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011

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CAPÍTULO 011

A Fronteira do Desejo

Meus dedos batucavam sobre a superfície de madeira da mesa, eu ainda estava tentando me acostumar com o fato de que a biblioteca esconde salas secretas e que nem mesmo a Ordem tem ideia de sua existência. Ninguém tem, para ser sincera. Ninguém com exceção de Zyon, foi ele que nos revelou a sessão secreta, onde estamos tentando encontrar uma forma de não cair nas armadilhas de Helena e dos Membros da Ordem.

O silêncio da sala era interrompido apenas pelo som ocasional de Zyon folheando um grimório antigo. Scorpius estava encostado na parede, com os braços cruzados, o olhar fixo em mim — e isso já estava me deixando irritada.

— Precisam fazer isso parecer convincente, — disse Zyon, finalmente quebrando o silêncio. — Se Helena ou qualquer outro membro da Ordem perceber que vocês estão fingindo, estamos todos fodidos.

— Convença-se de uma coisa, Zyon, — disse, sem olhar para ele. — Eu já o odeio suficiente. Fingir não vai ser difícil.

Scorpius arqueou uma sobrancelha, um sorriso lento se formando nos lábios.

— Ódio e amor não estão tão distantes assim, Ma Belle.

Fechei o livro à minha frente com mais força do que pretendia. O apelido que ele insiste em usar era como uma farpa em minha pele.

— Pare de me chamar assim. — rosnei.

Zyon soltou um longo suspiro, massageando as têmporas.

— Vocês conseguem parar com isso por cinco minutos? Precisamos treinar. Se não conseguirem sustentar essa farsa, vamos acabar todos mortos, ou até pior que isso.

Respirei fundo, tentando me manter calma.

— Então qual é o plano? Fingir que somos os fantoches perfeitos e que não temos controle sobre nós mesmos? Enquanto eles manipulam tudo ao nosso redor?

Zyon sorriu com ironia.

— Exatamente.

Ergui uma das minhas sobrancelhas.

— Você acha que vai ser tão fácil assim? Essa tal de Helena é... ela é inteligente. Manipuladora. Ela vai enxergar através de qualquer atuação superficial.

— É por isso que vocês precisam ser convincentes. Precisamos criar a ilusão de que vocês estão tão emocionalmente ligados e descontrolados que podem ser usados como os fantoches da Ordem. Para que isso funcione, Scorpius tem que ter ascendência sobre você, Lilly, mas a Ordem tem o conhecimento do seu comportamento, sabem que você é imprevisível o suficiente para ser um problema em potencial. A Ordem adora manipular fraquezas. Se acharem que vocês são instáveis juntos, vão subestimá-los. Isso nos dá tempo. — Zyon explicou.

Cruzei meus braços, recusando-me a olhar para Scorpius.

— E como exatamente vamos treinar isso?

Zyon respondeu tão tranquilamente que eu sequer consegui imaginar a atrocidade que ele diria logo em seguida.

— Você vai provocar Scorpius. Testar os limites dele. E, Scorpius, você precisa reagir como se estivesse no controle, mas sem parecer artificial. Não sabemos exatamente como ou o que Helena pretende, mas esse é um palpite. Se estiver certo, ela irá ao extremo para testar seus limites, os de vocês dois. Quero que estejam prontos emocionalmente quando ela decidir fazer algo que os coloque no limite de seu próprio autocontrole.

O loiro sorriu, mas havia algo predatório em seus olhos.

— Isso parece divertido.

Revirei os olhos.

— Pra você, talvez.

— Tudo bem crianças, podem fazer com que não sejamos mortos ou é pedir demais para vossas senhorias? — o tom ácido de Zyon me fez querer socar ainda mais a cara de Scorpius. Parece que com o decorrer dos anos ele se tornou expert em me aborrecer.

Molaschi sentou-se em uma das cadeiras estofadas de veludo vermelho, observando-me e esperando as próximas palavras de Zyon. O homem apenas acenou, se recostando a uma estante e nos observando.

