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Antes que chegue a um fim

O celular tocou novamente, e levou um bom tempo até que Thais olhasse pra ele, mas quando olhou a atitude dela foi diferente dessa vez. Ela atendeu imediatamente.

-- Alô?

-- ONDE VOCÊ ESTÁ?????!!! -- A pessoa do outro lado da linha gritou tão alto que Thais afastou o telefone do ouvido e até mesmo Yoongi conseguiu escutar.

-- Não precisa gritar. -- Foi a resposta de Thais.

-- COMO EU NÃO VOU GRITAR? JÁ FAZ MAIS DE UMA HORA QUE VOCÊ DESAPARECEU! SABE QUANTAS VEZES O PAI E A MÃE JÁ ME LIGARAM? ONDE VOCÊ ESTÁ???

-- O pai e a mãe te ligaram? O que você falou pra eles? -- Depois de tanto gritar, Luciana ficou incrivelmente silenciosa do outro lado da linha. Thais suspirou. -- O que você falou pra eles Lu? -- Instintivamente ela prendeu a respiração, enquanto aguardava a resposta da irmã

-- Eles me pressionaram demais, então acabei confirmando que você estava grávida. Perdão irmã..

Thais fechou os olhos e soltou devagar o ar que havia prendido sem querer. Se ela tinha ainda alguma dúvida de que as ligações incessantes dos pais eram sobre a gravidez, agora a certeza disso a assolava.

-- Mas como o fofoqueiro do Paulo descobriu isso? Você contou pra alguém além de mim e da Lari?

Abrindo os olhos, a resposta de Thais foi quase um não, mas aí ela lembrou que tinha contado pras unnies e sem querer para o próprio Yoongi.

-- Sim.

-- Pra quem?

-- Para o pai da criança.

-- O cara da Coréia? Mas como? Ele entrou em contato com você?

-- Eu estou sentada do lado dele agora. -- Thais disse isso, olhando com o rabo do olho para Yoongi, que ouvia sem entender a conversa.

-- Ele veio da Coréia só pra te ver?

-- Não! Ele veio a trabalho.

-- Aaaaahhh... Mas isso não explica como o Paulo ficou sabendo. Depois você me fala do coreano.

-- Na verdade, explica sim como o Paulo ficou sabendo. Foi ele quem contou pro Paulo que eu estou grávida.

-- COMO ASSIM???!!! Ele fala português?

-- Ele não fala português e eu também não sei como ele contou, só sei que agora o Paulo sabe e imagino que mais um monte de gente.

-- Um monte de gente mesmo. Inclusive toda a nossa família. E agora irmã, o que você vai fazer?

-- O que mais eu poderia fazer? Vou ter que encarar essa e seja o que Deus quiser. -- Mas Thais começava a acreditar que Deus a tinha colocado numa comédia de humor obscuro que não ia acabar tão cedo.

-- Onde você está?

-- No hotel onde o Yoongi está hospedado. -- Ouvindo seu nome Yoongi pareceu ficar alerta de novo depois de um bom tempo só escutando a conversa ininteligível pra ele.

-- Yoongi? Aaaah, o coreano?

-- Isso. Mas já vou pra casa. Acabei vindo pra cá porque meio que perdi o controle quando vi que o Paulo sabia. Parecia que estava tudo desmoronando, então acabei vindo pra cá, até sem perceber.

-- Quer que eu vá te ajudar?

-- Não precisa irmã. Imagino que você já recebeu sua parcela de bronca, vou encarar isso sozinha. Você me ajuda levando as meninas direto pra casa hoje. -- Não queria que as sobrinhas testemunhassem o que ela imaginava seria uma conversa tensa entre ela e os pais.

-- Pode deixar, eu dou um jeito hoje. Fica bem e qualquer coisa me liga.

-- Tá bom, beijo!

-- Beijo! -- Luciana desligou do outro lado da linha e Thais ficou em pé. Ela precisava ir, apesar de não querer.

-- Eu vou embora, preciso ir pra casa. -- Disse para Yoongi, que também havia se levantado.

