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007

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CAPÍTULO 007

Sob os Olhos da Elite



A noite de sexta-feira caiu rápido, trazendo consigo toda a tensão das discussões do dia entre Scorpius e eu. Nós passamos o dia discutindo sobre a festa de hoje à noite, Scorpius tentando me fazer desistir da ideia e eu rebatendo todas as suas justificativas pelas quais eu deveria sim estar presente. No fim, ele acabou cedendo, disse que me buscaria as 10 horas da noite.

Agora, sentada em frente ao espelho, tentava colocar tudo o que ele havia me explicado sobre como as mulheres se parecem nesta festa, sempre sensuais, mas elegantes a altura. Pisquei algumas vezes, olhando para os meus produtos de maquiagem, totalmente sem ideia do que fazer. A única coisa que tenho certeza sobre essa noite é que preciso conseguir informações que me ajudem com minhas pesquisas.

Cerca de umas 3 horas depois de pensar e pensar, eu finalmente estava pronta. Observando a mulher que refletia sobre o espelho eu quase não me reconheci. O vestido vermelho justo abraçava minhas curvas de maneira provocativa, enquanto meus lábios vermelhos realçavam ainda mais a minha ousada escolha para esta noite. Os saltos me davam um ar de ainda mais confiança, meus cabelos soltos caiam pelos meus ombros com as minhas ondas perfeitamente alinhadas e domadas.

Joguei meus cabelos para trás, deixando meu pescoço exposto e meu decote ainda mais destacado. Scorpius disse que eu não deveria levar nada comigo, como sua acompanhante, eu deveria apenas estar elegante e me manter ao seu lado.

Uma batida na porta me fez sair do meu transe. Me equilibrei sobre os saltos e caminhei até a maçaneta, encontrando Ginna do outro lado.

— O senhor Molaschi está aguardando a senhorita na sala. — Os olhos curiosos da empregada me fitaram de uma maneira não muito discreta, seu olhar passeando pelo meu corpo com o vestido colado e curto, indo até as minhas coxas.

— Diga a ele que já estou descendo. — Ela concordou, seu olhar se desviando do meu corpo. Entrei no meu quarto, respirando fundo e dando uma última olhada em meu próprio reflexo.

Quando desci as escadas para encontrar o loiro, senti seu olhar queimando sobre o meu corpo a cada passo que eu dava. Seus olhos passeando pelas minhas pernas e se perdendo em minhas curvas, sobre o decote em meus seios. Seu corpo vestido em um terno preto, parecendo ter sido feito especialmente para acomodar seus músculos.

Ele estava parado no pé da escada, o rosto parcialmente escondido sobre as sombras, mas seus olhos cinzentos praticamente brilhavam como duas luzes em meio a escuridão. Assim que finalmente fiquei a sua altura, relativamente próxima ao seu ombro, a reação dele foi um misto de surpresa e desejo.

— Você está... — Ele pigarreou, tentando encontrar as palavras. — Perigosa.

Ergui uma sobrancelha, cruzando meus braços contra meus seios.

— Achei que esse era o objetivo, não?

Ele desviou o olhar, passando a mão pelo cabelo loiro perfeitamente penteado para trás em uma inquietação incomum. Mas, se sua intenção era que eu não percebesse o quão desnorteado ele ficou com a minha presença, falhou miseravelmente. Por um momento ele pareceu até mesmo vulnerável, quase humano.

— Lembre-se, Lilly, — sua mão guiou meu corpo até seu carro luxuoso estacionado na frente da minha casa. — Isso não é um jogo. Lá dentro, cada gesto, cada palavra, tudo o que fizer será observado.

Scorpius abriu a porta do carro do lado do motorista, me fazendo bufar e andar a passos pesados em direção ao lado do acompanhante. Antes que pudesse levar minha mão para abrir a porta, ele se pós em minha frente.

— Precisa usar isso — olhei para os seus dedos, um colar dourado delicado pairando sobre sua palma. — As garotas que estão como acompanhantes usam um desse, é como uma espécie de marca para diferenciar das mulheres que estão lá para servir os desejos dos homens.

Olhei novamente para a joia em sua mão, identificando suas iniciais gravadas sobre uma parte delicada da joia fina.

— Acho que coleira de identificação seria um termo mais apropriado.

