que não tem nada a ver com isso.

-- Você tem razão, mas...

-- Talvez seja o caso de você abrir mão de controlar tudo na sua vida. Tem muitas coisas na vida que são impossíveis de controlar. E você já percebeu isso. -- E foi aquilo que Sônia disse por último que pegou Thais em cheio. Ela voltou a chorar.

-- Desculpa de novo! Eu sou uma linguaruda!

-- Não, não. Você está certa de novo. -- Disse, limpando as lágrimas. -- Era algo que já tinha pensado, mas ouvir assim é um pouco difícil... Pensei agora que estou magoando alguém que amo, porque sinto medo de perder o pouco controle que ainda tenho sobre a minha vida. Eu vou conversar com ele sobre isso.

-- Isso! Pelo que me falou, ele parece ser um cara legal e compreensivo, o que, preciso dizer, não são coisas fáceis de se achar em homens coreanos normalmente.

Thais riu da franqueza dela.

-- Obrigada Sônia.

-- Que é isso! Eu fico feliz de ajudar, nem que seja só um pouco, afinal muitas vezes eu falo mais do que ouço, isso é um dos meus muitos defeitos. -- A nova amiga franziu o rosto, se autorecriminando.

Naquele momento, alguns adolescentes entraram na cozinha:

-- Vocês já estão aqui? -- Sônia perguntou confusa.

-- Faltam dez minutos pras 18h. -- Um deles respondeu.

-- Ai meu Deus, estou atrasada! -- Sônia falou, se levantando de repente.

-- Eu também preciso ir. -- Thais também se levantou da mesa.

Sônia de repente se aquietou e segurando as mãos dela disse:

-- Espero ter ajudado, de verdade.

-- Você me ajudou bastante sim. Obrigada.

-- Se precisar conversar, falar em português um pouco, as vezes eu preciso, é só me procurar aqui. Eu estou sempre aqui.

-- Pode deixar. Eu vou dar um jeito de vir em algum culto.

-- Venha sim! Vou esperar. Agora tenho que ir buscar as crianças na escola! -- Ela se agitou novamente.

-- Vamos sair juntas.

Sônia se despediu dos meninos, que pareciam estar começando algum tipo de trabalho culinário na cozinha, e as duas saíram da igreja, se despedindo novamente, cada uma indo para um lado diferente.

A noite já caia rapidamente, por isso Thais fechou o casaco e se apressou para casa.

Chegando bem, ela não conseguia parar de pensar na conversa que havia tido com aquela mulher tão doce. Parecia, de certa maneira, a resposta que havia procurado nas orações a muito deixadas para trás. Suspirou.

Precisava falar com Yoongi, independente se ele estivesse com raiva dela naquele momento.

Mandou duas mensagens, uma se desculpando e outra pedindo para conversar, torcendo para não ser ignorada.

****

Yoongi entrou na casa silenciosa e levou um susto ao ver Thaisi sentada em uma cadeira, no escuro, perto da entrada.

-- Que susto! O que você está fazendo sentada aqui no escuro?

-- Estava te esperando. -- Ela disse séria, olhando pra ele.

Aquilo parecia que ia acabar mal de novo. Engoliu em seco.

Ela levantou e se aproximou dele.

-- Você disse que queria falar comigo. E era importante.

-- Sim. -- Ela suspirou. -- É que não sei bem por onde começar...

-- Seja direta. Eu acho melhor. -- Yoongi disse, queria acabar com aquela expectativa logo.

-- Perdão. -- Foi a única coisa que ela disse.

-- Pelo o quê? Pela nossa briga ou por não poder aceitar meu pedido? -- Agora quem estava muito sério era ele.

-- Pela briga. Apesar de que só eu briguei com você e agi feito doida.

Ele sentiu certo alívio. Será que era o que estava pensando? Yoongi se aproximou mais dela.

-- Então você vai aceitar?

-- Não é exatamente isso também. -- Thaisi agora estava com a cabeça baixa e começara a roer a unha do dedão direito.

-- Então o quê, Thaisi? -- Ele tirou a mão dela da boca e levantou seu queixo para ela encara-lo. -- Você quer ir embora?

-- Eu não quero ir embora... Mas eu também não acho que meu visto expirando seja um motivo válido para um casamento.

-- Mas porque você fica dissociando uma coisa da outra? Se eu quero que você fique é porque eu te amo. Não parece óbvio?