— Vamos logo com isso, Scorpius. Tenho coisas mais importantes para fazer.

Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso enviesado brincando em seus lábios.

— Mais importante do que aprender a se comportar em um jantar com psicopatas? Surpreendente, Ma Belle.

Revirei meus olhos com força, sentindo meus glóbulos oculares doerem.

— Me chama assim de novo e eu arranco esse sorriso idiota da sua cara.

Scorpius levantou-se, deslizando as mãos pelos punhos de sua camisa preta, ajustando-os com uma calma que só aumentava a minha irritação. Ele se aproximou, a poucos passos de distância, e inclinou a cabeça, os olhos cinzentos brilhando com um misto de desafio e provocação.

— O que você faria, exatamente? Jogaria a faca errada como na última vez? Ou tropeçaria na própria sombra? — Senti a raiva subir pelas minhas bochechas, eu realmente não tive culpa de ter jogado a faca no pobre lenhador, a minha intenção era apenas assustá-lo para não cortar a minha árvore favorita.

— Eu tropecei porque você me empurrou, idiota.

— Detalhes, detalhes... — Ele deu um passo ainda mais próximo, agora quase encostado em mim. — Vamos tentar de novo. Vamos supor que eu seja um dos Membros que estará lá para te testar. Como você se dirigiria a mim?

Respirei fundo, esforçando-me para não perder o controle. Endireitei a postura, tentando parecer indiferente à proximidade dele.

— Senhor Molaschi, é uma honra conhecê-lo.

Scorpius estreitou os olhos, avaliando-me.

— Não está ruim, mas parece que você está morrendo de vontade de me socar. Isso não é exatamente... convidativo.

— Talvez seja porque eu realmente queira te socar. — Sorri, um sorriso frio e nada genuíno. — Melhor assim?

Ele deu uma risada baixa.

— Eu diria que isso é mais assustador do que educado. Tente algo menos... ameaçador.

Dei um passo à frente, agora invadindo o espaço pessoal dele, desafiando-o.

— Talvez seja porque é exatamente assim que eu me sinto quando estou perto de você.

Por um momento, o ar pareceu se comprimir entre nós. Scorpius me encarou, sua expressão brincalhona suavizando levemente, mas ainda carregando a tensão que vinha crescendo.

— Cuidado, Lilly. Provocar o monstro pode não terminar bem.

Inclinei minha cabeça, um sorriso de sarcasmo nos meus lábios.

— Eu lido com monstros o tempo todo, Scorpius. Você não é tão especial.

Ele abriu um sorriso, mas antes que pudesse responder, tropeçou ao recuar, batendo em uma mesa pequena e derrubando um jarro de cristal no chão. O som do vidro se estilhaçando quebrou aquela tensão como um balde de água fria.

Explodi em uma gargalhada, meus braços cruzados enquanto o via se recompor.

— Parem. Isso está um desastre. Não está funcionando porque vocês não estão levando a sério. Lilly, você precisa despertar os instintos dele como mulher. Precisa parecer mais sincera e confortável, mas sem deixar de lado o fato de que não suportam estar no mesmo lugar. Scorpius, menos arrogância, mais intensidade.

Nós nos encaramos, a sala secreta parecia ter sido feita para momentos como esse: silenciosa, envolta pela penumbra e impregnada de uma tensão que parecia carregar ainda mais o ar. Eu estava no centro da sala, usando um vestido preto simples que Scorpius e Zyon escolheram para que pudéssemos treinar. Ele é justo o suficiente para realçar minhas curvas, o que me fazia sentir-me vulnerável e irritada.

Scorpius começou a caminhar ao meu redor, os passos lentos ecoando no chão de mármore. Ele estava impecável, vestindo suas típicas vestimentas pretas, mas a gravata estava solta, o que dava um ar perigosamente casual à sua aparência.

— Tudo bem, a primeira coisa que precisa aprender, Lilly, é o olhar. — Sua voz era baixa, rouca, cada palavra parecendo deslizar por minha pele. — Os Membros da Ordem conseguem sentir insegurança à distância. Se vacilar, eles vão te devorar.