— Lilly... — Virei-me de costas para ele, erguendo meu cabelo e deixando meu pescoço livre para que ele colocasse o colar. Seus dedos tocaram suavemente contra minha pele, enviando um arrepio por todo o meu corpo. — Pronto, — ele abriu a porta para mim e deu a volta para entrar. Dando partida em direção onde quer que seja essa festa. — Lembre-se, não saia de perto de mim e nem encare ninguém por muito tempo, alguns deles são mais perigosos do que realmente parecem.

Dei de ombros, minha única preocupação é no que vou conseguir descobrir sobre a Ordem e seus membros.

— Então, é melhor você me proteger direito, Scorpius.

Ele riu, seu olhar me intimidando por alguns segundos antes dele voltar a falar.

Não é você quem precisa de proteção, Ma Belle. É quem ousar olhar para você.

A mansão onde o evento acontecia era uma verdadeira obra-prima da arquitetura, com colunas imponentes e uma escadaria de mármore que se abria como um convite tentador para o interior da casa. Ao lado de fora, carros luxuosos se alinhavam, trazendo figuras vestidas em trajes caros, parecidos com os de Scorpius. Seus sorrisos perigosos enquanto guiavam suas acompanhantes para o interior da mansão.

Scorpius colocou sua palma em minhas costas nuas, me guiando ao seu lado para entrarmos. Todas as atenções pareceram se voltar para nós. Sua mão deslizou de minhas costas para a minha cintura, guiando-me entre as pessoas com segurança.

— Não encare ninguém por muito tempo — murmurou em meu ouvido, o tom baixo o suficiente para que apenas eu ouvisse.

Engoli em seco, mas tentei manter a compostura.

— Vou tentar não parecer muito impressionada com seu mundo decadente.

Ele riu de leve, mas seu olhar se manteve atento enquanto caminhávamos pelo salão principal. O ambiente era deslumbrante, com lustres de cristal pendurados em tetos altos e com uma orquestra tocando suavemente ao fundo.

Pude notar o quão essa festa realmente representa à primeira vista, alianças sendo formadas, promessas sendo feitas — e quebradas — com sorrisos encantadores escondendo segredos.

— Quem são eles? — sussurrei para Scorpius, indicando um grupo de homens reunidos perto de uma mesa de bebidas.

Ele seguiu meu olhar.

— São peças importantes no tabuleiro. Mas não confie em ninguém, nem mesmo em quem eu apresentar.

— Incluindo você? — provoquei, ele apenas me lançou um olhar que me fez sentir arrepios.

O ambiente dentro da mansão é como um pesadelo disfarçado de luxo. O cheiro de perfumes caros se misturava com as falsas palavras que os membros da Ordem falavam. Meu corpo estava mais tenso do que eu gostaria, meu vestido justo parecia me sufocar, os meus saltos agudos ecoando pelos corredores opulentamente decorados. Meus olhos passeavam ao redor, tentando me concentrar, mas a atmosfera desse lugar é sufocante.

Scorpius andava ao meu lado, visivelmente desconfortável com a minha presença aqui. Mas o seu toque sobre meu corpo demonstrava certa possessividade. Ele me mantinha próxima, mais perto do que o normal, tocando a parte inferior das minhas costas com uma mão, um gesto sutil, mas claro. Para os outros, era como um aviso.

Os olhares começavam a se voltar para nós dois à medida que nos movíamos dentro da sala principal. Vários dos homens da Ordem estão aqui, conversando entre si, mas todos pararam assim que perceberam a presença de Scorpius... e eu ao seu lado. Os murmúrios começaram a crescer, eu pude sentir o peso das observações sobre mim, os olhos masculinos fixados em mim com uma mistura de surpresa, curiosidade e desejo.

— Scorpius, você finalmente trouxe uma... acompanhante. — Um dos homens se aproximou com um sorriso malicioso nos lábios. Ele é claramente mais velho que eu, seus cabelos grisalhos não negavam. Mas seu olhar estava tão cheio de desejo quanto. — Estou surpreso. Não pensei que você fosse o tipo de se prender a uma mulher.

Scorpius não respondeu de imediato. Seus olhos estavam frios, mas sua postura, rígida. Ele se manteve em silêncio, mas a tensão ao redor dos dois era quase visível. Por outro lado, eu tentei manter a compostura, mas a sensação de estar sendo observada por vários pares de olhos me deixa incomodada. Eu tentava ignorar os olhares furtivos, mas quando outro homem se aproximou, senti a mão de Scorpius apertar minha cintura, puxando-me para mais perto de seu corpo.