-- Você não devia falar essas coisas assim... -- Thaisi tinha ficado constrangida.

-- Por que não, se é a verdade? -- Yoongi então a abraçou, sendo retribuído. -- E pra você ficar eu não estou conseguindo ver outra alternativa, a não ser o casamento. Além disso, você está grávida. Não seria o certo, o lógico a fazer?

-- Eu tenho medo. -- Foram as palavras ditas de encontro ao seu peito.

-- Medo? Do quê? -- Ela demorou a responder, então ele repetiu encostando o rosto no topo da cabeça dela. -- Você tem medo do quê Thaisi?

O suspiro veio forte antes da resposta:

-- De aceitar tudo isso e acabar com a sua vida e a dos meninos. Sem falar na minha própria vida e na da bebê. Você nunca parou pra pensar sobre isso? -- A voz era baixa, mas ele sentia a apreensão dela no modo como ela segurava o seu casaco, que ele não havia tirado ao entrar em casa.

-- Eu vou mentir se disser que nunca pensei que algo assim pudesse acontecer. Cair nos charts, perder fãs, ser incomodado constantemente pela imprensa e perseguidores... Mas sabe de uma coisa? Eu sei que isso pode acontecer com qualquer decisão que um de nós tenha ou o grupo BTS tenha. Por enquanto estão gostando de tudo que a gente faz, mas eu sei que não vai durar pra sempre. Eu me recuso a deixar de viver por medo disso. E tenho certeza que os caras pensam o mesmo.

-- Se fosse tão fácil assim...

-- Mesmo que não seja fácil, a gente tem que tentar. Ligar um grande foda-se pro resto, entende?

Não houve resposta. Yoongi segurou os ombros de Thaisi e separou seus corpos, abaixando-se para ficar na altura dos olhos dela.

-- Eu te amo Thaisi e eu quero tentar.

-- Você realmente não devia falar essas coisas... -- Ela desviou o olhar do dele.

-- Por que não? É a verdade. Eu te amo e sei que você me ama também.

-- Ai é, é? -- Ela enfim olhou pra ele. Yoongi se endireitou dando seu sorriso de lado.

-- Sim. E eu sei disso porque, primeiro, você está com medo de me prejudicar, e segundo, eu ouvi você falando isso pra sua mãe e a PD Lee.

-- Você anda ouvindo as minhas conversas então? -- Ela fingiu indignação.

-- Foi sem querer, porém eu ouvi.

-- E até entendeu português pelo visto. -- Agora era ela que estava rindo.

-- Eu ouvi meu nome, então era do meu interesse. -- Ele estreitou os olhos. -- Só não entendo porque você fala para os outros e não fala pra mim...

A tensão pareceu voltar no semblante dela, que olhou para o outro lado, cruzando os braços.

-- Thaisi. -- Ele acariciou o rosto dela com a mão, voltando o rosto dela pra ele, mas seus olhos permaneceram distantes. -- É outro medo?

Ela fechou os olhos e só confirmou com a cabeça.

-- Mas do quê?

-- De depois de dizer, você ir embora porque percebeu que não gostava tanto assim de mim...

-- Mas como assim? -- Ele estava confuso agora. -- Isso já aconteceu?

-- Sim. Mais de uma vez inclusive.

Yoongi sentiu um misto de indignação e alívio. Indignação por terem feito isso com uma pessoa tão incrível como Thaisi e alívio por terem feito e por isso ela estar ali com ele e não em qualquer outro lugar com essas pessoas que ele nem sabia quem eram.

-- Que babacas! Sorte a minha.

Thaisi abriu os olhos ao mesmo tempo que abria um sorriso.

-- Eu não vou a lugar algum. Ainda mais agora que eu tenho certeza absoluta que você me ama.

Ele disse isso se aproximando e ao finalizar plantou um beijo nos lábios dela.

-- Eu senti tanto a sua falta.

-- Sério?

-- Sim. Mas eu não sabia como pedir pra você voltar, depois de ter recusado a proposta de casamento.

-- Se você tivesse pedido eu tinha voltado de qualquer jeito.

Dessa vez ela o beijou, puxando-o pelo pescoço, enquanto ele apertava sua cintura.

E o que começara com um beijo intenso, urgente, de repente se tornou lânguido. Era como se houvessem se dado conta que teriam tempo, mesmo que nada tivessem decidido, os problemas não estivessem todos resolvidos e a proposta de casamento suspensa por enquanto.