Respirei fundo, erguendo o queixo para conseguir encará-lo.

— Não vou vacilar.

— Ótimo. Então me convença. — Ele parou bem à minha frente, os olhos cinzentos fixos nos meus. — Imagine que sou um deles. Você deve me encarar como se tivesse o controle da situação, mesmo quando não tem.

Estreitei os olhos, dando um passo adiante para reduzir o espaço entre nós.

— Como isso?

Ele não recuou. Pelo contrário, inclinou a cabeça levemente para o lado, o sorriso em seus lábios carregado de algo que eu não conseguia identificar.

— Melhor. Mas seu corpo ainda está tenso. Relaxe, ou eles perceberão.

Dei um sorriso forçado, meus dedos apertando a lateral do meu vestido.

— Talvez se você parasse de me encarar como se estivesse me despindo com os olhos, eu relaxasse.

O sorriso de Scorpius se alargou, desafiador.

— É difícil não olhar, Ma Belle, principalmente quando você está assim. — Ele abaixou a voz, as palavras saindo como um sussurro. — Forte e vulnerável ao mesmo tempo. É... hipnotizante.

Meus olhos fixaram-se nele, como se eu estivesse calculando cada movimento. Ele ainda estava parado, a expressão em um misto de confiança e tensão. Eu sei que ele acredita que está no comando, mas já está na hora de mudar um pouco as coisas por aqui.

Dei dois passos em sua direção, o som dos meus saltos reverberando pelo silêncio da sala, até que fiquei a poucos centímetros dele. Ele inclinou a cabeça, intrigado, mas manteve-se imóvel.

— Você fala tanto em controle, Scorpius — disse, a voz suave, mas carregada de provocação. — Mas é fácil falar quando você nunca é desafiado, não é?

Ele arqueou uma sobrancelha, o sorriso brincalhão surgindo mais uma vez.

— Está sugerindo que sou previsível?

Dei um sorriso enviesado, mas não o respondi. Em vez disso, ergui uma das mãos, meus dedos deslizando pelo colarinho da camisa dele com uma lentidão deliberada, ajustando-o como se fosse um mero detalhe fora do lugar. Scorpius prendeu a respiração, a tensão percorrendo seu corpo enquanto meus olhos permaneciam fixos nos dele.

— Estou sugerindo — disse finalmente, minha voz carregada de malícia — que você não saberia o que fazer se alguém tomasse o controle.

Antes que ele pudesse me responder, o empurrei com firmeza pelos ombros, surpreendendo-o. Scorpius caiu na cadeira atrás dele, o corpo rígido, a expressão de choque rapidamente substituída por algo mais sombrio.

Não lhe dei tempo para reagir. Em um movimento fluido, deslizei sobre ele, sentando-me em seu colo. Minhas mãos descansaram nos ombros dele, enquanto eu inclinava o rosto para ficar perigosamente próxima do dele, nossos lábios a apenas um sopro de distância.

Scorpius respirou fundo, os músculos tensos sob o meu toque. Seus olhos cinzentos estavam fixos nos meus, brilhando com um desejo que ele claramente lutava para controlar.

— O que está fazendo, Lilly? — perguntou ele, a voz rouca, quase um sussurro.

Inclinei a cabeça, meu sorriso se ampliando em pura provocação.

— Mostrando que o controle pode mudar de mãos, Scorpius.

A minha mão deslizou pelo peito dele, sentindo o calor através do tecido da camisa, e eu percebi como o coração dele batia rápido, denunciando o efeito que eu tinha sobre ele. Scorpius apertou os punhos ao lado do corpo, como se resistisse à vontade de segurar-me.

— Acha que pode me desestabilizar assim? — Ele tentou soar confiante, mas sua voz falhou levemente, entregando-o.

Ri baixinho, aproximando o rosto ainda mais, até que meus lábios pairassem perto do ouvido dele.

— Eu acho que já consegui.