— Sem gracinhas. Ela está comigo. — Ele disse, sua voz baixa, quase venenosa. O tom era ameaçador, e o sorriso dos homens se desfizeram rapidamente.

O velho, aparentemente intimidado, hesitou antes de dar um passo para trás, mas Scorpius não o deixou ir tão fácil. Ele o seguiu com o olhar, até que ele estivesse longe o suficiente, sem ousar fazer qualquer outro comentário. Os outros homens pareciam começar a perceber que Scorpius não estava ali apenas para socializar; ele estava ali marcando território.

Tentei me livrar da pressão que sua presença carregava consigo, mas ele não me deu brechas. A cada novo membro que se aproximava para cumprimentá-lo, ele dava um jeito de me tocar; um toque no ombro, na parte de trás do meu pescoço, no braço, sempre com a mão firme, como se estivesse fazendo questão de deixar claro que eu era dele.

Respirei fundo quando ele se afastou de outro homem que havia iniciado uma conversa, esse comportamento possessivo dele pode me atrapalhar em tentar descobrir informações.

— Você não pode simplesmente... deixar de ser tão agressivo? — Murmurei, olhando para ele de lado.

Scorpius não desviou o olhar dos outros homens ao redor. Ele estava observando tudo, qualquer movimento, qualquer olhar que fosse direcionado a mim.

— Se você acha que eles vão apenas te deixar em paz aqui, Lilly, está muito enganada. — Ele disse com frieza, quase como um aviso. — Eles não te querem apenas como acompanhante. Querem te possuir. Te querem nua na cama deles.

Me virei para conseguir olhá-lo de frente. Seus olhos sérios e cheios de obsessão, a necessidade de controlar o espaço ao meu redor. Eu odeio tudo isso, odeio como ele está se comportando. Mas ao mesmo tempo, algo em suas atitudes me fazia sentir... protegida. Não, eu não posso admitir isso.

— Isso não é meu problema, Scorpius. Eu não sou sua propriedade. — Disse-lhe, tentando me manter calma. Mas minha voz soou carregada de frustação.

Ele me encarou por um momento, o olhar intenso, antes de responder, sua voz baixa e ameaçadora:

— Se você acha que vai sair desse lugar sem ser marcada, está enganada. Eles não sabem como respeitar. Mas eu sei. E vou deixar claro que você é minha.

Antes que eu pudesse retrucar, uma mão deslizou por minhas costas e desceu perigosamente até minha bunda, um ato totalmente ousado de um outro homem que se aproximou de nós. Tentou passar despercebido por Scorpius, mas o loiro não o deixou falar uma única palavra, ele me puxou contra si e me colocou atrás de seu corpo. Encarando diretamente o homem. O empurrando para trás.

— Eu já disse que ela está comigo. — Sua voz era gelada, cortante. O homem olhou para ele, desconfortável com a sua reação, mas não ousou insistir. Scorpius estava deixando claro que, ali, ele é o único que importava.

Permaneci em silêncio enquanto tropeçava em meus próprios pés ao ser arrastada por ele para algum outro cômodo. Eu odeio ser tratada como um simples troféu, mas não posso negar que o seu comportamento me fez sentir um arrepio na espinha, um tipo de eletricidade no ar. Algo mais está acontecendo aqui, algo que eu não consigo compreender totalmente.

O único problema é que eu sei bem que ele está jogando seu jogo comigo. E eu não gosto nem um pouco de ser apenas mais uma peça em suas mãos.

Ele nos encaminhou para uma sala de jantar com uma mesa longa, iluminada por candelabros dourados que lançavam sombras dançantes sobre os rostos dos presentes. O ambiente é igualmente luxuoso, mas a sensação de opressão é quase inescapável. A música de fundo tentava, em vão, disfarçar a tensão que pairava no ar. Uma grande parte dos membros da Ordem estavam aqui, com suas acompanhantes, a maioria mulheres elegantes, usando colares parecidos com o meu, mas seus olhares e sorrisos eram vazios, como se soubessem que estavam ali apenas para serem usadas e descartadas. Outras meninas circulavam pelo local, servindo bebidas e quitutes para os homens que as apalpavam e diziam coisas indecentes.