No quarto, a exploração lenta continuou. As roupas foram tiradas lentamente. Cada centímetro de pele foi explorado por mãos e bocas. Até que nus e protegidos eles sentaram-se de frente um para o outro na cama. Yoongi se encaixou entre as pernas de Thais e ela, por sua vez, sentou em seu colo, se permitindo ser penetrada. Os movimentos de ambos, em conjunto, foram se intensificando em meio as gemidos de prazer. Quando a tensão se tornou muito grande, Yoongi impulsionou os corpo de ambos contra os travesseiros, aumentando o ritmo da dança.

-- Saranghe Thaisi, saranghe Thaisi, saranghe Thaisi... -- Ele dizia a cada novo impulso, sincronizado com os gemidos dela, que agora o apertava com as pernas entrelaçadas em volta de seu quadril e os braços em seus ombros.

Quando sentiu que explodiria, Thais beijou Yoongi, depositando seu último gemido gutural dentro dos lábios dele. Ele chegou ao clímax logo em seguida, estremecendo todo seu corpo e se largando finalmente nos braços dela.

-- Eu te amo. -- Thais disse em português baixinho no ouvido de Yoongi, após recuperar o fôlego.

Ele se ergueu um pouco, olhando pra ela com um ponto de interrogação no olhar.

-- Eu amo você, Yoongi. -- Ela repetiu novamente em português, agora olhando pra ele, com um sorriso. E ele pareceu enfim entender, pois abriu um sorriso lânguido enquanto fechava os olhos e a abraçava novamente.

Thais acariciou as costas macias dele ao afirmar novamente, agora em coreano:

-- 민 윤기, 사랑해.*

****

Bateram na porta do quarto novamente naquela manhã.

-- Hyung, temos só meia hora pra ir pra Big Hit. Não vai jiminar hoje. -- Era Jimin que avisava, e Thais pode ouvir a risada dele antes de se afastar do outro lado da porta.

-- Yoon? -- Ela tentou olhar por cima do ombro pra ele que a abraçava como se ela fosse um travesseiro.

-- Hum... -- Foi a resposta dele de encontro aos cabelos dela.

-- Yoon, você está ficando atrasado.

-- Huuuummmm... -- Ele só resmungou novamente.

Ela se virou de frente, mas sem sair dos seus braços.

-- Você não quer ir?

Ele franziu todo o rosto e só balançou a cabeça em um não.

-- Você pode faltar?

O rosto dele se franziu ainda mais em uma careta quase de choro e, de olhos fechados, balançou novamente a cabeça em um não.

-- O comeback está próximo ne?

Ele balançou a cabeça em um sim, finalmente abrindo os olhos e a fitando.

-- Então você precisa ir. Vou levantar também pra te dar um incentivo. -- Ela disse tentando se afastar dos braços dele.

-- Eu não quero! -- Ele se agarrou mais firme nela.

-- Mas precisa. -- Thais retrucou rindo e abraçando ele de novo. -- A gente já tomou banho ontem, então é só se trocar. Vamos?

-- Huuuummm, só se você disser que me ama de novo. -- Ela ia começar a dizer, mas ele a interrompeu. -- Em três línguas diferentes.

-- Você é inacreditável...

-- Se brigarem por causa do meu atraso a culpa vai ser sua. -- O sorriso de dentes pequenos apareceu.

Ela cerrou os olhos pra ele, mas divertida.

-- 사랑해. Eu amo você. I love you, Min Yoongi. Satisfeito?

Ele então a beijou profundamente, largando-a logo em seguida e se levantando.

-- Agora estou satisfeito. -- Entrou no closet.

Thais se levantou também e foi atrás dele, vendo-o colocar o seu uniforme padrão: calça, camiseta e casaco pretos.

-- Uma pena...

-- O quê? -- Ele perguntou enquanto calçava o tênis.

-- Você só pediu pra eu falar em três línguas diferentes, quando tem mais uma que eu conheço... -- Thais olhava divertida pra um ponto no chão.

Yoongi veio até ela e segurando seu quadril perguntou:

-- Ai é, é? -- Ela confirmou com a cabeça e um bico. -- Qual?

-- Francês.

-- Ai, agora você precisa me falar porque sen...

Uma batida, que quase derrubou a porta do quarto e incomodou até o sempre imperturbável Snow ball, interrompeu a frase de Yoongi.