-- Eu vou com você.

-- Não. Você já fez muito estrago por hoje. Eu vou sozinha.

-- Não. Eu vou com você, prometo ficar quieto dessa vez.

Thais soltou ruidosamente o ar pela boca, antes de dizer:

-- Por que você quer ir? Hum?

-- Porque você está mal, e é por minha causa. E, pelo que entendi, você vai conversar com seus pais agora, que não sabiam da gravidez, mas agora sabem e isso parece ser um grande problema pra você.

Ele podia não entender português, mas era bem perceptivo. Mesmo assim, Thais não queria que ele fosse.

-- Eu preferia que você não fosse por...

-- Mas eu vou. -- Disse Yoongi cortando a frase de Thais no meio. Ela começou a ficar irritada e de certo jeito ela preferia estar irritada, do que a apatia que estava sentindo a minutos atrás.

-- Tudo bem. Faça o que você quiser, afinal você já está fazendo exatamente isso, desde o momento em que apareceu de novo na minha vida! -- A última parte da sentença ela disse em português mesmo, não conseguia mais raciocinar em coreano. Porém, o tudo bem pronunciado em hangul deu o aval que Yoongi, que ainda estava com certa dúvida se deveria realmente ir, precisava. Ele então se dirigiu pra porta do quarto e abrindo-a disse:

-- Kadja (vamos). -- Thais passou pela porta ainda bem irritada, um início de dor de cabeça aparecendo na nuca e a ansiedade de como seria a conversa com os pais, agora que eles sabiam por meio de terceiros sobre a gravidez, fez com que ela ficasse calada a viagem inteira. As unhas, já curtas, foram ferozmente roídas até atingirem a carne, tornando a ponta dos dedos doloridas, mas nem disso ela se deu conta.

Yoongi até queria dizer algo, mas temia piorar as coisas, mas ver e sentir a ansiedade de Thaisi dentro do táxi era horrível, e tudo por culpa dele. Por isso preferiu olhar a paisagem durante o percurso até a casa dela. Mas olhava sem ver, a cabeça a quilômetros dali, pensando em quando tinha resolvido que queria vê-la de novo. Realmente aquela viagem ao Brasil não estava sendo como ele tinha imaginado. Logo eles chegaram no destino, para Yoongi mais rápido do que tinha sido mais cedo. A noite já começava a cair, quando os dois entraram no condomínio, pegaram o elevador e se viram finalmente parados a porta da casa de Thaisi.

Ela ficou um bom tempo olhando a porta antes de finalmente segurar a maçaneta e virá-la, revelando que a porta se encontrava somente encostada, um costume ruim e otimista da família dela. Eles entraram no pequiníssimo vestíbulo e enquanto descalçavam os sapatos para enfim entrar na casa, uma pessoa veio de dentro do apartamento falando alto:

-- Thatinha, é você? -- A mãe dela parou a meio metro de distância quando viu que a filha não estava sozinha.

-- Oi mãe.

-- Onde você estava? E quem é ele?

-- A gente pode entrar? -- A mãe assentiu com a cabeça e virando-se desapareceu no que ficou claro ser a sala de estar quando eles a seguiram. Um homem bem vestido estava sentado, totalmente empertigado, no sofá, e a mãe de Thais sentou-se ao lado dele. Thais, com Yoongi logo atrás dela, ficaram parados no meio do cômodo. Todas as quatro pessoas se encarando, em meio a um silêncio, que de tão prolongado começou a se tornar incomodo.

-- Então, você não vai nos dizer nada sobre essa história de estar grávida? E quem é ele? O pai da criança por acaso? -- Numa voz seca, mas perfeitamente civilizada, o homem bem vestido quebrou o silêncio, fazendo com que Thais fechasse os olhos e procurasse controlar o bolo que se formava novamente na boca do estômago.

-- Oi pai. -- Ela enfim conseguiu dizer ao abrir os olhos. Mas ele não a cumprimentou de volta.