Scorpius sentou-se em uma cadeira na ponta, suspirei quando toquei meus dedos na cadeira ao seu lado, mas sua mão em meu pulso me puxou para o seu colo com firmeza, sem me dar escolhas. O toque dele era possessivo, e a proximidade de seu corpo me incomodava mais do que realmente gostaria de admitir. Ao redor, os outros homens observavam a cena com um misto de surpresa e satisfação. Para eles, isso não passa de uma demonstração de poder e superioridade. Mais uma forma de Scorpius marcar território.

Me senti totalmente deslocada, mas não poderia me dar ao luxo de reagir como gostaria. Os olhares de alguns eram ávidos, e eu pude sentir a pressão de suas atenções sobre mim, como se pudessem me sufocar. As outras garotas estavam em situações semelhantes, algumas mais expostas, outras com seus corpos curvados e contendo os gemidos que insistiam em escapar entre seus lábios enquanto seus acompanhantes moviam os quadris embaixo delas, deixando claro que o respeito era uma palavra completamente esquecida nesse lugar.

Scorpius, por outro lado, parecia à vontade. Ele se recostava na cadeira, suas mãos sobre a minha cintura de maneira firme. Me mexi um pouco sobre suas pernas, tentando encontrar uma posição confortável, sentindo meu vestido subir e ameaçando a deixar minha bunda a mostra. Seus dedos cravaram com força em meus quadris quando me mexi para trás, seu olhar de reprovação sobre mim.

— Que tal uma partida de poker antes do jantar, senhores? — Um deles propôs, quase que automaticamente eles concordaram, uma das garotas trazendo as cartas e os dados, distribuindo-os.

Por mais que tentasse me concentrar nas cartas, minha mente gritava para prestar atenção ao que estava acontecendo ao redor. Cada palavra que os membros da Ordem falavam, cada gesto, cada olhada — tudo poderia ser uma pista. Eu não estava me importando com o jogo. O que eu quero mesmo é entender a dinâmica desse lugar, descobrir os segredos que estavam ocultos sob a superfície.

Com forme a rodada de poker avançava e as taças de vinho e copos de whisky secavam, as conversas entre os membros se intensificavam, me deixando atenta para ouvi-los. Eles falavam sobre negócios, sobre suas famílias, sobre suas influências. Mas, aos poucos, alguns detalhes começaram a se destacar. Palavras que antes pareciam distintas, mas, quando juntas, formavam um padrão — algo que eu posso usar.

— E como anda as buscas pelo artefato da Áustria? — perguntou um dos homens, jogando uma carta na mesa.

Scorpius não respondeu de imediato, mas pude sentir a rigidez que seu corpo tomou. Ele estava um pouco mais tenso, atento e silencioso.

— Não se preocupe com isso, Maximus. As equipes que estão lá o trarão em breve. O artefato será nosso. O que importa agora é encontrar o próximo passo. — Scorpius falou baixo, como se estivesse dando uma ordem silenciosa. Ele deslizou uma das mãos pela minha coxa, seu olhar implacável, tentando manter sua presença física, tocando meu corpo em pontos específicos, como se reafirmasse sua posição de poder sobre mim.

Me concentrei nas palavras que eles deixavam escapar. "O artefato da Áustria". Essa informação é importante. Uma chave para descobrir mais sobre os planos da Ordem.

Um homem, mais velho, com uma expressão arrogante, se inclinou para frente, encarando meu rosto com um sorriso de canto de boca.

— E sua escolha de hoje? — Ele se referiu a mim, evidentemente interessado e divertido com a situação. — Ele tem sorte de ter uma mulher como você. No entanto, Scorpius... — Ele me encarou com uma intensidade desconcertante. — As nossas acompanhantes sabem como agradar um homem. E posso ver que ela ainda não se acostumou ao papel dela, não é?

Scorpius, ainda mantendo sua mão em minha cintura, se inclinou para frente, olhando o homem com uma frieza assustadora.

— Isso é algo que você não precisa entender, Marcus. — A voz de Scorpius era gelada, sem humor. — Ela está aqui porque eu quis.

Marcus sorriu, dando algumas tapinhas sobre a bunda da mulher em seu colo. Ela pareceu ter recebido uma ordem quando deslizou sobre as pernas dele e suas mãos foram ágeis ao abrir sua calça e começar a masturbar o homem ali mesmo.