Senti seu corpo reagir sob o meu, um calor crescendo que era impossível ignorar. Scorpius fechou os olhos por um instante, como se lutasse para se recompor, mas quando os abriu novamente, havia algo novo neles. Algo que queimava com intensidade.

— Você está brincando com fogo, Ma Belle.

Deslizei a mão até o pescoço dele, meus dedos pressionando levemente enquanto sorria.

— E você gosta disso, não é?

Por um momento, ele pareceu imóvel, a tensão entre nós é palpável, mas então suas mãos subiram lentamente, segurando minha cintura com firmeza. Os dedos dele apertaram levemente, como se estivesse testando os limites do controle que ainda lhe restava.

— Você não sabe onde isso pode te levar — murmurou ele, a voz grave.

Inclinei-me para encarar o rosto dele, os olhos faiscando com desafio.

— Talvez eu saiba exatamente.

Por um momento, parecia que Scorpius cederia, os olhos fixos aos meus, mas antes que pudesse reagir, uma voz ecoou pela sala.

— Scorpius. — O tom era calmo, mas carregado de autoridade.

Virei meu rosto, encontrando Zyon parado no mesmo local, os braços cruzados e o semblante impassível. Ele não parecia se importar com o clima que pairava no ar, mas havia algo em seus olhos que dizia o contrário.

— Está esperando o quê? Reaja ao toque dela. Você sabe que os Membros e principalmente Helena não hesitariam em aproveitar isso contra você.

Ri suavemente, deslizando meu dedo pela mandíbula de Scorpius antes de encará-lo.

— Vai precisar de ajuda divina para resistir a mim, Scorpius?

Scorpius respirou fundo, seus dedos apertando levemente minha cintura. Ele ergueu os olhos, encarando-me diretamente, os olhos ardendo com determinação renovada.

— Tem razão, Zyon. Não posso me permitir perder o foco.

Arqueei uma sobrancelha, inclinando-me para mais perto, como se fosse capaz de desafiar cada palavra que ele dizia.

— E o que você vai fazer sobre isso?

Num movimento rápido e firme, Scorpius segurou-me pelos quadris, inclinando-se para frente o suficiente para deixar-me desequilibrada. Agora, eu estava praticamente presa entre ele e a mesa, e pela primeira vez desde o início do confronto, era eu quem parecia sem uma resposta imediata.

— Vou lembrar quem está no controle — murmurou ele, a voz baixa e carregada de intenção.

Ergui uma mão, pressionando-a contra o peito dele quando percebi sua aproximação exagerada, impedindo que ele chegasse mais perto.

— Não, Scorpius. Não confunda isso com um convite.

A firmeza em minha voz foi como um choque de realidade para ele, e Scorpius recuou, seus olhos ainda fixos nos meus, mas sem forçar a situação. Ele relaxou as mãos na minha cintura e, com um último olhar intenso, deixou que eu me levantasse.

Zyon observou tudo com um semblante inabalável, acenando levemente com a cabeça em aprovação.

— É isso que vocês precisam fazer. Respeito e resiliência. Eles não hesitarão em testar seus limites.

Ajustei o vestido, os olhos ainda fixos no loiro, mas agora com um sorriso de triunfo nos lábios.

— Espero que tenha aprendido sua lição.

Scorpius recostou-se na cadeira, a tensão ainda evidente em seus ombros, mas o sorriso que ele deu era tão desafiador quanto o meu.

— Ah, Ma Belle, essa rodada foi sua. Mas não se acostume.

Pisquei para ele, virando-me para sair.

— Você não tem ideia do que eu posso fazer, Scorpius.

E com isso, eu saí, deixando-o sozinho para lidar com o caos que eu havia provocado — e que Zyon havia interrompido antes de irmos longe demais.

Não demorei a chegar à mansão da família Molaschi, embora contra a minha vontade, precisávamos treinar uma última vez antes do jantar e, como a biblioteca estava cheia, ele sugeriu que fosse em seu escritório pessoal, em sua casa.

Seu escritório estava iluminado apenas pela luz de um abajur, lançando sombras que pareciam dançar na parede.