-- Então? -- Ele esperava a resposta dela as suas perguntas, de um modo que parecia muito paciente, mas só para quem não o conhecia.

-- Amor... -- A mãe de Thais, que era uma das pessoas que conhecia muito bem o marido, tentou intervir segurando em seu braço e tomando um tom conciliador na voz.

-- Não! Depois de ficar a tarde inteira fora e ignorar todos os nossos telefonemas, ela precisa nos dar uma satisfação! Você não pode, nem deve ficar do lado dela Izadora! -- A paciência inicial do pai tinha enfim ido para o espaço. -- Sabe como me senti com todas as mensagens e ligações das pessoas da igreja me perguntando sobre a sua gravidez? Como foi humilhante não saber de nada e não saber o que dizer para eles? -- Disse voltando-se para a filha.

Aquela conversa sobre "o que os outros estão falando" acabou mudando o ânimo de Thais, que passou de ansiosa a irada. Ela então ligou em si o modo pistola cínico.

-- Se foi um problema tão grande lidar com o que as pessoas estão dizendo, você poderia ter desmentido. Aí a gente poderia ir como uma família feliz fazer um aborto clandestino. O que você acha? Uma boa idéia?

-- Filha, não fale uma coisa dessa! Onde já se viu? Além de termos que explicar para as pessoas algo chocante que não estávamos sabendo, você vem me falar de aborto? Que horror! -- A mãe de Thais até tinha se levantado do sofá depois da citação sobre o aborto e agora pegava no braço da filha, que se desvencilhou do toque.

-- Essa conversa com vocês só me mostra que se eu tivesse feito um aborto seria tudo mais fácil, pra mim e pelo visto pra vocês também!

O tapa no rosto que veio em seguida definitivamente pegou Thais de surpresa que esperava uma coisa dessas do pai, mas nunca da mãe, e fez um Yoongi, que até o momento só conseguia entender mais ou menos o contexto de toda a discussão, se aproximar dela de forma protetora.

-- Nunca mais fale uma coisa dessas! Nunca mais! -- A mãe dela agora gritava, depois de desferir o tapa. -- Um pecado desses! Você errou, mas esse bebê não tem culpa! Meu netinho... -- O pai de Thais então se levantou do sofá e, ao mesmo tempo que abraçava e confortava a esposa que agora chorava, disse a filha:

-- Olha o que você está fazendo com a sua mãe. Acho melhor você ir. Suas coisas já estão prontas de qualquer forma no quarto. Não sei se você ainda vai para Portugal ou o que você pretende fazer, mas não tem mais como você ficar na nossa casa.

As lágrimas que ameaçaram cair após o tapa inesperado da mãe foram engolidas por Thais após o golpe final do pai, que a colocava pra fora da "casa deles". Se ainda existia alguma duvida de que ele achava que a casa era somente deles e de que ela era uma intrusa ali, essa dúvida tinha sido totalmente sanada agora. Tentando manter os olhos secos e com Yoongi em seu encalço, Thais foi até o quarto e pegou suas malas, enfiando rapidamente o que faltava ser guardado na mochila e, com a ajuda de Yoongi, voltou para a sala arrastando as malas atrás de si. Olhou mais uma vez para os pais. A mãe ainda chorava, só que agora silenciosamente, e evitava olhar para ela. O pai com o olhar mais duro que já tinha sido olhada por ele. Ali não cabia um adeus, nem abraços de despedida. Deu as costas para os pais e estava prestes a ir quando ouviu do pai:

-- Ah, eu espero que você não vá incomodar sua irmã lá na casa que construímos pra ela e a família dela. Ela já tem muitos problemas pra resolver, não precisa de mais um.

Thais apertou os dentes perante toda aquela humilhação e antes que toda a cena miserável e patética chegasse a um fim, buscando alguma dignidade, ela virou a última vez para os pais antes de ir e mentiu:

-- Podem ficar sossegados. Eu não vou incomodar a Lu. Na verdade, estou indo para a Coréia com o pai do meu bebê.

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