— Vamos lá, meu caro Molaschi, deixe essa belezura mostrar o que essa boquinha bonita pode proporcionar a um homem. — Senti meu corpo travar, Scorpius começou a respirar pesadamente contra minhas costas e sua mão apertou minha coxa com força.

— Está interessado no que a minha mulher sabe fazer com a boca ou em finalmente matar sua curiosidade de saber quantos centímetros o meu pau tem? — A mesa explodiu em risadas, Marcus balançou a cabeça, com um pequeno sorriso nos lábios.

— Não seja modesto Scorpius, mostre o que essa boceta pode fazer por um homem.

Scorpius relaxou sobre a cadeira, seus dedos fazendo círculos imaginários sobre a minha pele.

— Talvez em outra ocasião, pretendo foder a boceta dela quando chegarmos em casa.

Marcus rosnou ao sentir a boca de sua garota sobre seu pau.

— Que droga, precisa aprender a dividir o que é seu, garoto.

O loiro riu, suas costelas roçando contra mim.

— Como você mesmo disse, é meu. E eu nunca gostei de dividir.

Ele levantou as mãos em sinal de rendição e focou em apunhalar os cabelos da garota e empurrá-la ainda mais contra seu membro. As palavras de Scorpius, mais uma vez carregavam um aviso implícito. Eu me mantive o mais atenta que pude, tentando ao máximo não reagir aos seus toques e gestos possessivos comigo. De alguma forma, é como se eu estivesse começando a ser consumida por esse jogo de poder que ele passou a jogar sobre mim. Mas definitivamente não posso me perder nisso.

O jogo continuou, e mais informações escapavam entre as conversas sobre negócios e estratégias da Ordem. Um deles mencionou algo como uma possível aliança com famílias estrangeiras, enquanto outro falava sobre um "preço alto" que precisavam pagar para garantir que a próxima fase do plano de purificação fosse executada. Essas pistas, essas palavras soltas, tudo formava um quebra cabeça cada vez mais claro e evidente em minha cabeça.

Eu observava Scorpius enquanto ele interagia com os outros, tentando analisar tudo. Ele estava tão envolvido com os outros, com o jogo e com a comida do jantar esfriando cada vez mais em seu prato, que não parecia perceber o quanto eu estava observando. Senti um leve desconforto quando ele me tocou mais uma vez, mas não me dei ao luxo de sentir seu toque ou de reagir, preciso dele totalmente concentrado em falar sem perceber as coisas que eu ainda não sei. Cada segundo aqui dentro está se tornando uma oportunidade para entender mais sobre os pontos fracos da Ordem.

Enquanto as cartas caíam, senti o jogo deles, o jogo que a Ordem jogava, estava apenas começando. Mas para mim se tornou maior que apenas ganhar ou perder uma rodada de poker. É sobre conseguir sair daqui hoje com as peças certas para destruir a Ordem de dentro para fora.

Meus pulmões pareciam queimar quando minha voz ecoou pela mesa de jantar em um tom educado para pedir licença e me retirar. Toda aquela "demonstração" de poder estava me deixando com o estômago embrulhado e com uma falta de ar me consumindo quando Marcus ergueu a mulher em seu colo, penetrando-a ali, na frente de todos sem pudor algum.

Sai da sala de jantar com passos rápidos, o som dos meus saltos ecoando pelos corredores silenciosos. O ar aqui parece mais fácil de respirar, longe dos olhares perversos dos membros da Ordem, e, principalmente, de Scorpius.

Parei junto a uma janela arqueada, observando a escuridão do lado de fora enquanto tentava acalmar meu coração acelerado. A presença dele, seu toque sobre meu corpo, tudo estava me sufocando, e cada gesto, cada palavra parecia carregada de uma possessividade que eu nunca ousei imaginar que ele pudesse carregar. Isso me deixou inquieta.

— Fugindo, Ma Belle?

A voz grave soou atrás de mim, fazendo-me virar bruscamente. Scorpius estava ali, encostado na parede com as mãos nos bolsos, o olhar fixo em mim.

— Não me chame assim. — Respondi entre dentes, a irritação evidente em minha fala.

Ele se aproximou devagar, como um predador encurralando sua presa.

— Por que não? Sempre foi o seu apelido. Sempre foi... nosso.

— Não existe "nós", Scorpius. — Dei um passo para trás, mas a parede da janela me impediu de recuara mais.