— Qual o plano para hoje? — perguntei, cruzando os braços.

Scorpius caminhou até a sua mesa, me deixando ainda mais nervosa com o seu silêncio. Ele virou-se para me encarar, a intensidade de seu olhar quase me fez recuar.

— Vamos treinar sua presença. Seu controle. No jantar amanhã, eles vão testar cada fraqueza sua, e você precisa aprender a ser impenetrável.

— Certo, e como exatamente você pretende fazer isso?

Ele deu um meio sorriso, mas havia algo perigoso nele.

— Você vai me convencer de que é intocável.

Ergui uma sobrancelha.

— E como isso ajuda?

— Porque eu vou ser pior do que qualquer um deles. — Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre nós dois. — Se você pode me enfrentar, pode enfrentá-los.

— Tudo bem. O que eu preciso fazer?

— Primeiro, mantenha contato visual. — Ele se aproximou mais, parando tão perto que eu podia sentir o calor de seu corpo. — E mostre que você não tem medo.

Levantei o queixo, meu olhar desafiando-o.

— Eu nunca tive medo de você, Scorpius.

— Veremos.

Ele estendeu a mão, tocando o meu rosto com uma delicadeza surpreendente. Resisti ao impulso de recuar, meus músculos se enrijeceram. Scorpius percebeu, o sorriso predador crescendo em seus lábios.

— Relaxe. Se você reagir assim, eles vão sentir o cheiro do seu medo.

— Não estou com medo — respondi, a minha voz firme, embora meu coração quisesse saltar para fora do meu peito.

Scorpius inclinou-se para mais perto, sua mão deslizando para o meu maxilar, o toque ainda suave, mas carregado de intenção.

— Então prove.

Antes que eu pudesse reagir, ele me puxou pela cintura, prendendo-me contra ele. Seu rosto estava a centímetros do meu, os olhos fixos em meus lábios como se fossem a única coisa no mundo que importava.

— Não hesite, Lilly. Isso é o que eles farão. Invadir o seu espaço pessoal, testar seus limites. E você precisa mostrar que está no controle.

Ergui as mãos, pressionando-as contra o peito dele, mas ele não cedeu.

— Scorpius, eu acho que você está confundindo isso com outra coisa.

— Estou apenas sendo realista. — A voz dele era rouca, carregada de uma intensidade que fazia meu sangue correr mais rápido. — Eles não terão misericórdia. Helena é mais perversa do que você pode imaginar.

Ele inclinou a cabeça, os lábios quase tocando os meus. Prendi a respiração, tentando controlar a corrente de emoções que o momento provocava.

— Scorpius, pare.

Ele hesitou, mas apenas por um instante. Sua mão subiu, segurando a minha nuca enquanto seus lábios roçavam os meus e seus olhos ardiam com algo que parecia mais do que um simples treinamento.

— Você precisa aprender, Lilly.

Tentei me afastar, mas sua força em meus quadris aumentou. Me segurando no lugar.

— Eu disse para parar, Scorpius!

A autoridade em minha voz finalmente o fez congelar. Ele piscou, como se acordasse de um transe, e então deu um passo para trás, soltando-me imediatamente.

— Caralho. — Ele passou as mãos pelos cabelos, claramente frustrado consigo mesmo. — Desculpe. Me perdoe, Lilly. Eu... eu fui longe demais

Recuei, o encarando, ainda ofegante, a raiva evidente em meus olhos.

— Sim, foi. Nunca mais faça isso.

Ele assentiu, a culpa evidente em sua expressão.

— Eu prometo.

Por um momento, o silêncio pairou entre nós dois, carregado de tensão, mas dessa vez, não havia nada de provocador nele. Era desconforto puro.

Scorpius respirou fundo, caminhando até sua mesa. Entre vários livros e pastas com documentos, ele puxou uma caixa grande.

— É para o jantar de amanhã. — Ele estendeu a caixa para mim, os olhos ainda me evitando. — Você precisa estar ainda mais impecável.