-- Hyung, a gente ta atrasado! Vamos! -- Era Namjoon.

-- Ele realmente não tem noção da própria força... -- Foi o dito com uma careta por Yoongi.

-- Acho melhor você ir. Vai ser muito ruim pra gente se ele conseguir derrubar a porta.

Ele suspirou, concordando. Foram enfim pra porta e ela se despediu:

-- Vai rápido e tenta voltar rápido também. Vou estar aqui esperando. -- Ele deu um selinho nela e abriu a porta logo em seguida.

-- Eu vou tentar, mas nem posso prometer, porque ainda tem muita coisa pra fazer. -- Disse com um gemido e uma careta.

-- Tudo bem. Eu também tenho bastante coisa pra fazer hoje.

-- Do livro? Achei que você tinha terminado...

-- Não é sobre livro. Já começou o período de votação para o MAMA e eu ainda não participei. -- Ela disse com uma expressão séria no olhar.

-- Verdade. E você vai votar na gente, no BTS? -- Ele perguntou divertido.

-- Huuuuummmm, não sei... Vou pensar.

Ele riu enfim, ainda mais divertido e se aproximou dela pra lhe dar um beijinho...

-- Suga! -- Um coral de vozes o interrompeu. -- Vamos!

Ele revirou os olhos para os meninos parados no fim do corredor que o chamavam. Thais colocou a cabeça pra fora da porta e viu todos os seis meninos olhando pra Yoongi, impacientes.

-- Bom dia meninos!

-- Bom dia noona! -- Eles sorriram pra ela. -- Vamos! -- Se voltaram de novo pra Yoongi.

Thais endireitou o corpo e olhou pra ele, que ainda estava fazendo uma careta para os meninos.

-- Vai! -- Disse pra ele e a careta foi dirigida pra ela também. Ele se afastou do quarto, arrastando os pés e indo em direção aos meninos. Ela viu o grupo desaparecer na direção da porta de entrada.

Thais foi até a cozinha e pegou um pouco de água. O que poderia comer de café da manhã? Será que tinha algum pãozinho ainda?

Estava nessas conjecturas quando tocaram a campainha. Quem podia ser? Ela se preocupou.

-- Quem é? -- Disse com cautela na porta.

Ela ouviu a senha da porta ser acionada do lado de fora. Logo em seguida a porta foi aberta, Yoongi sério do outro lado.

-- Aconteceu alguma coisa? Você esqueceu algo?

-- Me fala logo... -- Ele se aproximou dela.

-- O quê?

-- Eu te amo em francês.

A única coisa que ela fez foi rir.

-- É sério... Se eu demorar mais, os caras vão me matar... Thaisi...

Ela segurou o rosto dele entre as mãos, ainda rindo:

-- Je t'aime, Yoongi.

Um beijo foi a resposta pra ela.

-- Eu preciso ir agora.

-- Até. -- Ele deu mais um selinhos nos lábios dela e foi.

Ela voltou pra cozinha e começou a caçar o que comer, enquanto ainda ria do que acabara de acontecer. Encontrou um pacote de pão já no fim e pegou um leite de morango na geladeira. Precisava passar no mercado pra comprar mais pão...

A campainha tocou de novo. Ela não estava acreditando. Foi até lá e abriu a porta já dizendo:

-- Lembrou de mais alguma coisa que quer que eu dig... Seung Ra?

PD Lee estava parada do outro lado da porta.

-- Bom dia Thaissi! -- Ela fez uma pequena reverência -- Desculpa estar aqui tão cedo.

-- Nenhum problema. Vamos entrar. -- Ela deu passagem pra amiga entrar. -- Mas o que te traz aqui?

-- Eu te mandei uma mensagem e tentei te ligar, mas não consegui.

-- Não coloquei meu celular pra carregar ontem.

-- Deve ser isso então. -- Ela estava muito séria. -- Eu vim por causa de trabalho. Bang PD quer falar com você.

*민 윤기, 사랑해. = Min Yoongi, eu te amo.
Boa noite!
Só digo que: EU CONSEGUI TERMINAR ENFIM ESSE CAPÍTULO!
Me perdoem se não estiver tão bom. Estou com bloqueio criativo, e demorei mais de um mês (quase dois) pra terminar de escrever ele.
Espero que gostem!

*PRÉVIA PRÓXIMO CAPÍTULO DE COFFEE*





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