Antes que eu pudesse recuar, ele se aproximou de forma feroz, e, num movimento rápido, puxou-me para si com uma força que me pegou de surpresa.

— Você não entende, Lilly. — Sua voz saiu baixa, quase como um rosnado, pude sentir o color de seu corpo pressionar o meu contra ele e a parede. — Não entende como você é para mim. Não entende o que está acontecendo.

Tentei me soltar, mas sua mão foi firme em minha cintura, sua força implacável. Senti cada centímetro do seu corpo, o calor que ele exala, o cheiro forte do seu perfume amadeirado misturado com o cheiro de algo primal. Não havia mais espaço entre nós, e tudo ao nosso redor pareceu desaparecer. O sorriso arrogante desapareceu de seus lábios, dando lugar a algo mais sombrio, mais intenso.

— Você pode mentir para eles, Lilly. Pode mentir para você mesma. — Ele sussurrou ao pé do meu ouvido. — Mas não pode mentir para mim.

Meus lábios se partiram para retrucar, mas sua mão segurou o meu rosto com firmeza, seu rosto se inclinando para perto do meu. E então ele me beijou. Não de uma maneira suave, nem delicado. Foi feroz, urgente, um beijo que não dava espaços para dúvidas. O corpo dele pressionava o meu contra a parede fria, senti o choque da intensidade do beijo, a forma como ele me dominava, como ele fazia com que o mundo ao redor desaparecesse. A boca dele encontrou a minha com uma fome que não poderia simplesmente ser ignorada, como se ele estivesse se contendo durante anos para esse momento. Senti um arrepio percorrer minha espinha, uma mistura de raiva e desejo que parecia se acender a cada toque, a cada movimento.

— Para com isso! — Consegui murmurar contra os lábios dele, mas minha voz soou mais baixa do que pretendia.

— Não consigo. — Ele murmurou de volta, os olhos fixos aos meus com uma intensidade que me fez estremecer.

Scorpius atacou meus lábios novamente, mais devagar desta vez, como se estivesse desafiando a negar o que sentia. E, por um momento, eu me rendi, me deixei ser tocada e beijada por ele. Minha raiva deu lugar a um calor que me consumia por dentro, e eu me vi correspondendo ao beijo, minhas mãos apertando o tecido da camisa dele, o puxando para mais perto.

Eu tentei reagir, tentei afastá-lo, mas ele não me deixava ir. Sua mão subiu até o meu pescoço, segurando meu rosto com força, como se quisesse garantir que eu não fosse escapar. A língua dele explorava a minha com uma intensidade que fazia minha mente girar, confundindo-me, tornando tudo mais intenso do que eu poderia imaginar.

O tempo pareceu parar enquanto eu me entregava mais e mais, nós dois rendidos ao que parecíamos negar há tanto tempo. Quando ele finalmente me soltou, eu estava sem fôlego, meu coração batendo forte, minha mente turva com o calor que seu corpo havia deixado. Tentei me afastar, mas ele ainda estava perto demais, seus olhos com as pupilas totalmente dilatadas e fixos em mim, tão profundos que pareciam penetrar em minha alma.

— Isso... não pode acontecer. — Ofeguei, meus olhos transbordando confusão e raiva.

Scorpius me observou em silêncio, sua língua passeando pelos seus lábios, a respiração pesada, mas o brilho de triunfo em seus olhos deixou claro que ele sabia o impacto que teve sobre mim.

— Pode negar o quanto quiser, Ma Belle. — Ele disse com um sorriso perigoso. — Mas isso é só o começo.

Esfreguei meus lábios levemente, ainda sentindo o gosto amargo do beijo que ele havia roubado. O calor da raiva e da humilhação queimando sobre minha pele, mas eu ergui o queixo, determinada a não mostrar a quão abalada ele me deixou.

— Não vai fugir agora, vai? — Scorpius murmurou enquanto segurava em meu braço, me obrigando a caminhar ao seu lado pelo corredor, o tom rouco carregado de ironia. — Você sempre será minha, Ma Belle. E não de confronte na frente deles, não me desafie ou terei que punir você como eles punem suas garotas.

Eu o ignorei, controlando o ímpeto de responder algo que só pioraria toda essa situação. Ele se movia ao meu lado com arrogância o que me fazia ter vontade de socá-lo, mas ao cruzarmos a porta do salão principal, me forcei a endireitar a postura.