Peguei a caixa de suas mãos, abrindo-a e me deparando com um vestido preto justo, com um decote tomara que caia e detalhes delicados que o tornavam tão elegante quanto provocante. Analisei-o com um olhar crítico antes de cruzar os braços novamente.

— E se eu me recusar a usar isso?

Ele finalmente me olhou nos olhos, um traço do velho Scorpius surgindo em seu sorriso.

— Então vou ter que convencê-la. Mas prometo que será de um jeito que você permita.

Segurei o vestido com mais firmeza, ainda irritada, mas sabia que ele tinha razão. Não era sobre o vestido ou a situação em si — era sobre sobreviver.

— Eu vou usar. — A minha voz era baixa, quase um resmungo. — Mas não ouse tentar me beijar outra vez. E se você tentar algo assim de novo, Scorpius, eu vou acabar com você.

Ele sorriu, mas não havia humor em seus olhos.

— Você tem toda a minha permissão para isso.

Enquanto eu caminhava até a porta, ele me chamou outra vez, sua voz mais suave agora.

— Lilly... Eu só quero que você sobreviva a isso.

Hesitei um pouco, mas não me permiti olhar para trás.

— Então comece respeitando os limites das pessoas que você diz querer proteger.

E saí, deixando-o sozinho com a culpa queimando em seu peito.

Eu apertava a caixa com o vestido contra o meu peito enquanto atravessava a noite fria, tentando abafar a enxurrada de pensamentos que inundavam a minha mente. O toque dele ainda queimando em minha pele, e a proximidade de seus lábios ainda fazia meu coração bater mais rápido do que eu gostaria de admitir.

Ele quase havia me beijado. De novo.

Eu pedi que ele parasse. Ele havia parado, embora seu olhar fosse um misto de confusão e arrependimento. Não era um pedido de desculpas em palavras naquele momento, mas ele havia lido em meus olhos a consciência de que havia cruzado um limite.

Agora, enquanto caminho pelas ruas pouco movimentadas de Ravenbourg, não consigo evitar a sensação de inquietação. Não era apenas pela audácia dele, mas pela minha própria reação.

Por que eu não havia simplesmente me afastado quando ele se aproximou? Por que, por um instante, eu quis ver até onde aquilo iria?

"Por que você não é tão impenetrável quanto quer acreditar", minha mente gritou em resposta.

Balancei a cabeça, tentando me livrar daquele pensamento. Não, aquilo não é verdade. Scorpius pode ser intenso, manipulador e absolutamente frustrante, mas eu não me deixarei levar pelos seus jogos. Ele faz parte do plano, um parceiro de conveniência, nada mais.

Mas mesmo enquanto pensava isso, eu sabia que estava tentando me enganar. A tensão entre nós dois é real, e ignorar não a fará desaparecer.

Ao chegar em casa, tranquei a porta e joguei o vestido sobre o sofá. Sentei-me ao lado dele, encarando o tecido preto que parecia tão provocante quanto as palavras de Scorpius naquela noite.

Passei as mãos pelo meu rosto, tentando clarear a mente. Era óbvio que Scorpius mexia comigo, mas também é óbvio que eu não posso deixar isso atrapalhar o que está por vir.

— Eu preciso ser melhor do que isso, — sussurrei para mim mesma. — Melhor do que ele. E definitivamente melhor do que nós dois juntos.

Mas mesmo enquanto repetia essas palavras para mim mesma, a lembrança do toque dele e a intensidade em seus olhos continuavam a me assombrar.

Hoje eu não perdi o time da postagem! Como vocês estão besties? Espero que estejam todos muito bem! Juro, essa última semana foi toda caótica para mim, o que eu não escrevi eu li, finalmente estou conseguindo sair da ressaca literária e voltando a ler como antes.

Agora falando de Dominion, Lilly e Scorpius cada vez mais indo pro lovers e nem tão percebendo. Afs, amo demais esses dois. Aliás, os próximos capítulos serão fogo na lenha viu! Esses dois ainda tem muita coisa pra viver...

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