Os olhares dos presentes voltaram-se para nós, e por um momento, o som de talheres e conversas cessou.

— Que bom que retornaram. — Maximus comentou, seu tom insinuante me fez apertar os punhos sob a mesa.

— Perdão pela demora. — Scorpius respondeu, com um sorriso relaxado, me endireitando em seu colo e sem nenhum sinal de arrependimento. — Eu e Lilly nos perdemos em uma conversa... sobre confiança mútua.

Lancei lhe um olhar fulminante, mas me mantive em silêncio, fazendo questão de me mexer sobre seu colo para lhe mostrar o quão desconfortável estou. As palavras dele eram um jogo, destinadas a confundir os membros da Ordem e me provocar ao mesmo tempo.

Maximus estreitou os olhos para Scorpius.

— Espero que sua atenção permaneça onde deve estar, Molaschi. Há muita coisa em jogo.

— Sempre está. — Scorpius respondeu com facilidade, pegando sua taça de vinho como se o comentário fosse um elogio.

Passei o resto do jantar sem olhara para ele, mas sentia sua presença, seu toque sutil em minhas coxas como se fossem uma corrente elétrica. Suas palavras ainda ecoando em minha mente: Você sempre será minha, Ma Belle.

Quando o jantar finalmente terminou, levantei-me de seu colo com pressa, ansiosa para finalmente sair desse ambiente sufocante.

— Já está tarde. Eu vou embora.

— Não tão rápido. — Ele disparou, olhando ao redor. Não queria criar nem um tipo de cena diante dos membros da Ordem. Ele estava de pé, ajeitando os punhos da camisa com uma tranquilidade ensaiada. — Eu faço questão de levá-la.

— Não precisa. — Tentei soar o mais casual que pude.

— Insisto. — Ele sorriu, mas havia algo predatório em seu olhar, algo que fez os poucos ainda presentes observarem nossa interação com interesse.

Apertei os lábios e, sem outra alternativa, cedi. Ele guiou a mão pelas minhas costas, me guiando para fora.

O ar estava carregado de tensão enquanto caminhávamos até o carro. Me mantive em silencio, mas meus pensamentos fervilhavam. Assim que ele abriu a porta do carro para mim, eu finalmente explodi.

— Qual é o seu problema, Scorpius? — Girei sobre os calcanhares, encarando-o, — Não basta arruinar o pouco de paz que ainda me resta?

Ele se aproximou devagar, o sorriso em seus lábios sumindo e seus olhos cinzentos fixando-se em mim.

— Paz nunca foi algo que você me deu, Lilly. E eu não vou mais fingir que consigo te dar isso também.

Recuei um passo, mas sua presença me encurralava.

— Eu não sou sua. Não sou uma das peças desse seu jogo doentio.

— Não seja ingênua. — Ele inclinou-se ligeiramente, a voz em um sussurro venenoso. — Você pertence a este mundo, Lilly. A mim. Quanto mais cedo aceitar, menos vai lutar contra o inevitável.

Senti meu sangue ferver, mas algo no tom dele — quase um lamento — me fez hesitar. Era como se ele acreditasse em cada palavra que dizia, por mais insano que fosse.

— Não confunda obsessão com destino, Scorpius. — Disse friamente, recuando e entrando no carro antes que ele pudesse me responder.

O silêncio foi absoluto durante o caminho até a minha casa. Quando ele estacionou, sai sem esperar que ele dissesse qualquer coisa, determinada a afastar o turbilhão que ele sempre trazia consigo.

Ele permaneceu no carro, observando-me entrar. E, quando finalmente fechei a porta atrás de mim, ouvi sua voz gritar:

— Não confunda negação com escolha, Ma Belle. 

Capítulo novo no ar. Olha, eu nem queria dizer muita coisa, mas Lilly e Scorpius ainda vão render muito nesses próximos capítulos... inclusive, a Ordem que se cuide com esses dois por ai...

Eu estou muito confiante que essa história ainda terá um bom engajamento, Dominion é uma das histórias que eu mais estou me dedicando e espero muito que consiga atrair mais leitores que gostem tanto de ler quanto eu gosto de escrever a história desses personagens.

Não deixem de votar e comentar durante o capítulo, isso é muito importante para mim como escritora, pois é dessa forma que eu sei se estão gostando!

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Beijos de luz,

Kalisa.

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